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TÓQUIO - A inflação no Japão provavelmente diminuirá para cerca de 1,5% no próximo ano quando forem eliminados os efeitos de fatores pontuais, disse um porta-voz do governo na segunda-feira, pedindo ao banco central que trabalhe para atingir sua meta de inflação de 2%.

As observações ocorreram em meio a especulações no mercado de que a inflação crescente e o aumento robusto dos salários levarão o Banco do Japão a ajustar sua política de controle da curva de rendimentos em uma reunião de política monetária que termina na sexta-feira.

"Os meios específicos de política monetária recaem sobre a jurisdição do Banco do Japão. Mas esperamos que ele tome as medidas apropriadas e necessárias em estreita coordenação com o governo, com base em um entendimento acordado em nossa declaração conjunta", disse o porta-voz do governo Yoshihiko Isozaki em coletiva de imprensa.

Sob o acordo conjunto com o governo assinado em 2013 e reconfirmado pela atual administração, o Banco do Japão se compromete a atingir 2% de inflação o mais cedo possível.

Em uma revisão de suas previsões de meio do ano, o governo disse na semana passada que espera que a inflação geral ao consumidor atinja 2,6% no ano fiscal iniciado em abril e 1,9% em 2024.

"As previsões levam em conta o efeito base dos subsídios do governo aos serviços públicos. Excluindo o efeito, esperamos que a inflação se mova em torno de 1,5% no ano fiscal de 2024", disse Isozaki, sugerindo que a tendência da inflação ficará aquém da meta do banco central no próximo ano.

"Gostaríamos de continuar fazendo o possível para alcançar um ciclo positivo de salários e inflação, bem como crescimento e distribuição, com vistas a acabar com a deflação", disse ele.

Os comentários de Isozaki vieram em resposta a uma pergunta sobre se o governo vê condições para que o Banco do Japão elimine gradualmente seu forte estímulo.

Os comentários diferem em tom daqueles feitos na segunda-feira pelo principal diplomata monetário Masato Kanda, que disse que a inflação recente e os aumentos salariais estavam superando as expectativas.

"Tornou-se uma visão compartilhada em casa e no exterior que são vistas mudanças no comportamento de fixação de preços e salários das empresas do Japão", disse Kanda a repórteres, acrescentando que espera que o banco central revise suas previsões de inflação esta semana.

 

 

Reportagem adicional de Kantaro Komiya / REUTERS

No período, alta foi de 7,1%; são 26 meses seguidos de variações positivas no setor, revela FecomercioSP
 

SÃO PAULO/SP - Com crescimento anual de 7,1%, o faturamento no turismo nacional atingiu R$ 18,2 bilhões, em maio. São 26 meses consecutivos de variações positivas no setor, de acordo com os dados do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que tem como base as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Mais uma vez, o transporte aéreo é o mais influente no desempenho geral. No quinto mês do ano, o faturamento do segmento foi de R$ 5,88 bilhões, o que representa um patamar 12% maior quando comparado ao mesmo período de 2022. De acordo com a FecomercioSP, foi a primeira vez que o número de passageiros transportados por aviões superou o nível pré-pandemia (2019), tendo como base comparativa o quinto mês do ano. Foram 7,29 milhões de passageiros, o mais alto desde 2015, segundo levantamento a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
 
Além do aumento da oferta, a redução da tarifa média, que passou de quase R$ 700, há um ano, para R$ 550, em maio de 2023, impacta diretamente o cenário. Na avaliação da Entidade, a tendência é de continuidade do crescimento nos próximos meses, uma vez que há condições mais favoráveis para os investimentos das companhias, com combustível e dólar relativamente mais baratos. Por outro lado, na outra ponta (com a menor variação no mês), está o grupo de transporte terrestre, que cresceu 0,8% e faturou R$ 2,94 bilhões.

Apesar de ser o patamar mais alto desde 2014 para maio, as dificuldades aparecem diante da competitividade. Isso acontece porque, desde o início da pandemia até o ano passado, diante da limitação na oferta aérea e do encarecimento dos bilhetes de avião, o transporte rodoviário surfou em excelente onda. No período, houve muito investimento em adaptação. Contudo, com o retorno das passagens aéreas ao nível considerado normal e as famílias buscando promoções para viagens em grupo, o cenário deve afetar os negócios rodoviários.
 

