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SÃO CARLOS/SP - Foram prorrogadas, até 31 de janeiro, as inscrições para o II Seminário Internacional de Estudos em Linguística Popular (II SIELiPop), que nesta edição será realizado de 15 a 18 de março na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A programação conta com seis mesas-redondas e quatro minicursos ofertados por renomados pesquisadores brasileiros e internacionais. Já confirmaram presença Beth Brait, Dominique Maingueneau, Diana Luz Pessoa de Barros e Dennis Preston, dentre outros.
Estudantes de graduação, pós-graduação, professores e pesquisadores da área da Linguística, e demais interessados, podem participar apresentando pesquisas ou como ouvintes. Será emitido certificado. Ao longo do SIELiPop, haverá também uma sessão de lançamento de livros. Além disso, Mário de Andrade, responsável por um legado linguístico e participante fundamental na Semana de Arte Moderna - que completou 100 anos em 2022 -, e Antenor Nascentes, que há um século publicou o livro "O Linguajar Carioca", serão homenageados ao longo da programação.
Os valores de inscrição variam de acordo com a modalidade. De acordo com o Roberto Baronas, professor do Departamento de Letras da UFSCar e um dos coordenadores do evento, 30% do valor arrecadado será doado ao Programa de Fomento à Permanência Estudantil da UFSCar, o CRIE, sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade. "O CRIE tem uma função importantíssima para ajudar na permanência dos nossos estudantes que estão em condições de vulnerabilidade social. Por isso, nós convidamos todos para o nosso evento e para colaborar com os nossos estudantes", diz. O CRIE recebe doações a partir de R$ 10 de pessoas físicas. Para empresas, o valor mínimo de colaboração é R$ 50. O código PIX para doações é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
As inscrições para o II SIELiPop podem ser feitas pelo site www.even3.com.br/2sielipop/. Na página, está disponível a programação completa e outras informações. O Seminário ocorrerá no Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), localizado na Área Sul do Campus São Carlos da UFSCar.


Artigo premiado indica que as teias tróficas são simplificadas nos locais mais impactados, potencialmente gerando instabilidade no fluxo de energia

 

SÃO CARLOS/SP - Que impactos a transição de florestas para plantações de monoculturas causa no funcionamento de riachos tropicais? Essa foi a questão central de uma pesquisa de mestrado na área de Ciências Ambientais desenvolvida na UFSCar. O estudo verificou que as mudanças no uso do solo alteram a estrutura das comunidades biológicas, os organismos presentes, suas redes de interações, consequentemente, fragilizando o funcionamento dos fluxos de energia, que considera o potencial energético que todo organismo possui para ser usado por outro organismo.
A pesquisa foi desenvolvida por Giovanna Collyer, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm), sob orientação de Victor Satoru Saito, professor do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Collyer recebeu o prêmio Harald Sioli de melhor artigo do biênio 2021-2022 no Congresso Brasileiro de Limnologia (CBLimno), promovido pela Associação Brasileira de Limnologia (ABLimno) entre 21 e 25 de novembro de 2022. O prêmio Harald Sioli presta uma homenagem ao pesquisador alemão Harald Sioli, que atuou no Brasil e se tornou referência em estudos de Ecologia Aquática.  
A pesquisa de mestrado teve como objetivo estudar as comunidades de invertebrados aquáticos em riachos no estado de São Paulo, com o foco no gradiente de mudança de uso do solo, indo de florestas bem preservadas até riachos dentro de plantações de cana-de-açúcar. "Especificamente, analisamos o tamanho corpóreo dos organismos, considerando que em teias tróficas [cadeias alimentares], os organismos maiores se alimentam dos organismos menores; então, compreender quantos e quais os tamanhos dos organismos nos possibilita entender o funcionamento dessas teias tróficas", explica o professor da UFSCar. "Muitos desses organismos atuam no fluxo de energia e matéria, dentro e entre ecossistemas, processando a matéria orgânica que adentra os riachos e exportando energia para ecossistemas terrestres também (por exemplo, insetos que emergem dos riachos e servem de alimento para aves)", complementa o docente.
A partir dessa análise, o artigo mostra dois principais resultados interligados. O primeiro é que existe uma perda de diversidade nos riachos de monocultura, ou seja, menos espécies são encontradas. O segundo mostra que essas comunidades simplificadas (menos diversas) são compostas por uma teia trófica com menor quantidade de organismos grandes, predadores de topo. "Esses resultados sugerem que as teias tróficas são simplificadas nos locais mais impactados, potencialmente gerando instabilidade no fluxo de energia. Imagine que uma rede trófica é uma malha de blusa. Em uma malha complexa, a retirada de um fio da blusa não impacta a estrutura da roupa, mas em uma blusa feita por poucas linhas interligadas, a retirada de uma só linha pode colapsar a roupa toda! É dessa forma que vemos fragilizada a rede trófica em locais impactados. Por serem menos diversas, o fluxo de energia deve ser mais instável, o que pode ocasionar em menos predadores de topo, que dependem do fluxo de toda a rede para receberem energia", elucida Saito.
Para o docente da UFSCar, são muitos os estudos sobre impactos da intensificação do uso do solo, porém não houve investigações à luz da estrutura de tamanho dos organismos das comunidades, o que elucida processos importantes de transferência de energia nesses sistemas. Para ele, o aspecto que mais chamou a atenção dos pesquisadores "foi o fato de que o padrão de mudança na estrutura de tamanho é bastante claro ao longo do gradiente, fortalecendo bastante a ideia de utilizar a estrutura de tamanho como uma fonte interessante de informação sobre o funcionamento energético do sistema".
O trabalho de mestrado foi desenvolvido em São Paulo, onde a monocultura prevalente é a cana-de-açucar. "O artigo foi desenvolvido no Brasil, porém as implicações não se restringem ao Brasil em especifico. Acreditamos que as generalidades encontradas sejam abrangentes para sistemas aquáticos sob a influência da intensificação do uso do solo", conta o orientador do estudo.

