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CHILE - O que devemos aprender com a recente eleição de um esquerdista radical como presidente do Chile? O Chile é país mais rico da América Latina; nos últimos 30 anos, seu índice de pobreza despencou de mais de 50% para menos de 10%. O país se tornou uma potência comercial internacional, mas, no dia 19 de dezembro, os eleitores chilenos elegeram presidente um esquerdista de 35 anos.

Orgulhoso de suas tatuagens, Gabriel Boric liderou uma coalizão que inclui comunistas abertamente. Ele promete acabar com o sistema de previdência privada do país, aumentar impostos, abrir uma empresa estatal de mineração de lítio, cancelar dívidas estudantis, tornar grátis o ensino superior e lutar vigorosamente contra a mudança climática. Os direitos de propriedade serão pisoteados. Existem duas lições importantes aqui.

Em primeiro lugar, a eleição dele levará mais turbulência para as Américas do Sul e Central. Infelizmente, as panaceias defendidas por Gabriel Boric vão sufocar a economia, inflamando ainda mais a insatisfação popular. A vitória dele, porém, incentivará forças semelhantes em outros países latinos.

As consequências políticas e econômicas disso abrirão uma grande oportunidade para a China e a Rússia. O México tem um presidente socialista, Andrés Manuel López Obrador, popularmente conhecido por suas iniciais: AMLO. Ele terá mais incentivo para estender o controle do governo sobre uma economia já problemática, sobretudo o setor de petróleo.

Além disso, está trabalhando para controlar o sistema judiciário do país, a fim de reduzir as restrições a seu poder. Os problemas econômicos decorrentes fortalecerão os cartéis de drogas, sem mencionar o aumento do número de pessoas que tentam entrar nos Estados Unidos.

A segunda lição é que os líderes não podem se acomodar por causa do sucesso do passado. O Chile foi um milagre econômico, mas, durante anos, os políticos, em especial os que se consideram de direita, não deram continuidade às reformas pró-crescimento. Os impostos, por exemplo, são elevados demais. A alíquota mais alta do imposto de renda dos chilenos supera a dos EUA. O mesmo vale para o imposto de pessoa jurídica. Os impostos da previdência social são 60% mais altos do que os norte-americanos, e há um tributo nacional de 19% sobre as vendas.

O Chile deveria ter seguido o exemplo de lugares como Singapura, baixando os impostos para estimular um crescimento econômico robusto. Também deveria ter adotado um sistema de saúde semelhante ao de Singapura, totalmente acessível e com cobertura universal. Infelizmente, com a eleição no Chile, os países ao sul dos Estados Unidos continuarão a seguir políticas que são bem melhores em promover a pobreza do que a prosperidade.

 

 

 

* Steve Forbes é editor-chefe da Forbes

* Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

*Coluna publicada na edição 93, de dezembro de 2021

A previsão deve-se a diversos fatores, entre eles, ao número de empresas criadas em janeiro deste ano

 

SÃO CARLOS/SP - O comércio de São Carlos espera aumento nas vendas durante o período de Carnaval. Segundo o economista Elton Casagrande do Núcleo de Economia da ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), o setor pode ter um crescimento de vendas em torno de 4,5% a 7,5% no volume físico de vendas nas lojas da cidade, com relação às vendas do mês de janeiro deste ano.

 Essa previsão deve-se a diversos fatores, entre eles, ao número de empresas criadas em janeiro deste ano, que foi de 626 contra 255 fechadas, o que gerou saldo positivo de 471 novos empreendimentos. Em janeiro de 2021 o saldo foi de 433. Houve, assim, crescimento de 8% no número de empreendimentos na cidade. “Outro fator é o comportamento das vendas por volume físico no varejo do Estado de São Paulo. Os doze meses acumulados anteriores a dezembro de 2021 atingiram crescimento de 2,3%, apesar de a taxa de inflação ter aumentado em 10,76%. A taxa de inflação foi de 0,73% em janeiro último, menor do que a taxa de dezembro. Contudo, foi a maior dos últimos seis anos”, explicou o economista.

