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SÃO PAULO/SP - Ao contrário de anos anteriores, em que a coleção de roupas de inverno ficou encalhada nas araras das lojas, em 2022, camisetas de manga longa, moletons, blusas de tricô e casacos têm sido vendidos mais facilmente, mesmo com os preços mais altos. Isso se deve à chegada antecipada do frio, já em maio, no momento em que muitas pessoas voltavam ao trabalho presencial, depois de passar dois anos em home office.

“Percebemos que a retomada da mobilidade e da participação em eventos sociais têm contribuído para a necessidade de renovar o guarda-roupa e, com isso, temos visto maior fluxo, em especial na loja física, mas também no online. Esses fatores, aliados às frentes frias que atingiram o país, têm estimulado maior procura por peças de inverno, assim como por itens mais voltados para situações profissionais e sociais, que os clientes não estavam usando tanto em função da pandemia", diz a direção das lojas Renner.

Até agora, com menos de uma semana de inverno, que começou oficialmente na última terça-feira (21), o país já enfrentou três fortes ondas de frio, duas delas causadas por massas de ar polar: a primeira foi na semana de 11 de maio, período em que cidades do Sul registraram temperaturas abaixo da média histórica; a segunda onda de frio, causada pela passagem da primeira massa polar, aconteceu entre o fim de maio e início de junho e, além do frio, levou geadas para as regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, e chuvas fortes, seguidas por alagamentos, no Nordeste; e a terceira onda e segunda massa polar chegou por volta de 12 de junho, levando as temperaturas em algumas localidades para valores abaixo de zero.

"As temperaturas mais baixas ajudam muito os lojistas", afirma Luís Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping). "E se o frio for constante, a venda é melhor ainda. Uma sequência de dias com temperaturas baixas, cinco, seis dias, favorece muito o comércio, é bastante positivo. As pessoas ainda não podem renovar seus guarda-roupas, as peças estão caras e o dinheiro está curto. Então, elas só compram os artigos de que precisam mesmo, e uma sequência de dias frios faz sentir essa necessidade", explica.

Para os executivos da Renner, o frio antecipado fez o desempenho das vendas superar os patamares pré-pandemia. "No primeiro trimestre, registramos alta de 63% na comparação com o mesmo período de 2021, e de 35% na comparação com 2019. Esta tendência se acelerou nos meses seguintes, alavancada pela boa aceitação da coleção outono-inverno, influenciada também por datas comemorativas, como o Dia das Mães.”

Segundo Ildefonso, praticamente não houve vendas nos últimos dois anos. "As pessoas não saíram, ficaram isoladas em casa, e os armários se mantiveram, porque ninguém teve a necessidade de comprar roupas novas. Mas esse invernico que aconteceu antes da entrada do inverno mostrou aos lojistas que, tendo estoque, certamente eles devem vender bem. Os dias de frio, inclusive aqueles com garoa, mostraram o aumento da procura por agasalhos, cobertores e outros produtos mais pesados", conta.

O aumento nas vendas com o frio também foi percebido pelos comerciantes da região do Bom Retiro, em São Paulo, segundo a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro). "Em maio e junho, até a semana passada, observamos um aumento de 10% na procura por roupas de inverno em relação ao mesmo período de 2019, pois não estamos considerando os anos da pandemia, 2020 e 2021. Muitas empresas ficaram sem estoque e tiveram que repor mercadorias para atender a alta procura", informou a entidade, por meio de nota.

 

 

Mariana Botta, do R7

FRANÇA - A UE anunciou o lançamento de uma nova taxa, que será lançado em maio de 2023. Embora o ETIAS não seja o mesmo que um visto – é mais rápido, feito on-line e não requer informações biométricas – ainda há um procedimento e um custo para obtê-lo.

O ETIAS, que significa Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem, já havia sido planejado para ser lançado no final de 2022. Contudo, deve começar a valer para viagens a partir de maio de 2023.

