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MONTEVIDÉU – A notícia de que o Uruguai estava em busca de um acordo comercial com a China provocou entusiasmo no rancho El Álamo, uma imensidão exuberante de pasto entremeado com cactos e rebanhos de gado nas planícies do leste do Uruguai.

A maior parte do gado tem como destino compradores na China, onde encara tarifas de 12% — mais do que o dobro da alíquota aplicada à carne da Austrália, o maior exportador de carne bovina para a China. Os criadores de gado na Nova Zelândia, o segundo maior exportador, usufruem da isenção de impostos na China.

“Consigam o acordo comercial”, disse Jasja Kotterman, que administra o rancho da família. “Isso igualaria as condições para nós.”

No entanto, o entusiasmo predominante no país sul-americano ultimamente deu lugar à resignação da improbabilidade de que um acordo comercial com a China aconteça tão cedo. O que chamou a atenção como uma nova oportunidade para o Uruguai se transformou em um alerta das armadilhas da política comercial para nações pequenas tentando lidar com realinhamentos geopolíticos complexos.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, apostou seu legado econômico na realização de um acordo comercial com a China. “Temos toda a intenção de alcançá-lo”, disse ele em julho do ano passado, ao anunciar o início das negociações formais. A China estava disposta a conversar sobre um acordo bilateral com o Uruguai.

Mas as aspirações do Uruguai provocaram a ira e acusações dos vizinhos Brasil e Argentina, assim como o que foi visto como retaliação econômica. Em conjunto com o Uruguai e o Paraguai, os dois países pertencem ao Mercosul, uma aliança formada há mais de três décadas para promover o comércio na região.

Nos últimos meses, o Brasil passou por cima do Uruguai enquanto tentava conseguir um acordo mais amplo com a China em nome do bloco.

“Queremos sentar à mesa (como Mercosul) e discutir com nossos amigos chineses um acordo Mercosul-China”, disse o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma visita em janeiro à capital uruguaia, Montevidéu.

Em abril, Lula viajou para a China, onde foi recebido com tratamento especial, e participou de uma reunião com o principal líder do país, Xi Jinping.

“Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore a sua relação com a China”, disse Lula.

Qualquer interesse que o governo chinês tenha tido em fechar um acordo com o Uruguai logo foi substituído pelo foco no Brasil, uma decisão explicada por um cálculo básico de matemática: o Uruguai é um país com 3,4 milhões de pessoas, enquanto o Brasil é a maior economia da América do Sul e tem 214 milhões de habitantes.

Entretanto, apesar do presidente do Brasil ter declarado interesse em intermediar um acordo comercial, a probabilidade de um acordo entre Mercosul e China parece ser mínima ou inexistente.

O Mercosul, uma organização notoriamente lenta, repleta de discórdias internas, passou mais de 20 anos tentando concluir as negociações de um acordo comercial com a União Europeia. Um dos seus membros, o Paraguai, não tem qualquer relação com Pequim. Em vez disso, mantém relações com Taiwan. Só isso tornaria quase inimaginável a possibilidade de um acordo entre o Mercosul e a China.

Tudo isso aumentou a probabilidade do Uruguai acabar prejudicando suas relações com os vizinhos e não alcançar conquistas econômicas.

“O Uruguai está sendo usado como moeda de troca para a China negociar com o Brasil”, disse Kotterman, supervisor do rancho Álamo, enquanto uma lua cheia iluminava o pasto.

 

Reconfigurando o mapa

O alcance de um acordo comercial do Uruguai com a China ia além do destino de seu gado. O governo do país estava tentando redefinir as regras de relacionamento com o restante do mundo, enquanto desassociava a nação do legado do protecionismo comercial que tem prevalecido nas maiores economias da América do Sul.

O governo estava claramente recorrendo à China como um contrapeso ao domínio dos Estados Unidos no hemisfério sul.

Os sindicatos se opuseram à perspectiva de um acordo por considerarem isso uma ameaça aos empregos com salários maiores nas fábricas, enquanto os políticos — alguns dentro da coalizão do governo — condenaram a aliança do presidente com a China dizendo que ela colocava em risco a segurança nacional.

