BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou hoje (18) um novo aumento médio nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias, que chegarão a R$ 2,48 e R$ 2,58 por litro, respectivamente. A partir de amanhã (19), será aplicado um reajuste de R$ 0,23 para o litro da gasolina e de R$ 0,34 para o do diesel.
O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal. A companhia explica que "até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis".
Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã.
Em 18 de janeiro, a estatal anunciou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09 para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado um aumento de R$ 0,17 para a gasolina e de R$ e de 0,13 para o diesel.
*Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Queda encerrou período de três anos em que o setor teve crescimento médio de 1,8% do faturamento anual
SÃO PAULO/SP - O turismo brasileiro perdeu R$ 55,6 bilhões em faturamento em 2020 em comparação ao ano anterior, aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os R$ 113,2 bilhões significaram o pior resultado da receita desde que a Entidade começou a fazer o estudo, em 2011, e representou um rombo de 33% em comparação com o que o setor faturou em 2019.
Principal impactado pelas medidas de restrição de circulação de pessoas no início da pandemia, a partir de março, o setor aéreo encabeçou o desempenho negativo, perdendo pouco mais da metade (50,8%) do seu faturamento anual em 2020. Foi, sozinho, responsável por 16,2 pontos porcentuais da retração de 33% do turismo como um todo. No auge da crise de covid-19, a oferta de assentos nos aviões chegou a cair 95%, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Depois das companhias aéreas, foram os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas, que registraram a maior queda no faturamento: -36% em comparação a 2019 – 10,9 pontos porcentuais de contribuição no resultado global do turismo. O dado também se explica pelos meses em que as pessoas ficaram em quarentena em quase todo o País, no segundo semestre de 2020.
Em seguida, os setores turísticos que mais sofreram foram as atividades culturais, recreativas e esportivas, que viram o faturamento cair 27,6% no período, as empresas de transporte terrestre (12,9%), assim como as locadoras de veículos e agências de viagens (12,1%).
Ruptura do crescimento
A retração expressiva registrada em 2020 encerrou um período de três anos positivos para o turismo brasileiro, com média de crescimento do faturamento anual de 1,8%. Em 2017, por exemplo, o setor fechou suas receitas em R$ 162,6 bilhões, sendo que, dois anos depois, faturou um total de R$ 168,8 bilhões. O melhor ano da série histórica foi 2014, quando o turismo teve R$ 187,7 bilhões em faturamento.
A recuperação, a partir de 2017, vinha depois de um biênio ruim entre 2015 e 2016, mas o turismo se apoiava principalmente no crescimento médio de 4,3% ao ano registrado do início da série histórica até 2014. Não à toa, segundo a FecomercioSP, se esse ritmo continuasse até hoje, o setor já estaria faturando na casa dos R$ 230 bilhões por ano – 103% a mais do que o registrado em 2020.
FecomercioSP pede prorrogação de lei federal
Os números preocupantes do turismo brasileiro ao longo de 2020 enfatizam a importância de o governo federal prorrogar a Lei 14.046/2020 e parte da Medida Provisória (MP) 948/2020, que, entre outros pontos, dispensa a necessidade de reembolso imediato de eventos ou viagens canceladas e estabelece regras para remarcações e cancelamentos.
Pela norma, é possível que os agentes do setor reembolsem os clientes em até 12 meses após a data da compra do serviço, por exemplo, além de terem mais liberdade para negociar diretamente sobre novos prazos.
No entendimento da Federação, o fim dessas condições fará com que as empresas, já afetadas significativamente pela pandemia, ainda tenham que arcar com os custos imediatamente – o que, para muitas delas, pode significar até o fim de suas atividades, resultando na desestruturação total do setor. O modelo de 12 meses, assim, não apenas alivia o caixa dos agentes do turismo, como permite que mais empregos sejam mantidos.
Além disso, a Entidade também considera importante que o governo federal amplie os canais de crédito com condições especiais disponíveis para empresas turísticas, como foi o caso do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) no ano passado.
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
SÃO PAULO/SP - Uma pergunta que me fazem com certa frequência é: “Bruno, como ganhar dinheiro?”. Para começar, proponho uma reflexão: a gente ganha dinheiro ou faz dinheiro?
