BRASÍLIA/DF - A aprovação da reforma do ensino médio pela Comissão da Educação do Senado representa mais um passo para mudanças bastante significativas não apenas na rotina de profissionais da educação e de alunos, mas também para as famílias desses estudantes e para as comunidades. Para que seja de fato implementado e garanta a qualidade e equidade na educação, será necessário o empenho e articulação dos entes federados, assim como da comunidade escolar e de universidades, visando a formação de professores para o novo currículo.
Como o texto aprovado do PL 5.230/23 na comissão é um substitutivo, ele terá de retornar à Câmara dos Deputados, caso se confirme a aprovação no plenário do Senado. O texto aprovado prevê a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB), das atuais 1,8 mil horas para 2,4 mil. A carga horária mínima anual do ensino médio passa de 800 para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos.
Há a possibilidade de essa carga ser ampliada progressivamente para 1,4 mil horas, desde que levando em conta prazos e metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação (PNE), respeitando uma distribuição que seja de 70% para formação geral básica e 30% para os itinerários formativos – disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo a serem escolhidos pelos estudantes nos três anos da etapa final da educação básica.
Segundo o substitutivo aprovado, da relatora do PL no Senado, Dorinha Seabra (União-TO), a partir de 2029, as cargas horárias totais de cursos de ensino médio com ênfase em formação técnica e profissional serão ampliadas, de 3 mil horas para 3,2 mil; 3,4 mil; e 3,6 mil quando se ofertarem, respectivamente, cursos técnicos com carga específica de 800 horas, 1 mil horas e 1,2 mil horas.
Entre os destaques apresentados pela parlamentar no relatório figura a inclusão da língua espanhola como componente curricular obrigatório, além do inglês. Outros idiomas poderão ser ofertados em localidades com influências de países cujas línguas oficiais sejam outras, de acordo com a comunidade escolar (professores, técnicos administrativos, estudantes e pais ou responsáveis).
A ampliação da carga horária e a inclusão da língua espanhola entre as disciplinas a serem ministradas são pontos positivos da reforma, segundo a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos. Ela chama atenção para alguns problemas que podem decorrer da forma como serão implementadas.
“O texto aprovado pela comissão do Senado apresenta alguns avanços, ainda que insuficientes, na comparação com o texto enviado pela Câmara”, disse a educadora à Agência Brasil. “Trazer o espanhol de volta é algo positivo, se levarmos em consideração nossa identidade continental. Mas é preciso estabelecermos uma divisão clara das cargas horárias, uma vez que horas dedicadas a espanhol são horas a menos para outros conteúdos”, disse ela ao destacar ser necessário, também, que haja clareza, no novo ensino médio, com relação não apenas à carga horária de cada disciplina, mas também aos conteúdos que serão apresentados.
Segundo a educadora, o substitutivo manteve brechas especialmente relativas à educação profissional, uma vez que não ficou claro quais seriam as disciplinas que vão compor tais áreas. “É preciso dizer as áreas do conhecimento e, dentro delas, definir disciplinas e carga horária. A nova legislação precisa apresentar e detalhar isso; pegar as áreas de conhecimento e dizer o que vai compor em termos de disciplinas".
Diretor de Políticas Públicas da ONG Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa diz que a obrigatoriedade da língua espanhola no ensino médio será provavelmente um ponto de discordância, quando a matéria retornar à Câmara.
“É possível que a Câmara não acate todas mudanças feitas pela senadora Dorinha no texto. Antevejo discordância de alguns com relação à obrigatoriedade do espanhol no ensino médio. O problema, talvez, seja colocá-lo na parte comum, como mais uma disciplina obrigatória, porque implicaria na diminuição da carga horária de outras disciplinas importantes”, disse.
A solução, segundo ele, seria a de colocar o espanhol como disciplina opcional, em vez de obrigatória. “Se as escolas já funcionassem em tempo integral, não haveria esse problema, porque a carga horária seria maior”, complementou ao lembrar que essa obrigatoriedade foi publicamente criticada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação – o que certamente será usado como argumento pelos contrários.
