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Estudo realizado em São Carlos também traçou um perfil dos efeitos da pandemia em São Carlos

 


SÃO CARLOS/SP - O “Testar para Cuidar – Programa de Mapeamento da COVID-19”, um dos maiores levantamento da doença no país, foi concluído e trouxe informações importantes sobre a evolução da COVID-19, em São Carlos. O estudo foi uma iniciativa da Santa Casa, Prefeitura de São Carlos, Statsol, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Hospital Universitário (HU-UFSCar) e Unimed São Carlos e vai auxiliar no planejamento de estratégias para o combate à pandemia e a retomada das atividades no município. 

Realizado em 4 etapas, o “Testar para Cuidar” contou com a participação de 3.914 pessoas, 70% dos convocados para o levantamento. Destas, 68 tiveram contato com o novo coronavírus. O estudo revelou que a prevalência da COVID-19 aumentou 67% em pouco mais de um mês, saltando de 1,62% na primeira fase, realizada nos dias 13 e 14 de junho, para 2,7% na quarta fase, nos dias 25 e 26 de julho. 

Da população testada, 55,7% foram mulheres. A idade média dos que compareceram foi de 50 anos. Um idoso de 102 anos participou do levantamento. Dentre os participantes, 35,6% relataram ter doenças cardiovasculares, 20,3% doenças endocrinológicas, 8,8% são obesos e 2% gestantes/puerpério. Mais da metade (52,2%) disseram que bebem atualmente, 17,2% são fumantes e 2,7% usam alguma droga inalatória. 

O estudo ainda revelou que 37,8% dos participantes tiveram redução do rendimento financeiro desde o início da pandemia. 34% residem com quatro pessoas ou mais na mesma casa. E 46,9% têm contato com criança em idade escolar. 

Sobre o isolamento social, 55,5% disseram que só saem de casa por extrema necessidade e 8,4% estão saindo como antes do início da pandemia. As razões para sair de casa foram 86,9% a trabalho, 37,1% para compras de suprimentos e 19,8% para ir ao banco e fazer pagamentos.

O “Testar para Cuidar” também questionou os hábitos de higiene. 96,1% aumentaram a lavagem das mãos e 2,3% fizeram uso de medicação para COVID-19 por conta própria. O uso de máscaras também é alto: 97,1% disseram usar regularmente. Sobre as dificuldades em usá-la, 32,4% falaram que irrita o nariz e 28,7% esquecem de colocar. Já 11,1% acreditam que a máscara não protege e 7,4% dos participantes do levantamento disseram que não acreditam que vão ficar doentes. 
O Mapeamento – O Programa de Mapeamento da COVID-19 contou com uma rede de voluntários para a realização das 4 etapas. A cidade foi dividida em 19 setores e em cada etapa 1.400 pessoas eram selecionadas para a coleta de dados e exames de sangue. Cento e dois voluntários, entre alunos do curso de Medicina e de outras áreas da saúde da UFSCar e de outras instituições de ensino, integrantes ou não da ação “Brasil Conta Comigo”, juntamente com profissionais voluntários da área da saúde do HU-UFSCar e Santa Casa, fizeram a visita domiciliar para o contato com os moradores e a entrega de senhas. 

A entrevista, coleta, transporte e análise contou com a participação de 170 pessoas, inclusive com a equipe da Unimed e profissionais da área da saúde do HU-UFSCar. 

Os exames tipo ELISA, usados para detecção de anticorpos anti SARS-CoV, foram feitos no Laboratório de Inflamação e Doenças Infecciosas (LIDI), do Departamento de Morfologia e Patologia (DMP) da UFSCar. Os kits para a realização dos testes foram comprados pela Prefeitura de São Carlos. 

Todos as pessoas com resultado de exame positivo foram contatadas pela equipe médica do levantamento, orientadas e algumas estão sendo acompanhadas pelo Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC) ou pelo Ambulatório de Doenças Infecciosas Agudas e Covid-19do HU-UFSCar. 

O “Testar para Cuidar – Programa de Mapeamento da COVID-19” contou com a colaboração do São Francisco, Clara Resorts, Dr. Tips e Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Biologia Molecular Ivo Ricci.

Comércio, restaurantes e academias podem funcionar por oito horas diárias contínuas ou intercaladas. Número de recuperados passa de 90% e município tem apenas 13 casos ativos sem nenhuma internação  

 

IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté publicou o Decreto n◦. 2.875, de 21 de Agosto de 2020, que altera dispositivos do Artigo 11 do Decreto no.  2.844, ajustando os horários de funcionamento de várias atividades na cidade, segundo as novas normas da Fase Amarela do Plano São Paulo para Enfrentamento à Covid-19, na qual está o município.