Mas a maior fonte de preocupação se concentra nas consequências de uma possível ruptura dentro do Mercosul, formado em 1991.

O Mercosul opera como um coletivo para estabelecer tarifas com o resto do mundo. Ao tentar um acordo com a China, o Uruguai estava violando a unidade do grupo. O país abriria seus mercados aos produtos fabricados na China em troca de tarifas mais baixas sobre a carne bovina exportada para Pequim. As vendas extras para os ranchos do Uruguai aconteceriam às custas dos produtores de carne de bovina no Brasil e na Argentina.

Para muitos, o Mercosul tem ficado muito aquém no seu objetivo de catalisar um mercado comum na América do Sul. Seu suposto plano de promoção do comércio tem sido frequentemente impedido pelos interesses de setores politicamente poderosos no Brasil e na Argentina. Os dois países conseguiram obter dezenas de isenções que evitaram a concorrência de suas empresas com outras do bloco.

Entretanto, muitos líderes na região confiam na cooperação como solução para alcançar a prosperidade e libertar o continente de sua dependência desmedida da exploração de matérias-primas e cultivo de commodities como a soja.

“O Mercosul é importante, e deveria ser mais importante”, disse Martin Guzmán, ex-ministro da Economia da Argentina. “Não vejo uma saída para o problema da estagnação do continente sem ser por meio de uma maior integração.”

Ele criticou a busca do Uruguai por um acordo comercial com a China por ser uma ameaça ao bloco.

“Se todos se comportarem assim, haverá um preço a longo prazo”, afirmou.

 

Mais gado que pessoas

O Uruguai exporta aproximadamente 80% de sua carne bovina, ganhando cerca de US$ 3 bilhões por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Carnes, uma agência governamental em Montevidéu. Mas os produtores de carne bovina do país encaram impostos de 26% nos EUA e acima de 45% na União Europeia, depois de esgotar uma pequena cota tarifária.

Isso torna a China um objetivo óbvio, ao mesmo tempo que leva a conversas amargas, como a da recusa de Washington a negociar um acordo comercial para abrir os mercados do país às exportações de carne bovina do Uruguai.

“Os EUA falam muito de como valorizam a democracia e os direitos humanos do Uruguai, mas, no fim, dão as costas para nós”, disse Conrado Ferber, presidente do Instituto Nacional das Carnes. “É por isso que estamos negociando com a China.”

Jorge González, que dirige um matadouro na pequena cidade de Lavalleja, tem interesse principalmente nos compradores chineses porque eles compram a vaca inteira. Os compradores europeus costumam se interessar apenas pelas partes mais nobres que correspondem a menos da metade da vaca. Os americanos compram um pouco mais, transformando os cortes menos nobres em carne de hambúrguer.

Mas na China, uma variedade de pratos gastronômicos, como o hot pot (uma espécie de fondue chinês), gera demanda por até mesmo porções de carne menos nobres em fatias finas.

González, 56 anos, compra gado dos ranchos nas imediações e envia a carne para uma linha de produção onde os trabalhadores realizam os cortes e distribuem o produto em caixas. Ele exporta a maior parte de sua produção para o mundo em navios porta-contêineres, 70% deles vão para a China.

Sua fábrica tem capacidade suficiente para abater cerca de cem mil animais por ano, quase o dobro do número atual. Um acordo comercial com a China levaria os donos de ranchos locais a produzir mais, disse ele.

González tem esperança de que algum tipo de acordo com a China ainda possa ser alcançado devido às virtudes do Uruguai como produtor de alimentos. O país tem espaços livres enormes e aproximadamente quatro vezes mais vacas do que habitantes, o que o torna um lugar útil para a produção de carne para exportação.