Criados com o objetivo de aprofundar áreas de conhecimento ou de formação técnica profissional – levando em conta a importância desses conteúdos para o contexto local e as possibilidades do sistema de ensino –, os itinerários formativos terão carga horária mínima de 800 horas nos três anos de ensino médio.
Na avaliação de Catarina de Almeida, da UnB, o aumento da carga horária do técnico profissionalizante acabaria por resultar na diminuição da formação básica, o que, segundo ela, não seria bom.
“Levando em consideração o atual quadro de professores e a infraestrutura limitada das escolas, o correto seria não fazer essa divisão [entre áreas de conhecimento e técnico profissionalizante], e sim focar exclusivamente em uma formação básica, comum a todos. Isso, na verdade, significa os dois tipos para todos. Ao separar o processo, teremos estudantes com menos informação do básico”, argumentou.
Se for para implementar com essa divisão, que seja, na avaliação dela, aumentando a carga horária total. Nesse caso, ela sugere que se postergue a implementação das novas regras. “A pressa pode atrapalhar a perfeição. Se o Brasil está atrasado nessa reformulação, ficará ainda mais com a necessidade de, depois, ter de fazer mais uma reforma. Isso prejudicaria mais gerações. O melhor é centrar esforços em uma reforma robusta que possa ficar por muito tempo”.
Com relação aos itinerários formativos, a grande preocupação manifestada por parlamentares durante a tramitação do texto foi a de resultarem em conteúdos e atividades de pouca relevância para a formação do estudante. Foi inclusive citado o caso de uma aula dedicada a ensinar estudantes a prepararem brigadeiro gourmet.
A ideia proposta prevê que os itinerários têm de estar articulados com as quatro áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): linguagens e suas tecnologias, integrada pela língua portuguesa e suas literaturas, língua inglesa, artes e educação física; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias, integrada pela biologia, física e química; e ciências humanas e sociais aplicadas, integrada pela filosofia, geografia, história e sociologia.
As diretrizes nacionais que aprofundarão cada uma das áreas do conhecimento ficarão a cargo do Ministério da Educação (MEC), em parceria com os sistemas estaduais e distrital de ensino.
O projeto em tramitação no Senado aponta para a importância do tempo integral, e isso certamente constará na lei, segundo Gabriel Corrêa, da ONG Todos pela Educação. Enquanto isso não acontece, o Senado propôs a ampliação da carga diária atual, de 5 horas, no caso dos estudantes que optarem por curso técnico. Já a Câmara defende cargas horárias iguais para os dois grupos – técnico profissionalizante e áreas de conhecimento.
“Há alguns problemas com relação ao tempo integral. Um deles é que as redes [de ensino] das secretarias de educação terão de ofertar estrutura para alunos ficarem mais tempo na escola, o que resulta em mais trabalho, recursos e contratações de professores. Outro ponto está relacionado ao risco de os estudantes optarem por uma frente, apenas pelo fato de ficarem menos tempo em sala de aula. Em outras palavras, desestimularia a escolha pelos cursos técnicos, caso a carga horária diária deles seja maior”, argumentou o diretor.
A ONG Todos pela Educação defende que não haja essa distinção entre as duas frentes, até porque mais carga atrapalha a oferta do poder público para a expansão da rede. “O ideal é que todos tenham a mesma carga horária, independentemente do caminho a ser escolhido. Com isso, a escolha é em função da vocação e dos interesses, e não da preguiça de fazer menos aulas. Por fim, isso pode confundir os estudantes, levando-os a acreditar que uma maior carga horária indicaria maior relevância”.
Um outro ponto polêmico do texto substitutivo aprovado na comissão do Senado é o que trata da possibilidade de algumas aulas serem ministradas por pessoas sem diploma de licenciatura específico para a disciplina, mas que tenham notório saber e experiência comprovada no campo da formação técnica e profissional. Algo similar já ocorre, por exemplo, quando engenheiros dão aula de matemática.
Segundo a relatora Dorinha Seabra, a atuação desses profissionais de notório saber será “em caráter excepcional, mediante justificativa do sistema de ensino e regulamentação do Conselho Nacional de Educação (CNE)."
