BRASÍLIA/DF - As companhias aéreas Azul e Latam anunciaram acordos de compartilhamento de voos (codeshare) e de programas de fidelidade. A parceria é válida para a malha doméstica, com possibilidade de acumular pontos no programa de fidelidade da escolha do passageiro.
O acordo de codeshare inicialmente perfaz 50 rotas domésticas para Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), Porto Alegre (POA), Campinas (VCP), Curitiba (CWB) e São Paulo (GRU). Conforme comunicado, os bilhetes estarão à venda nos próximos meses.
Os programas de fidelidade contam com 12 milhões de associados do TudoAzul e 37 milhões do Latam Pass.
"Nossa complementariedade de frota e de malha oferecerão aos clientes a mais ampla variedade de opções de viagem. Além disso, ambas as companhias aéreas têm uma história e paixão pelo atendimento ao cliente, e estamos ansiosos para mostrar isso juntos", disse John Rodgerson, CEO da Azul.
Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil, destacou o contexto da crise provocada pela pandemia de coronavírus. "Entendemos que a crise da covid-19 exige respostas inovadoras para ajudar a impulsionar a economia da região e o anúncio de hoje faz parte de nossa contribuição para esse esforço. Com os valores compartilhados de atendimento ao cliente tanto da Azul quanto da Latam e rotas complementares esperamos oferecer uma experiência líder do setor para clientes no Brasil."
A crise atingiu em cheio as companhias aéreas, que tiveram os voos reduzidos em mais de 90% com as medidas de isolamento social. No fim de maio, o grupo Latam e suas afiliadas no Chile, no Peru, na Colômbia, no Equador e nos Estados Unidos entraram com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Foi a segunda aérea da América Latina a fazer a solicitação em meio à crise da pandemia da covid-19. Semanas antes, a Avianca Holdings fez pedido similar.
Em maio, as três principais companhias aéreas do País, Gol, Latam e Azul, aderiram à proposta de socorro de um sindicato de bancos, coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
*Por: Luana Pavani / ESTADÃO