O ajuste é em relação ao tempo de funcionamento, que passa de seis para oito horas diárias para o comércio em geral, serviços, salões de beleza e barbearias, shopping center, galerias e praças de alimentação. Para o comércio não essencial da cidade, o horário determinado pelo Decreto é das 10h às 18h de segunda a sexta-feira, e das 9h às 17h aos sábados.

Para restaurantes e similares (consumo no local) o tempo de funcionamento também passa a ser de oito horas diárias, contínuas ou intercaladas, dentro do período das 7h às 22h.

Cursos livres (aulas de idiomas, artes etc), academias e atividades religiosas, também tiveram seu tempo de funcionamento estendido para das 14h às 22h, sendo que para as atividades religiosas permanecem as restrições de duas celebrações por semana, com duração de 1h30 cada.

A Prefeitura de Ibaté reforça que devem continuar sendo respeitadas todas as medidas sanitárias exigidas para cada seguimento, tais como: capacidade limitada em 40% (exceto academias com 30%), filas com distância mínima de 1,5 metros entre uma pessoa e outra,  protocolos de higiene com o uso obrigatório de máscaras facial e de álcool gel por funcionários e clientes e sinalização obrigatória para o uso de máscara com cartaz recomendado pelo Governo do Estado.

O Decreto n◦. 2.875, de 21 de Agosto de 2020, está disponível no site da Prefeitura de Ibaté https://www.ibate.sp.gov.br/.

Dados

Divulgado nesta segunda-feira (24) pela Vigilância Epidemiológica e pelo Gabinete de Prevenção e Monitoramento do Coronavírus de Ibaté, um novo relatório da situação da Covid-19 no município traz a informação de que 90,37% dos casos confirmados em Ibaté estão recuperados e apenas 8,26% estão ativos.

Seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, Ibaté está fazendo, em média, 20 testes por dia para Covid-19, por meio de parceria com a Unesp em Araraquara e com o Instituto Adolfo Lutz em Ribeirão Preto. Em relação aos exames realizados o relatório aponta que apenas 0,61% dos suspeitos então aguardando confirmação, enquanto 87,37% dos testes realizados deram negativos.

Em boletim diário publicado nesta segunda-feira (24), a Vigilância Epidemiológica de Ibaté atualizou os dados da Covid-19, segundo os quais a cidade tem apenas 13 casos positivos em isolamento domiciliar e nenhum caso em internação.

Conduzido pela NOZ Pesquisa e Inteligência em parceria com o Instituto Bem do Estar, o mapeamento "Saúde da Mente & Pandemia" - realizado em maio de 2020 com 1.515 participantes - investigou o impacto do isolamento social no cotidiano do brasileiro. O levantamento avaliou questões como hábitos e rotinas; sentimentos e reações físicas; alimentação; e o impacto na libido de casados e solteiros. Para 49% dos casados (ou em união estável), a libido diminuiu; entre os solteiros, 21% afirmaram que o desejo sexual aumentou.

São Paulo/SP – Para os especialistas da área de saúde mental, um dos principais indícios de transtornos mentais é a necessidade que o indivíduo tem de se isolar. Ironicamente, diante da hecatombe causada pelo novo coronavírus – na qual o isolamento social é essencial para reduzir as chances de contaminação e disseminação da Covid-19 – a prática pode potencializar os transtornos de ansiedade e depressão. Para entender o real impacto da pandemia no emocional dos brasileiros, o Instituto Bem do Estar e NOZ Pesquisa e Inteligência conduziram o mapeamento Saúde da Mente & Pandemia. Realizado com 1.515 brasileiros de todas as regiões, idades e classes sociais, o levantamento avaliou questões como hábitos e rotinas; sentimentos e reações físicas; e impacto na alimentação e na libido de casados e solteiros. A pesquisa integra o projeto Sociedade de Vidro e contará com outros módulos focados em investigar a saúde da mente de moradores de periferias, de jovens e novo ambiente de trabalho.

Segundo Juliana Vanin, fundadora da NOZ Pesquisa e Inteligência e uma das coordenadoras da pesquisa Saúde da Mente & Pandemia, entre os destaques do mapeamento estão as análises propositivas que a diversidade de dados traz. “A pesquisa traz muitas informações sobre os sentimentos e as reações físicas, mas também mapeamos mudanças nos hábitos e rotinas provocadas pela pandemia, como por exemplo, o nível de isolamento, aumento de horas dedicadas ao home office e atividades físicas. Isso nos permite traçar as relações entre as alterações nos sentimentos e as reações físicas ligadas à ansiedade e à depressão com as novas rotinas e hábitos. Essas análises serão úteis para planejarmos como lidar com a saúde da mente nesse novo contexto em que vivemos”, afirma Juliana.