Essa possibilidade preocupa a educadora Catarina de Almeida Santos, da UnB. Segundo ela, esse tipo de situação implica risco de, ao autorizar aulas ministradas por pessoas de notório saber, a nova legislação coloca à frente das salas de aula pessoas leigas, em vez de profissionais habilitados da área. “A meu ver, notório saber não tem relação com saber prático”.
Essa possibilidade foi também criticada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). “Um ponto considerado negativo foi a permanência do notório saber, embora o texto aponte para a normatização nacional e excepcional da contratação desses profissionais para atuarem no itinerário da formação técnico-profissional”, ponderou a entidade.
A relatora Dorinha Seabra disse à Agência Brasil que, para ser implementada de forma adequada, a nova proposta vai requerer esforço do estado e do governo federal, para melhorar a estrutura das escolas. Em especial, as estruturas de laboratórios e bibliotecas.
“Será necessário um aprofundamento em relação às disciplinas básicas. Quando se trata da educação profissional, requer uma estrutura ainda maior de investimento em laboratórios e livros; em atividades extras. Temos um grande desafio, a exemplo dos profissionais e de funcionamento das escolas”, disse.
Dorinha acrescentou que o aumento de carga horária vai requerer mais dedicação também de alunos e professores. “O tempo integral fica no foco de todo conjunto, [passando por] ampliação da carga horária e permanência na escola”.
Ainda segundo a senadora, o olhar do novo do ensino médio tem que estar cada dia mais inserido no seu espaço; na sua localidade. “Requer a participação da comunidade nesses espaços coletivos de formação e leituras em relação ao meio em que está inserido, bem como aos espaços no mundo do trabalho.”
A ONG Todos pela Educação alerta que “sem o apoio do governo federal ao estado, e dos estados às escolas, o abismo entre escolas públicas e privadas permanecerá mesmo com o país tendo sua legislação melhorada.”
A aprovação pelo Legislativo, segundo Corrêa, é apenas um primeiro passo para novos desafios. “Na sequência teremos outros desafios, até que consigamos, de forma gradual, fazer as mudanças que melhorarão o ensino médio do país. Será uma fase complexa e não rápida, tomando pelo menos os anos de 2025 e 2026”, afirmou.
Segundo ele, os desafios para a implementação das novas regras passam pela preparação de infraestruturas, profissionais, materiais e pelas avaliações que são necessárias para identificar o que pode ser melhorado.
“Além disso, será necessário estabelecer uma nova comunicação [das autoridades] com estudantes e famílias sobre as mudanças que virão. Apoiar os estudantes inclusive para que eles apoiem a escola. Não adianta o poder público se preparar e as comunidades não se apropriarem desse modelo”, complementou.
Além de campanhas midiáticas, será necessária muita atuação no ambiente escolar, no sentido de preparar professores e diretores. “Serão momentos de debates sobre projetos de vida e opções disponibilizadas pelo ensino médio. Não é apenas o governo chegar e expor suas intenções. Será necessário ouvir, dialogar e envolver o jovem nesse processo de escolha. Não será algo fácil. Por isso precisaremos de uma coordenação muito boa entre MEC e secretarias estaduais/distrital de educação”.
Outra sugestão apresentada no relatório da parlamentar é a obrigatoriedade de os estados manterem pelo menos uma escola com ensino médio regular noturno em cada município, caso haja demanda comprovada.
O relatório prevê, ainda, formação continuada de professores, de forma a garantir que eles estejam preparados para as novas diretrizes e metodologias, “com foco em orientações didáticas e reflexões metodológicas, assegurando o sucesso das transformações propostas para o ensino médio.”
O ministro da Educação, Camilo Santana, comemorou pelas redes sociais a aprovação do substitutivo na comissão do Senado. Em tom de agradecimento aos parlamentares, ele destacou, entre os avanços, a manutenção das 2,4 mil horas, conforme proposto pelo governo federal, para a formação geral básica e fortalecimento da formação técnica de nível médio.
