Os docentes falaram sobre a homenagem. "Eu fiquei muito emocionada quando recebi o telefonema da SBQ me informando de que eu seria uma das homenageadas com a Medalha Simão Mathias, durante a reunião Anual da sociedade", contou Silva. "Receber um prêmio de sua comunidade, no caso a SBQ, é sempre gratificante, pois é um reconhecimento de seu trabalho, por seus pares, ou seja, por quem conhece a profundidade de sua essência, ao longo do tempo", afirmou Batista.
A medalha Simão Mathias foi instituída em 1997 pela Diretoria e Conselho da SBQ para homenagear personalidades que se destacaram em suas contribuições para o desenvolvimento da Química no País, e por importantes contribuições à Sociedade Brasileira de Química.
"Receber a medalha prof. Simão Mathias, para mim, é uma forma explícita de mostrar que meus pares reconhecem meu trabalho, juntamente com meus alunos e colaboradores, e me colocam entre os melhores da área da Química brasileira", disse Batista, que em 2014 recebeu a medalha Prof. Ícaro de Sousa Moreira, da área de Química Inorgânica.
"A SBQ possui duas medalhas as quais eu considero as premiações máximas da Sociedade, a medalha Professor Otto Richard Gottlieb, a qual eu recebi em 2017 pelas minhas contribuições à Química de Produtos Naturais; e a segunda é a Medalha Simão Mathias, a qual é atribuída aos pesquisadores que contribuíram com a SBQ como um todo", acrescentou a pesquisadora.
Trajetórias
Alzir Azevedo Batista possui graduação em Química pela Universidade dos Povos Patrice Lumumba, mestrado em Química (Química Inorgânica) pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado em Química (Química Inorgânica), também pela USP. É professor titular, sênior do DQ da UFSCar. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas envolvendo metais de transição: bioinorgânica; síntese, caracterização, estudo de eletroquímica e determinação estrutural de compostos de coordenação e organometálicos; testes biológicos (in vitro e in vivo) para avaliação da citotoxidade e toxidades dos compostos em células tumorais e não tumorais; estudo dos efeitos colaterais dos compostos em camudongos; estudos de mecanismo de ação dos compostos e interação dos mesmos em alvos biológicos (DNA, Topoisomerase 1B e enzimas); estudo da interação dos complexos com a Albumina Humana; além de estudos das atividades de complexos metálicos contra a malária, doença de Chagas e Leshmania.
Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva concluiu o curso de Licenciatura em Química pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (SP). Obteve o título de Doutora em Ciências, na área de concentração Química Orgânica pelo Instituto de Química da USP. Realizou pós-doutorado junto à University of Strathclyde, Glasgow, Escócia. É Professora Titular do DQ da UFSCar. Publicou mais de 100 artigos em periódicos especializados. Participou de vários eventos no exterior como conferencista. Foi coordenadora do Programa de Pós Graduação em Química (PPGQ) da UFSCar. Atua na área de Química, com ênfase em Química dos Produtos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: Produtos Naturais Bioativos, Ecologia Química, Interação inseto-planta, Química de enxertos vegetais com base em biossíntese.