FATURAMENTO DO TURISMO NACIONAL
MAIO DE 2023

 
Ocupação hoteleira cresce
Segundo o levantamento da FecomercioSP, o grupo de alojamento e alimentação segue no caminho de crescimento, com variação de 6,4%, em maio, um faturamento de R$ 5,2 bilhões. A taxa de ocupação hoteleira no Brasil passou de 54,11%, entre janeiro e abril de 2022, para 58,04%, no mesmo período deste ano. Ao mesmo tempo, a receita por apartamento disponível avançou 45,3%, aponta o levantamento do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb).
 
Outros setores também passam por um momento positivo, com destaque para as locadoras e agências de turismo, que apresentaram elevação de 6% em maio, faturando R$ 2,85 bilhões. A FecomercioSP destaca que quando se trata de agências e operadoras, o aumento no faturamento é um excelente termômetro para o médio prazo, pois há uma parcela de consumidores que adquirem pacotes e viagens pensando no futuro. Claro que também há um público, sobretudo o corporativo, que contribuiu com o faturamento desses segmentos, pois realizam as viagens no curto prazo.
 
De acordo com a Federação, o turismo brasileiro é essencialmente doméstico e bem dividido entre lazer e negócios, ambos com bom desempenho. Consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB) em expansão, o corte próximo da taxa de juros, a inflação em queda e o mercado de trabalho aquecido formam uma combinação perfeita de fatores para o estímulo imediato do turismo, com mais gastos e investimentos. Por enquanto, não há um olhar relativamente negativo para o setor. A tendência é de continuidade de expansão, com variações mais modestas, mais por um efeito estatístico de base forte de comparação, e não pelo esfriamento do turismo.
 
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.

Hong Kong - O investimento chinês está recuando do Ocidente à medida que a hostilidade ao capital chinês aumenta. Cada vez mais, as empresas da China estão gastando dinheiro em fábricas no Sudeste Asiático e projetos de mineração e energia na Ásia, Oriente Médio e América do Sul, enquanto Pequim busca consolidar alianças nesses lugares e garantir o acesso a recursos críticos.

O maior receptor de investimentos chineses até agora este ano é a Indonésia, rica em níquel, de acordo com uma estimativa preliminar de investimentos chineses compilada pelo American Enterprise Institute, um think tank conservador, e vista pelo The Wall Street Journal. O níquel é um componente chave em muitas das baterias usadas para alimentar veículos elétricos.

A mudança nos fluxos de investimento mostra como a China está respondendo às relações deterioradas com o Ocidente, liderado pelos EUA, e está fortalecendo os laços comerciais e de investimento com outras partes do mundo, de maneiras que podem criar novas linhas de falha na economia global.

A retirada do dinheiro chinês no Ocidente pode levar a uma menor criação de empregos em alguns países, ao mesmo tempo em que reduz o pool de capital ao qual os empreendedores de lugares como o Vale do Silício podem recorrer. A fraca economia da China já está privando o mundo de um de seus tradicionais motores de crescimento.

De forma mais ampla, a mudança é indicativa de um mundo em que a globalização está diminuindo e as tensões geopolíticas têm maior probabilidade de piorar. O investimento externo direto da China para o resto do mundo caiu 18% em relação ao ano anterior por uma nova medida divulgada recentemente. O nível mais recente marca uma queda de 25% em relação ao pico de 2016, à medida que as fusões e aquisições no exterior despencaram e Pequim reforçou as regras para conter a fuga de capitais.

“De modo geral, o espaço para a China canalizar investimentos para economias avançadas estrangeiras está diminuindo”, disse o economista-chefe da Ásia-Pacífico da S&P Global Ratings, Louis Kuijs. É improvável que os fluxos de investimento no exterior da China aumentem significativamente nos próximos três a cinco anos, reforçou ele.

