GROENLÂNDIA - Perdas de gelo generalizadas da Groenlândia resultaram em quase 30 centímetros de aumento global do nível do mar que deve ocorrer em um futuro próximo – e novas pesquisas sugerem que não há como detê-lo, mesmo que o mundo parasse de liberar o aquecimento do planeta emissões hoje.
O estudo, publicado na segunda-feira na revista Nature Climate Change, descobriu que a perda geral de gelo da camada de gelo da Groenlândia provocará pelo menos 25 centímetros de aumento do nível do mar, independentemente dos cenários de aquecimento climático. Essa é geralmente a mesma quantidade que os mares globais já aumentaram no último século da Groenlândia, Antártica e expansão térmica (quando a água do oceano se expande à medida que aquece) combinadas.
Pesquisadores do Serviço Geológico da Dinamarca e da Groenlândia observaram mudanças no volume do manto de gelo dentro e ao redor da Groenlândia e viram que o escoamento da água derretida tem sido o principal fator. Usando “teoria bem estabelecida”, os cientistas foram capazes de determinar que cerca de 3,3% da camada de gelo da Groenlândia – equivalente a 110 trilhões de toneladas de gelo – inevitavelmente derreterá à medida que a camada de gelo reage às mudanças que já ocorreram.
O aumento do nível do mar a partir desse gelo derretido ocorrerá “independentemente de qualquer caminho climático futuro previsível neste século”, de acordo com o principal autor Jason Box, cientista do Serviço Geológico da Dinamarca e da Groenlândia. “Esta água já está tecnicamente debaixo da ponte.”
Embora os autores não especifiquem uma linha do tempo, eles preveem que a mudança no nível do mar pode ocorrer entre agora e o final do século.
A pesquisa foi apenas para estimar um mínimo, ou “um limite inferior muito conservador”, de aumento do nível do mar devido ao derretimento na Groenlândia, “e no evento virtualmente certo de que o clima continua aquecendo, o comprometimento do nível do mar só cresce”, disse Box.
Mantos de gelo maciços podem derreter rapidamente quando a temperatura do ar está quente, mas a água oceânica mais quente também está erodindo a camada ao redor das bordas.
As descobertas vêm logo após um relatório de aumento do nível do mar em 2022 divulgado no início deste ano pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, que descobriu que as costas dos EUA podem esperar 25 a 30 centímetros de aumento do nível do mar nos próximos 30 anos. Isso fará com que as inundações da maré alta ocorram com mais de 10 vezes mais frequência e permitirão que as tempestades se espalhem mais para o interior, de acordo com o relatório.https://www.istoedinheiro.com.br/
A Groenlândia contém gelo suficiente para que, se tudo derretesse, poderia elevar o nível do mar em cerca de 7 metros ao redor do mundo. Pesquisadores apontam que um aumento do nível do mar de 6 metros não significa que ele aumentará uniformemente em todo o mundo, deixando alguns lugares devastados enquanto o nível do mar cai em outros.
À medida que lugares como a Groenlândia perdem gelo, por exemplo, eles também perdem a atração gravitacional do gelo sobre a água, o que significa que o nível do mar da Groenlândia está caindo à medida que o nível aumenta em outros lugares, disse William Colgan, pesquisador sênior do Serviço Geológico da Dinamarca e da Groenlândia.
“Será muito difícil se adaptar a uma mudança tão rápida”, disse Colgan, de pé na geleira Jakobshavn, na Groenlândia, onde o fiorde está cheio de gelo que se desprendeu da geleira.
Antes da mudança climática causada pelo homem, temperaturas próximas a 0 grau Celsius na Groenlândia eram desconhecidas. Mas desde a década de 1980, a região aqueceu cerca de 1,5 grau por década – quatro vezes mais rápido que o ritmo global – tornando ainda mais provável que as temperaturas ultrapassem o limite de derretimento.
Vários dias de clima excepcionalmente quente no norte da Groenlândia provocaram recentemente um rápido derretimento, com temperaturas em torno de 60 graus – 10 graus mais quentes do que o normal para esta época do ano, disseram cientistas.
A quantidade de gelo que derreteu na Groenlândia apenas entre 15 e 17 de julho – 6 bilhões de toneladas de água por dia – seria suficiente para encher 7,2 milhões de piscinas olímpicas, segundo dados do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA.
Cientistas globais disseram que as tendências nas quais as mudanças climáticas estão se acelerando são bastante claras e que, a menos que as emissões sejam contidas imediatamente, muitos outros eventos extremos de derretimento continuarão a ocorrer com mais intensidade e frequência.