Os viajantes da UE estão isentos e têm liberdade de movimento em todo o bloco, permitindo que passem o tempo que quiserem em muitos países. Os residentes da UE também estarão isentos.

Mas para todos que entrarem no bloco vindos de um país que não exigia visto anteriormente, o ETIAS será obrigatório. A medida afeta cerca de 60 países, incluindo o Brasil.

O processo de inscrição será por meio de um “sistema de TI amplamente automatizado”, com aprovação concedida “em minutos”, para cerca de 95% dos candidatos, de acordo com um novo memorando emitido pela UE. O tempo máximo necessário para aprovação pode ser de até um mês em “casos muito excepcionais”. Qualquer pessoa que não consiga a autorização terá o direito de recorrer.

 

Quais são as regras e o preço do ETIAS?

A autorização do ETIAS é válida para várias entradas na Europa ao longo de três anos. No entanto, os titulares devem respeitar as regras de imigração e overstay. Ou seja, atualmente, os brasileiros não podem permanecer mais de 90 dias em sua totalidade, para cada período de 180 dias.

O custo da taxa: € 7 (quase R$ 40) para aqueles com idade entre 18 e 70 anos. Ainda não está claro se outros terão uma tarifa reduzida ou poderão se inscrever gratuitamente.

 

 

Renata Jordão / DESEJO DE LUXO

SÃO CARLOS/SP - A Petrobras anunciou na última sexta-feira (17) novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, o aumento ocorreu no dia 18. O diesel não era reajustado desde 10 de maio. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março.

São Carlos é a cidade da região que tem o maior valor no preço médio da gasolina vendida nos postos. O litro do combustível é vendido de R$ 7,14, a R$ 7,19 em média.

Conversamos com um motorista que não quis se identificar e afirmou que São Carlos tem um forte cartel (cartel - é um acordo de cooperação entre empresas que buscam controlar um mercado, determinando os preços e limitando a concorrência).

“Além do preço ser equiparado, é o mais caro da região. Não deu tempo de a Petrobras anunciar o aumento e o reajuste já estava nas bombas. Eu acho que São Carlos tem cartel só pode” desabafou o motorista.

Uma motorista disse que a Petrobras e os donos de postos só arrumam desculpas para aumentar o preço.

“Uma hora a desculpa é a covid, depois a guerra na Ucrânia e assim vão nos enrolando. Nós sabemos que existe a inflação, porém existe também a deflação, e cadê? Por exemplo, a gasolina custava há um bom tempo atrás R$ 3,50, sabe quando esse preço vai voltar? Nunca mais!” afirmou a motorista.

Nossa reportagem esteve na cidade de Ribeirão Preto na última 4ª feira, 22, e o preço médio da gasolina é de R$ 6,89.

O Núcleo de Economia do Sincomercio da cidade de Araraquara está lançando uma nova ferramenta para auxiliar os consumidores de 107 municípios do estado de São Paulo na busca por informações atualizadas sobre o preço dos combustíveis e do gás de cozinha (GLP).

O Painel de Consulta dos Combustíveis, que pode ser acessado pelo link www.sincomercioararaquara.com.br/nucleo-economia .

Painel conta com três quadros interativos e traz informações para mais de 100 municípios do estado de São Paulo

 

ARARAQUARA/SP - O Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara está lançando uma nova ferramenta para auxiliar os consumidores da cidade e outros 107 municípios do estado de São Paulo na busca por informações atualizadas sobre o preço dos combustíveis e do gás de cozinha (GLP).