Em vez disso, a China provavelmente realinhará os investimentos para consolidar seu domínio em setores como energia renovável e veículos elétricos. Isso provavelmente significa dobrar o investimento em mercados emergentes do Sudeste Asiático ao Oriente Médio e África, enquanto os proprietários de fábricas chinesas procuram lugares para expandir as operações e encontrar novos clientes, e Pequim se concentra em mercados ricos em recursos. A montadora chinesa BYD disse neste mês que pretende investir mais de US$ 600 milhões em diversas fábricas de automóveis no Brasil.

 

No Brasil

Enquanto isso, por aqui, as gigantes chinesas de setores como eletroeletrônicos, eletrodomésticos e automotivos também estão apostando no Brasil como um novo endereço para expandir seus negócios.

No setor de de eletrônicos, nomes como Gree, Midea, Hisense e TCL, preparam uma ofensiva no mercado brasileiro, avaliado como de grande potencial de consumo para itens das linhas branca e marrom. Avanço dos investimentos chineses deve gerar uma competição acirrada com fabricantes nacionais de geladeiras, lavadoras, fogões e televisores, entre outros eletrodomésticos e eletroeletrônicos, já consolidados.

Mas essa não é a primeira vez que as gigantes do mercado asiático focam seus investimentos em mercado emergentes. O atual avanço das fabricantes chinesas marca o início de um novo capítulo das empresas asiáticas no segmento de eletroeletrônicos no País. Os anos 1990 viram o crescimento das japonesas. Na década seguinte, foi a vez das sul-coreanas, que hoje lideram diversos segmentos de produtos no mercado nacional. E, a partir de 2020, são as chinesas que começaram a ganhar força no mercado doméstico.

Conforme divulgado pela companhia, a Midea Carrier está investindo R$ 600 milhões para erguer uma fábrica de refrigeradores de duas portas no sul de Minas Gerais, em Pouso Alegre. A nova planta, de 73 mil metros quadrados, começa a funcionar no final de 2024 e terá capacidade para produzir 1,3 milhão de aparelhos por ano.

Já no mercado automotivo, as empresas chinesas do setor automotivo também estão ampliando investimentos no País, de olho no segmento de veículos elétricos e híbridos, ocupando um espaço que está em compasso de espera nos planos da maioria das fabricantes tradicionais. Em menos de dois anos, três montadoras — GWM, BYD e Higer Bus —, anunciaram aportes que somam mais de R$ 20 bilhões em produção local, enquanto um quarto grupo, o XCMG, avalia iniciar operações nos próximos dois anos.

Ao contrário de anos anteriores, quando grupos da China aportavam no País apenas para montar kits semi prontos de carros de baixo custo, agora a maioria chega com planos de produção de modelos eletrificados, nacionalização de peças, instalação de centros de pesquisa e serviços.

 

 

Fonte: Dow Jones Newswires

ESTADÃO

ARGENTINA - Após um comunicado do FMI (Fundo Monetário Internacional) mais cedo no domingo (23), de que espera chegar um acordo com a Argentina, o Ministério da Economia do país deve implementar nas próximas horas um pacote de medidas tratadas com o Fundo, com uma desvalorização parcial do câmbio.

De acordo com a imprensa do país vizinho, o governo vai aumentar o valor para a compra de dólares (o "dólar ahorro" ou "dólar poupança", que os argentinos podem comprar legalmente), com unificação do chamado "dólar tarjeta" (em que as despesas em pesos são convertidas pelo banco central do país junto à operadora de cartão em câmbio próximo ao paralelo, ou "blue"), com limite de US$ 300 (R$ 1.430) mensais.

Em média, 900 mil pessoas compram US$ 150 (R$ 716) por mês. Ambos serão unificados em 30% de imposto País (sigla para Por uma Argentina Inclusiva e Solidária) mais 45% de lucro presumido.

O "dólar Qatar" (turismo) segue valendo para as compras que ultrapassam os US$ 300 mensais. As medidas começam a valer a partir desta segunda-feira (24).

O FMI exige do governo argentino uma desvalorização do dólar para evitar um calote. O ministro da Economia, Sergio Massa, e a vice-presidente, Cristina Kirchner, se recusam a subir bruscamente a taxa de câmbio oficial por medo de uma espiral da inflação.

O governo também vai aumentar o valor do dólar para exportações de cultivos de grãos, como o milho. A pasta espera somar US$ 2 bilhões (R$ 9,5 bilhões) em exportações com o dólar agro e, paralelamente, aumentar a arrecadação de impostos que havia sido impactada pela grave crise que o país enfrenta.