 Esses porcentuais, segundo ele, constituem uma estimativa dos efeitos de evidências sobre a intenção de consumo, observada indiretamente com base nos dados do IBGE – Pesquisa Mensal do Comércio. “É importante levarmos em conta também, o número de pessoas com vínculos empregatícios na cidade.  Em dezembro, último dado mais recente, havia 78.150 pessoas com rendimentos formais. Em fevereiro de 2021 o total era menor, ou seja, de 74.868 pessoas com vínculos formais. Portanto, em termos de vínculos formais o incremento foi de 4,3%”, acrescentou.

 

Funcionamento do comércio no Carnaval

 A ACISC informa que o comércio de São Carlos vai funcionar normalmente no período do Carnaval, entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março, das 09h às 18h. O Carnaval é considerado como data comemorativa e não feriado. Portanto, atividades econômicas podem funcionar normalmente.

De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho realizada entre o Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de São Carlos e Região (Sincomerciários), a empresa que quiser pode fechar e a folga para o funcionário pode ser negociada entre o funcionário e patrão.

BRASÍLIA/DF - Os consumidores que recebem o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica terão bandeira verde em março. Com isso, não haverá acréscimo na conta de luz dos beneficiários. A decisão foi anunciada ontem (25) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para os demais usuários, no entanto, continua vigente a bandeira Escassez Hídrica, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.

Segundo o governo, esse valor extra foi necessário para cobrir os custos de energia, que ficaram mais caros em decorrência do enfrentamento do período de escassez de recursos hídricos, em 2021, o pior em 91 anos. A bandeira Escassez Hídrica segue em vigor até abril de 2022.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, acredita que a partir de abril a bandeira de Escassez Hídrica deixará de ser aplicada. “Acreditamos que [a bandeira Escassez Hídrica] não será necessária a partir de abril. [Ela] foi utilizada para pagar o custo adicional de geração de energia. Como nós não tínhamos água para gerar as nossas usinas hidrelétricas, tivemos que contratar energia no exterior, da Argentina, do Uruguai, e tivemos que usar nossas usinas termelétricas, que são mais caras, por conta do petróleo, do óleo, por conta do gás”.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

EUA - As quedas dos índices S&P 500 e Nasdaq causadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia têm levado gestores de investimentos a alertar seus clientes de que as perdas podem aumentar se a situação se agravar. Muitos, porém, ainda estão convencidos de que a pressão será de curta duração – pelo menos é o que a história indica.

A ação militar da Rússia contra a Ucrânia “intensificou a pressão” sobre as bolsas e “exacerbou significativamente” o ambiente cauteloso que abalou os mercados este ano, disse Dan Ives, analista da Wedbush, na quinta-feira (24), quando o Nasdaq operou 20% abaixo do seu recorde de novembro.

A “reação imediata é sempre muito assustadora”, mas choques geopolíticos no mercado “não são motivo para entrar em pânico”, disse Ives. Ele acrescentou que, desde 2000, quedas semelhantes têm apresentado uma boa oportunidade de compra para ações de tecnologia, como Microsoft, Apple e Adobe – um posicionamento que foi compartilhado pelos analistas do Bank of America no início desta semana.

Outros concordam. Embora um grande conflito entre a Rússia e a Ucrânia possa ser “devastador”, as ações provavelmente serão capazes de resistir às tensões geopolíticas, diz o estrategista-chefe de mercado da LPL Financial, Ryan Detrick, observando que as ações normalmente se recuperam dentro de algumas semanas.

Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, o S&P 500 recuou quase 12% ao longo de 11 dias, mas recuperou as perdas após um mês.

Choques semelhantes também resultaram em liquidações de curta duração. O S&P caiu quase 7% em um único dia após a crise dos mísseis cubanos em 1962, mas recuperou as perdas em quatro dias. E embora tenha caído 4% após rebeldes militares atacarem uma das principais refinarias da Aramco em 2019, o índice voltou ao patamar anterior 41 dias depois.