Segundo ele, esta foi uma vitória para a educação e para a juventude do Brasil. "Prevalece o interesse maior, que é comum aos que trabalham por um país de mais oportunidades: a construção de um ensino médio capaz de contribuir para tornar a escola pública mais atrativa, gratuita e de qualidade para todas e todos”, disse.
POR AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - Docentes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) decidiram em assembleia terminar a greve que vinha desde abril.
As paralisações deverão ser completamente finalizadas até o próximo dia 3 de julho.
O retorno às aulas dependerá da decisão interna de cada instituição federal de ensino. Cada universidade definirá o próprio calendário acadêmico.
Já o setor dos servidores técnicos-administrativos terá assembleia na próxima quinta-feira, 27 de junho, para decidir se encerram ou não o estado de greve.
SÃO CARLOS/SP - A equipe GROK de robótica do Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos - SIBISC lab conquistou o primeiro lugar na modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) – etapa regional e está classificada para a etapa estadual.
A 9ª etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), coordenada pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), aconteceu nos dias 22 e 23 de junho, no salão de eventos da área 1 do campus da USP, em São Carlos, e reuniu 180 equipes com alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico, dos sete aos 17 anos.
A OBR tem como objetivo incentivar o aprendizado e o interesse de crianças e adolescentes pela robótica e estimular os jovens a seguir carreiras científico-tecnológicas. Na competição, os juízes levam em consideração a qualidade da programação dos robôs, a sua estratégia de navegação e a capacidade de criação de soluções práticas em tempo real.
Os estudantes foram desafiados em modalidades práticas para demonstrar a eficácia de seus robôs autônomos (sem operação remota ou direta) com base em conceitos das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Os times são compostos de dois e no máximo quatro alunos. Também é exigida a participação de um professor ou técnico, vinculado ou não a uma instituição de ensino e os níveis de disputa são o nível 1, voltado aos estudantes do ensino fundamental e o nível 2 para os alunos do ensino médio e técnico.
“Com enorme entusiasmo, parabenizamos a todos os membros da equipe de robótica - Grok do SIBISC lab, por sua brilhante conquista na primeira fase da OBR! A dedicação, o trabalho árduo e a paixão pela robótica demonstradas por cada um foram fundamentais para alcançar esse resultado tão significativo”, disse Cilmara Seneme Ruy, diretora do Departamento do SIBISC.
O SIBISC recebeu a conquista com grande entusiasmo e reconhece o talento e a perseverança de todos os envolvidos ao acreditar que com esforço e colaboração, é possível superar qualquer desafio e alcançar grandes feitos, e parabenizou também o bibliotecário Teruo Ouchi, que com muita dedicação, empenho e excelência, está à frente desta jornada.
“Essa conquista não apenas representa um marco importante na jornada da equipe, mas também serve como inspiração para todos que almejam alcançar seus sonhos. Vocês demonstraram que, com persistência e conhecimento, é possível transformar ideias inovadoras em realidade. Estamos confiantes de que a equipe de robótica do SIBISC continuará trilhando um caminho de sucesso, conquistando ainda mais vitórias e elevando o nome da instituição a patamares cada vez mais altos”, completou Cilmara Ruy.
A etapa estadual da OBR, prevista para 17 de agosto na Faculdade de Engenharia Industrial – FEI, em São Bernardo do Campo, será o novo desafio da equipe de robótica do SIBISC, com paixão pela robótica, buscar novos desafios e a superar seus limites. Os melhores do Estado vão competir na final nacional, que será realizada de 11 a 17 de novembro, em Goiânia.
BROTAS/SP - No dia 19 deste mês, a Guarda Civil Municipal (GCM) realizou uma importante palestra no CREAS, que contou com a participação da Comandante Jaqueline e GCM Camila, em Brotas.
O objetivo da palestra foi esclarecer as principais dúvidas sobre a Lei Nº 11.340, conhecida por Lei Maria da Penha, e o funcionamento da rede de proteção e atenção à mulher da cidade.