Mestrado e artigo
O artigo intitulado "Land-use intensification systematically alters the size structure of aquatic communities in the neotropics" ("A intensificação do uso do solo altera sistematicamente a estrutura de tamanho das comunidades aquáticas nos Neotrópicos") tem autoria de Giovanna Collyer, Daniel M. Perkins, Danielle K. Petsch, Tadeu Siqueira e Victor Saito. O prêmio Harald Sioli é dado ao artigo submetido ou publicado em 2022; o artigo premiado foi submetido e está na segunda rodada de revisões.
O mestrado de Giovanna Collyer foi desenvolvido entre abril de 2021 e abril de 2022. Nesse período, a aluna foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mas conquistou também uma bolsa do Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (MEXT), do Japão, motivando a aluna a completar o seu mestrado em menos tempo. "Foi a defesa mais rápida do Programa e imagino que uma das mais rápidas da UFSCar", ressalta o orientador.  
O material biológico utilizado no trabalho foi coletado dentro de um projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), coordenado pelo professor Tadeu Siqueira - na época docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), atualmente na Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia. "Como a pesquisa foi desenvolvida durante a pandemia, tivemos um grande desafio de fazer um trabalho de ecologia, sem chances de ir para campo. No fim, decidimos por utilizar um material já coletado, reaproveitando o investimento feito no projeto original. Entendo que foi uma forma criativa e produtiva de desenvolver um mestrado durante o pico da pandemia", explica Saito.
Mais informações podem ser solicitadas com o professor e orientador da pesquisa, Victor Saito, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

TAMBAÚ/SP - Em 2022 foi implanta a metodologia do SESI no Ensino Público Municipal de Tambaú, e por atender a necessidade e atingir índices satisfatórios, essa metodologia foi renovada para o ano de 2023, com novidades.

Esse ano, duas novas ações serão desenvolvidas para acompanhamento dos profissionais e alunos:

  • A avaliação diagnóstica, para monitoramento das aprendizagens.
  • A formação para equipe gestora e corpo docente para acompanhamento do monitoramento.

Além disso, as capacitações e treinamentos fornecidos pelo SESI, que já vinham acontecendo com os Gestores, Coordenadores Pedagógicos e Professores das Unidades Escolares continuarão.

Essas reuniões ocorrem nos ATPC's (Atividades de Trabalho Pedagógico Coletivo), sem comprometer o tempo de estudo dos alunos.

Também foi assinado a renovação do convênio com o Programa Emergencial de Alfabetização pós-pandemia, também desenvolvido pelo SESI.