O "dólar agro" passa de 300 pesos argentinos para 340 pesos, para as exportações que forem liquidadas até 31 de agosto de 2023.

A Argentina também modificará as regras de imposto País pelo uso de dólares de um grupo de importações.

Vai ser generalizada uma taxa de 25% do País para praticamente todos os serviços, com alguns itens que terão particularidades. A compra de bens no exterior, por exemplo, terá um imposto País de 7,5%, o mesmo estimado para os serviços de frete. Setores como educação e saúde ficarão isentos.

Para a compra de importados, fica generalizado o pagamento de 7,5% de imposto. As importações vinculadas aos combustíveis, lubrificantes e as importações vinculadas à cesta básica não pagarão o imposto. Os bancos, para bens e serviços, atuarão como agentes arrecadadores desse tributo.

Segundo o jornal Clarín, as medidas não devem poupar a Área Aduaneira Especial da Terra do Fogo, o que deve deixar os produtos eletrônicos mais caros.

A aplicação desse pacote fiscal, segundo os jornais argentinos, deve proporcionar uma arrecadação adicional próxima a 1,3 trilhão de pesos, o equivalente a 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

"Para a Argentina é um tema a resolver, o melhor que temos a fazer é ter nosso próprio programa exportador, nosso regime de consolidação de reservas. A Argentina precisa ter um desenho de sua política econômica para, em longo prazo, ter um domínio de sua política de desenvolvimento e da política econômica", disse o ministro da Economia, Sergio Massa, na noite deste domingo, em entrevista ao canal argentino C5N.

Massa ressaltou que o acordo alcançado retira até o fim do ano, a discussão do FMI. O ministro disse que não haverá novas revisões com o órgão até o fim de novembro, quando o calendário eleitoral terminar e houver um presidente eleito. "Isso vai nos dar a possibilidade de que aquele vizinho que temos no bairro, que é o Fundo, que o [ex-presidente Mauricio] Macri trouxe para cá, não seja um fator na campanha."

O ministro disse que o peronismo deve fazer uma autocrítica, ao comparar os últimos anos —de "vacas gordas" com o período de seca mais recente, que afetou o agronegócio. "Temos de fazer uma autocrítica, e aprender a revisar nossos próprios erros, pedir perdão. Assim como tivemos 36 meses de criação de empregos, também temos de aprender com os erros e seguir adiante."

Segundo Massa, o dólar agro vai ser um ajuste necessário, pois é preciso melhorar as exportações para aumentar as reservas. "Isso impacta em 14023 economias regionais —em culturas, como arroz e tabaco. Neste caso, o complexo da soja não foi incluído, por estarmos fora do período de colheita."

Massa, é a principal aposta do peronismo para se manter na Casa Rosada após as eleições deste ano.

Com outros favoritos da oposição conservadora e da extrema-direita, a decisão significa que o próximo presidente da Argentina, a ser escolhido nas eleições de outubro, provavelmente será mais favorável ao mercado, um impulso para investidores duramente atingidos no país endividado.

"O mercado local pode ver com bons olhos que o cenário eleitoral agora tem candidatos presidenciais moderados, pró-mercado e que conhecem os investidores", disse à Reuters Javier Timerman, do Adcap Grupo Financiero, alertando que muitos ainda têm dúvidas.

A Argentina luta contra uma inflação de mais de 100% e uma moeda fraca, o peso argentino, que perdeu cerca de 25% de seu valor em relação ao dólar neste ano, apesar dos rígidos controles de capital que retardam sua queda.

Mais cedo, o FMI havia sinalizado positivamente com uma revisão dos termos de um empréstimo de US$ 44 bilhões (R$ 210 bilhões, em valores atuais) que o país sul-americano tem com a entidade.

"As equipes do Ministério da Economia e do Banco Central da Argentina e o staff do FMI concluíram os aspectos centrais do trabalho técnico da próxima revisão", disse o FMI no Twitter.