Painel de Consulta dos Combustíveis, que pode ser acessado pelo link www.sincomercioararaquara.com.br/nucleo-economia, agrega e organiza dados sobre o mercado de combustíveis e veículos divulgados por entidades como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Secretaria Municipal de Trânsito (SENATRAN), a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) do Governo do Estado de São Paulo, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

A ferramenta faz parte da Pesquisa de Preços dos Combustíveis, atualizada mensalmente pelo Núcleo de Economia e conta com três quadros interativos: o primeiro compara a média de preços entre a gasolina e o etanol, avaliando qual é mais vantajoso para cada localidade, além de oferecer informações sobre o consumo médio de gasolina e etanol para uma extensa lista de veículos leves; o segundo compila informações sobre consumo mensal de combustível, frota veicular, população e mais informações de preços nos municípios; e o terceiro faz uma análise detalhada sobre o comportamento recente dos preços para o município e período de interesse do usuário.

 

“Os preços dos combustíveis levantam muitas discussões atualmente e esse é um assunto que ainda provoca muitas dúvidas na população. E é por reconhecer a importância do acesso à informação que o Núcleo de Economia divulga essa nova ferramenta para auxiliar consumidores, institutos de pesquisa e instituições de ensino de todo o estado de São Paulo”, destaca João Delarissa, economista da entidade.

 

           No mesmo link no qual o painel está disponível é possível encontrar outras pesquisas e análises do Núcleo de Economia do Sincomercio, incluindo o recente levantamento sobre os preços dos combustíveis e do GLP na cidade, que registrou desaceleração da inflação para os combustíveis em maio de 2022.

Serviço:

Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio)

Avenida São Paulo, 660 – Centro

Contato: (16) 3334-7070

economia@sincomercioararaquara.com.br

www.sincomercioararaquara.com.br/nucleo-economia

BERLIM - A Alemanha acionou o "estágio de alarme" de seu plano de emergência de gás nesta quinta-feira em resposta à queda na oferta russa, mas não permitiu que as concessionárias repassem os custos crescentes de energia para clientes na maior economia da Europa.

A medida é a mais recente escalada de um impasse entre a Europa e Moscou desde a invasão russa da Ucrânia, que expôs a dependência do bloco ao fornecimento de gás russo e desencadeou uma busca frenética por fontes alternativas de energia.

O passo é amplamente simbólico, sinalizando para empresas e famílias que cortes dolorosos estão a caminho. Mas isso marca uma grande mudança para a Alemanha, que cultivou fortes laços energéticos com Moscou desde a Guerra Fria.

Fluxos menores de gás provocaram alertas nesta semana de que a Alemanha poderia entrar em recessão se o fornecimento russo parasse completamente. Uma grande pesquisa na quinta-feira mostrou que a economia está perdendo força no segundo trimestre.

"Não podemos nos enganar: o corte no fornecimento de gás é um ataque econômico contra nós do (presidente russo Vladimir) Putin", disse o ministro da Economia, Robert Habeck, em comunicado.

Espera-se que o racionamento de gás seja evitado, mas não pode ser descartado, afirmou Habeck, alertando:

"A partir de agora, o gás é uma commodity escassa na Alemanha... Estamos, portanto, agora obrigados a reduzir o consumo de gás, agora já no verão."

A Rússia negou que os cortes de fornecimento tenham sido deliberados, com a fornecedora estatal Gazprom culpando um atraso na devolução de equipamentos reparados causado por sanções ocidentais. O Kremlin disse nesta quinta-feira que a Rússia "cumpriu rigorosamente todas as suas obrigações" com a Europa.

 

 

Por Holger Hansen e Vera Eckert / REUTERS

BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal paga hoje (24) a parcela de junho do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) com final 6. O valor mínimo do benefício é de R$ 400. As datas seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava os beneficiários nos dez últimos dias úteis do mês.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Atualmente, 17,5 milhões de famílias são atendidas pelo programa. No início do ano, três milhões de famílias foram incluídas no Auxílio Brasil.

