SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos (SAAE) concluiu na última sexta-feira (16/07) as obras de reconstrução da travessia aérea do emissário Monjolinho sobre o córrego Medeiros, que é divisa natural entre os bairros Recreio dos Bandeirantes e Conjunto Habitacional Romeu Santini.
A estrutura colapsada foi construída na segunda metade da década de 1990, utilizando-se tubos de concreto sustentados por vigas de concreto armado. O colapso ocorreu devido à propagação da onda de cheia proveniente do rompimento do barramento do córrego Medeiros, localizado em área interna do Parque do Bicão, ocorrido no último mês de março.
Os serviços iniciais consistiram em duas frentes de trabalhos distintos, sendo: a primeira para a fabricação de treliça metálica e a segunda para os serviços de limpeza da área, remoção das estruturas colapsadas e execução de novas fundações, em ambas as margens do córrego Medeiros, para a sustentação da treliça.
“Importante salientar que ao iniciar os serviços de construção das estruturas de fundação para suporte da treliça metálica houve a necessidade de desviar o fluxo de esgoto do emissário Monjolinho e do interceptor Medeiros para garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos na obra, bem como para assegurar a perfeita execução dos serviços. Os pontos premeditados de lançamentos localizaram-se na conhecida Curva do Joinha, Rotatória do Cristo (ao lado da avenida Dr. Tancredo de Almeida Neves) e na margem direita do córrego Medeiros a montante da obra”, explica o presidente do SAAE, Benedito Marchezin.
A opção técnica adotada para a reconstrução da travessia foi a adoção de treliça metálica apoiada sobre pilares de concreto construídos em ambas as margens do córrego Medeiros, sem, entretanto, obstruir o fluxo normal de suas águas. Quanto à tubulação, optou-se pelo uso de tubo de PEAD corrugado, com diâmetro de 1.200 mm devido ao menor peso, maior escoamento devido ao baixo coeficiente de atrito e longa vida útil.
O interceptor Medeiros, interligado ao emissário Monjolinho, são responsáveis pela condução, até a ETE Monjolinho, de aproximadamente 90% dos esgotos gerados na cidade de São Carlos.
Com a conclusão da obra, que custou R$ 471.276,32, incluindo a tubulação que saiu por R$ 109.699,98, foram restabelecidos o pleno funcionamento do emissário Monjolinho e do interceptor Medeiros e consequente tratamento dos esgotos na ETE Monjolinho.