O país sul-americano deve pagar ao FMI cerca de US$ 3,4 bilhões (R$ 16,2 bilhões) entre 31 de julho e 1º de agosto, em um momento em que as reservas líquidas do BCRA (Banco Central Argentino) estão no vermelho em cerca de US$ 6,5 bilhões (R$ 31 bilhões).

 

 

por DOUGLAS GAVRAS / FOLHA de S.PAULO

BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal paga nesta segunda-feira (24) a parcela de julho do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5. É a segunda parcela com o novo adicional de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de sete a 18 anos.

Desde março, o Bolsa Família paga outro adicional - de R$ 150 - a famílias com crianças de até seis anos. Dessa forma, o valor total do benefício poderá chegar a R$ 900 para quem cumpre os requisitos para receber os dois adicionais.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas, com o novo adicional, o valor médio do benefício sobe para R$ 684,17. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,9 milhões de famílias em julho, com gasto de R$ 14 bilhões.

Neste mês, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, 341 mil famílias foram canceladas do programa por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 300 mil famílias foram incluídas no programa em julho. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício. Desde março, mais de 1,3 milhão de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.

Regra de proteção

Quase 2,2 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde o mês passado, essa norma permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.

Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 378,91. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, do total de famílias na regra de proteção, 1,46 milhão de famílias foram incluídas neste mês por causa da integração de dados do Bolsa Família com o CNIS.

Reestruturação

Desde o início do ano, o programa social voltou a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) visando eliminar fraudes. Segundo o balanço mais recente, divulgado em abril, cerca de três milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram o benefício cortado.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Calendário do Bolsa Família

Calendário do Bolsa Família - Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Auxílio Gás

Neste mês, não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO PAULO/SP - Foi realizado no sábado, 21, na capital paulista, o sorteio do concurso 2.613 da Mega-Sena. Nenhum sortudo (a) conseguiu acertar as seis dezenas e por isso o prêmio acumulou. A estimativa para o próximo sorteio, que será realizado na terça-feira (25), é de um prêmio de aproximadamente de R$ 70 milhões.

 

Veja as dezenas sorteadas:

14 - 26 - 40 - 42 - 46 - 52

 

70 apostas acertaram cinco dos seis números vão receber a bolada de R$ 80.398,82.

5.774 apostas acertaram a quadra vão receber R$ 1.392,42.

CANADÁ - O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Canadá avançou 2,8% em junho na taxa anual, uma desaceleração em comparação à alta de 3,4% em maio, segundo o escritório de estatísticas canadense, conhecido como Statcan. Esta é a primeira vez desde março de 2021 que a inflação canadense fica dentro da faixa alvo estabelecida pelo BC do Canadá (BoC, na sigla em inglês), de 1% a 3%.

Contudo, a Oxford Economics alerta que o núcleo continuou acima da faixa alvo do banco central canadense em junho, embora tenha desacelerado nas categorias mediana (+3,9%) e reduzida (+3,7%) na comparação anual. Para a consultoria, a persistência do núcleo da inflação, somada a projeções de crescimento econômico forte no segundo semestre deste ano e início de 2024, ampliam a chance do BoC continuar elevando os juros.

“O banco central precisará ver a inflação desacelerar ainda mais para se convencer de que retornará de forma sustentável a 2%”, avaliou a Oxford. No entanto, o cenário base da consultoria é de que uma “recessão iminente” neste ano deve enfraquecer a demanda e retornar a inflação à meta de 2% até 2024.

Em relatório, o Bank of America comenta que a desaceleração da inflação, com ambas as medidas do núcleo abaixo de 4%, incentivaram o corte em suas projeções para a inflação canadense. O banco acredita que o arrefecimento nos preços pode levar o BoC a pausar o aperto monetário em breve, porém alerta que os riscos ainda são de alta para os juros no curto prazo. “Esperamos que o BoC permaneça em espera pelo resto do ano com a taxa básica de juros em 5,00%, já que o núcleo continua em queda e vemos evidências de um mercado de trabalho menos apertado (com o desemprego aumentando)”, conclui o banco, acrescentando que espera cortes nas taxas a partir do primeiro trimestre de 2024.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO.

ESPANHA - Se pedirem a um espanhol que avalie a situação econômica de seu país, certamente ele dirá que a economia vai mal, apesar de alguns indicadores mostrarem o contrário. Por que existe essa dissonância entre percepção e dados?