A cidade conta com o projeto Guardiã Maria da Penha, um convênio cooperativo entre a Prefeitura e o Ministério Público do Estado de São Paulo. Através do projeto, a mulher vítima de violência doméstica recebe acolhimento humanizado, orientação e as medidas protetivas passam a ser acompanhadas de perto por uma equipe, que fiscalizará o cumprimento da determinação judicial.
O Projeto se tornou referência no atendimento, na proteção, na segurança e no combate a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial.
SÃO PAULO/SP - O Governo do Estado de São Paulo publicou na última sexta-feira (21) os editais do projeto de Parceria Público-Privada (PPP), conhecido como Novas Escolas. O edital prevê a construção de 33 novas unidades escolares no Estado e está dividido em dois lotes, Leste e Oeste, com 16 e 17 escolas, respectivamente. Serão 29 cidades contempladas pela PPP Novas Escolas com 35,1 mil vagas de tempo integral na rede estadual dos anos finais dos ensinos fundamental e médio.
Os investimentos previstos totalizam R$ 2,1 bilhões ao longo dos 25 anos da concessão. Metade das unidades será entregue até o segundo ano de contrato, e as demais até o terceiro.
Os leilões acontecem em 25 de setembro (Lote Oeste) e 3 de novembro (Lote Leste), na B3, em São Paulo. A entrega das propostas será em 20 de setembro, às 10h, para o primeiro lote, e, no dia 30 de setembro, no mesmo horário, para o segundo.
Poderão participar do certame empresas brasileiras e estrangeiras, isoladas ou em consórcio. Para disputar o leilão, os licitantes deverão apresentar capacidade de investimento e a receita operacional mínima indicada no edital. A remuneração da concessionária será vinculada ao seu desempenho. Em caso de descumprimento das obrigações contratuais, estão previstas penalidades, inclusive o cancelamento do contrato.
O futuro concessionário também ficará responsável pela gestão e operação das unidades escolares. O parceiro privado oferecerá apenas serviços não-pedagógicos, como:
A PPP Novas Escolas prevê que todas as atividades pedagógicas permaneçam sob responsabilidade da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), assim como a contratação de professores. O ensino, portanto, seguirá público e gratuito. A iniciativa busca liberar professores e diretores de tarefas burocráticas, permitindo maior dedicação às questões pedagógicas.
Lotes Oeste e Leste
O primeiro edital contempla o lote Oeste e envolve a construção de 17 escolas, com 462 salas de aula e 17,1 mil vagas. As cidades atendidas deste lote serão
O Lote Leste terá 16 unidades de ensino que vão atender 17,6 mil alunos em 476 salas de aula. As escolas serão construídas em
As novas escolas terão três modelos, com 21, 28 ou 35 salas de aula. Além disso, a estrutura contará com ambientes integrados e interligados, uso interativo de tecnologia, auditório de múltiplo uso, e espaços dedicados a esportes, cultura, vivência, estudo individualizado e inovação.
As 33 escolas serão construídas nos padrões de acessibilidade, e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) também será de responsabilidade das vencedoras dos leilões.
A concessão faz parte dos 13 leilões que o Governo de São Paulo realizará até o final de 2024 por meio do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP), que inclui 24 projetos qualificados e uma carteira de mais de R$ 270 bilhões.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos vai receber do Governo do Estado de São Paulo R$ 900 mil para ampliação dos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI’s), Bento Prado e Paulo Freire. Os recursos foram autorizados pelo governador Tarcísio de Freitas em cerimônia no Palácio do Bandeirantes na última quinta-feira (20/06).
O convênio para as obras será por meio do Plano de Ações Integradas do Estado de São Paulo, o Painsp, e o investimento será da Secretaria da Educação do Estado.
No total foram assinados R$ 150 milhões em convênios com 189 municípios paulistas para obras e melhorias, construção, ampliação, reformas, ampliar o número de vagas em creches e escolas e melhorar os ambientes das unidades de ensino. Estão previstas ainda construção de quadras, compra de mobiliário e equipamentos, entre eles aparelhos de ar-condicionado para uso das instituições de educação da rede pública.
“A creche é importante para todos os municípios. É importante para o pai, para a mãe, para começar a inserir a criança em sociedade, a moldar a trajetória acadêmica dela. Temos que pensar na alfabetização na idade certa, é o grande desafio”, afirmou o governador.