ISTOÉ DINHEIRO
IBATÉ/SP - Na última semana todas as unidades de ensino de Ibaté homenagearam os alunos, em homenagem ao estudante, já que nessa data do dia 11, celebramos o dia daqueles que dedicam parte de seu tempo aos estudos, os estudantes. Para celebrar, cada escola fez uma linda homenagem aos discentes.
Para o secretário de Educação e Cultura, Alexandre Moraes Gaspar, as instituições valorizam os estudantes, já que a tarefa deles não é fácil e requer muita dedicação.“É importante reconhecer o esforço diário dos alunos, por isso as escolas fizeram essa homenagem. Os professores abordaram o tema em sala de aula, de forma interdisciplinar, já que o processo ensino-aprendizagem não pode e nem deve ser fragmentado. Acreditamos que o aluno que participa de forma direta do processo pedagógico é mais comprometido com a própria aprendizagem, além de sentir-se valorizado”, comentou o Gaspar.
O secretário destacou que cada escola preparou algo para enaltecer a data, seja algodão doce, pipoca, sessão cinema, atividade lúdicas, entre outras, com o objetivo de refletirmos sobre a importância dos estudos e das instituições de ensino para a sociedade. “O estudante tem um papel muito importante para o desenvolvimento da sociedade. Quando estudamos, não estamos nos preparando apenas de forma individual, mas sim para contribuirmos, de alguma forma, com o meio em que vivemos”, concluiu.
Sobre a data
A comemoração pelo Dia do Estudante acontece desde o ano de 1927 e teve como ponto de partida algo que ocorreu 100 anos antes, isto é, em 1827, na época do recém-instituído Império Brasileiro. Em 11 de agosto de 1827, o então imperador Dom Pedro I autorizou a criação das duas primeiras faculdades do Brasil, a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, e a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo.
SÃO CARLOS/SP - A Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição responsável pela elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de São Carlos, iniciou a fase de análises técnicas e de diagnóstico para a elaboração da matriz de origem-destino, ferramenta fundamental para o planejamento da mobilidade urbana. No caso de São Carlos, a Fundação Getúlio Vargas está trabalhando com dados de telefonia celular para a construção da matriz.
A empresa Kido Dynamics, fundada na Suíça com presença na Europa, América Latina e Oriente Médio, e que se dedica a gerar conhecimento profundo sobre o comportamento de mobilidade de milhões de pessoas por meio de tecnologias de big data e machine learning, alavancadas pela ciência da física social, vai fazer a pedido da FGV, a pesquisa origem destino de São Carlos.
De um país inteiro a uma área específica, a Kido Dynamics pode dizer com alta precisão como as pessoas se deslocaram em qualquer período de tempo e trazer conhecimento relevante para apoiar na elaboração do Plano de Mobilidade de São Carlos” explica o coordenador de projetos da FGV, Manoel Reis.
A empresa acessa o big data das operadoras de telefonia móvel, que contém um histórico diário do deslocamento relacionado a milhões de pessoas que se movimentam pelo território nacional, com anonimização apropriada para cumprir com a mais recente Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais do Brasil. Algoritmos baseados em física social analisam todos os dados fragmentados para reconstruir trajetórias completas da população e sistemas alimentados com machine learning realizam milhares de simulações para alcançar a mais alta precisão na identificação do uso de ruas e estradas específicas.
Os conhecimentos gerados por essas análises são apresentados em formatos que vão desde relatórios detalhados com análises aprofundadas de questões específicas até dados gerados em formatos padrão, exibidos em plataforma própria de publicação, e que podem ser baixados via plataforma e API para serem usados em qualquer software de gestão de dados e geoprocessamento.
De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, Paulo Luciano, a pesquisa abrange toda a população que reside, trabalha, estuda ou busca serviços na cidade. Os resultados obtidos ajudarão a mapear as necessidades de deslocamento da população e embasarão as atualizações das linhas do transporte público, além de subsidiar as políticas municipais para pedestres e ciclistas”, garante o secretário.
CAMPINAS/SP - Onça parda, lobo guará, guaxinim, veado, cachorro do mato. Esses são alguns dos animais que circulam nos arredores do campus da Unicamp em Campinas. Junto à flora da Mata Atlântica, as espécies compõem as belezas nativas do território. No entanto, estão em situação de risco devido ao avanço da urbanização e à derrubada da mata. Para permitir o trânsito seguro dos animais e recuperar as espécies da flora, o Projeto Corredores Ecológicos no Campus da Unicamp e Região foi aprovado pela Comissão de Planejamento Estratégico Institucional da Universidade (Copei).
Os corredores ecológicos irão restabelecer e conectar remanescentes de mata nativa na região da Fazenda Argentina, área de 1,4 milhão de metros quadrados adquirida pela Unicamp em 2014. A conexão entre os fragmentos de mata deverá permitir a troca gênica das espécies de fauna e flora, evitando sua degeneração. O plano também contempla a conexão e recuperação de nascentes de água.