O Departamento Municipal de Ensino já está recebendo os novos uniformes, mochilas e tênis para reposição do início do ano. Acreditar na Educação é acreditar num futuro melhor. 

 

 

PMT

SÃO CARLOS/SP - A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Alessandra Guerra da Silva Oliveira, foi uma das homenageadas pela Câmara dos Vereadores de São Carlos com o Selo "Carolina Maria de Jesus". A homenagem, realizada no último dia 1º de dezembro, foi atribuída pelo trabalho desenvolvido por Oliveira em uma escola do bairro Cidade Aracy com foco em histórias e culturas afro-brasileiras e africanas. 
O Selo "Carolina Maria de Jesus" é destinado a incentivar ações de implementação da Lei nº 10.639/2003, que incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e cultura afro-brasileira".
A atuação da professora, que está à frente da coordenação pedagógica de dez instituições de Educação Infantil de São Carlos, serviu de base para pesquisa desenvolvida por ela na UFSCar, intitulada "Pedagogia antirracista na Educação Infantil: processos educativos decorrentes". O trabalho tem orientação de Luiz Gonçalves Junior, professor do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH), na linha de pesquisa Práticas Sociais e Processos Educativos do PPGE. 
Como ação integrante do projeto, foi realizada uma intervenção em uma instituição de Educação Infantil no bairro Cidade Aracy, em São Carlos, durante todo o ano de 2022, com 19 crianças. Os dados coletados estão sendo utilizados na pesquisa de doutorado. "Realizamos a intervenção, por meio de brincadeiras, vivências e rodas de conversa, buscando aproximar as crianças das histórias e culturas afro-brasileiras e africanas, e incluir, através da escuta ativa, as percepções e interpretações que as crianças davam às vivências realizadas", detalha Oliveira. A iniciativa teve "o apoio dos pais e familiares, que a todo momento foram incentivados a participar das ações desenvolvidas".
A ação buscou contribuir com a formação das crianças envolvidas na pesquisa "ao desenvolver práticas pedagógicas antirracistas, almejando práticas mais respeitosas e humanizantes, nas quais todas as crianças envolvidas no estudo pudessem se sentir acolhidas em suas diferenças e especificidades, de maneira a fortalecer a autoestima positiva", conta a doutoranda da UFSCar.

Reconhecimento
Ao receber o Selo "Carolina Maria de Jesus", a professora conta que se sentiu "honrada e valorizada por ter o trabalho reconhecido. Desenvolver a intervenção materializou a importância do diálogo e parceria que a escola e educadores precisam estabelecer com os pais e familiares, pois sem eles não conseguimos desenvolver um trabalho realmente exitoso que contribua na formação e aprendizagens de nossas crianças. Espero que o estudo possa inspirar e incentivar outros educadores a desenvolverem e compartilharem os trabalhos realizados, multiplicando as ações antirracistas em nossas escolas".
Também receberam o Selo a professora Rosana Almeida e a diretora da Escola Estadual "João Batista Gasparin", Juliana Gastaldi. Confira mais informações sobre a premiação nesta (https://bit.ly/3VSINs5).

 

Professores integraram abertura e encerramento sobre a temática Ano Internacional do Vidro

 

SÃO CARLOS/SP - Devido à sua grande flexibilidade, desde formas simples até ultra complexas, excelente durabilidade química, transparência e beleza estética, os vidros são materiais presentes em inúmeras aplicações domésticas e de alta tecnologia e são extremamente importantes na vida cotidiana. Como exemplo: estima-se que mais de 10 bilhões de recipientes de vidro especial foram utilizados para acondicionar vacinas contra Covid-19 em 2022. Por essas razões e devido à sua relevância econômica, o ano passado foi celebrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Vidro (International Year of Glass - IYOG).
Pesquisas sobre materiais vítreos no Brasil foram iniciadas em 1975 e tiveram expressivo aumento em número e qualidade nas duas décadas passadas, atingindo cerca de 3,8% dos artigos científicos indexados pela base Scopus. As atividades da comunidade vidreira do Brasil foram particularmente intensas e estão resumidas neste vídeo (www.youtube.com/watch?v=Bm0k9_Ku0U8).
Na cerimônia de abertura do IYOG na sede da ONU em Genebra (Suíça), realizada em fevereiro de 2022, a pesquisa brasileira na área foi representada pela professora Andrea de Camargo, do Instituto de Física (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), com a palestra "Glass Research in Brazil"; e pelo professor Edgar Dutra Zanotto, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e cofundador da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), com a palestra "Glass Education Wordwide". O evento de abertura também contou com a participação da professora Ana C. M. Rodrigues, do DEMa-UFSCar.
No dia 14 de dezembro de 2022, foi celebrada a cerimônia de encerramento do IYOG, na sede da ONU, em Nova York (EUA). A comunidade científica foi representada pelo professor Zanotto, que coorganizou o evento e contribuiu com a sessão "Glasses for Healthcare". As indústrias do setor foram representadas por Lucien Belmonte, superintendente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro).

SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania) se reuniu com o novo secretário de Educação de São Carlos, Roselei Françoso, vereador licenciado e ex-presidente do Legislativo, para conhecer as novas diretrizes da pasta, propor parcerias e se colocar à disposição para auxiliar nas questões que melhorem a qualidade da educação municipal. O encontro ocorreu na Secretaria na manhã de sexta-feira (13).

Professor e diretor de escola pública aposentado, Azuaite preside a Comissão de Educação da Câmara Municipal e é o 2º vice-presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP). “Nós que militamos na educação pública temos o dever de colaborar no que for preciso com as autoridades constituídas”, frisou Azuaite.

Para o parlamentar, embora o segundo governo Airton Garcia esteja na metade, Roselei acabou de assumir a pasta da Educação e tem condições de realizar um bom trabalho. “Tínhamos algumas críticas, especialmente quanto à falta de diálogo, mas estamos na torcida pelo sucesso da educação municipal”, destacou. “Vamos seguir atentos para cobrar e fiscalizar as ações da nova equipe”, ressaltou.

Durante o encontro, Roselei falou sobre as novas ações que pretende implantar, sobre as dificuldades que terá que enfrentar e sobre a recuperação de prédios históricos que estão sob sua responsabilidade, como o Palacete Conde do Pinhal. “Nestes primeiros dias identificamos três gargalos, a questão salarial dos intérpretes de Libras, educação especial e manutenção das escolas”, explicou.

De acordo com o secretário de Educação, existem atualmente 90 ordens judiciais para serem cumpridas quanto à contratação de professores de Educação Especial. “Temos que cumprir e estamos trabalhando para solucionar essa questão, juntamente com as demais”, detalhou. Roselei, no entanto, mostrou otimismo quanto aos temas da pasta e disse que contará com o apoio dos parlamentares.

Serão atendidos 1.400 alunos residentes na zona rural 

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que estão abertas até o próximo dia 17 de fevereiro as inscrições para o Transporte Escolar Rural 2023.
Neste período a Seção de Transporte Escolar da SME fará o cadastramento e recadastramento dos alunos residentes na zona rural de São Carlos. Os documentos e fotos dos alunos devem ser enviados pelo WhatsApp através do número (16) 99315-9740.
Os documentos exigidos são Certidão de Nascimento ou RG dos alunos (fotos dos dois lados do documento), fotos do comprovante de residência recente (máximo 60 dias), podendo ser conta da CPFL, água, telefone ou carteira de trabalho na folha que consta o registro, holerite e declaração de moradia (que os pais trabalham na fazenda); foto atual do aluno (deve ser tirada somente da criança, com um fundo claro, só do ombro para cima, sem boné), não pode ser foto da foto. A carteirinha será entregue direto no ônibus assim que estiver pronta.
Em São Carlos são atendidos com o transporte rural 1.400 estudantes das escolas estaduais e municipais residentes em chácaras, fazendas e sítios da região rural da cidade.
A SME informa ainda que os alunos matriculados nas Escolas Estaduais Prof. Luiz Viviane Filho e João Batista Gasparini que residem nos bairros Eduardo Abdelnur e Jardim Zavaglia deverão enviar a documentação pelo WhatsApp. Já os alunos matriculados nas EMEB’s Afonso Fioca Vitali (CAIC) e Arthur Natalino Deriggi, residentes nos bairros Planalto Verde, Vida Nova São Carlos e Itatiaia deverão procurar as respectivas escolas para solicitar atendimento com o transporte escolar ofertado pela Prefeitura.
O secretário de Educação, Roselei Françoso, lembra que até 2022 os pais e responsáveis se deslocavam até a SME para entregar a documentação para realizar o cadastramento e o recadastramento para o Transporte Escola Rural. Em novembro de 2022 a Secretaria comunicou os pais sobre a nova forma de cadastramento do transporte escolar rural, avisando que a partir deste ano seria eletrônico e feito por meio do WhatsApp.
“A Educação é universal e obrigatória e o transporte escolar rural é oferecido através de um convênio com a Secretaria Estadual de Educação. Queremos garantir o direito constitucional do acesso à educação para o aluno, a permanência e a aprendizagem, oportunidades para que as crianças possam ter frequência nas aulas, utilizando toda a infraestrutura educacional fundamental do processo de ensino e aprendizagem”, disse o secretário Roselei.
Roselei Françoso, ressaltou, ainda, que o transporte escolar rural em São Carlos é feito por ônibus da Viação Parati, com a presença de monitores, submetido a fiscalização rígida e vistoriado pelos órgãos de trânsito da cidade e pelo Detran. “Portanto são veículos em perfeito estado de manutenção, para que o transporte seja feito com conforto e garanta tranquilidade aos pais no quesito de segurança para os seus filhos”, finalizou.