O maior choque geopolítico para os mercados norte-americanos aconteceu quando o Japão atacou Pearl Harbor, em dezembro de 1941, e empurrou os EUA para a Segunda Guerra Mundial. O S&P caiu 19,8% no acumulado de seis meses após o ataque e se recuperou em 307 dias, mas o conflito se arrastou por quatro anos.

“A geopolítica historicamente agita os mercados, e as ações provavelmente estarão no limite nas próximas semanas”, disse Lindsey Bell, estrategista-chefe de mercados da Ally Invest, em comentários na quinta-feira. “A boa notícia é que o impacto tende a ser de curta duração, de um a três meses. Historicamente, 12 meses após um evento como esse, as bolsas tendem a subir.”

 

Pano de fundo

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma “operação militar especial” na Ucrânia na quinta-feira, em um anúncio assustador que foi imediatamente seguido por relatos de explosões em toda a Ucrânia. Pelo menos 40 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas, segundo autoridades ucranianas.

Os futuros do mercado de ações caíram imediatamente com as notícias, enquanto os três principais índices de Wall Street abriram com perdas de 2%.

Com o Federal Reserve diminuindo os estímulos monetários da pandemia que levaram as ações a máximas históricas, a sensibilidade do mercado ao choque geopolítico aumentou, segundo o analista Adam Crisaffuli, da Vital Knowledge Media.

“A história oferece pistas, mas certamente não dá garantias do que provavelmente acontecerá”, diz Sam Stovall, da CFRA Research, apontando que, em 83% das vezes, os mercados se recuperaram após 60 dias. “Se as bolsas mostrarem sinais de recuperação nos próximos dias e semanas, a correção já pode ter terminado. Se não, o pior ainda está por vir… Não temos como saber se isso resultaria em um novo período de perdas.”

 

 

Jonathan Ponciano e Sergei Klebnikov / FORBES

BRASÍLIA/DF - A partir de hoje (25), o acesso ao Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC) terá o nível de segurança aumentado. Quem usa o login único do Portal Gov.br só poderá acessar o e-CAC com contas nível prata ou ouro, que têm mais recursos de proteção.

Em nota, a Receita Federal explicou que a mudança faz parte de um processo de melhoria no acesso aos serviços digitais do órgão. Segundo o Fisco, o aumento na segurança permitirá que serviços do e-CAC atualmente acessíveis apenas com certificado digital (tipo de assinatura eletrônica vendida a pessoas físicas e empresas) possam ser fornecidos a mais usuários.

Além da conta gov.br, pessoas físicas que declaram Imposto de Renda e empresas optantes pelo Simples Nacional podem acessar o e-CAC usando o código de acesso, espécie de chave eletrônica renovável a cada dois anos. As demais empresas podem acessar o e-CAC por meio do certificado digital, caso não queiram usar o login gov.br.

Níveis de segurança

Identificação segura para acessar serviços públicos digitais, a conta gov.br está disponível a todos os cidadãos brasileiros. O login tem três níveis de segurança: bronze, para serviços menos sensíveis; prata, que permite o acesso a muitos serviços digitais; e ouro, que permite o acesso a todos os serviços digitais.

As contas cadastradas exclusivamente com informações do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são consideradas nível bronze. Também tem esse nível o cadastro feito presencialmente nas unidades do INSS ou do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

As contas nível prata têm validação de uma dessas três fontes: biometria facial da carteira de motorista, cadastro Sigepe (no caso de servidores públicos) ou dados bancários de um dos sete bancos conveniados ao Portal Gov.br (Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, BRB, Caixa Econômica Federal, Santander e Sicoob).

Por fim, as contas validadas com biometria facial da Justiça Eleitoral ou por certificado digital compatível com ICP-Brasil passam a ter nível ouro de segurança.

Os contribuintes com contas nível bronze podem elevar o nível de segurança do login, ao fazer as validações que conferem níveis superiores. Clique aqui para obter mais informações sobre o procedimento. 

