Aplicativo está sendo elaborado pela parceria entre UFSCar e a startup Demed
SÃO CARLOS/SP - Um projeto de pesquisa, elaborado pela parceria entre o Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a startup Demed, está desenvolvendo uma plataforma digital (Demedia) para auxiliar pessoas com diabetes no controle e prevenção de complicação crônicas da doença. O aplicativo também será importante para profissionais e instituições de saúde que oferecem cuidado a esses pacientes. Atualmente, o estudo recebe a contribuição de voluntários para responderem questionário que auxiliará a equipe a compor as especificações técnicas do app.
A plataforma Demedia é desenvolvida pela startup baseada em Diretrizes Médicas Brasileiras para apoiar pessoas com diabetes no controle e prevenção de complicações crônicas da doença. O projeto está em desenvolvimento no Hospital das Forças Armadas de Brasília e tem a coparticipação do DFisio da UFSCar para ampliar a coleta de dados, principalmente de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O uso do aplicativo trará benefícios tanto para pacientes como para profissionais que atuam no cuidado desse público. De acordo com a equipe, a plataforma desenvolvida apoiará os pacientes na educação em diabetes baseada em diretrizes médicas e nos cuidados da doença. Para profissionais e instituições que atendem esse público, a utilização da plataforma apoiará na criação de medidas de prevenção para uma população com perfis semelhantes de saúde, consequentemente, reduzindo os riscos de complicações crônicas e impactos econômicos no sistema público de saúde, como custos em procedimentos e internações que poderiam ser evitados. Além disso, o aplicativo colaborará nas tomadas de decisão de equipes multidisciplinares de saúde nos níveis de atenção primário e secundário.
Diabetes
Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que quebra as moléculas de glicose para transformá-las em energia que será aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura). O diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e os pacientes dependem da aplicação de injeções diárias de insulina. No diabetes tipo 2, as células são resistentes à ação da insulina e a doença costuma ocorrer após os 40 anos. Nestes casos, a aplicação da insulina nem sempre é necessária.
Participação
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, maiores de 18 anos, de qualquer região do país e que tenham diagnóstico de diabetes tipo I, diabetes tipo II ou pré-diabetes. Os participantes passarão por entrevista online para identificação de comportamentos e hábitos e para a elaboração da especificação técnica do aplicativo Demedia. Os interessados devem entrar em contato com os pesquisadores até 31 de dezembro pelos telefones (WhatsApp) (16) 98151-7710 (Claudio), (16) 99129-0775 (Gabriela), (11) 93205-4806 (Márcia) ou pelo e-mail projetodepesquisadiabetes@gmail.com.
O projeto é coordenado pelas pesquisadoras Renata Gonçalves Mendes e Aparecida Maria Catai, ambas do DFisio da UFSCar, e por Márcia Ferraresi, da Demed, e conta com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação da UFSCar. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 39982120.0.3004.5504).