Na percepção de Isabel Marçal, cofundadora do Instituto Bem do Estar, o diferencial da pesquisa está em proporcionar pelo menos cinco minutos de reflexão aos participantes sobre os próprios sentimentos e reações físicas diante da maior crise da contemporaneidade. “Queremos impulsionar o debate, a troca de experiências e a escuta de novas visões e percepções sobre a saúde da mente. E, o primeiro passo é entender como estão nossos sentimentos e quais as reações físicas são provocadas em nosso corpo por questões emocionais. A pesquisa proporcionou, por meio do olhar para si mesmo, que levantássemos estes dados de 1.515 pessoas, além de outros – citados por Juliana Vanin, com possibilidade de diversos cruzamentos. A partir dos dados levantados e compilados de forma consistente, precisa e plural, poderemos, com a ajuda de especialistas convidados, observar as tendências e realizar uma análise propositiva do atual cenário brasileiro da saúde da mente”, avalia Isabel.

A análise de Milena Fanucchi, cofundadora do Instituto Bem do Estar, a pandemia veio para ‘iluminar’ diversos problemas da nossa sociedade, entre eles, os transtornos relacionados à saúde da mente, como depressão e ansiedade. “Se antes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já previa que, em 2020, a depressão seria a maior causa de afastamentos no trabalho – e até 2030 a doença mais incapacitante do mundo –, imagina agora? A pesquisa mostra o aumento de diversos sintomas relacionados tanto a depressão quanto a ansiedade, o que é preocupante. Por isso, é de extrema urgência informar a população sobre os cuidados com a nossa saúde da mente, para assim prevenir, principalmente, a depressão e a ansiedade", pondera.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES DA PESQUISA

 ||| HÁBITOS E ROTINA DURANTE O ISOLAMENTO

  • Entre os entrevistados, 42% saem de casa menos de uma vez por semana; 35% de uma a duas vezes; 10% de três a quatro vezes; 9% cinco a mais. 51% reduziram a prática de atividade física, sendo que 33% afirmam estar praticando muito menos. Há registro, para 49%, no aumento de atividades que dão prazer: ler, ouvir música, pintar, entre outros.
  • Sobre a realização de atividades ligadas à mente e à rede de apoio, 28% dos entrevistados apontam que estão praticando meditação; 13% ioga; 58% e 53% afirmam que estão realizando encontros virtuais com amigos e familiares, respectivamente.
  • Sobre o exercício da religiosidade ou espiritualidade, 29% afirmam que mantêm mais do que antes do isolamento; 32% reportam que mantêm, mas nada mudou; 9% apontam que mantêm, mas menos do que no período anterior; para 13% muito pouco ou nada; e 14% não pratica por não ser uma pessoa religiosa/espiritualista.
  • Sobre o atendimento terapêutico, 10% das pessoas que em algum momento fizeram terapia, afirmaram que pararam durante a pandemia. “Esse dado é relevante, porque apresenta uma tendência de que esse número aumente por conta da crise financeira, embora o contexto de isolamento aumente a necessidade de terapia”, afirma Isabel Marçal, cofundadora do Instituto Bem do Estar. Entre os brasileiros que estão fazendo terapia, 85% deixaram de ir ao consultório e estão fazendo na modalidade online; 10% começaram ou aumentaram a frequência durante o isolamento – embora 14% tenham reduzido a frequência.

 ||| SENTIMENTOS E REAÇÕES FÍSICAS

  • 65% dos entrevistados estão se sentindo mais emotivos; desses, 25% reportam estar “muito mais” emotivos ou sensíveis. Em cada quatro pessoas, uma está muito mais emotiva.
  • O sentimento de medo é para 71% maior, sendo que 23% sentem que estão com muito mais medo; 70% estão se sentindo excessivamente preocupadas, enquanto 43% dos entrevistados estão menos esperançosos. Em contrapartida, 29% estão com mais esperanças que no período anterior à pandemia. Mais da metade dos respondentes, 53%, afirmou ter mais alterações de humor durante o isolamento.
  • Sobre as reações físicas, 49% dos casados – ou em união estável – afirmam estar com menos libido; entre os solteiros, esse percentual é de 34%. Do total de respondentes, 14% afirmaram que o desejo sexual aumentou – entre os solteiros, esse índice é de 21% e 8% entre os casados. A insônia parece afetar os mais jovens: o percentual de entrevistados que afirmam estar com o problema é crescente nessa faixa etária, sendo 60% entre os que têm menos de 30 anos; 52% entre os com 31 e 50 anos; e 43% entre os com mais de 51 anos.
  • Na análise do cruzamento entre sentimentos e reações físicas, de acordo com o grau de escolaridade e renda, a pesquisa mostra que enquanto 8% dos entrevistados com ensino fundamental ou médio afirmam nunca terem se sentido inseguros, entre os com pós-graduação, esse índice é de 3%. Entretanto, para 31% dos brasileiros com ensino fundamental ou médio há grande aumento do sentimento de insegurança; entre os com pós-graduação, esse percentual é de 19%. Para 80% dos que perderam o emprego durante a pandemia há mais insegurança, destes 33% reportam estarem muito mais inseguros. Entre os que tiveram dispensa temporária (suspensão do contrato), 81% se sentem mais inseguros, entre estes 26% muito mais inseguros. Para os que estão trabalhando e não sofreram alterações na rotina, 58% se sentem mais inseguros.