 

 

 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil 

EUA - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu um pouco mais do que o esperado na semana passada, indicando que a recuperação do mercado de trabalho está ganhando força.

Nos EUA, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 17 mil, para 232 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 19 de fevereiro, informou o Departamento do Trabalho ontem (24). Economistas consultados pela Reuters previam 235 mil solicitações para a última semana.

Os pedidos haviam subido na semana encerrada em 12 de fevereiro, o que economistas atribuíram à volatilidade semanal nos dados e ao impacto atrasado de tempestades de inverno vistas no início do mês nos Estados Unidos.

Com 10,9 milhões de vagas de emprego em aberto no final de dezembro, as demissões são poucas e economistas esperam que as solicitações de auxílio caiam abaixo de 200 mil nas próximas semanas. Elas chegaram a ficar abaixo desse nível no início de dezembro passado.

Os pedidos de auxílio-desemprego caíram ante um patamar máximo recorde de 6,149 milhões atingido no início de abril de 2020. As condições mais apertadas do mercado de trabalho estão impulsionando o crescimento salarial, o que contribui para a inflação alta.

Um relatório separado do Departamento de Comércio confirmou que o crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou no quarto trimestre, já que a pressão negativa desencadeada por um salto nas infecções por Covid-19 no verão (nos EUA) diminuiu.

O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a taxa anualizada de 7,0% no último trimestre do ano passado, disse o governo em sua segunda estimativa do PIB. Isso foi um pouco acima do ritmo de 6,9% relatado anteriormente. A economia cresceu 2,3% no terceiro trimestre.

O ímpeto econômico, no entanto, pareceu ter desaparecido em dezembro em meio à forte onda de infecções por coronavírus, alimentadas pela variante Ômicron. Mas a atividade se recuperou desde então com a redução de casos no país.

 

 

REUTERS

FORBES

EUA - Durante coletiva realizada agora há pouco na Casa Branca, em Washington, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia, iniciada na madrugada desta quinta-feira (24). Segundo Biden, essa é “A maior sanção econômica já vista na história.”

O presidente disse que as medidas terão início nos próximos dias. “A Rússia não poderá negociar nem em dólares, nem em euros nem em ienes”. Segundo Biden, os títulos do governo russo já caíram mais de 30%. A moeda do país, o rublo, também segue em desvalorização perante o mercado internacional.

Biden anunciou que todos os ativos dos bancos russos nos Estados Unidos (EUA) serão congelados. “Temos US$ 1 trilhão em ativos congelados; um terço dos bancos russos serão cortados do sistema financeiro SWIFT”, revelou. O sistema SWIFT é uma cooperação internacional que conecta instituições financeiras em mais de 200 países, e que é controlado pelos bancos centrais dos países que integram o G-10 - grupo das 10 maiores economias do mundo.

Biden disse que os EUA reduzirão o acesso da Rússia à tecnologia e a financiamentos em setores estratégicos, como o aeroespacial. “Nossas ações afetarão mais da metade das exportações de alta tecnologia”, complementou.

O presidente norte-americano destacou ainda que “Os EUA não estão fazendo isso sozinhos, Há meses estamos construindo uma coalizão de parceiros”, disse, citando França, Austrália, Reino Unido, e Nova Zelândia. Momentos antes da entrevista, Biden já havia alinhado as sanções anunciadas com os outros líderes do G7 - grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. “Estão todos aliados”, informou.

Sobre os fornecimentos de combustíveis e gás natural, o político pediu para que as petrolíferas norte-americanas não se aproveitem da situação para aumentar preços. Ele garantiu que os EUA estão se coordenando com produtores de petróleo para garantir o fornecimento de energia global, e que há reservas de petróleo disponíveis.

Defesa de aliados

“Este foi um ataque premeditado”, disse Biden. Ele lembrou que, durante muitas semanas vinha alertando o mundo do que ocorreria. E, segundo ele, quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), estava prestes a se reunir, Putin atacou a Ucrânia.