Falta de articulação no Governo Federal nos últimos anos não possibilitou avanço da Política Nacional de Resíduos Sólidos, fundamental para organizar formas responsáveis de lidar com o lixo

 

SÃO CARLOS/SP - A gestão de resíduos sólidos no Brasil - ou, popularmente, do "lixo" - tem um marco em 2010, com o estabelecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei nº 12.305), após 20 anos de debate no Congresso Nacional. No entanto, sua implementação segue insatisfatória.
Para explorar possíveis causas e indicar caminhos de aprimoramento, pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) avaliou o arranjo de governança da Política, ou seja, como diferentes atores envolvidos se comportaram e interagiram ao longo deste processo.
Os resultados obtidos apontam baixa articulação entre esses atores - e, especificamente, ausência de atuação integrada entre ministérios - e estado crítico de vulnerabilidade de catadores e catadoras, dentre outras conclusões.
Para essa avaliação, foram realizadas 36 entrevistas, com atores selecionados para permitir a análise da articulação entre as três esferas políticas (federal, estadual e municipal) envolvidas na PNRS e vários grupos de interesse - de empresas a catadores e catadoras e à sociedade como um todo. Esse grupo abrangeu, por exemplo, representantes de ministérios; da Câmara dos Deputados; Confederação Nacional dos Municípios; Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento; Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais; e Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), dentre outras instituições.
A pesquisa foi realizada no escopo da tese de Cristine Diniz Santiago, hoje doutora em Ciências Ambientais pela UFSCar, sob orientação de Erica Pugliesi, docente no Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Instituição. A metodologia da pesquisa, qualitativa, utilizou o process tracing, técnica que busca mapear processos pela descrição minuciosa de uma série de eventos. "A ideia é delimitar um determinado momento da história - neste caso, o contexto da implantação da PNRS e anos depois - e ‘abrir’ aquilo: quem fez o que? Por que acontece cada problema, cada avanço, e como foi?", sintetiza Santiago.
Para a definição das pessoas entrevistadas, utilizou-se o método chamado de "bola de neve", em que se inicia por contatos considerados chave, que vão indicando outros, e assim sucessivamente, até que as primeiras pessoas entrevistadas voltam a ser indicadas, o que evidencia a saturação do ciclo. Segundo a pesquisadora, este é um método importante para captar o conhecimento tácito, não registrado em documentos, que fica na oralidade e na memória das pessoas. "É importante entender como tudo aconteceu para justamente enxergarmos como podemos sair disso", acrescenta.
Os resultados obtidos apontam baixa articulação entre os grupos envolvidos com a temática nos últimos anos, o que prejudica a descentralização (que está na PNRS e é positiva, se feita de forma articulada) e a atribuição de responsabilidades.
No âmbito federal, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) - nome à época da pesquisa, de 2019 a 2022; hoje, o atual Ministério das Cidades - e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) não trouxeram atuações integradas.
"O MMA, o MDR e a Funasa precisam estar articulados, pois os três têm competências na PNRS. A gestão envolve processos complexos, de transporte e tratamento à destinação adequada dos resíduos, além de coleta seletiva, de orgânicos e de rejeitos. É preciso que todos no Governo Federal 'disseminem' ou 'cobrem' dos municípios as mesmas ações - caso contrário, acontece o que mostrou a realidade a partir de 2016: cada um estabelece sua forma e critérios de gastos e lógicas, gerando confusão para o município e descoordenação da política, que, por sua vez, não caminha", detalha Santiago.
Outra questão crítica é o estado de vulnerabilidade de grupos essenciais para a gestão dos resíduos, como catadores e catadoras - responsáveis por 90% do material reciclado no País. 
"A proximidade do Governo Federal com o movimento dos catadores (MNCR) - muito forte em 2010, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando a PNRS foi instituída - teve uma grande queda a partir de 2016. Análises documentais e entrevistas corroboram que praticamente todas as decisões na área de resíduos nos anos recentes não consideraram a participação social, por onde os catadores poderiam participar, demonstrando a vulnerabilidade desses grupos e um maior interesse, por parte do Governo Federal, em se articular com o setor privado, trazendo uma visão tecnicista", situa a pesquisadora.