“São R$ 150 milhões para que os prefeitos façam a recuperação da infraestrutura, reforma nas escolas e creches existentes, unidades novas, ampliação de vagas.Quando falamos em municipalismo é isso, é dar apoio ao município, pensar na política pública como um todo, desde a primeira infância até a universidade”, completou Tarcísio de Freitas.
A secretaria municipal de Educação, Paula Knoff, representou o prefeito Airton Garcia na cerimônia no Palácio dos Bandeirantes que reuniu o secretário executivo da Educação do Estado de São Paulo, Vinicius Neiva, o presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado, parlamentares estaduais, municipais e representantes de departamentos e instituições de ensino.
“Assinamos dois importantes convênios para a educação municipal, vamos ampliar duas unidades escolares que vão beneficiar os moradores de toda a região dos bairros Tangará e Astolpho Luís do Prado nas demandas por vagas escolares. Serão construídas novas salas, banheiros e dos R$ 900 mil de investimento, metade do valor será de contrapartida do município. Assim que os recursos forem liberados pelo estado o procedimento licitatório será instaurado. O processo administrativo da Secretaria Municipal de Educação já está pronto, assim como o projeto executivo. Uma conquista importante, pois as buscas por vagas escolares sempre aumentam comprovando o bom trabalho e a excelência dos nossos profissionais da Educação”, ressaltou a secretária Paula Knoff.
DOURADO/SP - A escola centenária Senador Carlos José Botelho foi reinaugurada em Dourado (SP). A restauração e reforma do prédio é fruto de uma iniciativa inédita de parceria público-privada entre a Prefeitura Municipal de Dourado e a PremieRpet – por meio do seu braço social, o Instituto PremieRpet –, que conta com um polo industrial na cidade.
O evento, aberto ao público, marcou o retorno das atividades escolares em um prédio histórico, com mais de 100 anos, e teve a presença do prefeito Gino Torrezan, da vice-prefeita Angela Sciarretta, do diretor de educação Ricardo Fattore e da diretora da escola Rosana Puerta, além de diretores da PremieRpet e do Instituto PremieRpet, autoridades da região, educadores e alunos e ex-alunos da escola.
Além da restauração do prédio, a parceria entre a prefeitura e a PremieRpet reafirmou o compromisso com a população de Dourado e região e a preservação do patrimônio histórico da cidade. O projeto incluiu não apenas a recuperação física do edifício centenário, mas também a implementação de melhorias estruturais e tecnológicas, proporcionando um ambiente educacional moderno e acolhedor para os alunos.
“Esta parceria entre a Prefeitura de Dourado e o Instituto PremieRpet demonstra o nosso comprometimento constante em não apenas oferecer alimentos de alta qualidade para pets, mas também contribuir positivamente para a sociedade. Para a PremieRpet é uma satisfação patrocinar essa iniciativa para fomentar a educação no município. Muitos de nossos colaboradores e seus familiares residem em Dourado e, cientes de nosso papel social, mantemos foco em fazer a diferença com ações em prol da comunidade”, afirma Fábio Maluf, diretor executivo da PremieRpet.
SÃO CARLOS/SP - Uma parceria entre a Prefeitura de São Carlos e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tendo como colaboradores a Biblioteca Comunitária e o Departamento de Ciência da Informação da universidade e a Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio do Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos (SIBISC), realizará de 24 de junho a 24 de julho a Campanha “Doar Livros, reconstruir vidas!”.
O objetivo desta campanha de doação de livros é para recompor os acervos de literatura das bibliotecas do Rio Grande do Sul. Em função disto, neste momento, não são recomendadas doações de materiais didáticos, revistas, gibis, pois as bibliotecas ainda estão com problemas estruturais para armazenamento e disponibilização de materiais para a comunidade.
Podem ser doados somente livros de literatura, em bom estado e para todas as idades. A campanha é uma ação voluntária, coletiva e que acredita que o livro e a leitura são recursos fundamentais para a reconstrução de vidas.