Infográfico mostra o primeiro dia da invasão russa à Ucrânia.

Infográfico mostra o primeiro dia da invasão russa à Ucrânia. - Reuters/Agência Brasil


De acordo com Joe Biden, o presidente russo, Vladimir Putin, usou diversas desculpas para invadir o país vizinho, mas nenhuma se mostrou verossímil. “A escolha de Putin não se justifica. Nunca foi uma questão de se defender mas de proteger o império”, disse. 

Biden disse ainda que a verdadeira intenção de Putin seria a recriação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). “É disso de que se trata essa guerra”, disse.

Joe Biden disse que, em conversa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, realizada ontem (23), garantiu que ajudaria na condução do país oferecendo “alívio militar”, mas não explicou o que significaria isso.

Um encontro de 30 aliados da Organização do Atlântico Norte (Otan) deve acontecer amanhã (25) para definir os próximos passos em relação às ações de guerra da Rússia. Na hipótese de futuras agressões a nações já integradas no tratado, Biden afirmou que “os Estados Unidos vão defender os aliados com toda sua força. A Otan está mais unida do que nunca.”, disse.

O presidente disse que ainda não está pronto para revelar qual posicionamento foi negociado com a China sobre o conflito.

 

 

Por Cláudia Felczak - Repórter da Agência Brasil 

SÃO PAULO/SP - A Caixa registrou lucro líquido de R$ 17,3 bilhões em 2021, o que corresponde a um crescimento de 31,1% na comparação com 2020, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (24).

Considerado apenas o quarto trimestre do ano passado, o lucro do banco estatal totalizou R$ 3,2 bilhões, um pequeno aumento de 0,3% em relação ao terceiro trimestre.

A carteira de crédito do banco encerrou dezembro em R$ 867,6 bilhões, crescimento de 10,2$ em 12 meses.

Apenas no quarto trimestre, foram concedidos cerca de R$ 114,7 bilhões em crédito, aumento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As receitas provenientes da carteira de crédito totalizaram R$ 19,8 bilhões no quarto trimestre, aumento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2020.

"Destacam-se nas receitas com operações de crédito os crescimentos, em 12 meses, de 187,9% em crédito ao agronegócio, de 43,5% em saneamento e infraestrutura, de 21,8% em crédito para pessoa jurídica e 14,4% em crédito para pessoa física", informa a Caixa no relatório.

O banco reportou ainda um volume de R$ 140,6 bilhões em contratação de crédito imobiliário durante 2021, o maior da série histórica, e uma evolução de 20,8% na comparação com 2020.

A inadimplência fechou o ano em 1,95%, redução de 0,21 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre.

O ROE recorrente, indicador que mede a rentabilidade da operação do banco, foi de 12,2%, crescimento de 1,6 ponto percentual em 12 meses.

A Caixa também destacou em seu balanço a aprovação no dia 29 de dezembro de 2021 da conclusão do processo de extinção da Caixa Participações S/A (CaixaPar).

"A extinção da CaixaPar está em linha com o planejamento estratégico da Caixa, encerrando participações onerosas, incompatíveis com seus objetivos, e que sofreram ressalvas em seus balanços e/ou apontamentos do TCU/CGU", diz o banco.

 

 

LUCAS BOMBANA / FOLHA

EUA - Os mercados asiáticos e os futuros de ações dos EUA despencaram nesta quinta-feira (24), quando o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação militar na Ucrânia.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 3,2%. O Kospi da Coréia caiu 2,7%. O Nikkei 225 do Japão perdeu 2,4% depois de voltar de um feriado. O Shanghai Composite da China caiu 0,9%.

Os futuros de ações dos EUA também caíram. Os futuros da Dow caíram até 780 pontos, ou 2,4%. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq caíram 2,3% e 2,8%, respectivamente.

As perdas amplas seguiram um declínio acentuado em Wall Street na quarta-feira. O Dow fechou mais de 464 pontos, ou 1,4%, registrando seu quinto dia consecutivo de perdas. O S&P 500 e o Nasdaq caíram 1,8% e 2,6%, respectivamente.