 

  • A comparação da prática de atividade física e do aumento de sentimentos vinculados à depressão e à ansiedade mostra que 61% dos entrevistados que reduziram a atividade física têm se sentido mais desanimados diante do isolamento social – entre os que conseguiram aumentar muito a frequência de exercícios, esse número cai para 38%. O mesmo ocorre com sintomas físicos: os 37% brasileiros que diminuíram a frequência têm sentido mais dores de cabeça; entre os que aumentaram a atividade física, somente 20% reportam aumento das dores. O distanciamento social tem um impacto claro na alimentação. Para 48% das pessoas que se sentem mais desanimadas e 44% das que se sentem mais agitadas – e com mudanças repentinas de humor – os hábitos alimentares pioraram.

 

 

||| METODOLOGIA DA PESQUISA | Conduzida pela NOZ Pesquisa e Inteligência – em parceria com o Instituto Bem do Estar –, o mapeamento Saúde da Mente & Pandemia é uma pesquisa quantitativa online com questionário de autopreenchimento voluntário. Sem fins comerciais, foi realizada entre os dias 7 e 31 de maio de 2020 e contou com participação voluntária de 1.515 respondentes. Os dados permitiram mapear os sentimentos, sensações e mudanças de hábitos e rotinas durante o isolamento social. O perfil da amostra é composto por 21% homens, 71% mulheres e 7% não informado; 75% moradores do Estado de São Paulo e 25% distribuídos por todas as regiões do Brasil e com faixas etárias e renda mensal individual diversas. 

As próximas etapas da pesquisa, que acontecerão entre agosto e novembro; estão previstas a ampliação no número de respondentes e do perfil da amostra (particularidades e desafios das periferias, juventudes e novo ambiente de trabalho). Ao final do levantamento haverá cinco mapeamentos públicos: o primeiro em agosto com a análise desta primeira etapa; os seguintes referentes aos três recortes de perfis (novembro de 2020) e, em janeiro de 2021, o mapeamento final com a comparação dos dados levantados e uma análise propositiva do impacto do isolamento social na saúde da mente. 

 

O estudo “Saúde da Mente & Isolamento Social” integra um grande projeto do Instituto Bem do Estar, Sociedade de Vidro – um olhar contínuo sobre a sociedade brasileira e as fragilidades emocionais. O projeto conterá estudos para que o máximo de dados sejam levantados e compilados de forma consistente e precisa, além de iniciativas de reflexão e conscientização. 

SOBRE O INSTITUTO BEM DO ESTAR

Fundado em 2018 por Isabel Marçal e Milena Fanucchi, o Instituto Bem do Estar é um negócio social sem fins lucrativos voltado à promoção da saúde da mente. Com o propósito de desafiar as pessoas a mudar o próprio comportamento em relação à saúde da mente, a organização colabora com a prevenção de doenças psicológicas e contribui para uma sociedade mais consciente e saudável. Para tal, possui três objetivos, que visam a transformação social necessária a uma sociedade que está em falência emocional: CONSCIENTIZAR, informa a população sobre os cuidados para uma saúde da mente de qualidade, estimulando a busca pelo autoconhecimento e o despertar da empatia por meio de conteúdo digital, campanhas de conscientização e mostras e exposições culturais; CONECTAR, promove experiências do cuidado com a mente, proporcionando ferramentas que contribuem com o desenvolvimento socioemocional individual e coletivo por meio de atividades práticas, como vivências, workshops e palestras, além da divulgação de locais de atendimento terapêutico gratuitos ou por contribuição consciente; MOBILIZAR, entende o contexto sobre saúde da mente e o impacto na sociedade, gerando estatísticas e articular agentes públicos e privados, visando o acesso a políticas públicas via pesquisas e práticas de advocacy.  www.bemdoestar.org

SOBRE NOZ PESQUISA E INTELIGÊNCIA

NOZ é um ateliê de pesquisa e inteligência de negócios, cujo trabalho é entender desejos e comportamentos humanos. A empresa atua em todo o ciclo de negócio, unindo conhecimentos e metodologias de Economia Comportamental, Pesquisa, Planejamento Estratégico, Financeiro e de Marketing. Além de consultoria e projetos para empresas, a NOZ foca o trabalho em estudos sociais sobre diversos temas, como Cooperação, Educação, Trabalho e Empreendedorismo, Maturidade (50+), Doação, Mulheres e o Mercado de Trabalho. Fundada em 2015 por Juliana Vanin –economista formada pela Universidade de São Paulo (USP); pós-graduada em Finanças pelo Insper; especialista em Pesquisa de Mercado, Inteligência de Negócios, Planejamento Financeiro e Estratégico – a empresa produz informação e conhecimento, acreditando que estas têm o poder de transformar. Tem como objetivo impulsionar o debate, a troca de experiências e a escuta de novas visões e percepções. www.noz-pesquisaeinteligencia.com

