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LIVERPOOL - Uma nova pesquisa realizada na Universidade Liverpool analisou os impactos das mudanças climáticas nas comunidades de formigas. De acordo com os resultados do estudo, a natureza social desses insetos pode ser um dispositivo de proteção contra os efeitos nocivos derivados das mudanças climáticas, diferentemente de espécies solitárias.

Espécies de formigas que habitam o subsolo podem mover-se para temperaturas mais baixas, sendo assim mais protegidas. Porém, outros tipos do inseto também se beneficiam do aumento das temperaturas, prosperando em ambientes mais quentes.

As formigas são os insetos mais dominantes no mundo todo, estando presente em todos os continentes, exceto na Antártica. É estimado que existam entre um a dez quatrilhões de formigas no mundo, com cerca de 12 mil espécies diferentes. A sua abundância, talvez, seja por conta de características específicas dos insetos, como sua sociabilidade.

Organizadas, as formigas vivem em sociedade e trabalham juntas para o bem maior da ninhada. Em seu ciclo de vida, formigas operárias trabalham para cuidar e sustentar outras formigas reprodutoras. Além disso, essas espécies são extremamente adaptáveis

Mesmo em sua abundância, essas 12 mil espécies de formigas são essenciais para o meio ambiente. Esses insetos são necessários para o equilíbrio de diversos ecossistemas qualquer mudança ou desaparecimento de alguma espécie poderia ter resultados catastróficos.

Portanto, a sua capacidade de adaptação e sobrevivência durante as mudanças climáticas são características impressionantes e, também, importantes para o meio ambiente em geral.

SÃO CARLOS/SP - As perdas e desperdícios agroalimentares gerados em volumes maciços a partir de operações e consumo agroindustriais poderiam ser transformados em diversos produtos de alto valor agregado, como bioplásticos e materiais avançados, para movimentar a chamada bioeconomia circular. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e de instituições da Finlândia, Áustria e Canadá.

Parte da biomassa dos resíduos agroalimentares (FLW, sigla em inglês para food loss and waste) é atualmente reaproveitada, mas geralmente para aplicações de baixo valor agregado, como alimentação para o gado. Isso pode ser considerado uma subutilização, já que a versatilidade dos FLW permite a sua reutilização para produção de materiais avançados, com potencial de aplicação em dispositivos biomédicos, sensores, atuadores e dispositivos de conversão e armazenamento de energia.

O estudo ressalta a importância dos resíduos agroalimentares para o mercado de embalagens, principalmente, de alimentos, para o qual é bastante promissor, devido ao crescimento contínuo do setor, acompanhando a demanda cada vez maior por alimentos de conveniência e o aumento da população urbana.

De linear para circular

De acordo com os pesquisadores, a bioeconomia é baseada na transformação de recursos renováveis em produtos finais, incluindo materiais. No entanto, a economia circular propõe a transformação da atual cadeia de abastecimento linear (“pegue, faça, use, descarte”) em um modelo circular (“pegue, faça, use, recicle”), focado na otimização da eficiência de recursos e processos por meio da reutilização e dos diferentes tipos de reciclagem de produtos.

Eles acreditam que isso possibilitaria um ciclo cada vez mais perto de ser fechado, conduzindo a um sistema idealmente livre de resíduos e, assim, contrabalançar as deficiências socioeconômicas e ambientais existentes no modelo linear atual.

Para o engenheiro de materiais da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Daniel Souza Corrêa, um dos autores do estudo, os FLW representam desperdício de recursos, incluindo água, trabalho e energia usados para produzir alimentos.

Os três eixos, que compreendem o nexus água-energia-alimento, exigem uso mais eficiente, equitativo e adequado frente ao possível esgotamento de recursos do ecossistema de produção. Até pouco tempo água-energia e alimentos eram gerenciados de forma independente, mas em emergente abordagem, passaram a ser tratados de forma conectada.

O conceito nexus - palavra de origem latina – vem demandando integração entre os três elementos, uso racional e governança de diferentes setores, considerando que o uso em excesso de uma das variáveis causa perda de outra e, consequentemente, nas cadeias de produção.