NIS jun jul ago set out nov dez
1 17/06 18/07 18/08 19/09 18/10 17/11 12/12
2 20/06 19/07 19/08 20/09 19/10 18/11 13/12
3 21/06 20/07 22/08 21/09 20/10 21/11 14/12
4 22/06 21/07 23/08 22/09 21/10 22/11 15/12
5 23/06 22/07 24/08 23/09 24/10 23/11 16/12
6 24/06 25/07 25/08 26/09 25/10 24/11 19/12
7 27/06 26/07 26/08 27/09 26/10 25/11 20/12
8 28/06 27/07 29/08 28/09 27/10 28/11 21/12
9 29/06 28/07 30/08 29/09 28/10 29/11 22/12
0 30/06 29/07 31/08 30/09 31/10 30/11 23/12

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também é pago hoje às famílias integrantes do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 6. Com valor de R$ 53 em junho, o benefício segue o calendário regular de pagamentos do Auxílio Brasil.

Com duração prevista de cinco anos, o programa beneficiará 5,5 milhões de famílias até o fim de 2026 com o pagamento de 50% do preço médio do botijão de 13 quilos, conforme valor calculado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) nos últimos seis meses.

Pago a cada dois meses, o Auxílio Gás tem orçamento de R$ 1,9 bilhão para este ano. Só pode fazer parte do programa quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Benefícios básicos

O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga um emprego ou tenha um filho que se destaque em provas esportivas ou em competições científicas e acadêmicas.

Podem receber o benefício as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e aquelas com renda per capita de até R$ 200, consideradas em condição de pobreza.

O Auxílio Brasil é coordenado pelo Ministério da Cidadania, responsável por gerenciar os benefícios do programa e pelo envio dos recursos para pagamento da Caixa.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

EUA - Para os líderes das empresas americanas, a alta inflação não é bem-vinda. Além de também não ser comum. Warren Buffett, 91 anos, o chefe mais velho das grandes empresas no índice S&P 500, recentemente alertou quanto aos perigos do aumento dos preços em sua carta anual aos acionistas em 2021. Em média, os CEOs das empresas no índice são homens jovens na casa dos 58 anos, que ainda não tinham entrado na universidade em 1979, quando Paul Volcker, o inimigo-mor da inflação, tornou-se presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Quando a maioria deles começou a trabalhar, o surgimento do capitalismo globalizado estava dando início a uma era de baixa inflação e altos lucros. Os preços das ações de suas empresas subiram entre a crise financeira global de 2007 a 2009 e a pandemia de covid-19, uma década de inflação baixíssima.

A inflação permanecerá alta por algum tempo ainda. Em 7 de junho, o Banco Mundial alertou que “vários anos de inflação acima da média e crescimento abaixo da média agora parecem prováveis”. Um novo estudo de Marijn Bolhuis, Judd Cramer e Lawrence Summers descobriu que, se você medir a inflação de forma constante, a taxa de hoje não está tão distante do pico de 1980. À medida que o passado se aproxima sorrateiramente do futuro, a “estagflação” está preocupando aqueles que ocupam cargos de liderança nas empresas. Os executivos de hoje talvez se considerem calejados por terem passado por uma crise financeira e uma pandemia. No entanto, o desafio estagflacionário requer um conjunto de ferramentas diferente que envolve tanto elementos do passado como novos artifícios.

A principal tarefa de qualquer equipe de gestão é proteger as margens e o fluxo de caixa, que têm a preferência dos investidores ao crescimento da receita quando as coisas ficam arriscadas. Isso exigirá uma luta mais árdua nas trincheiras da demonstração de resultados. Embora um aumento nas margens conforme a inflação aumentava no ano passado tenha levado os políticos a denunciar a "inflação provocada pela ganância" corporativa, os lucros após descontar os impostos tendem a cair como uma parte do PIB quando os aumentos de preços persistem, com base na experiência de todas as empresas americanas desde 1950. Para criar valor para os acionistas nesse contexto, as empresas devem aumentar seus fluxos de caixa em termos reais. Isso significa uma combinação de corte de despesas e repasse da inflação de custos aos clientes sem diminuir o volume de vendas.