A previsão é que, em cinco anos, sejam criados 217.000m² de corredores ecológicos, 300.000m² de área de plantio, 92 metros de passadores de fauna e 6.500 metros de cercamentos de corredores. O plantio está previsto para ser iniciado na próxima estação chuvosa, a partir de setembro, e seguirá o mapeamento das espécies nativas realizado pela professora do Instituto de Biologia (IB) Dionete Santin.
A proposta de criação dos corredores e recuperação de nascentes integra o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), criado para ser um distrito modelo em sustentabilidade. O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, destaca que o projeto está alinhado ao compromisso da Universidade com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os ODS propõem metas para a eliminação de problemas globais, como pobreza, desigualdades, fome e degradação ambiental, a serem cumpridas até 2030.
O projeto de corredores ecológicos é fundamental para que a ocupação da Fazenda Argentina e, de modo mais abrangente, de toda a área do HIDS, se dê de forma sustentável, refletindo o compromisso da Unicamp com a agenda de 2030 da ONU, pontua Meirelles.
Recuperação da mata nativa e das nascentes
Na área em que está localizada a Fazenda Argentina, há fragmentos da Mata Atlântica, bioma que perdeu 88% da sua vegetação nativa devido à ação humana. O distrito de Barão Geraldo, onde se localiza o campus de Campinas da Unicamp, também é caracterizado por ser uma zona de transição entre os biomas da Mata Atlântica e Cerrado, o que favorece uma grande diversidade de espécies.
Segundo a coordenadora do Serviço de Áreas Verdes da Divisão de Meio Ambiente da Unicamp, Camila Santos, a degradação da vegetação da região se deu em razão da expansão urbana e do uso do solo para agropecuária. As características da degradação dificultam a regeneração da mata de forma natural. Há alguns fatores que impedem que a mata se regenere. Por exemplo, aqui é uma área rural com bastante capim, um solo muito mexido por causa da agropecuária. Por isso é importante fazer os plantios, avalia.
Outro fator decisivo para a regeneração da flora é a presença de animais. Os passadores, além de permitirem a circulação segura, irão promover a disseminação das espécies da mata. O projeto contempla passadores superiores, para fauna arborícola, e inferiores, para fauna terrestre. Os passadores inferiores são implantados quando há uma sobreposição entre um corredor e uma via de trânsito, de forma que os animais consigam fazer a transposição, explica a coordenadora de Sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo.
A conexão e recuperação de nascentes, também contemplada na proposta, será importante para propiciar água aos animais. A Fazenda Argentina abriga parte da bacia do Rio das Pedras e o Ribeirão Anhumas. Ao recompor a mata ao longo dos corpos d’água, evitam-se processos de erosão e assoreamento, garantindo melhoria na qualidade da água.
Corredores ecológicos da Unicamp integram projeto macrorregional
Os corredores dão sequência às ações de preservação ambiental da DMA da Unicamp. Em 2012, observando o elevado número de atropelamentos de animais, o órgão iniciou a instalação de placas de advertência para motoristas e o cercamento parcial das Áreas de Preservação Permanente (APP) localizadas no campus. Em um ano, houve uma diminuição de 70% nos atropelamentos.
Depois disso, teve início a implantação de corredores que interligam manchas de floresta e de APPs. Em 2016, a Prefeitura de Campinas estabeleceu o Plano Municipal do Verde, cujas resoluções foram elaboradas com a participação da Unicamp. Foi uma contribuição nossa ao município de Campinas e agora daremos início a esse plano, afirma Thalita.
O plano prevê linhas de conectividade para Campinas e região metropolitana, dentro das quais se inserem os corredores a serem implementados na Fazenda Argentina. Participamos desse projeto macrorregional de integração dos nossos corredores com os de fora do território da Unicamp para viabilizar a sobrevivência das espécies em toda a região. Dessa forma, teremos uma comunicação segura entre os fragmentos, evitando que os animais venham para as vias e sejam atropelados, explica o coordenador do Centro de Monitoramento Animal (CEMA) da DMA, Paulo de Tarso.
A previsão é que dez anos após o plantio já exista uma mata amadurecida. O monitoramento do crescimento da vegetação e do uso dos corredores pelos animais será constante.
Proposta contribui para a persistência de espécies
Além de conectar os fragmentos de mata e recuperá-los, os corredores contribuem para o fortalecimento genético das espécies da fauna. Quando os animais estão isolados em um mesmo espaço, pode ocorrer perda da adaptabilidade e até extinção. Possibilitar que animais de uma mesma espécie tenham contato com indivíduos de outros grupos permite a troca genética entre eles e a viabilização desses grupos no ambiente regional como um todo, diz Paulo, idealizador do projeto.