“Além disso, os resíduos agroalimentares contribuem para agravar o cenário das mudanças climáticas, com o aumento dos gases de efeito estufa (GEE). O gás metano, por exemplo, principal contribuinte para a formação do ozônio, é liberado durante a decomposição de matéria orgânica (como restos de alimentos encontrados em lixões e aterros”, diz o pesquisador.

Geração de bioplástico

O estudo “O nexus alimentos-materiais: bioplásticos de próxima geração e materiais avançados de resíduos agroalimentares”, foi publicado em 2021, na edição 43 na contracapa da Advanced Materials. A revista é uma das de maior impacto na área. No artigo, os cientistas avaliaram os avanços recentes na valorização dos FLW.

Além disso, exploraram aspectos de sustentabilidade associados às demandas de fabricação de materiais e dispositivos avançados e funcionais, bem como os desafios e estratégias para obter bioplásticos a partir desses resíduos agroalimentares.

Entre as aplicações apontadas está a transformação de perdas e resíduos agroalimentares em materiais “verdes”, uma opção emergente que utiliza biomassa residual e fluxos secundários da cadeia de abastecimento alimentar.

O professor do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, Caio Otoni, primeiro autor do estudo, explica que a maioria dos bioplásticos atuais é de primeira geração, ou seja, produzidos a partir de plantas ricas em carboidratos ou proteínas que, pelo menos em alguns casos, poderiam ser usados como alimento ou ração animal. Entre elas, destacam-se milho, cana-de-açúcar, soja, trigo e batata, o que leva a divergências em torno de aplicações alimentares e não alimentares.

Por outro lado, o pesquisador diz que os bioplásticos de segunda geração são derivados de matérias-primas que não se destinam ao uso alimentar, incluindo celulose de madeira e FLW. Uma terceira geração de bioplásticos, ainda em desenvolvimento, envolve a produção direta de plásticos, ou seus blocos de construção, a partir de organismos vivos.

“Portanto, a utilização de resíduos agroalimentares (FLW) para obter materiais é compatível com os bioplásticos de segunda e terceira gerações, representando uma alternativa sustentável para as estratégias atuais de produção massiva de plásticos, sobremaneira os ditos de uso único”, avalia Otoni.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico anualmente, mas apenas 1% do que é descartado é reaproveitado. O lixo orgânico não tratado gera gás metano, nocivo à atmosfera, quando entra em decomposição nos aterros sanitários.

Desafio Global

A perda e o desperdício de alimentos são considerados um problema generalizado em todo o globo, um desafio à segurança alimentar, à economia e à sustentabilidade ambiental.

Reduzir o desperdício alimentar global per capita é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como meta diminuir em 50% os FLW até 2030 (a meta foi definida em 2015).

De acordo com o estudo global Food Waste Index, divulgado em março do ano passado, a estimativa é de que 931 milhões de toneladas de alimentos, ou 17% do total de alimentos disponíveis para os consumidores em 2019, foram despejados por residências, varejos, restaurantes e outros serviços de alimentação.

Iniciativas promissoras

Na Embrapa Instrumentação, pesquisas para aproveitamento de subprodutos agroalimentares já vêm sendo realizadas há mais de duas décadas, frequentemente em parceria com grupos da UFSCar, de outras unidades da Embrapa, entre elas, a Embrapa Agroindústria Tropical, e de outras instituições do Brasil e do exterior, como o Departamento de Agricultura dos EUA, o USDA.

Segundo a engenheira de alimentos da Embrapa, Henriette M. C. Azeredo, coautora do estudo, além do reaproveitamento de subprodutos ou resíduos, existem casos em que se utilizam as partes comestíveis dos alimentos para a produção de materiais, neste caso, materiais comestíveis. Um exemplo são os filmes comestíveis à base de frutas, hortaliças e legumes.

Estas películas finas têm potencial para servir como embalagem primária e embalar de pizzas a sushi e, a depender da formulação, podem apresentar características físicas semelhante aos plásticos convencionais, como resistência mecânica e capacidade de barreira, além de igual capacidade de proteção dos alimentos. Esta linha de pesquisa, iniciada na Embrapa pelo pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, pode ajudar a reduzir o desperdício de alimentos.