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta segunda-feira (24/08) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 1.984 casos positivos para COVID-19 (1 resultado positivo foi divulgado hoje), com 34 mortes confirmadas. 70 óbitos já foram descartados. Dos 1.984 casos positivos, 1.825 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 3 óbitos sem internação, 156 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 114 receberam alta hospitalar, 18 estão internadas, 1 paciente de São Carlos permanece internado na cidade de Jaú e 31 positivos internados foram a óbito. 1.829 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 7.041 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (16 resultados negativos foram liberados hoje). Estão internadas neste momento 41 pessoas, sendo 23 adultos na enfermaria (12 positivos, 9 suspeitos e 2 negativos). Na UTI adulto estão internadas 17 pessoas (10 positivos, 6 suspeitos e 1 negativo). Nenhuma criança está internada neste momento na UTI. Na enfermaria 1 criança está internada com resultado positivo para a doença. 10 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje em 57,2%. Neste momento São Carlos disponibiliza 28 leitos de UTI/SUS, sendo 18 na Santa Casa (14 adultos e 4 na ala infantil) e 10 para adultos no Hospital Universitário (HU-UFSCar). Na rede privada 1 pessoa está internada na UTI adulto com resultado positivo para a doença. Na enfermaria outros 2 pacientes estão internados, todos com resultado positivo para a COVID-19. Esses números já estão contabilizados no total de internações.

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 11.552 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 10.241 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 1.311 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes do tipo PCR em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 6.571 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 5.337 tiveram resultado negativo para COVID-19, 1.338 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 111 estão aguardando resultado do exame. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

SÃO CARLOS/SP - O número de casos de COVID-19 segue crescendo no Brasil, preocupando as autoridades. A ampla testagem da população, com método eficaz, é um dos caminhos apontados por especialistas para que a retomada das atividades seja mantida de forma segura. Porém, a maioria dos testes disponíveis no mercado até então identifica se a pessoa está infectada, mas não se já adquiriu imunidade à doença. No entanto, um teste inovador, desenvolvido por cientistas do Rio Grande do Sul, pode mudar o paradigma de enfrentamento à pandemia, uma vez que pode identificar indivíduos que apresentam imunidade e, portanto, poderiam retornar às suas atividades com mais segurança. O exame deve ser coletado cerca de 15 dias após primeiro contato com pessoas confirmadas por RT-PCR para Sars-CoV-2.

O teste laboratorial desenvolvido pela empresa Imunobiotech é capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S total, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Este teste permite saber quem já esteve em contato com o vírus, e se desenvolveu imunidade ao mesmo.

Devido ao impacto global desta tecnologia, a Imunobiotech depositou o registro de patente no United States Patent and Trademark Office (USTPO), nos Estados Unidos, o pedido deverá ser estendido para outros países - inclusive para o Brasil, através do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão governamental brasileiro de registro de patentes. O registro desta patente refere-se a características dos antígenos para detectar e/ou gerar anticorpos contra o Sars-CoV-2 e métodos, ensaios e vacinas relacionados, compreendendo os mesmos. 

O teste já está disponível em diversas cidades do país, através de laboratórios parceiros. “É importante ressaltar que empresas podem realizar este exame em seus funcionários e parceiros para tentar identificar pessoas que tiveram contato como vírus e que desenvolveram imunidade ao mesmo. Desta forma, podendo criar um ambiente de maior segurança para o retorno das atividades, mantendo ainda as medidas de segurança ”, explica Alberto Stein, médico  que trabalhou no desenvolvimento do projeto. Ele afirma que a rede de laboratórios parceiros está sendo ampliada, mas empresas interessadas podem contatar diretamente a Imunobiotech e se informar sobre os procedimentos.

Como funciona o exame?

O teste é realizado a partir de uma amostra de sangue, analisada em laboratório, determinando e quantificando a presença destes anticorpos que reagem contra a proteína S inteira e na conformação tridimensional. Este fator é extremamente importante, visto que a maioria dos testes imunológicos disponíveis hoje no mercado não quantificam o nível de anticorpos contra a proteína S (pois eles avaliam anticorpos contra a proteína N), e nem avaliam a possibilidade de imunidade contra o vírus. 

Qual é a diferença deste teste em relação aos testes rápidos?