Primeira coisa: nós fazemos dinheiro – graças à nossa capacidade de gerar valor e receber uma quantia em troca. Gerar valor significa oferecer um serviço a outra pessoa, proporcionando algo de bom para ela, a partir do nosso esforço, do nosso trabalho. Ou seja, ninguém ganha dinheiro, pois tudo é uma troca. Fazer dinheiro é algo que se aprende, e os segredos eu revelo para você:
1) Substitua a expressão organizar as minhas contas por organizar os meus ganhos. Isso pode parecer místico demais, porém, é importante ter em mente que a vida sempre nos dá mais do mesmo, isto é: quando você fala em contas, é isso que você atrai; da mesma forma, quando fala em ganhos, é isso que vai se multiplicar na sua vida.
2) Deixe de lado o conceito unipotencial e passe a usar o multipotencial. Não se apegue apenas a uma forma de fazer dinheiro a partir do seu conhecimento: abra sua mente para suas multipotencialidades, para seus inúmeros talentos. Por exemplo, se você é cozinheiro, não precisa ficar apenas trabalhando em um mesmo restaurante – pode criar cardápios, ensinar receitas, palestrar ou promover treinamentos nesta área. Utilize todo o seu potencial!
3) Não espere o melhor momento – faça algo para que ele surja. Não se acomode esperando que as coisas se resolvam sozinhas ou que a maré fique favorável. Tome as atitudes necessárias para ser o autor da sua prosperidade, para melhorar a sua situação. Você tem potencial para fazer o momento ficar bom, aproveite!
4) Não aprenda somente na prática. Não conte apenas com a tática da tentativa e erro. Você precisa estudar, se preparar, e depois partir para a prática. Busque a informação correta no lugar adequado e trabalhe com estratégia, conte com cursos, leituras, treinamentos, mentores.
5) Desenvolva a habilidade de vender diariamente. Associe o ato de vender a bons sentimentos. Ao longo dos anos, vimos tantos vendedores desonestos que muitos travam quando escutam a palavra vender. Mas não tenha medo de negociar! Estimule a habilidade de comercializar seus produtos, serviços, ideias e projetos.
6) Alimente suas raízes, sua missão, seu propósito de vida. Se você não alimentar o que é profundo, não receberá frutos. Toda vez que você associa a melhoria financeira a uma razão de existir, você muda a sua realidade. Portanto, tenha uma causa, uma razão para fazer dinheiro.
Todas essas dicas evidenciam uma coisa: prosperidade é decisão. Quando você decide prosperar e se dedica a isso, o resultado vem e a sua vida se transforma.
*Bruno Gimenes é um dos responsáveis pela expansão do desenvolvimento pessoal e da prosperidade no Brasil. Palestrante, professor, diretor de conteúdo e cofundador da Luz da Serra Editora, é autor do best-seller Seja Rico – checklist para elevar o seu nível financeiro.
BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal paga hoje (09) o abono salarial 2020/2021 – ano-base 2019 - para os trabalhadores nascidos no período de março a junho. Mais de 7,5 milhões de trabalhadores terão direito ao saque do benefício nessa etapa do calendário, totalizando mais de R$ 5,9 bilhões em recursos disponibilizados.
O dinheiro será depositado na conta corrente informada pelo trabalhador. Para quem não é cliente do banco, foi aberta uma conta poupança digital, gratuitamente, a mesma usada para pagar o auxílio emergencial. As poupanças digitais podem ser movimentadas pelo aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), boletos bancários, compras com cartão de débito virtual pela internet e compras com código QR (versão avançada do código de barras) em estabelecimentos parceiros.
Nos casos em que o valor do abono não possa ser creditado em conta existente ou na poupança digital, o trabalhador poderá realizar o saque com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui, bem como nas agências. Nesse caso, os recursos estarão disponíveis na quinta-feira (11).
O saque pode ser realizado até 30 de junho. Em todo o calendário de pagamentos do exercício 2020/2021 do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS), a Caixa disponibilizará R$ 17 bilhões para 22,2 milhões de trabalhadores.
Na semana passada, o governo federal antecipou o pagamento do abono para os nascidos em maio e junho, que receberiam os valores somente a partir do dia 17 de março. Com a antecipação do calendário, esses beneficiários receberão com os nascidos em março e abril.
A antecipação também vale para os funcionários públicos ou trabalhadores de empresas estatais e, nesse caso, o calendário é de acordo com o dígito final do número de inscrição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A partir de 11 de fevereiro, o crédito ficará disponível para saque para inscritos com final 6 e 7, como no calendário original, e para aqueles com final 8 e 9, que serão antecipados. O Pasep é pago pelo Banco do Brasil e quem é correntista da instituição também já recebe os recursos nesta terça-feira (9).