“Os chineses estão em busca de um fornecimento garantido de alimentos”, disse González./Tradução de Romina Cácia

 

 

por Peter S. Goodman / ESTADÃO

Impulsionado pelas atividades administrativas e complementares, setor de serviços é responsável pela abertura de 25 mil vagas, aponta FecomercioSP


SÃO PAULO/SP - Em maio, o setor de serviços criou 25 mil empregos com carteira assinada no Estado de São Paulo. No mesmo período, o comércio foi responsável pela abertura de mais de cinco mil vagas formais. Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No período, o saldo registrado nos serviços — resultado de 330 mil admissões e 305 mil desligamentos –era esperado e foi citado no relatório de abril. São 6,943 milhões de vínculos empregatícios ativos no agrupamento.
 
Os serviços administrativos e complementares apresentaram o melhor desempenho do mês, responsáveis pela criação de 10 mil empregos formais. Do grupo, destacaram-se os serviços de locação de mão de obra temporária (3.897 vagas) e as atividades de limpeza (3.731 vagas). 
 
De acordo com a FecomercioSP, no ano, são quase 150 mil postos de trabalho criados no setor, índice abaixo dos 200 mil registrados entre janeiro e maio do ano passado. Por outro lado, esse desempenho é melhor do que o esperado para 2023. A tendência para junho não deve mudar, esperando-se, novamente, bom saldo ao setor de serviços.
 

 
Comércio abaixo do esperado
Apesar do saldo positivo de mais de cinco mil novas contratações no comércio no Estado de São Paulo, o índice ficou abaixo do esperado para o período no quinto mês do ano, revela a Entidade, uma vez que era esperado ao menos que o resultado ficasse acima dos números de abril, especialmente graças ao Dia das Mães e à proximidade com o Dia dos Namorados.
 
Ao comparar o resultado de maio com o mês anterior, a geração de vagas foi 32% menor, em um total de 124.607 admissões e 119.594 desligamentos no mês. São mais de 2,75 milhões de empregos celetistas ativos. As três divisões do setor apresentaram tímidos avanços: comércio e reparação de veículos gerou 1.238 postos de trabalho, ao passo que o comércio atacadista apresentou saldo positivo de 1.221 vagas, enquanto o comércio varejista criou 2.554 vínculos trabalhistas. Nesta última divisão, destacaram-se, de forma antagônica, o varejo hipermercadista e supermercadista (858 vagas) e o varejo de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (585 vagas a menos).
 

 
O setor ainda não saiu do índice negativo no acumulado do ano: são menos 3.092 empregos celetistas. De acordo com a FecomercioSP, observa-se que, neste ano, o comércio enfrenta um pouco mais de dificuldades, em especial o varejo. Isso tem acontecido porque as famílias estão direcionando mais renda aos segmentos de consumo não adiável, em detrimento daqueles dependentes de crédito. Outro ponto é o direcionamento da renda ao setor de serviços, apontando melhores resultados. Para junho, espera-se um tímido avanço no mercado de trabalho do comércio paulista.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

PEQUIM - A China prometeu nesta quarta-feira tornar a economia privada "maior, melhor e mais forte" com uma série de medidas destinadas a ajudar as empresas privadas e reforçar a recuperação pós-pandemia.

O crescimento fraco na segunda maior economia do mundo criou uma urgência para reanimar o setor privado, um importante motor de crescimento que foi prejudicado pelas restrições contra a Covid-19 e uma ampla repressão regulatória que visava setores de tecnologia a imobiliário.

A China se esforçará para criar um ambiente de negócios de primeira classe voltado para o mercado, disse a agência de notícias estatal Xinhua, citando diretrizes publicadas pelo Partido Comunista e pelo gabinete.

"O setor privado é uma nova força para promover a modernização ao estilo chinês, uma base importante para o desenvolvimento de alta qualidade e uma força crucial para promover a construção abrangente da China de uma potência socialista moderna", disse a Xinhua.

As medidas incluem a proteção dos direitos de propriedade de empresas e empresários privados e medidas para garantir a concorrência justa no mercado, derrubando as barreiras de entrada no mercado.