O uso de embalagens comestíveis é fundamental para a proteção dos alimentos, para evitar agentes de deterioração, danos mecânicos, desidratação, entre outros. Assim, o principal objetivo deve ser a minimização de FLW com o uso de materiais de longa duração, considerando a circularidade e a persistência dos recursos naturais dentro do ciclo econômico.

Barreiras ao uso

No entanto, os custos econômicos e diferenças de desempenho permanecem como barreiras importantes para o uso dos resíduos agroalimentares. Azeredo diz que, embora mais vantajoso do ponto de vista ambiental, a maioria dos bioplásticos tem desempenho inferior nas suas propriedades, comparados aos plásticos convencionais.

“Além de apresentarem desafios na processabilidade, requerendo adaptações de engenharia ou novos métodos, esses materiais geralmente têm propriedades mecânicas e de barreira inferiores aos dos plásticos convencionais. Estes são desafios a serem enfrentados com pesquisa e criatividade. Por outro lado, os materiais derivados de alimentos podem ter propriedades funcionais (como antimicrobianas e antioxidantes, por exemplo) que não são apresentadas pelos plásticos convencionais”, afirma a engenheira de alimentos.

Azeredo explica que a composição química complexa e heterogênea da biomassa derivada dos resíduos agroalimentares é um desafio, mas também pode oferecer grandes oportunidades, por exemplo, se táticas de fracionamento apropriadas forem aplicadas.

Bruno Dufau Mattos, pesquisador da Universidade de Aalto, na Finlândia, e coautor do trabalho, complementa que as estratégias de última geração usadas para reciclar FLW em materiais multifuncionais e avançados dependem da desconstrução e remontagem, síntese e engenharia de blocos de construção monoméricos, poliméricos e coloidais derivados de resíduos agroalimentares.

Azeredo enfatiza, no entanto, que os bioplásticos representam apenas uma pequena fração, cerca de 1% da produção total de plásticos. A principal aplicação são as embalagens, mais de 53%, o que representou 1,14 milhão de toneladas em 2019.

Para a pesquisadora, os bioplásticos poderiam substituir contrapartes tradicionais não renováveis ou criar soluções para os desafios tecnológicos atuais, melhorando assim os aspectos de sustentabilidade e circularidade da fabricação de materiais. 

EUA - Um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, publicado no The American Journal of Psychiatry, apontou um avanço no tratamento contra depressão grave. O novo protocolo em questão usa estimulação magnética transcraniana e resultou em remissão de 79% dos participantes do estudo duplo-cego.

O tratamento já foi usado anteriormente contra a depressão, mas o novo protocolo é baseado em um método individualizado e não invasivo. Segundo os pesquisadores, o resultado alivia a depressão grave, proporcionando benefícios duradouros para o paciente. As informações são do “IFLScience”.

O protocolo baseia-se em um tratamento de estimulação já aprovado, chamado estimulação intermitente theta-burst (iTBS). O método consiste em pulsos magnéticos entregues à região do cérebro, que se acredita estar implicada na depressão, diariamente durante seis semanas. No entanto, o tratamento é de longa duração e os resultados variam conforme as especificidades de cada indivíduo.

 

A pesquisa

O estudo, liderado por Nolan Williams, médico e professor assistente de psiquiatria e ciências comportamentais, teve como objetivo direcionar os pulsos de maneira mais focada às necessidades de cada paciente e aumentar o número de pulsos.

Ao todo, 29 pacientes foram divididos em dois grupos: os receberam a nova terapia de neuromodulação de Stanford (SNT) e aqueles que receberam um tratamento simulado.

Após cinco dias de tratamento, 78,6% dos participantes que receberam SNT entraram em remissão e preencheram requisitos para não mais serem diagnosticados como deprimidos. Dos 14 participantes tratados, 12 tiveram melhora em seus sintomas em quatro semanas e 11 foram caracterizados pelas avaliações do FDA (Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) como em remissão. Já no outro grupo de tratamento simulado, apenas dois dos 15 pacientes preencheram os mesmos critérios.

Os efeitos colaterais apresentados foram leves, como fadiga temporária e dores de cabeça.