Os testes rápidos produzem resultado a partir da identificação de anticorpos contra a proteína N, da COVID-19. Essa proteína encontra-se no interior do Coronavírus e sinaliza que a pessoa teve contato com o vírus, mas não dá informação sobre a imunidade contra ele, porque estes anticorpos contra a proteína N não são neutralizantes.

Já o teste inovador é capaz é identificar e quantificar a presença de anticorpos que reagem contra a proteína S da COVID-19, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Ou seja, este teste permite identificar e quantificar a imunidade de cada pessoa com relação à doença.

Um estudo comprovou que após 30 segundos de gargarejo é possível reduzir temporariamente a concentração do vírus na cavidade oral e garganta 

 

SÃO CARLOS/SP - Que a higiene é eficiente na prevenção contra o novo coronavírus, não é novidade. Porém, uma descoberta realizada por pesquisadores da Universidade Ruhr-Bochum, na Alemanha, revelou uma constatação tão inusitada quanto surpreendente: algumas fórmulas de enxaguante bucal são capazes de inativar o Sars-CoV-2. 

O estudo, publicado no fim de julho no The Journal of Infectious Diseases, revelou que todas as oito marcas testadas no experimento conseguiram reduzir a carga inicial do vírus após 30 segundos. Em uma delas, a diminuição foi tanta que nenhum vírus foi detectado. Apesar do efeito, o enxaguante não é capaz de inibir a produção de vírus nas células.  

Para a odontologista Dr. Patrícia Bertges, a descoberta só traduz o que todo mundo sabe: a prevenção se resume a melhores hábitos de higiene. “Isso é ainda mais interessante para os assintomáticos, que mesmo sem saber que possuem o vírus, podem diminuir a carga viral que poderia se propagar e infectar pessoas a sua volta, simplesmente por fazer a higiene bucal corretamente”, comenta. 

Segundo a especialista, o cuidado com a boca previne não apenas a Covid-19 como também outras doenças. “A garganta funciona como um local de replicação viral durante os estágios iniciais de infecção. A antissepsia oral pode reduzir o número de partículas virais infecciosas aerossolizadas e, consequentemente, o risco de transmissão ou infecção”, aponta.  

A especialista explica que o enxaguante atua principalmente na eliminação das placas bacterianas, que podem insistir em continuar na boca mesmo após a escovação, sendo o produto um importante método para completar com eficiência a limpeza bucal. “Essa descoberta é, inclusive, útil para o atendimento odontológico. Agora, na minha clínica, vamos passar a adotar um gargarejo antes da consulta para ajudar a diminuir possíveis cargas virais”, conta. 

O uso de uma a duas vezes ao dia, como última etapa da limpeza, após o fio dental e a escovação, é o suficiente para fazer uma higiene eficiente. “Depois do gargarejo, não é recomendado lavar a boca com água, pois isso dilui o produto e diminui sua eficácia”, diz a especialista. Na hora de escolher o produto, a dentista recomenda optar pelas fórmulas à base de CPC (cloreto de cetilpiridínio) + fluoreto.CPC (cloreto de cetilpiridínio) + fluoreto

Pesquisa, que busca voluntários, é realizada na UFSCar em parceria com universidade holandesa

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar as experiências dos profissionais da Saúde que prestaram assistência de fim de vida a pacientes que faleceram recentemente e como eles têm sido afetados pela atual crise da Covid-19. A pesquisa é coordenada, na UFSCar, por Esther Ferreira, docente do Departamento de Medicina (DMed), e integra o projeto iLIVE (www.iliveproject.eu), sob o comando da professora Agnes van der Heide, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Erasmus de Rotterdam, na Holanda.
Ferreira afirma que a pandemia do novo Coronavírus pode afetar seriamente a relação com a morte de pacientes, familiares e profissionais da Saúde, tanto nos casos da própria Covid-19 quanto de outras causas. "O impacto não diz respeito apenas ao domínio físico, mas também aos domínios psicológico, social e espiritual", destaca a professora. 
Também de acordo com a pesquisadora, a morte deve ser compreendida como um fenômeno natural, tal como ela é, mas que pode desencadear processos de luto especialmente em amigos e familiares os quais, em algumas situações, precisarão de ajuda especializada. Para Ferreira, o atual contexto pandêmico tende a dificultar as experiências desses processos.
No caso específico dos profissionais da Saúde, que convivem com óbitos em seus cenários de trabalho, a dificuldade de lidar com o luto pode acarretar muitos problemas, inclusive "relacionados à saúde mental, como a depressão", como exemplifica a docente. A expectativa do estudo é levantar pontos críticos nessa relação dos profissionais com o processo de fim de vida e discuti-los, propondo ideias para minimizar danos em situações semelhantes no futuro.
"Estamos avaliando não apenas como o profissional da Saúde se auto percebe, mas também se o ambiente em que ele está inserido tem alguma relação com o processo de luto, o que possibilitará a proposição de melhorias", afirma. Além disso, por meio da parceria com o projeto holandês, os dados coletados no Brasil serão juntados com os de outros países, ampliando as análises dos resultados. 