Eles também criarão um sistema para deixar claro as áreas em que os investidores privados podem investir, além de incentivar algumas empresas privadas a emitir títulos de inovação tecnológica.

 

 

Ella Cao, Kevin Yao e Bernard Orr / REUTERS

BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (19) a parcela de julho do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 2. Essa é a segunda parcela com o novo adicional de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos.

Desde março, o Bolsa Família paga outro adicional - de R$ 150 - a famílias com crianças de até seis anos. Dessa forma, o valor total do benefício poderá chegar a R$ 900 para quem cumpre os requisitos para receber os dois adicionais.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 684,17. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,9 milhões de famílias em julho, com gasto de R$ 14 bilhões.

Neste mês, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, 341 mil famílias foram canceladas do programa por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em compensação, outras 300 mil famílias foram incluídas no programa em julho. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício. Desde março, mais de 1,3 milhão de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.

Regra de proteção

Quase 2,2 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde o mês passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.

Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 378,91. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, do total de famílias na regra de proteção, 1,46 milhão de famílias foram incluídas neste mês por causa da integração de dados do Bolsa Família com o CNIS.

Reestruturação

Desde o início do ano, o programa social voltou a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Segundo o balanço mais recente, divulgado em abril, cerca de três milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram o benefício cortado.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Calendário do Bolsa Família

Calendário do Bolsa Família - Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

 

Auxílio Gás

Neste mês, não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

URUGUAI - O Uruguai impulsiona a produção de hidrogênio verde para cumprir as metas globais de redução das emissões de gases de efeito estufa e também para criar um novo setor exportador, afirmam autoridades.

O governo uruguaio assinou nesta terça-feira (18), em Bruxelas, durante a cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um memorando de entendimento com a UE sobre energias renováveis e hidrogênio verde.

"Tanto a Europa quanto o Uruguai desejam ser neutros em carbono até 2050. O acordo de hoje sobre energia nos ajudará a chegar lá, juntos. Também apoiará o desenvolvimento do hidrogênio verde, uma indústria estratégica para o futuro do Uruguai", tuitou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O memorando ressalta que os investimentos nesse setor "devem cumprir a legislação ambiental" e "levar em devida consideração" a proteção dos sistemas hídricos, conforme comunicado da UE.

O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, anunciou no mês passado que o Uruguai receberá o maior investimento de sua história, cerca de US$ 4 bilhões (R$ 19,2 bilhões), de uma multinacional com sede nos Estados Unidos, a HIF Global, para produzir combustíveis sintéticos à base de hidrogênio verde destinados à Europa.

"Na economia do hidrogênio, que está surgindo no mundo, o Uruguai pode desempenhar um papel de liderança, pois pode gerar energia renovável em uma escala muito maior do que sua própria demanda", explicou o ministro da Indústria e Energia uruguaio, Omar Paganini, à AFP.

Em 2022, 91% da geração de eletricidade do país veio de fontes renováveis: 39% hidrelétrica, 32% eólica, 17% biomassa e 3% solar. A participação de fontes de origem fóssil no suprimento total de energia foi de apenas 44%, muito abaixo da média mundial.

 

- 'Exportando sol e vento' -

"A transição energética no Uruguai começou há anos", disse Alejandro Stipanicic, presidente da empresa estatal de combustíveis Ancap, à AFP. "Por isso, dizemos que queremos exportar sol e vento, em vez de importar combustíveis fósseis".

O hidrogênio verde é obtido por meio da eletrólise da água a partir de energias renováveis.

O Uruguai também possui abundante CO2 biogênico que, combinado com o hidrogênio verde, permite a produção de "e-fuels", os combustíveis sintéticos.

Foi isso que a Ancap ofereceu aos investidores: aproveitar o CO2 biogênico de sua usina de etanol em Paysandú, localizada 400 km a noroeste de Montevidéu.

A HIF Global venceu a licitação e, em dezembro, começou a produzir combustíveis sintéticos no Chile a partir de CO2 capturado da atmosfera.