 

 

ISTOÉ

Pesquisa é feita pela parceria entre UFSCar e UFSC e também vai analisar a participação desse público nas atividades em casa

 

SÃO CARLOS/SP - Uma parceria entre as universidades federais de São Carlos (UFSCar) e de Santa Catarina (UFSC) está realizando uma pesquisa que pretende analisar o impacto, as reações e as preocupações que a pandemia da Covid-19 teve na vida e nos sentimentos dos cuidadores e das crianças e adolescentes com alterações neuromotoras. O estudo vai verificar também como essas crianças e jovens têm participado das atividades em casa nesse período de distanciamento social.
De acordo com os pesquisadores, todo o contexto da pandemia pode trazer níveis aumentados de estresse e sobrecarga para pais e/ou responsáveis pelo cuidado desse público, além da falta dos serviços de saúde e da comunidade que foram interrompidos durante a pandemia. "Além disso, a pandemia pode ter afetado a participação de crianças e adolescentes em atividades da casa, com aumento do estresse por não poderem sair e com a falta de socialização com amigos e familiares", complementam os pesquisadores.
Diante disso, a pesquisa é importante para entender de que forma a pandemia afetou o dia a dia dessas famílias, se trouxe aumento de sobrecarga por parte dos cuidadores e um aumento de sentimentos negativos para eles e para essas crianças e adolescentes.
A equipe de pesquisa aponta que a "expectativa do estudo é encontrar alta porcentagem de preocupações dos cuidadores e das crianças e adolescentes referentes à pandemia, a cuidados com a saúde em geral e com a reabilitação, ainda que essas preocupações tenham sido maiores no início da pandemia do que agora".
Para realizar o estudo, estão sendo convidados pais e/ou responsáveis pelo cuidado de crianças e adolescentes (até 17 anos) que tenham alterações neuromotoras. Os participantes apenas responderão questionários eletrônicos. Interessados devem entrar em contato, até março, com a pesquisadora Rafaela Silveira Passamani pelo telefone (55) 9659-6998. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CAAE: 51536621.5.1001.0121).

Parceria
O estudo é feito pela parceria entre o Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil da UFSCar (Ladi), do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e a UFSC. A equipe da UFSCar é responsável pelo recrutamento dos voluntários e o grupo de Santa Catarina aplicará a pesquisa. O estudo é coordenado pela professora Adriana Neves dos Santos, da UFSC, e tem colaboração de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do DFisio, e da doutoranda Beatriz Helena Brugnaro. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CAAE: 51536621.5.1001.0121).
Participam Sérgio Machado Rezende, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, e Helena Nader, ex-presidente da SBPC

 

SÃO CARLOS/SP - Nesta segunda-feira, 14 de fevereiro, acontece a conferência inaugural do Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), intitulada "A Ciência que queremos para o Brasil no mundo". O evento contará com a participação de Sérgio Machado Rezende, professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Ministro de Ciência e Tecnologia entre os anos de 2005 e 2010, que abordará o tema "Educação e Ciência para reconstruir o Brasil"; e de Helena Bonciani Nader, docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no período de 2011 a 2017, que falará sobre "Ciência e soberania em um mundo globalizado".
O evento prevê também a abertura com a Reitoria da UFSCar. Em seguida, Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, docente do Departamento de Física (DF) da UFSCar e proponente da criação do Instituto, fará uma breve apresentação da concepção do IEAE. Após as palestras, acontece o debate a partir de perguntas selecionadas.
As inscrições podem ser feitas neste link (https://bit.ly/34COJAJ). Com início às 14 horas e mediação de Mariana Pezzo, Diretora do Instituto da Cultura Científica Willian Saad Hosne, da UFSCar, a conferência poderá ser acompanhada pelo YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=23RSicF2QJk).
Pesquisa pretende conhecer a demanda de tratamento desses casos para traçar novos projetos na área