A Bolsa de Moscou anunciou que suspendeu as negociações em todos os seus mercados até novo aviso.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

Setor cresceu 12% em relação a 2020, mas nível segue abaixo de 2019

 

SÃO PAULO/SP - O turismo nacional faturou R$ 152,4 bilhões em 2021, de acordo com levantamento do Conselho de Turismo (CT) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O valor representa um crescimento porcentual de 12% em relação a 2020. Entretanto, o nível ainda está 24,2% abaixo de 2019, quando o setor faturou R$ 201,2 bilhões – já descontada a inflação. Dentre as atividades, o transporte aéreo foi o mais importante para o crescimento anual, com alta de 28% e um faturamento acumulado de R$ 37,7 bilhões. Na sequência, veio o grupo de alojamento e alimentação, que registrou crescimento de 13,1%, faturando R$ 45,2 bilhões.
 
As variações destes segmentos foram mais acentuadas também por terem registrado as maiores retrações em 2020 (-50,8% e -36%, respectivamente). Entretanto, isso não anula a recuperação sólida que obtiveram no ano passado, com a reabertura da economia, graças à vacinação. Os outros grupos que apontaram aumento em 2021 foram: transporte aquaviário (8,8%), transporte terrestre (7,2%), locação de veículos, agências e operadoras (2,5%) e atividades culturais, recreativas e esportivas (1,6%).

Resultados de dezembro
Em dezembro, o faturamento do turismo brasileiro foi de R$ 16,7 bilhões, alta de 22,6% em comparação ao mesmo período de 2020. O destaque ficou por conta do setor aéreo, com crescimento de 60,6% em relação a dezembro do ano anterior. O segmento obteve o maior faturamento do turismo: R$ 5,2 bilhões. Já os serviços de alojamento e alimentação registraram alta anual de 15,7% (faturamento de R$ 4,9 bilhões), enquanto as atividades culturais, recreativas e esportivas apontaram crescimento de 13,1% (R$ 1,16 bilhões). 
 
As demais elevações foram observadas nas atividades de transporte aquaviário (13,3%), transporte terrestre – intermunicipal, interestadual e internacional – (9,5%) e locação de meios de transporte, agência de turismo, operadoras e outros serviços de turismo (2,7%). Os três segmentos demonstraram um crescimento maior a partir de setembro, beneficiando-se também da vacinação, da abertura da economia e da maior oferta de serviços turísticos (dos preços ainda atrativos), além da volta dos eventos sociais. 

 
Maior prazo para reembolso e redução de imposto
O turismo, que deixou de faturar quase R$ 110 bilhões com a pandemia, enfrenta aumento de impostos, nova variante do coronavírus, inflação alta, crescimento baixo e crédito mais caro. Diante deste cenário, a FecomercioSP considera essencial a prorrogação dos benefícios da Lei 14.046/20, que permite às empresas realizar reembolsos em até 12 meses. Além disso, avalia ser imediata uma Medida Provisória (MP), por parte do Executivo, a fim de reduzir o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), de 25% para 6%, sobre remessas de agências, operadores, cruzeiros, entre outros, ao exterior.
 
Para a Entidade, a perda do poder de compra pelos consumidores, somada a medidas que dificultem a sobrevivência financeira das empresas, traz resultados negativos para o setor e a economia, já que interfere numa longa cadeia econômica de geração de empregos e riquezas. Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, destaca que é cada dia mais urgente que os responsáveis pelas políticas nacionais de turismo compreendam a relevância do setor para o País.
 
“O turismo é uma atividade eminentemente sustentável, geograficamente distribuída, capaz de empregar pessoas com os mais distintos níveis de qualificação e que, quanto melhor estruturada, mais recursos internacionais pode trazer. No entanto, a forma como vem sendo tratada coloca o Brasil em posição desfavorável no cenário internacional, perdendo competitividade mesmo internamente”, avalia.
 
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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