Com o Produto Interno Bruto (PIB) em alta e a inflação e o desemprego em baixa, os institutos e especialistas consultados pela BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) avaliam de forma positiva a situação da economia espanhola em termos gerais.

No entanto, na recente pesquisa de junho do Centro de Investigação Sociológica (CIS) de Espanha, 43,1% dos cidadãos qualificaram a situação econômica geral como “ruim” e 13,8% como “muito ruim”.

Essa discrepância entre a percepção e a realidade está sendo ampliada durante a campanha para as eleições gerais neste domingo (23/7), em que diferentes partidos políticos manipulam os números a seu favor, destacando os indicadores que lhes são mais convenientes.

Enquanto o presidente do governo e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, afirma que a economia espanhola “está andando como se fosse uma moto", o presidente do conservador Partido Popular (PP) e líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, diz que o país "está estagnado."

A economia é um tema central no pleito. Segundo as sondagens, o direitista PP passaria a ser o partido mais votado, seguido do governista PSOE. Quem chegar em terceiro pode ser decisivo para o resultado da eleição: o Vox de extrema-direita — que tudo indica que governaria com o PP — ou a recém-lançada coalizão de esquerda espanhola Sumar — que se tornaria parceira do PSOE em um governo de coalizão.

 

Verdades absolutas

“Cada um vê o que lhe convém. Um diz que estamos crescendo muito rápido e o outro diz que sim, mas que caímos ainda mais rápido (durante a pandemia) ”, explica à BBC News Mundo Javier Quesada, especialista do Instituto Valenciano de Pesquisas Econômicas (IVIE).

“Enquanto um fala em PIB (o conjunto das riquezas da economia), outro fala em PIB per capita (essa riqueza dividida pela população do país). Isso faz parte do jogo."

“Não há dúvida de que, se a economia vai bem, isso é bom para que os que estão no poder consigam renovar o mandato. E que quem quer chegar ao poder tem que procurar fazer com que a população perceba a necessidade de mudar”, diz.

“Isso significa que a opinião pública neste momento está altamente contaminada por notícias favoráveis ​​ou desfavoráveis.”

A mesma opinião é compartilhada por Martí Parellada, professor de economia da Universidade de Barcelona e presidente do Instituto de Economia de Barcelona (IEB). Ele explica que, para entender a visão negativa que os espanhóis têm da economia, é preciso levar em consideração “a batalha eleitoral” em jogo.

"Logicamente, se a alternativa ao atual governo usar como argumento substancial contra o governo que a situação econômica está ruim, provavelmente isso acabará afetando as pesquisas de opinião dos espanhóis", disse Parellada à BBC News Mundo.

 

O crescimento da economia espanhola

Em 2022, a Espanha registou um crescimento do PIB de 5,5% — o sétimo maior da União Europeia, segundo dados do Eurostat (Escritório Europeu de Estatística), à frente de outras grandes economias europeias como a Holanda (4,3% ), Itália (3,7%), França (2,5%) e Alemanha (1,8%).

Da mesma forma, o Banco da Espanha melhorou sua previsão para este ano e estimou que o PIB crescerá a uma taxa de 2,3%, enquanto a inflação continuará moderada e fechará 2023 em uma média de 3,2%, ante 8,4% registrados em 2022.

“Na minha opinião, não acho que a situação da economia espanhola possa ser avaliada de outra forma que não seja positiva. Os indicadores são bons sob qualquer ponto de vista”, avalia Parellada, embora reconheça que há problemas de produtividade e renda per capita abaixo da média da União Europeia.

A pujança das exportações, o dinamismo do emprego e a flexibilização dos preços da energia são algumas das principais razões para a melhoria das previsões do Banco de Espanha.

“O momento atual da economia espanhola é muito positivo. Mas também é verdade que se colocarmos num contexto mais geral a médio prazo, a economia espanhola foi a última a recuperar a queda do PIB sofrida durante a covid”, analisa Omar Rachedi, professor associado do Departamento de Economia, Finanças e Contabilidade na Escola Superior de Administração e Gestão de Empresas (ESADE).