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de doutorado, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, está buscando homens e mulheres que já tiveram Covid-19 para verificar a presença de sintomas urinários em indivíduos que tiveram doença. A pesquisa é realizada por Ana Jéssica dos Santos Sousa, sob orientação de Patricia Driusso, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e conta com a participação das pesquisadoras Ana Paula Rocha e Jordana Barbosa da Silva, que atuam no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da UFSCar, onde o estudo é desenvolvido.
De acordo com as pesquisadoras, uma síndrome pós-Covid-19 foi estabelecida em fevereiro de 2021 para relatar sintomas de sequelas de pacientes que tiveram a doença. "Como a síndrome pós-Covid-19 envolve fraqueza muscular generalizada e sintomas provenientes do sistema nervoso central, temos como hipótese que essas condições levam a disfunções do assoalho pélvico, como a incontinência (perda) urinária, por exemplo", destaca Ana Paula Rocha. Ela acrescenta que algumas mulheres que buscam atendimento no Lamu têm relatado que começaram a ter incontinência urinária nos últimos dois anos, mas não é possível afirmar que o sintoma é proveniente da Covid-19. "Essa é uma pesquisa inicial, com ela queremos investigar se existe uma relação entre os sintomas pós-Covid-19 e sintomas urinários", destaca Rocha. Caso essa relação seja verificada, a pesquisadora explica que será possível, então, conhecer a demanda de pessoas com essa queixa. "Esse tipo de estudo é importante, porque é a partir do resultado dele que poderemos traçar novas pesquisas que visam ao tratamento, caso exista uma demanda para isso", reforça.
Pesquisa na área de Educação Especial da UFSCar busca voluntários

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando caracterizar as atividades acadêmicas de estudantes com deficiência visual do Ensino Superior em situação de ensino remoto, durante a pandemia de Covid-19. Para isso, convida voluntários para uma entrevista online.
"Sabe-se que, conforme os alunos com deficiência avançam nas etapas de ensino, eles enfrentam maiores dificuldades e isso não é diferente com aqueles que apresentam deficiência visual. Quanto mais avançam nas etapas de ensino, como o Superior, eles ficam em número reduzido e enfrentam mais barreiras", relata Josana Carla Gomes da Silva, doutoranda do Programa em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar e responsável pela pesquisa. "Considerando as possíveis barreiras e dificuldades apresentadas a esses estudantes, gostaríamos muito de compreender, a partir da visão dos alunos com deficiência visual que estão ou estiveram matriculados no Ensino Superior e cursaram aula durante a pandemia, como foi a experiência do ensino remoto", complementa a pesquisadora.
Segundo Silva, "a partir dessas informações, é possível planejar futuras ofertas de aulas e cursos nas universidades, pensando especificamente no acesso das pessoas com deficiência visual, assim como fomentar novas discussões que podem auxiliar na modificação e formulação de políticas públicas".
Para investigar o tema, estão sendo convidados voluntários para responderem uma entrevista online, pela plataforma Google Meet, com duração de 40 minutos. Os interessados devem ter alguma deficiência visual, ser estudantes universitários, com 18 anos ou mais, e ter cursado aulas no ensino remoto durante a pandemia. Para participar, é preciso preencher o formulário online, em https://bit.ly/3240Zsw, ou entrar em contato com a pesquisadora Josana Silva pelo WhatsApp (16) 99147-9590 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. 
O estudo tem orientação da professora do Departamento de Psicologia (DPsi) Carolina Severino da Costa e apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52226421.1.0000.5504).
Pesquisa na área de Educação Especial da UFSCar busca voluntários