A contenção de gastos não será fácil. Os preços de commodities, transporte e mão-de-obra continuam altos e a maioria das empresas não pode ditar os preços nesses mercados. As limitações da cadeia de suprimentos começaram a diminuir um pouco e talvez continuem diminuindo nos próximos meses. Mas é quase certeza que os transtornos continuarão. Em abril, a Apple lamentou-se dizendo que a escassez de chips de computadores em todo o setor deve criar um “entrave” de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões para a fabricante de iPhones no trimestre atual.

 

Freio em contratações

O insumo que os chefes podem controlar com maior facilidade é o trabalho. Depois de meses de contratação frenética, as empresas estão tentando proteger as margens conseguindo mais resultados de seus trabalhadores – ou alcançando o mesmo resultado de antes com menos deles. O mercado de trabalho continua bastante aquecido: nos Estados Unidos, os salários subiram mais de 5% ao ano e, em abril, as demissões atingiram uma mínima histórica. Mas, em alguns casos, a contratação frenética pós-pandemia para atender à demanda reprimida está sendo revogada.

 

Choque de cultura

Os chefes americanos estão mais uma vez demonstrando que são menos reticentes às demissões do que seus colegas europeus. Em um memorando enviado aos funcionários neste mês, Elon Musk revelou planos para reduzir em 10% o número de funcionários da Tesla, sua empresa de carros elétricos. Muitas das empresas queridinhas no mundo digital, que cresceram durante a pandemia, demitiram em conjunto aproximadamente 17 mil trabalhadores apenas em maio. Depois de atrair profissionais com aumento de salários e benefícios, nas últimas divulgações de resultados trimestrais, mais CEOS americanos têm falado de automação e eficiência da mão de obra.

Na atual conjuntura, porém, o controle de gastos pragmático (e insensível) não será suficiente para manter a rentabilidade. A inflação de custos remanescente deve ser imposta aos consumidores. Muitas empresas estão prestes a aprender a complexidade de aumentar os preços sem prejudicar a demanda. Aquelas empresas que põem em prática esse superpoder costumam compartilhar algumas características: concorrência fraca, incapacidade dos clientes de atrasar ou evitar a compra, ou fontes de receita vinculadas à inflação. Uma marca forte também ajuda. A Starbucks vangloriou-se em uma divulgação de resultados em maio que, apesar do aumento dos preços de suas bebidas com café, a empresa tem tido dificuldades para dar conta da “demanda implacável”.

Entretanto, dados recentes sugerem um sentimento do consumidor mais suave. Isso torna mais arriscado para as empresas implementar aumentos de preços frequentes. Sinais de cautela estão surgindo, do Mcdonald's, que especulou sobre o “aumento da sensibilidade ao preço” entre os fãs de hambúrgueres; a Verizon, que detectou “morosidade” de cliente no trimestre mais recente. A capacidade de forçar a aceitar os aumentos de preços enquanto os consumidores apertam os cintos exige uma gestão criteriosa. Ao contrário da última era de alta inflação, os gestores podem usar a precificação algorítmica em tempo real, experimentando e ajustando de forma constante conforme a reação dos consumidores. Contudo, todas as empresas ainda precisam ter uma visão de longo prazo com relação a quanto tempo os preços altos durarão e aos limites do que seus clientes tolerarão. Não se trata de uma ciência exata.

 

Estragos no balanço

Mesmo se mantiverem as receitas e as despesas sob controle, os CEOs estão descobrindo o que seus antecessores conheciam muito bem: a inflação provoca estragos no balanço. Isso requer um controle ainda mais rígido do capital de giro (o valor dos recursos disponíveis em caixa mais o que os clientes devem menos o que se deve pagar aos fornecedores). Muitas empresas calcularam mal a demanda por seus produtos. O Walmart perdeu quase 20% de seu valor de mercado, ou cerca de US$ 80 bilhões, em meados de maio, depois de relatar uma contração de fluxo de caixa causada por um acúmulo excessivo de estoques, que aumentou pelo terceiro ano. Em 7 de junho, sua rival de varejo de menor tamanho, a Target, divulgou um aviso de que sua margem operacional cairá de 5,3%; no último trimestre, para 2%, no atual; pois ela está aplicando descontos nas mercadorias para queimar os estoques em excesso. Os ciclos de pagamento – ou seja, quando uma empresa paga os fornecedores e é paga pelos clientes – também se tornaram mais importantes, já que o poder de compra do dinheiro entregue amanhã enfraquece no calor da inflação.