Tem direito ao abono salarial 2020/2021 o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2019, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou e-Social, conforme categoria da empresa. Recebem o benefício na Caixa os trabalhadores vinculados a entidades e empresas privadas.
As pessoas que trabalham no setor público têm inscrição no Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil. Nesse caso, o beneficiário pode optar por realizar transferência para conta de mesma titularidade em outras instituições financeiras, nos terminais de autoatendimento do BB ou no portal www.bb.com.br/pasep, ou ainda efetuar o saque nos caixas das agências. Para o exercício atual, o banco identificou abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores vinculados ao Pasep, totalizando R$ 2,57 bilhões.
Os trabalhadores que não sacaram o abono salarial do calendário anterior, de 2019/2020 – ano-base 2018, finalizado em 29 de maio do ano passado, ainda podem retirar os valores. O prazo vai até 30 de junho deste ano e o saque pode ser feito nos canais de atendimento com cartão e senha Cidadão, ou nas agências da Caixa.
A consulta sobre o direito ao benefício, bem como ao valor à disposição, pode ser feita por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pelo atendimento Caixa ao Cidadão (0800-726-0207) e no site www.caixa.gov.br/abonosalarial.
No caso do Pasep, os recursos ficam disponíveis para saque por cinco anos, contados do encerramento do exercício, de acordo com decisão do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Os abonos não sacados são transferidos automaticamente para o próximo exercício, sem necessidade de solicitação do trabalhador.
*Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - Uma boa parte do setor de importadores e distribuidores de produtos médicos está irritada com o reajuste do ICMS em SP. Um levantamento feito pela associação das empresas, a Abraidi, apontou que 65% das mais de 120 companhias que representa querem deixar de vender produtos para o setor público.
Além disso, mais de 70% delas também ameaçam fazer demissões por causa da medida que passou a valer em janeiro em todo o estado paulista.
Segundo o jornal Folha de SP, a mudança da alíquota não afeta as vendas diretas a hospitais públicos e santas casas, porém o setor projeta que será prejudicado porque vai ter cobrança de ICMS em outras etapas da cadeia comercial.
O caso é o mesmo de concessionárias de automóveis, que estão estampando cartazes na entrada das lojas contra o aumento do imposto no estado. O culpado, apontam eles, é o governador João Doria.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
MATÃO/SP - Em 2020, a AB Triângulo do Sol foi responsável pelo repasse de R$ 27,3 milhões, a título de Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), aos 27 municípios que fazem parte do trecho de concessão.
Desde 2000, ano em que o imposto começou a incidir sobre as tarifas de pedágio, um montante de R$ 315 milhões já foi repassado aos municípios lindeiros às rodovias SP-310, entre São Carlos e Mirassol, SP-326, de Matão à Bebedouro, e SP-333, entre Sertãozinho e Borborema.
Com este imposto, a AB Triângulo do Sol contribui com o desenvolvimento econômico e social dos municípios. O ISS é uma das principais fontes de receita municipais e por isso tem destinação desvinculada, cabendo à administração local, com base na legislação de cada cidade, definir a sua melhor aplicação.
Estado
De acordo com balanço da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), entre janeiro e setembro de 2020, foram arrecadados mais de R$ 364 milhões no estado, verba compartilhada entre as 283 prefeituras atendidas pelo Programa de Concessões Rodoviárias.
AB Triângulo do Sol I Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo
A concessionária AB Triângulo do Sol é responsável pela administração de 442 quilômetros de rodovias que compreendem o Lote 9 do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo: Rodovia Washington Luís (SP-310), entre São Carlos e Mirassol; Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), de Matão a Bebedouro; e Rodovia Carlos Tonanni / Nemésio Cadetti / Laurentino Mascari / Dr. Mario Gentil (SP-333), entre Sertãozinho e Borborema.
SÃO PAULO/SP - Nenhuma das apostas acertou as seis dezenas do concurso 2.342 da Mega-Sena, realizado neste último sábado (6), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. Com isso, o prêmio acumulou e o sorteio da próxima quarta-feira (10) tem o prêmio estimado em R$ 7,5 milhões.
As dezenas sorteadas foram 17 - 20 - 24 - 27 - 40 - 60.
A Quina teve 35 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 51.441,93. A Quadra teve 2.233 apostas ganhadoras e cada uma leva R$ 1.151,85.
As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.