"O combustível sintético é quimicamente equivalente ao derivado do petróleo. Isso tem uma grande vantagem, que é não precisar de alteração na infraestrutura", explicou Martín Bremermann, representante da HIF Global, à AFP.

Entre os acionistas da HIF Global está a montadora alemã Porsche.

Paganini estima que a produção da HIF Global no Uruguai começará em 2027.

 

- Água ameaçada? -

O governo uruguaio prevê que, até 2040, o setor de hidrogênio verde e seus derivados represente uma receita anual de US$ 2,1 bilhões (R$ 10 bilhões), 2% do PIB projetado.

Além da usina da HIF Global em Paysandú, existem outras duas iniciativas de hidrogênio verde no norte do país: um projeto piloto em Paso de los Toros, associado à usina de celulose da empresa finlandesa UPM, e um projeto em Tambores, da empresa alemã Enertrag e da uruguaia SEG Ingeniería.

No entanto, alguns temem que essa nova indústria esgote um recurso crucial: a água.

Em fevereiro, moradores de Tambores entraram com um recurso na Suprema Corte de Justiça, alegando que o "extrativismo" da água está sendo promovido.

O Uruguai é um dos poucos países que consagram em sua Constituição o acesso à água como um direito humano.

Paganini descartou o risco de escassez de água em um momento de especial sensibilidade no país, que enfrenta uma seca histórica que afetou o fornecimento de água potável para a capital Montevidéu.

No caso de Paysandú, o projeto de maior porte, serão utilizados "cerca de 1.200 m³ diários do rio Uruguai, que tem um fluxo cerca de 500 vezes maior", assegurou.

 

 

AFP

TAUBATÉ/SP - A Volkswagen anunciou a suspensão de contratos de trabalho de 800 metalúrgicos de sua fábrica em Taubaté (SP) a partir de 1 de agosto por um período de dois a cinco meses, afirmou o sindicato local nesta segunda-feira.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, a suspensão foi informada pela montadora para adequar a produção ao mercado, apesar do setor ter sido recém beneficiado por incentivo do governo federal para a compra de carros novos. A montadora chegou a informar que não adotaria mais suspensão de contratos de trabalho neste ano, após o incentivo do governo, segundo o sindicato.

A Volkswagen emprega 1.300 funcionários na fábrica em Taubaté, que produz o modelo Polo Track, afirmou a entidade sindical.

"A Volkswagen do Brasil informa que a fábrica de Taubaté protocolou layoff para um turno de produção, iniciando em 1º de agosto, a princípio com duração de 2 meses", afirmou a montadora em comunicado à imprensa sem dar mais detalhes.

Segundo a companhia, a ferramenta de flexibilização está prevista em acordo coletivo firmado entre o sindicato e funcionários da montadora.

O Polo acumula vendas de 37,7 mil unidades de janeiro ao final de junho, na segunda posição do segmento de automóveis, segundo dados da associação de concessionários, Fenabrave. O modelo é o segundo mais vendido no acumulado do ano no segmento, atrás do Onix, da General Motors, que teve emplacamentos de 44,1 mil unidades.

 

 

Por Alberto Alerigi Jr. / REUTERS

BERLIM - A expansão da fábrica da Tesla no Estado alemão de Brandemburgo pode torná-la a maior fábrica de automóveis da Alemanha. O objetivo é produzir até um milhão de carros elétricos por ano.

A fabricante aguarda a conclusão definitiva de um estudo de impacto ambiental que terá a colaboração dos cidadãos locais por meio de um aplicativo. Uma audiência pública pode ocorrer em outubro para discutir as questões levantadas.

A construção da fábrica da Tesla foi desacelerada devido a conflitos com grupos ambientalistas quanto ao potencial impacto da usina nas florestas e na vida selvagem, bem como a quantidade de água que a instalação drenaria de fontes locais.

A Tesla começou a produzir seu Modelo Y — SUV totalmente elétrico — no início do ano passado. Em março, a produção havia atingido 5 mil veículos por dia.