 

Distorções contábeis

Tudo isso torna o desempenho de uma empresa mais difícil de se avaliar. Por exemplo, os cálculos de retorno sobre o capital parecem mais impressionantes com um numerador inflado (retornos atuais) e o denominador (capital investido no passado) em dólares antigos. Entre 1979 e 1986, durante o último período de alta inflação, as empresas americanas foram obrigadas por lei a apresentar demonstrações de resultados que fossem ajustados ao aumento dos preços. É improvável que um decreto como esse seja ressuscitado. Mas mesmo que os chefes se gabem de um maior crescimento nominal da receita, as decisões de investimento e remuneração devem ser responsáveis por esses ventos favoráveis artificiais.

Basta perguntar a Buffett. Em sua carta aos acionistas em referência ao ano de 1980, ele os lembrou de que os lucros devem aumentar proporcionalmente ao nível da alta dos preços sem um acréscimo no capital empregado, para evitar que a empresa comece a “comer” o capital dos investidores. A missiva dele aos investidores em 2023 talvez precise transmitir a mesma mensagem. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

 

 

ESTADÃO

BRASÍLIA/DF - A partir das 10h desta quinta-feira (24), o contribuinte que entregou a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física acertará as contas com o Leão. Neste horário, a Receita Federal liberará a consulta ao segundo dos cinco lotes de restituição de 2022. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.

Ao todo, 4.250.448 contribuintes receberão R$ 6,3 bilhões.  Desse total, R$ 2.697.759.582,31 serão pagos aos contribuintes com prioridade legal, sendo 87.401 idosos acima de 80 anos; 675.495 entre 60 e 79 anos; 48.913 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 661.831 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

O restante do lote será destinado a 2.776.808 contribuintes não prioritários que entregaram declarações de exercícios anteriores até 19 de março deste ano. 

O dinheiro será pago em 30 de junho. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar no campo Meu Imposto de Renda e, em seguida, Consultar Restituição. A consulta também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os smartphones dos sistemas Android e iOS.

A consulta no site permite a verificação de eventuais pendências que impeçam o pagamento da restituição - como inclusão na malha fina. Caso uma ou mais inconsistências sejam encontradas na declaração, basta enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes.

Calendário

Inicialmente prevista para terminar em 29 de abril, o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física foi adiado para 31 de maio  para diminuir os efeitos da pandemia de covid-19 que pudessem prejudicar o envio, como atraso na obtenção de comprovantes. Apesar do adiamento, o calendário original de restituição foi mantido, com cinco lotes a serem pagos entre maio e setembro, sempre no último dia útil de cada mês.

A restituição será depositada na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, como no caso de conta informada desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Neste caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

 

 

Por Welton Máximo - Repórter da Agência Brasil 

BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (21) o novo reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira.

Os aumentos não encarecerão as contas de luz porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023.

Segundo a Aneel, a alta reflete a inflação e o maior custo com as usinas termelétricas em 2022, acionadas em momentos de crise hídrica.

Confira os novos valores das bandeiras tarifárias:

  • Bandeira verde: sem cobrança adicional;
  • Bandeira amarela: +59,5%, de R$ 18,74 para R$ R$ 2,989 por megawatt-hora (MWh);
  • Bandeira vermelha patamar 1: +63,7%, de R$ 39,71 para R$ R$ 6,500 por megawatt-hora (MWh);
  • Bandeira vermelha patamar 2: +3,2%, de R$ 94,92 para R$ R$ 9,795 por megawatt-hora (MWh).