*Por Agência Brasil
EUA - Depois de uma queda no começo da pandemia, o negócio de publicidade do Google segue se recuperando. A Alphabet, controladora da empresa, registrou um aumento de receita de 23% no último trimestre de 2020, chegando a US$ 56,9 bilhões. O lucro da companhia também cresceu, alcançando US$ 15,2 bilhões — no mesmo período de 2019, os ganhos líquidos foram de US$ 10,7 bilhões.
Os números fazem parte dos resultados financeiros divulgados pela Alphabet nesta terça-feira, 2. As ações da dona do Google operavam em alta de 7,4% após o fechamento do pregão americano, às 19h35 do horário de Brasília.
O crescimento em receita foi puxado pelo retorno dos anunciantes ao Google, que tiveram dificuldades financeiras no começo da pandemia — a Alphabet teve sua primeira queda de receita da história no segundo trimestre de 2020. Agora, a empresa tem visto novos gastos de clientes de varejo e de outros serviços online que foram impulsionados na quarentena.
O negócio de publicidade do Google, incluindo o YouTube, foi responsável por 81% do faturamento da Alphabet no trimestre. A receita com anúncios do YouTube, especificamente, foi de US$ 6,8 bilhões, um avanço ante o resultado de US$ 4,7 bilhões do quarto trimestre de 2019.
No balanço anunciado nesta terça, a Alphabet divulgou pela primeira vez os resultados do seu negócio de nuvem. Segundo a companhia, o Google Cloud registrou prejuízo operacional de US$ 1,2 bilhão no período e US$ 5,6 bilhões ao todo em 2020 — os números mostram que houve um prejuízo 21% maior do que em 2019.
Diferente de outras gigantes de tecnologia, como Apple e Amazon, que só aceleraram na pandemia, o Google sentiu o impacto do cenário em seus negócios. Em 2020, a alta na receita da Alphabet foi de 12,8%, muito abaixo dos 20% anuais vistos nos anos anteriores. Esse é o menor valor desde a crise econômica de 2009, quando o grupo reportou receita de 8,5%.
A Alphabet continua subvalorizada em relação a algumas rivais do setor de tecnologia. Enquanto nesta terça a companhia tinha valor de mercado de US$ 1,3 trilhão, a Microsoft já valia US$ 1,8 trilhão e a Apple, US$ 2,2 trilhões.
A empresa disse que espera um aumento de US$ 2,1 bilhões nos resultados operacionais em 2021.
Colaborou Guilherme Guerra e Rebeca Soares, especial para o ESTADÃO
*Por: Giovanna Wolf, Gabriel Caldeira e Iander Porcella / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - Primeiro grande banco a publicar os resultados do quarto trimestre do ano passado, o Itaú Unibanco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,4 bilhões, queda de 26,1% em relação ao último trimestre de 2019. Impactado pelo reforço nas despesas reservadas para cobrir calotes em um ano marcado pela pandemia, o resultado consolidado do banco em 2020 foi de R$ 18,5 bilhões, recuo de 34,6% em relação ao ano anterior.
O maior banco da América Latina apresentou, contudo, aumento de 7% do lucro no quarto trimestre em comparação aos três meses anteriores, já como reflexo da reabertura gradual da economia, que permitiu uma redução dos gastos com provisões e expansão da carteira de crédito para pessoa física.
“Fomos capazes de responder aos desafios extraordinários trazidos pela pandemia, sem comprometer nosso foco em satisfação de clientes, transformação digital e eficiência”, avaliou o atual presidente do Itaú e futuro membro do Conselho do banco, Candido Bracher.
A carteira de crédito total alcançou R$ 869,5 bilhões ao fim de dezembro, alta de 2,7% em relação ao trimestre anterior e de 20,3% em comparação a igual período de 2019. Para pessoa física, foram R$ 255,6 bilhões, aumento de 7,5% em relação aos três meses anteriores e de 6,6% em comparação a igual trimestre de 2019.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) experimentou o segundo trimestre seguido de alta, ainda como reflexo da diminuição das provisões. Passou de 15,7% no terceiro para 16,1% no quarto trimestre. Mas ainda está abaixo dos níveis anteriores à pandemia.
O banco comenta seus resultados hoje, em teleconferência. Será a última de Bracher no posto. O executivo passa o bastão a Milton Maluhy, que também estará presente.
O novo presidente do Itaú terá como principal missão acelerar a transformação digital do maior banco privado da América Latina, com mais de R$ 2 trilhões em ativos sob administração. Sua gestão também será desafiada sob a ótica da inadimplência, pois tem início em meio à pandemia, com o Brasil respondendo por um dos quadros mais graves de covid-19 no mundo.