A essa lenta recuperação se soma a elevada dívida pública espanhola, que voltou a bater um novo recorde histórico em maio, ultrapassando os 1,54 biliões de euros devido ao enorme impacto da pandemia na economia. Esse é um dos pontos fracos da economia espanhola.

 

Inflação

A inflação fechou junho em 1,9%. O número é inferior aos de França (5,3%) e Alemanha (6,8%). No entanto, a inflação de alimentos continua acima dos 10%, pesando muito no orçamento das famílias.

"Quando você vai ao supermercado, tende a levar mais em conta a variação de preços de um produto que talvez compre com mais frequência ou que seja mais importante para você, portanto, embora talvez apenas alguns produtos subam, a sua sensação é de aumento generalizado da inflação, embora isso não seja verdade”, explica Rachedi à BBC Mundo.

Para entender por que a sociedade percebe que as coisas estão piores do que dizem os indicadores macro, é preciso olhar para o micro. O que as pessoas percebem não é o quanto o PIB cresceu, mas sim o preço da gasolina, os produtos da cesta de compras ou a conta de luz.

“Se você olhar os dados macroeconômicos, parece que está tudo bem. Empregos foram gerados, a inflação está diminuindo, tudo isso é favorável. Agora, se você conversar com as pessoas, elas podem ter uma percepção diferente”, diz Quesada.

“A vida ficou muito cara e o que as pessoas percebem mais diretamente é como a comida ficou mais cara. As pessoas veem que está cada vez mais difícil chegar ao final do mês porque a inflação corrói as melhorias salariais que ocorreram, mas elas ficam atrás do crescimento dos preços."

A inflação é um dos principais temores da população e o principal inimigo dos governos.

“Os dados macroeconômicos são muito bons, sim, mas existe uma palavra mágica, que se chama inflação. A inflação que continua alta em toda a Europa e que está matando os governos. Essa é uma lição que a história da Europa nos dá”, explica Cristina Monge, cientista política e professora da Universidade de Zaragoza, à BBC Mundo.

“Você pode ter ótimos dados macro, mas vê que seu empréstimo imobiliário subiu 200 euros por mês ou que vai ao supermercado e que o dinheiro não compra tanto como antes. Portanto, a percepção em microeconomia não é a mesma que em macroeconomia”, aponta o especialista.

 

Narrativa

O caso da percepção negativa da economia não é exclusivo da Espanha. De acordo com uma pesquisa publicada recentemente pelo Pew Research Center, a maioria dos adultos em 18 dos 24 países pesquisados ​​classificou a situação econômica em seus países como “ruim”.

Na Espanha, 72% dos pesquisados ​​o avaliaram negativamente, dentro da média do estudo em que apenas México, Índia, Indonésia e Holanda registraram uma maioria que o descreveu como "boa”.

“Você pode ter um crescimento concentrado em algumas parcelas da população, então nem todos podem se beneficiar desse crescimento”, diz Rachedi. "Os dados de emprego e parte da política fiscal me fazem pensar que, de maneira geral, a situação não é tão negativa quanto percebida pela população."

“Essa discrepância não é apenas algo que acontece na Espanha. Exatamente o mesmo debate existe agora nos Estados Unidos, onde novamente há níveis recordes de emprego, mas as pessoas continuam tendo a ideia de que há quase uma recessão e uma crise que continua sendo anunciada e nunca aparece.”

Em sua opinião, essa discrepância pode ser, em parte, um legado dos últimos 20 anos de crescimento, em que parte da população se beneficiou de uma renda maior. Mas também se deve, em parte, ao que o Prêmio Nobel Robert J. Shiller chamou de "narrativa econômica".

"Uma narrativa econômica é uma história contagiante que tem o potencial de mudar a forma como as pessoas tomam decisões econômicas." Essa teoria explica como a história pode moldar nossa percepção da realidade e, na opinião de Rachedi, pode ser o que está acontecendo na Espanha.

“Se a mesma história se repetir, pode ter um efeito muito importante na população, principalmente em um momento como agora em que as redes sociais são tão importantes”, aponta.