Ele destaca que os corredores buscam devolver um equilíbrio mínimo às espécies, o que é relevante não só para elas, mas também para a saúde pública. Sem isso, estamos sujeitos a problemas como a pandemia de Covid-19. Há microorganismos circulando em ambientes selvagens. Quando invadimos e degradamos esses espaços, eles passam a ter acesso a nós, aponta.
Os benefícios que os sistemas naturais promovem, denominados serviços ecológicos, poderão ser fortalecidos por meio do projeto. Dentre eles, a redução da temperatura e melhoria na qualidade do ar. A implantação dos corredores visa reduzir o impacto da fragmentação, promovendo uma conectividade maior. Talvez nunca mais tenhamos uma mata contínua, mas podemos mitigar o problema. Enquanto existirem, os corredores poderão garantir uma troca mínima de genes entre populações de plantas e animais e permitir que fauna e vegetação caminhem pelos corredores, o que promove a manutenção dos serviços ecológicos, explica o coordenador de patrimônio do HIDS e professor de Zoologia do Instituto de Biologia da Unicamp, Wesley Silva.
Corredores ecológicos integram missão do HIDS
O Projeto Corredores Ecológicos é de responsabilidade da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) e conta com a contribuição de diversos órgãos da Unicamp. Além da Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura Universitária, há a participação da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH) e de unidades de ensino. O envolvimento de múltiplas áreas para a utilização do espaço como um laboratório vivo é incentivado pela Reitoria.
Integrada ao HIDS, a proposta alinha-se à preocupação da Universidade em fortalecer ações direcionadas à sustentabilidade. A coordenadora do componente físico-espacial do HIDS e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Gabriela Celani, indica que o projeto de ocupação da Fazenda Argentina está sendo elaborado levando em conta a proteção dos corredores ecológicos e das APPs. Redução da densidade de construções nas regiões próximas aos corredores e zonas de amortecimento são medidas que ela cita como possibilidades.
O projeto do HIDS e dos corredores pode servir de modelo para outras universidades. Sabemos que muitos campi estão em zonas periurbanas como a nossa e estão implantando regiões de conhecimento, áreas em que há parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Com a aproximação de instituições de pesquisa e desenvolvimento, ocorre um processo de urbanização. Nosso exemplo de como lidar com situações de fragilidade ambiental poderá ser uma referência para outras universidades, afirma.
Este texto foi originalmente publicado por Jornal da Unicamp de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND.
TEXTO: LIANA COLL
ALEMANHA - O asteroide que provocou a extinção de boa parte das espécies de dinossauros há 66 milhões de anos não selou somente o destino dos animais, mas também alterou a rota evolutiva de plantas, flores e frutas. É essa a conclusão de um estudo recente, realizado por pesquisadores do Centro Alemão de Pesquisa Integrada em Biodiversidade (iDiv) e da Universidade de Leipzig: a extinção dos dinossauros provocou mudanças radicais no comportamento e no futuro da vegetação do planeta a partir de então.
O princípio de tal efeito é ligado diretamente à extinção em massa dos animais: muitos deles eram herbívoros, e as ausências, no consumo e manipulação das plantas e frutas causaram uma redução na velocidade evolutiva média e no desdobramento em novas espécies vegetais. A conclusão contraria a ideia recorrente de que, com o desaparecimento dos animais, as vegetações viveram uma explosão de crescimento, diversificação e evolução.
Já a velocidade de plantas com grandes frutos, segundo o estudo, permaneceu praticamente constante, com o tamanho dos frutos aumentando no período após a extinção. “Assumimos, portanto, que a falta de influência de grandes herbívoros levou a vegetações mais densas nas quais plantas com sementes e frutos maiores tinham uma vantagem evolutiva”, afirmou Renske Onstein, pesquisador que liderou o estudo, realizado a partir da análise de plantas fossilizadas e outras ainda vivas.
De acordo com a pesquisa, ao longo dos primeiros 25 milhões de anos que sucederam o asteroide, a vegetação enfrentou mudanças expressivas, com diversas plantas perdendo mecanismos de defesa, como espinhos, enquanto outras começaram a crescer frutos maiores. “Assim, pudemos refutar a suposição científica anterior de que a presença de grandes frutos de palmeiras dependia exclusivamente de mega-herbívoros”, diz o autor. “Traços de defesa sem predadores aparentemente não ofereciam mais vantagens evolutivas”, explicou o cientista.
Segundo o estudo, com a perda das defesas das plantas, os animais menores também passaram a comer grandes frutas e, assim, espalhar suas sementes. Não por acaso, essas defesas retornaram na maioria das espécies de palmeiras, quando os novos mega-herbívoros surgiram, como elefantes e rinocerontes. O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society.
Vitor Paiva / HYPENESS
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