Segundo analistas consultados pelo Estadão/Broadcast, Maluhy, de 44 anos, tem perfil jovem que ajuda a conduzir o banco em um cenário de disputa com fintechs e big techs. Mas também tem experiência, com 18 anos de casa, tempo que sugere preparo para liderar a instituição no momento em que o País atravessa três crises simultâneas: ambiental, econômica e de saúde pública.
Espera-se também que Maluhy permaneça mais tempo no cargo do que seu antecessor. Bracher assumiu o posto quando tinha 57 anos e comandou o Itaú até os 62, idade em que, pelo estatuto do banco, o presidente é obrigado a deixar o cargo. Já Roberto Setubal tinha 40 anos quando assumiu o banco, em 1994, permanecendo por 22 anos, até 2016. Não há tempo definido de mandato nem renovações periódicas.
Para a analista da Eleven Financial, Renata Cabral, a idade do novo presidente do Itaú é compatível com o foco em transformação digital, não apenas por uma questão de visão de mercado, mas também porque se trata de um trabalho de longo prazo.
“A nossa visão é a de que um executivo jovem, de 44 anos, sinaliza uma mudança, de uma visão para o futuro do Itaú. E esperamos que seja um mandato mais longo, algo que uma transformação digital exige, com mudanças que darão retorno no longo prazo.”
Em recente relatório ao mercado, o BTG Pactual lembra que transformação cultural, reestruturação de processos internos e maior foco no cliente foram as principais missões definidas para Bracher. Quanto a Maluhy, os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo chamam a atenção para a importância da transformação digital.
“A transformação digital é muito mais do que apenas ajustar sistemas. É uma mudança completa na estrutura, mentalidade e cultura da organização”, dizem, em relatório.
Nos holofotes do mercado também está a inadimplência, que deve começar a subir ao longo deste ano depois da série de prorrogações que os bancos brasileiros concederam a pessoas físicas e jurídicas como um fôlego para enfrentarem a crise gerada pela covid-19. O reforço em provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, deve ajudar a amortizar o impacto no setor.
Em relação ao novo presidente do Itaú, a lente de analistas também considera o fato de Maluhy ter enfrentado uma crise de inadimplência no chileno CorpBanca, onde atuou como presidente entre os anos de 2016 e 2019. Considerado um executivo “prata da casa”, deixou o comando do banco chileno em janeiro de 2019, quando retornou ao Brasil e assumiu o cargo de vice-presidente de controle de riscos e finanças do Itaú. Antes, passou pela Redecard (atual Rede) e ainda pelo banco de atacado, o Itaú BBA.
Questionado sobre quais os desafios que o seu sucessor enfrentará, Bracher não quis comentar sobre o assunto. Procurado, o Itaú também não se manifestou.
*Por: André Ítalo Rocha e Aline Bronzati / ESTADÃO
ÍNDIA - A Índia está planejando a introdução de nova legislação para proibir a negociação de qualquer moeda digital no país, em favor de uma criptomoeda própria.
A notícia, revelada pelo Tech Crunch, indica que a câmara baixa do parlamento indiano está preparando a medida, que vai incluir “todas as criptomoedas privadas” e definir um “quadro facilitador” para a criação de um formato oficial de dinheiro digital, emitido através do Banco Central da Índia. Não foi revelada uma data para a apresentação da proposta, mas deve acontecer durante a atual sessão legislativa.
O percurso das criptomoedas da Índia tem sido conturbado e em 2018 o Governo já tinha tentado travar a circulação de dinheiro digital no país. Naquela época, recomendou que a Bitcoin e restantes criptomoedas fossem proibidas no país, com o Banco Central argumentando a ilegalidade do dinheiro digital, por não ter cunhagem física. As autoridades do país propuseram ainda um quadro de sanções para os infratores, que previa pena de prisão até 10 anos para quem não respeitasse a lei.
O caso chegou aos tribunais, que acabaram por travar as pretensões do Governo. Em 2020, as moedas digitais voltaram a ter luz verde no país, por decisão do Supremo que não encontrou base legal para justificar as restrições, uma decisão que pode não durar muito.
A Índia não é o primeiro país do mundo a querer ter a sua própria moeda digital. A China está em fase de testes na implementação do yuan digital, que já pode ser usado para pagar compras em algumas lojas físicas. O Japão está preparando a sua e países como a Venezuela também já anunciaram a intenção de criar uma moeda digital nacional.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.