Desde 16 de abril, vigora no Brasil a bandeira verde, quando foi antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde será mantida até dezembro, por causa da recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

UCRÂNIA - A invasão da Ucrânia pela Rússia causou quase US$ 4,3 bilhões (R$ 22 bi na cotação atual) em danos ao setor agrícola ucraniano, segundo um novo estudo da Escola de Economia de Kiev Agrocenter, enquanto o mundo continua a enfrentar uma crise alimentar global agravada pela guerra.

 

Principais fatos até agora

A guerra destruiu US$ 2,1 bilhões (R$ 10,8 bi) em terras agrícolas e colheitas de inverno não colhidas e US$ 926 milhões (R$ 4,75 bilhões) em maquinário, de acordo com os pesquisadores. Outros danos incluem US$ 136 milhões (R$ 698,8 milhões) à pecuária, basicamente à criação de gado, e US$ 272 milhões (R$1,4 bilhão) às instalações de armazenamento. O relatório vem depois que as Nações Unidas alertaram que a guerra poderia levar à fome por causa de um bloqueio naval russo no Mar Negro que impediu a exportação de milhões de toneladas de grãos ucranianos.

 

Reflexos da invasão

A invasão da Rússia afetou a capacidade da Ucrânia de exportar produtos agrícolas para “alimentar 400 milhões de pessoas por ano em todo o mundo”, disse Roman Neyter, pesquisador do Centro de Pesquisa de Alimentos e Uso da Terra da Escola de Economia de Kiev, acrescentando que, sem a “restauração de ativos perdidos” a Ucrânia lutará para recuperar seu papel como fornecedor global de alimentos.

A economia da Ucrânia deve encolher 45% por causa dos danos da guerra, enquanto milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam escassez de alimentos, disseram os pesquisadores.

 

O grande número do agro

São 2,4 milhões de hectares. Essa é a quantidade de áreas com safras de inverno que podem não ser colhidas por causa da guerra, no valor de cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,2 bi).

 

O que é o agro da Ucrânia no mundo

A Ucrânia desempenha um papel importante no fornecimento de vários produtos agrícolas ao mundo: o país é o quinto maior exportador global de trigo, o quarto maior exportador de milho e o maior exportador de óleo e farelo de girassol, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). A Ucrânia suspendeu a atividade portuária no início da guerra por causa dos bloqueios russos, com cerca de 20 milhões de toneladas de grãos colhidos presos no país, segundo a ONU.

A Ucrânia estimou que em maio as exportações de grãos caíram 64% em relação ao mesmo período do ano passado. Na semana passada, autoridades dos EUA e do Reino Unido também apoiaram relatos de que a Rússia roubou grãos ucranianos para enviá-los ao redor do mundo como produção própria. A Rússia negou os relatos, embora as imagens de satélite da Maxar Technologies pareçam mostrar navios russos trazendo grãos roubados a bordo. A Escola de Economia de Kiev estimou no mês passado que a invasão da Rússia custou à Ucrânia até US$ 600 bilhões no total (R$ 6,1 trilhões), com US$ 92 bilhões (R$ 472,7 bilhões) em danos à sua infraestrutura.

 

O que disse Joe Biden

O presidente Joe Biden, em um discurso à AFL-CIO (American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations) na terça-feira passada (14 de junho), disse que estava “trabalhando de perto” com aliados europeus para transportar 20 milhões de toneladas de grãos bloqueados na Ucrânia para ajudar a reduzir os preços dos alimentos. Biden disse que os grãos não poderiam ser transportados pelo Mar Negro porque seriam “escorraçados para fora dessas águas”, então os aliados estão trabalhando para desenvolver um plano para exportar os grãos por via férrea. Parceiros dos EUA e da Europa estão trabalhando com a Ucrânia para construir silos temporários na fronteira da Polônia para transportar os grãos para fora do país e ao redor do mundo.

 

 

Madeline Halpert / FORBES BRASIL

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