Voluntários
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados profissionais da Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, de qualquer região do País, que vivenciaram situações de morte de pacientes a partir de março de 2020. Os voluntários responderão a um questionário online (https://bit.ly/3g2Mp72), disponível até o dia 10 de outubro. Projeto aprovado pela Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 31896820.1.0000.5504).

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirmou neste sábado (22/08) mais uma morte por COVID-19 no município, totalizando neste momento 34 óbitos. Trata-se de uma mulher de 94 anos internada desde 19/08 com resultado positivo para a doença. São Carlos contabiliza neste momento 1.976 casos positivos para COVID-19 (24 resultados positivos foram divulgados hoje), com 34 mortes confirmadas. 70 óbitos já foram descartados. Dos 1.976 casos positivos, 1.821 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 3 óbitos sem internação, 152 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 114 receberam alta hospitalar, 17 estão internadas, 1 paciente de São Carlos permanece internado na cidade de Jaú e 31 positivos internados foram a óbito. 1.695 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 7.025 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (62 resultados negativos foram divulgados hoje). Estão internadas neste momento 39 pessoas, sendo 21 adultos na enfermaria (9 positivos, 5 suspeitos e 7 negativos). Na UTI adulto estão internadas 15 pessoas (10 positivos, 2 suspeitos e 3 negativos). Nenhuma criança está internada neste momento na UTI. Na enfermaria 3 crianças estão internadas, 1 com resultado positivo, 1 com suspeita da doença e outra com resultado negativo. 7 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje em 54,2%. Na rede privada 2 pessoas estão internadas na UTI adulto, uma com resultado positivo e outra com suspeita da doença. Na enfermaria outros 2 pacientes estão internados, 1 com resultado positivo para a doença e 1 resultado negativo para COVID-19. Esses números já estão contabilizados no total de internações.

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 11.412 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 9.927 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 1.485 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 6.460 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 5.321 tiveram resultado negativo para COVID-19, 1.337 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

Com múltiplos sistemas de informação e diferentes metodologias nos estados, dados sobre a epidemia no Brasil é um dos maiores desafios no enfrentamento ao novo coronavírus

Rio de Janeiro/RJ – A pandemia do novo coronavírus tem imposto desafios inéditos aos sistemas de informação em saúde. Os dados sobre a Covid-19 no Brasil, em nível estadual e municipal, são fundamentais para a tomada de decisões sobre as políticas públicas e medidas de emergência para conter a epidemia. Esses dados, porém, dependem de sistemas e painéis que têm cobertura e qualidade extremamente variável no país. É o que indica estudo da Fiocruz, que aponta: a divulgação de casos da doença pode apresentar demora de até sete semanas entre seu registro no sistema de saúde e a efetiva divulgação nos boletins epidemiológicos. Uma discrepância que pode fazer muita diferença, por exemplo, nas fases de flexibilização do isolamento social. 

Em cinco estados — Amapá, Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia — os dados oficiais registraram o número máximo de casos de Covid-19 mais de 50 dias depois de ele ter efetivamente acontecido. Isso significa que medidas importantes de saúde pública podem ter demorado a ser tomadas, prejudicando o combate à epidemia. 

O caso desses cinco estados é o mais significativo descoberto em um estudo realizado por pesquisadores do projeto MonitoraCovid-19, do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz. O resultado da análise está na Nota Técnica O tempo dos dados: explorando a cobertura e oportunidade do SIVEP-Gripe e o e-SUS VE (que pode ser lida na íntegra, aqui). Outros estados com discrepância grande entre as datas real e oficial no número máximo de casos foram Paraná (30 dias), Rio Grande do Norte e Espírito Santo (27 dias), Goiás (25 dias), Distrito Federal (26 dias), Rio Grande do Sul (22 dias), Roraima (21 dias), Santa Catarina (20 dias) e Amazonas (19 dias). A diferença média entre os estados foi de 17 dias. 

Dois sistemas nacionais 

Essa diferença, porém, não pode ser encarada como resultado de falhas técnicas e operacionais, mas sim como inerente aos desafios impostos pela própria complexidade da epidemia e de seus desdobramentos num país tão grande e diverso quanto o Brasil. “Não é possível apontar uma única causa para explicar essas discrepâncias. Trata-se da soma de vários fatores, alguns deles complexos, que demandariam uma investigação mais detalhada”, explica Diego Xavier, epidemiologista do Icict/Fiocruz que participou do estudo. 