“Acho que também em parte pelas características dessa recuperação com crescimento do PIB que também vem com inflação alta. Por exemplo, isso é muito interessante quando se observa a forte correlação nos EUA entre as pesquisas favoráveis ​​ao presidente e o preço da gasolina. Aí você vê como cada vez que o preço da gasolina sobe, há uma queda no apoio ao presidente.”

Nas eleições deste domingo na Espanha, veremos qual das "narrativas econômicas" mais convenceu os eleitores ou se a percepção de muitos cidadãos de que é cada vez mais difícil sobreviver é motivo suficiente para mudar o governo.

 

 

por Almudena de Cabo - BBC News Mundo

SÃO PAULO/SP - A Nestlé vai investir 2,7 bilhões de reais no Brasil até 2026 para ampliar e atualizar fábricas de biscoitos e chocolates no país, afirmou a multinacional suíça na quinta-feira.

Segundo a companhia, o investimento é o triplo do aplicado no Brasil pela empresa nos últimos quatro anos e servirá para "acelerar estratégia de crescimento" da Nestlé no país no segmento de biscoitos e chocolates, "que responde por fatia relevante dos negócios da multinacional".

A Nestlé teve crescimento de 24% nos últimos 12 meses no Brasil impulsionada pela "alta demanda" na categoria, afirmou a companhia, apesar do ambiente inflacionário que deprime os gastos dos consumidores.

O investimento foi anunciado um mês depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica ter finalmente aprovado a compra da Garoto pela Nestlé, um negócio anunciado em 2002.

A Nestlé tem no Brasil o maior segmento de chocolates do grupo no mundo e o investimento vai modernizar e ampliar as linhas de produção em Caçapava (SP), Vila Velha (ES) e Marília (SP), afirmou a companhia. As fábricas abastecem tanto o mercado brasileiro quanto exportações da Nestlé Brasil para cerca de 20 países.

 

 

 

Por Alberto Alerigi Jr. / REUTERS

BRASÍLIA/DF - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou alerta para golpes envolvendo o Programa Desenrola Brasil, que entrou em vigor no último dia 17, que tem como principal objetivo reintroduzir pessoas com restrição de crédito na economia, permitindo melhores condições de renegociação de dívidas bancárias.

Segundo a entidade, criminosos podem aproveitar o programa para aplicar golpes por meio de links falsos e da engenharia social, que usa técnicas para enganar o usuário para que ele forneça dados confidenciais, além de realizar transações financeiras para o golpista.

Nessa primeira fase do programa, as instituições financeiras limpam o nome das pessoas com débitos de até R$ 100. A dívida não é perdoada. Apenas o devedor deixa de ficar com o nome sujo e pode contrair novos empréstimos e fazer operações como fechar contratos de aluguel. Há ainda a possibilidade de renegociação de débitos com bancos por devedores com renda de até R$ 20 mil. O Desenrola só abrange dívidas contraídas até 31 de dezembro do ano passado.

“É muito importante que o cliente não clique em links recebidos por aplicativos de mensagens, de redes sociais e patrocinados em sites de busca. Faça você mesmo o contato com o seu banco. Fique atento para que não sejam aceitas propostas de envio de valores com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. Reforçamos que somente é possível renegociar as dívidas nos canais oficiais dos bancos”, disse, em nota, Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

A Febraban orienta que as pessoas interessadas em renegociar as dívidas dentro do Desenrola Brasil busquem informações apenas dentro dos canais oficiais dos bancos que aderiram ao programa, como nas agências, no internet banking ou em seus aplicativos bancários. Se for negociar no internet banking, a entidade orienta que, para o acesso, o próprio usuário digite o endereço da instituição financeira.

Se o cliente desconfiar de alguma proposta ou do valor, ele deve em contato com o banco nos seus canais oficiais. Além disso, somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o usuário pode ter os valores debitados da conta, nas datas acordadas. Outro alerta é, em caso de boletos, checar na hora do pagamento se está sendo feito realmente para a instituição financeira com a qual o cliente tem a pendência.

A Febraban acrescenta que não envia comunicado para renegociar dívidas no Desenrola. Caso receba qualquer mensagem com o logotipo da entidade ou de bancos, o cliente deve descartá-la e entrar em contato com os canais oficiais da instituição financeira, como agência, internet banking e aplicativo bancário.

 

 

Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

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