A ação tem colaboração direta do SIBISC, as 11 bibliotecas municipais de São Carlos serão os principais pontos de recebimento de doações na cidade. A Biblioteca Comunitária da UFSCar e a tenda montada na praça das bandeiras no campus de São Carlos, também serão pontos de recebimento de doações. Os livros poderão ser doados entre os dias 24 de junho a 24 de julho de 2024, serão recebidos, organizados por estudantes voluntários do curso de Biblioteconomia da UFSCar e serão enviados para as bibliotecas do Rio Grande do Sul a partir do apoio do Instituto de Informação para Inovação, dentre outros parceiros.
A atividade também conta com apoio de docente de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que tem feito as mediações junto ao Sistema de Bibliotecas do Estado.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. com a professora Luciana Gracioso do Departamento de Ciência da informação da UFSCar, idealizadora da ação.
SÃO CARLOS/SP - Como objetivo de realizar ações interativas de educação para o trânsito, uma parceria da concessionária Eixo SP e as secretarias municipais de Educação e Transporte e Trânsito, 1.000 alunos das 10 Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEB’s) vão assistir à peça teatral “Vrum Vrum: Trânsito Legal”, além de conhecer e passear pela mini pista de um circuito de trânsito.
As atividades acontecerão de 24 a 28 de julho, as 9h e 14h, no Ginásio de Esportes José Favoretto, localizado na rua Bahia, nº 740, no Jardim Pacaembu e são direcionadas para os alunos dos segundos anos das EMEB’s com idades entre 6 e 12 anos que vão conhecer de forma lúdica as regras de trânsito, sinalização, segurança e prevenção de acidentes.
A Educação para o Trânsito tem como objetivo estimular as crianças para que estas desenvolvam conceitos de cidadania e atitudes prudentes em relação ao trânsito. Além disso, promove conhecimentos relacionados à sinalização das vias, apresenta as regras de trânsito e de convivência social, sempre priorizando a integridade e a segurança das pessoas.
A Turma da Ação está de férias. Esse ano as famílias não vão viajar. Decidem brincar entre eles usando a imaginação. A partir daí, começa o jogo lúdico do “imaginar” dentro do universo infantil.
Brincam de contar histórias, jogos de adivinhação, jogos cumulativos de palavras e dentro da proposta decidem viajar em um carro imaginário, usando coisas que encontram dentro de casa.
Com uma movimentação dinâmica, os meninos vão completando as ações teatrais com jogos corporais e a viagem programada está lançada. Mas muita coisa errada acontece nessa viagem e eles decidem usar Watson, uma inteligência artificial que sempre ajuda a turma nas situações mais complicadas. Ao fim, decidem fazer um divertido programa de calouros, apontando através de paródias musicais as regras de segurança para atingirmos um trânsito mais seguro. A plateia escolhe o candidato que mais gostou através de palmas. Temas como cinto de segurança, atravessar na faixa de pedestre, prestar atenção aos sinais de trânsito, aos semáforos, segurança do carro e uso indevido de celular estão presentes dentro da proposta. No fim do espetáculo tem um divertido jogo de gestos teatrais de repetição para a criançada aprender a atravessar na faixa e com segurança.
No último dia 14 de junho, os alunos das EMEB’s Janete Lia e Artur Natalino Deriggi foram a base da Eixo próxima ao pedágio de Itirapina. Durante a visita os alunos assistiram à peça teatral, participaram de interação com a mini pista e puderam conhecer o sistema de monitoramento das rodovias.
BRASÍLIA/DF - O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou na segunda-feira (17) que o governo tem dialogado com todas as categorias e que não havia motivo para a greve deflagrada por servidores e professores das universidades federais. Segundo o ministro, a expectativa é de que as instituições retomem as atividades nesta semana.

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O ministro da Educação, Camilo Santana - Marcelo Camargo/Agência Brasil
"Acho que não havia motivo. Greve a gente entra quando não há diálogo, quando se chega ao limite da negociação. Vamos lembrar que o governo passado não deu um reajuste. E, no primeiro ano do presidente Lula, ele deu 9% para todos os servidores, mais que o dobro da inflação. A ideia inicial do governo federal era dar 4,5% por ano durante os quatro anos, mas resolveu antecipar os 4,5% de 2024 para 2023, considerando esses anos todos sem reajuste", disse Santana em entrevista à Agência Brasil.