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando caracterizar as atividades acadêmicas de estudantes com deficiência visual do Ensino Superior em situação de ensino remoto durante a pandemia de Covid-19. Para isso, está convidando voluntários para entrevista online.
"Sabe-se que, conforme os alunos com deficiência avançam nas etapas de ensino, eles enfrentam maiores dificuldades e isso não é diferente com alunos que apresentam deficiência visual. Quanto mais avançam nas etapas de ensino, como o Superior, eles ficam em número reduzido e enfrentam mais barreiras", relata Josana Carla Gomes da Silva, doutoranda do Programa em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar e responsável pela pesquisa. "Considerando as possíveis barreiras e dificuldades apresentadas a esses alunos, gostaríamos muito de compreender, a partir da visão dos alunos com deficiência visual que estão ou estiveram matriculados no Ensino Superior e cursaram aula durante a pandemia, como foi a experiência do ensino remoto", complementa a pesquisadora.
Segundo Silva, é importante compreender como ocorreu essa experiência na perspectiva desses alunos "porque, a partir dessas informações, é possível pensar e planejar futuras ofertas de aulas/cursos das universidades, pensando especificamente no acesso desses alunos com deficiência visual, assim como fomentar novas discussões que podem auxiliar na modificação/formulação de políticas públicas".
Para investigar o tema, estão sendo convidados voluntários para responderem uma entrevista online, pela plataforma Google Meet, com duração de 40 minutos. Os interessados devem ter alguma deficiência visual, ser estudantes universitários, com 18 anos ou mais, e ter cursado aulas no ensino remoto durante a pandemia. Para participar, é preciso preencher o formulário online https://bit.ly/3240Zsw ou entrar em contato com a pesquisadora Josana Silva pelo WhatsApp (16) 99147-9590 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. 
O estudo tem orientação da professora do Departamento de Psicologia (DPsi), Carolina Severino da Costa, e apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52226421.1.0000.5504).

RIO DE JANEIRO/RJ  - Estudo realizado pela Fundação do Câncer revela desigualdades encontradas pelas mulheres no acesso ao tratamento do câncer de mama, tanto em hospitais públicos quanto privados. Com base em dados dos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil (RHC) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e consolidados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o levantamento abrange um período de 13 anos, compreendidos entre 2006 e 2018. Suas conclusões foram divulgadas nesta 4ª feira (15), no Rio de Janeiro.

Os registros mostram que a origem do encaminhamento da mulher ao hospital para o tratamento do câncer de mama é classificada como SUS (Sistema Único de Saúde) e não SUS. Em geral, os registros têm defasagem de cerca de dois anos do ano-calendário, disse a bióloga epidemiologista da Fundação do Câncer Rejane Reis, uma das responsáveis pelo estudo.

Segundo o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, foram analisadas as variáveis relativas ao estadiamento do câncer de mama ao diagnóstico, o tempo decorrido entre o diagnóstico e o tratamento e a escolaridade das pacientes. “Dessa forma, evidenciamos que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento está longe do ideal para os dois grupos estudados. Ainda assim, as pacientes que vieram pelo SUS levaram mais tempo do que as pacientes encaminhadas pelo setor privado”. Cerca de 34% das pacientes de origem SUS iniciaram o tratamento antes dos 60 dias, contra 48% do setor privado.

Não  não há como dizer por que isso ocorre, afirmou Scaff. A hipótese é que, ao procurar o hospital do SUS para o tratamento, muitas vezes novos exames são solicitados. “E quem dispõe de algum recurso consegue fazer os exames de forma particular e, aí, inicia o tratamento, como cirurgia ou quimioterapia, mais rapidamente, mais oportunamente.”

Para Scaff, o processo de acesso ao tratamento não é oportuno e, como consequência provável, a sobrevida das pacientes de origem SUS deverá ser menor. “Quando a origem é via plano de saúde, ou particular, o diagnóstico acaba sendo mais rápido. É a iniquidade que perdura."

Estádios

O estádio, ou estágio, do câncer é uma classificação do grau de comprometimento da doença na paciente. Estádios menores, como 0 ou 1, indicam doença inicial localizada, enquanto os maiores, como 3 e 4, indicam doença avançada e metastática. Metástese é quando o câncer se espalha para outros órgãos do corpo.

De acordo com o estudo, as pacientes do SUS chegam ao tratamento em estádios mais avançados do que as pacientes do setor privado. “Essa diferença é tamanha que somente 19% das pacientes SUS chegam ao tratamento em estádios iniciais 0 ou 1, contra 31% das pacientes não SUS”, informou Scaff.

O ideal é que a maioria dos casos chegue em estágios precoces (0 e 1) porque, dessa forma, o tratamento é mais efetivo, o prognóstico é muito melhor e a sobrevida, muito maior, com melhores resultados, afirmou Rejane Reis.