Embora ainda ofuscada pelas grandes marcas de automóveis da Alemanha em vendas gerais, os modelos Y e 3 foram os veículos totalmente elétricos mais vendidos na Europa no primeiro trimestre, ultrapassando o ID.3 e ID.4 da Volkswagen, segundo o Jato Dynamics, um grupo de pesquisa do consumidor.

O mercado europeu de veículos elétricos desacelerou, mas as vendas seguem crescendo. Durante os primeiros cinco meses deste ano, as vendas de veículos totalmente elétricos aumentaram 42,3%, para 730.137 veículos na União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre e Reino Unido, segundo dados da European Automobile Associação de Fabricantes.

Neste período, a Tesla vendeu 138.294 carros, aumentando sua participação nas vendas de veículos novos na região para 2,6%, deixando-a à frente de fabricantes estabelecidos, como Nissan e Volvo.

Com o crescimento da Tesla, o sindicato IG Metall da Alemanha saudou a perspectiva de empregos adicionais na fábrica da Tesla em Grünheide. No entanto, observou que a empresa demitiu cerca de 200 funcionários e trabalhadores terceirizados. / Dow Jones Newswires

 

 

ESTADÃO

PARIS - Negócios com ações do grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon foram suspensos na Bolsa de Paris nesta segunda-feira, 17, em função de um anúncio a ser feito pela empresa.

Recentemente, o Casino – que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil – recebeu ofertas de injeção de capital em um momento em que negocia a reestruturação de dívidas com credores.

Na semana passada, o Casino estimou que suas vendas na França caíram em ritmo mais acentuado no segundo trimestre do que no primeiro.

 

 

*Com informações da Dow Jones Newswires

ISTOÉ DINHEIRO.

BRASÍLIA/DF - Instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central a realizar operações de crédito começam a oferecer, nesta segunda-feira (17), a renegociação de dívidas para a Faixa 2 do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil). Segundo o Ministério da Fazenda, cerca de 30 milhões de brasileiros podem se beneficiar nesta etapa.

A Faixa 2 do programa abrange a população com renda de dois salários mínimos - R$ 2.640 até R$ 20 mil por mês. As dívidas podem ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas, em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.

Nesta fase do programa, também serão perdoadas dívidas bancárias de até R$ 100. Nesse caso, o nome da pessoa será retirado dos cadastros de devedores pelas instituições financeiras. Segundo o Ministério da Fazenda, com essa medida cerca de 1,5 milhão de pessoas deixarão de ter restrições e voltarão a poder ter acesso ao crédito.

Brasília (DF) - Programa desenrola Brasil Faixa 2
Arte: Agência Brasil

Arte Agência Brasil

Faixa 1

A habilitação de agentes financeiros para a Faixa 1 do Desenrola Brasil também já está disponível. Nesse caso, os agentes financeiros terão de fazer a solicitação na plataforma do Fundo Garantidor de Operações (FGO) Desenrola Brasil e devem cumprir os critérios negociais e tecnológicos previstos no Manual de Procedimentos Operacionais do FGO Desenrola Brasil.

É necessário informar os registros ativos dos inadimplentes no perfil da Faixa 1, e fornecer dados como o número de contrato, a data da negativação e da inserção no cadastro de inadimplência, além dos três dígitos iniciais do número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do devedor.

As pessoas com dívidas até R$5 mil e que tenham renda de até dois salários mínimos, ou sejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão participar do Desenrola Brasil na etapa que terá início em setembro.

 

 

Por Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil

 

SÃO PAULO/SP - Na noite de ontem, 15, ocorreu o sorteio do concurso 2.611 da Mega-Sena na cidade de São Paulo. Ninguém acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em aproximadamente R$ 50 milhões.

 

As dezenas sorteadas são:

04 - 12 - 18 - 21 - 25 - 49.

 

178 apostas acertaram 5 números e vão levar R$ 25.434,22

Já a quadra da Mega tivemos 9.213 apostas ganhadoras e vão levar R$ 702,00

O próximo sorteio da Mega-Sena será na quarta-feira (19).

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