SÃO PAULO/SP - A nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pode ser usada por estudantes na busca de uma vaga em universidades fora do Brasil. Atualmente, instituições em Portugal, Estados Unidos, Canada, Reino Unido, Irlanda e França recebem alunos com as notas do teste brasileiro.
Cada país e cada instituição tem uma forma especifica para selecionar alunos a partir das notas do Enem. Em comum, todos exigem a solicitação de um visto de estudante, que será valido pelo período do curso desejado.
Portugal é o país que oferece mais oportunidades. São 49 instituições de ensino superior, com cursos em diversas áreas. Além da possibilidade de morar na Europa, o idioma facilita a compreensão dos conteúdos e retira a necessidade de proficiência em outra língua. Nos demais países, e obrigatório entender o idioma para poder assistir as aulas.
Na lista de universidades portuguesas, há instituições públicas e privadas. Por se tratar de instituições que cobram, há uma série de valores que precisam ser observados pelos estudantes. Há taxas de matrícula, adesão e os valores das anuidades, que é, especificamente, o valor que se paga pelo curso escolhido.
“Os requisitos mínimos para estudar na Universidade de Lisboa podem depender de cada faculdade da Universidade, que estabelecem requisitos próprios para os estudantes internacionais”, explica Isabel França, diretora de Relações Externas e Internacionais da instituição.
Veja abaixo a lista de exigências gerais em cada país
- Portugal – 49 instituições – Ensino médio completo, nota mínima de 500 pontos e passaporte
- França – 4 instituições – Ensino médio completo, documentação traduzida, teste de proficiência em francês, ter sido aprovado em curso similar no Brasil e passaporte
- Estados Unidos – 3 instituições – Ensino médio completo, documentação traduzida, teste de proficiência em inglês e passaporte
- Reino Unido – 3 instituições – Ensino médio completo, documentação traduzida, teste de proficiência em inglês e passaporte
- Irlanda – 1 instituição – Ensino médio completo, documentação traduzida, teste de proficiência em inglês e passaporte
Veja a lista completa das instituições e as exigências especificas das universidades
Bolsas de estudo
É possível cobrir os gastos anuais das universidades, ou parte deles, por meio de bolsas concedidas por algumas instituições. No Brasil, a Fundação Estudar e o banco Santander concedem bolsas parciais e integrais para estudos internacionais.
Muitas das instituições de ensino também oferecem bolsas integrais e parciais, algumas cobrem, inclusive, gastos com moradia e com materiais didáticos. Neste caso específico, é preciso consultar em cada instituição e encontrar aquelas que oferecem esse tipo de bolsa.
Também é possível conseguir apoio financeiro pelos editais da Capes e CNPq, do governo federal, que abrem frequentemente editais para financiar estudos da graduação ao doutorado em países parceiros.
Caso o estudante não consiga uma bolsa, há a possibilidade de financiar os estudos ou conseguir um empréstimo para pagar os custos. A empresa Remessa Online, em parceria com a financeira Creditas, por exemplo, oferece um financiamento para estudos no exterior.
Pandemia
Todos os países listados, com exceção da França, conseguiram conter o avanço do novo coronavírus por meio das diversas ações aplicadas, dentre elas a vacinação em massa. Por causa do momento estável que passam, os Estados Unidos e Reino Unido -dentre os listados, não aceitam, até o momento, voos do Brasil. Os demais aceitam com algumas restrições.
- Portugal – aceita viajantes internacionais por motivos profissionais, de estudo, de reunião familiar, por razões de saúde ou por razões humanitárias. É preciso ter feito o teste RT-PCR de covid e, certamente, ter testado negativo;
- França – aceita estrangeiros, desde que tenha feito o teste RT-PCR valido até 72h da chegada e que tenha, em mãos, declarações exigidas pelo governo francês preenchidas,
- Irlanda – aceita viajantes no país, desde que tenha preenchido uma declaração do governo e que tenha apresentado resultado negativo para o teste PCR da covid.
*Por: Kesley Pereira / PODER360