O pesquisador acrescenta que cada estado segue procedimentos próprios para consolidar seus boletins epidemiológicos e lançar as informações nos dois sistemas nacionais de dados de saúde que abrangem a Covid-19: o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep- 2 Gripe) e o e-SUS VE. Este último foi criado para atender à alta demanda de notificações devido à epidemia. “Como e-SUS VE foi desenvolvido durante a pandemia, alguns registros eventualmente podem ter sido inseridos em ambos os sistemas, e não existe um indexador que permita acompanhar o paciente na transição de um sistema para o outro”, descreve Xavier. 

Na prática, a análise do MonitoraCovid-19 constatou que a discrepância de datas não é a única: também há diferenças consideráveis com relação aos registros dos doentes e óbitos. Por exemplo: os dados do e-SUS VE, quanto aos números de casos da doença, apresentam diferença de 10% em relação ao observado nos boletins das Secretarias Estaduais. Mas, se somados os casos registrados no Sivep-Gripe, essa variação passa a 4%. 

Em prol da padronização 

Espírito Santo e Paraná apresentam a maior variação percentual na comparação com os dados do Ministério da Saúde. Nestes estados, os números de casos divulgados nos boletins oficiais são muito maiores do que os casos registrados nos bancos de dados. Situação inversa é observada em Goiás, Piauí e Rio Grande do Norte, onde o volume de casos nos sistemas é superior ao observado nos boletins epidemiológicos. 

Em suas conclusões, a nota técnica recomenda que não seja modificada a forma de divulgação dos registros, mas que as divergências apontadas sejam levadas em conta pelos gestores públicos: “Esta análise não busca sugerir ou recomendar que os dados sejam alterados para divulgação, pois a população já se habituou a essa lógica, e alterar as datas neste momento do processo epidêmico traria mais desinformação do que ganho na comunicação. Contudo, as defasagens apresentadas devem ser consideradas pelos gestores públicos, sobretudo para tomada de decisão e orientação das intervenções”. 

O sanitarista Christovam Barcellos, vice-diretor do Icict/Fiocruz, diz que esse estudo é um chamamento às autoridades de Saúde para ações de melhoria na confiabilidade dos dados de saúde pública no Brasil: “Seria importante um esforço nacional, que poderia ser liderado pelo próprio Ministério da Saúde. Uma busca coletiva em prol da padronização na forma como são lançados os dados de saúde em todos os níveis, começando pela ponta, ou seja, nos postos de saúde e hospitais públicos dos municípios. Além de padronizar, seria preciso um esforço de treinamento de abrangência nacional, criando uma cultura mais sólida de registro das informações de saúde no Brasil”. 

Leia a nota técnica na íntegra. 

A Cientista brasileira Jackeline Alecrim acredita que o debate da ciência pode ser popularizado no Brasil a partir do interesse despertado pela pandemia
 

SÃO CARLOS/SP - A especialista em Cosmetologia Avançada e Farmacologia, a cientista Jackeline Alecrim, acredita que a pandemia,- que segundo dados, já matou mais de 100 mil pessoas no Brasil, - despertou uma nova forma das pessoas enxergarem o mundo e surgiram novos hábitos e interesses, como o de discutir a ciência. Ela é pesquisadora e empreendedora no ramo da beleza, mas defende que a ciência como um todo seja mais palpável ao grande público, “momentos desafiadores nos convidam à reflexão, quando este problema envolve um risco de saúde global, a preocupação aumenta entre as pessoas fora da área da saúde”. Jackeline explica que neste momento muitos estão buscando informações e querem entender as diversas terminologias científicas para saber o que ocorre. “A curiosidade para entender como algo microscópico pode causar tanto caos no mundo desperta o interesse de muitos”, afirma.

A busca por informações qualificadas e o medo de acreditar em fake news tem sido a porta de entrada para o universo da pesquisa, ainda pouco valorizado no Brasil. “Nosso papel como pesquisador é cada vez mais levar informações corretas à população para evitar esta proliferação de notícias sem embasamento científico”, afirma Jackeline. Para isso, ela defende que a comunidade científica busque linguagem acessível para não afastar o público, “temos que parar de elitizar a ciência, ela tem que alcançar pessoas de todos os níveis sociais e escolaridades”.

A brasileira já participou de diversas discussões como esta, uma das últimas durante palestra na Universidade de São Paulo (USP), em junho, no evento “A Química do Futuro”, parte integrante do curso de extensão do Centro de Estudos em Química (CENEQUI) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto e em comemoração ao Dia do Químico. Ela abordou sua especialidade ao falar sobre o tema “Empreendedorismo na Ciência”, no qual lamentou que os resultados das pesquisas científicas não virem produtos oferecidos no mercado brasileiro. Da mesma forma que ela defende que inovações científicas cheguem à população, ela espera que todos tenham mais intimidade com estes assuntos, ainda relegados ao meio acadêmico.

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