Segundo o comando nacional da greve dos professores universitários, ligado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a paralisação da categoria, iniciada em abril, ocorre em 64 universidades. Nova proposta apresentada pelos ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos está sendo analisada. O Andes solicitou que os docentes façam assembleias locais até sexta-feira (21).
A categoria tem manifestado descontentamento com o reajuste zero anunciado para este ano, mas em nota divulgada em seu site, o Andes avalia que a pressão do movimento grevista levou o governo a retomar as negociações e sinalizar alguns avanços.
A última proposta apresentada aos professores envolve recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, implementação de reajuste de benefícios e aumentos salariais de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. O MEC também se comprometeu a revogar a Portaria 983/2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes.
"Tenho ponderado para os sindicatos que acho que está num momento de encerrar. A greve tem prejudicado os alunos, tem prejudicado o país e as universidades. Os sindicatos levaram as propostas para as suas bases, e a gente espera que até o final da semana a gente possa retomar as atividades", afirmou Camilo Santana.
Os servidores técnico-administrativos também estão realizando assembleias ao longo desta semana.
A greve da categoria atinge 68 universidades. Segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos do Ensino Superior (Fasubra), a mobilização ocorre devido à redução dos investimentos das universidades, à falta de reestruturação do plano de carreira e à corrosão salarial, diante do congelamento imposto durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro e do reajuste zero anunciado pelo atual governo para 2024. Eles agora avaliam a última proposta recebida, que envolve, entre outras coisas, um aumento de 9% em 2025 e de 5% em 2026.
Para o ministro, o governo está atendendo às demandas das categorias. "As negociações feitas nas últimas semanas são vitórias, não só do ponto de vista remuneratório, mas também do ponto de vista de mudanças em algumas carreiras, em alguns decretos, em dispositivos normativos etc.", disse Santana. Ele lembrou que já foram concedidos aos servidores técnico-administrativos reajustes nos auxílios-saúde e creche, bem como no vale-alimentação.
"Com os 9% do ano passado e os aumentos propostos para 2025 e 2026, fica consolidada uma variação entre 23% e 43% para os professores e entre 24,5% e 46% para os servidores técnico-administrativos. A informação que eu tenho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos é que nunca antes havia sido feita uma proposta com ganho tão real para os servidores das universidades", acrescentou.
O ministro atendeu à Agência Brasil por telefone, enquanto participava de um encontro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em Paris. No evento, foram discutidos temas envolvendo a implementação das metas de educação previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conforme a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Camilo discutiu a questão do financiamento e defendeu a ampliação dos investimentos no Brasil, focando sobretudo na educação básica.
Ele também fez um balanço positivo das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), encerradas na sexta-feira (14). Foram 5.055.699 inscritos, mantendo a tendência de crescimento da participação dos estudantes. "Conseguimos reverter a tendência de queda a partir do ano passado. Em 2023, foram cerca de 400 mil jovens inscritos a mais do que 2022", disse o ministro, ao ressaltar que o governo trabalho para que futuramente todos os jovens do terceiro ano se inscrevam no Enem. Santana destacou a desigualdade existente no país: "tem estado tem que 30% dos alunos do terceiro ano inscritos e tem estado que tem 90%."
Considerando os impactos da tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, as inscrições para os estudantes do estado foram estendidas até a próxima sexta-feira (21). Segundo Camilo Santana, o MEC tem mobilizado recursos e esforços para ajudar na recuperação das escolas, e a extensão do prazo foi um pedido do governo estadual atendido pela pasta.
O ministro enfatizou que as inscrições de estudantes gaúchos no Enem registram crescimento. "Cerca de 70% dos jovens do Rio Grande do Sul que cursam o terceiro ano se inscreveram no Enem no ano passado. Este ano já estamos com cerca de 85%."
Por Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil
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