"O que fica claro é que o tempo entre a suspeita diagnóstica e o início do tratamento é crucial: tem relação com o agravamento da doença e, consequentemente, com o tratamento necessário. Quanto maior o tempo, mais agressivo será o tratamento; câncer é uma doença tempo-dependente”, complementou Scaff.

Trata-se de uma forma fácil, prática e acessível de identificar riscos de incapacidade funcional em atividades cotidianas

 

SÃO CARLOS/SP - Avaliar a velocidade de caminhada é uma forma rápida, fácil e acessível de identificar risco de incapacidade funcional em pessoas idosas, apontou pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A incapacidade funcional pode impedir uma vida independente, aumentar o risco de quedas, hospitalização e, até mesmo, morte. Sua detecção ainda é complexa, e foi a busca por facilitá-la e agilizá-la que motivou o estudo da UFSCar, em parceria com a University College London (UCL), do Reino Unido.
A incapacidade funcional diz respeito à dificuldade de executar tarefas cotidianas, desde atividades básicas - como tomar banho, comer e se vestir - até as instrumentais - tomar remédio, fazer compras, cuidar das finanças, dentre outras. Comumente, a identificação do risco de incapacidade funcional é associada à fragilidade, mas é fundamental registrar que não são sinônimos. A fragilidade é uma síndrome que compromete vários sistemas fisiológicos, sendo a lentidão da velocidade um de seus componentes. O diagnóstico clínico da fragilidade apresenta dificuldades, exigindo tempo e envolvendo alguns parâmetros específicos relacionados a cinco componentes: fraqueza muscular, baixo nível de atividade física, exaustão, perda de peso não intencional e lentidão da velocidade de caminhada.
Com o intuito de agilizar essa avaliação, os pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar e à UCL compararam a fragilidade como um todo a cada um de seus componentes, a fim de verificar qual componente melhor discriminaria o processo de incapacidade.
O estudo mostrou a lentidão da velocidade de caminhada - avaliada pelo tempo para percorrer uma distância determinada - como melhor componente para discriminar o risco de incidência de incapacidade em ambos os sexos, em vez da avaliação da fragilidade como um todo.

Levantamento
A pesquisa avaliou informações de participantes selecionados pelo English Longitudinal Study of Aging (ELSA - Estudo Longitudinal Inglês de Envelhecimento), em Londres, na Inglaterra, com idade igual ou superior a 60 anos.
Ao todo, foram analisados dados de pessoas que inicialmente não tinham fragilidade e nem incapacidades - nem em atividades básicas (1.522 indivíduos) e nem em atividades instrumentais em vida diária (1.548 indivíduos). Essas pessoas foram acompanhadas em três momentos, a cada quatro anos. O estudo, portanto, teve a duração de 12 anos (de 2004 a 2016).
Os participantes foram avaliados com base nos cinco componentes de fragilidade separadamente, de acordo com escalas já estabelecidas e validadas por estudos anteriores. A partir das análises, os pesquisadores detectaram que a lentidão de velocidade de caminhada foi o único componente capaz de discriminar, isoladamente, a incidência de incapacidade funcional em idosos.
"A lentidão foi o principal sinal de alerta de declínio funcional em idosos, tanto para o comprometimento das atividades básicas de vida diária, como para atividades instrumentais", expõe Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar e orientador da pesquisa.
Ele explica que "embora a avaliação da fragilidade seja eficaz e bem aceita na comunidade científica, a identificação isolada da lentidão na velocidade de caminhada pode ser melhor para descobrir precocemente o processo de incapacidade, por ser mais fácil e rápida de se avaliar".
"Encontramos um importante atalho para a identificação da incapacidade funcional. Com isso, é possível implementar intervenções rápidas, como atividade física monitorada e dieta balanceada, de acordo com as particularidades de cada pessoa", complementa Dayane Capra, doutoranda no PPGFt, autora do estudo.
Nesse sentido, a descoberta sugere que os profissionais de Saúde fiquem atentos a este sinal de alerta específico, a fim de agilizar o diagnóstico e favorecer o desenvolvimento precoce de estratégias de reabilitação em pessoas idosas que apresentam risco de desenvolver incapacidade funcional.

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