Mudança de cenário
Para o avanço da Política, uma mudança de cenário é necessária, especialmente no que diz respeito ao grupo de catadores e catadoras. "Ele executa a coleta seletiva, além de ser importante na educação ambiental da população. Além disso, se comunicar com os cidadãos sobre seus deveres e ensiná-los sobre a importância do descarte correto de lixo é essencial", enumera.
O atual Governo Federal já evidencia uma possível alteração nesse cenário, já que, em 2 de janeiro de 2023, o Presidente Lula assinou despacho (https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/despacho-do-presidente-da-republica-455355644) que determina à Secretaria-Geral da Presidência a elaboração de proposta para recriar o programa Pró-Catador - e, pela Portaria nº 2, de 5 de janeiro de 2023 (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-de-5-de-janeiro-de-2023-456348699), houve a instituição de Grupo de Trabalho Técnico para atender ao despacho.
Ao mesmo tempo, é preciso trazer à tona as responsabilidades das empresas, que envolvem redução de geração de resíduos, aumento de produtos reciclados e reutilização e destinação ambientalmente adequada de seus produtos.
A destinação de recursos financeiros com direcionamento, para estados e municípios, via instância federal, também é importante para o fortalecimento da PNRS. "A política pública é isso: encaixar algo que seja bom para a sociedade, para o Planeta e para o ambiente, ao mesmo tempo em que se combinam visões de mundo, realidades e percepções muito diferentes. Estamos diante de um grande desafio - e só é possível enfrentá-lo com um governo articulado e sensibilizado para a importância da temática", pontua Santiago.
A tese de doutorado na íntegra está disponível no Repositório Institucional da UFSCar, em https://bit.ly/tese-cristine-santiago.
Mostra pode ser visitada até 17 de fevereiro

 

SOROCABA/SP - Até 17 de fevereiro, no saguão da Biblioteca Campus Sorocaba (B-So) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está disponível para visitação a exposição "Bonecas Curandeiras - o entrelaçar da criatividade, mãos e emoções", da artesã e professora Maria Lígia Conti, artista sorocabana.
A mostra conta com 65 bonecas, todas confeccionadas pela artista, e que segundo ela "possuem uma história, e um porquê foram criadas". As bonecas na história da humanidade representam a cultura e tradição de cada povo, expressando sentimentos e crenças. Elas foram utilizadas para lazer, brincadeiras e na decoração, mas muito mais visíveis na história é seu papel como amuleto e objeto de ligação com o sagrado.
A professora Lígia Conti é embaixadora do Pan-African Institute of Leadership, de Ghana, no Brasil e América Latina. Como embaixadora, divulga o Instituto e oferece bolsas em diversos cursos online de liderança. Além disso, como líder em países de língua portuguesa da ONG Girl Child and her Long Walk to Freedom (A Menina Criança e sua Longa Caminhada para a Liberdade), suas atividades incluem uma Jornada de Leitura que conduz a uma melhor percepção de como é a vida da menina e da mulher no Brasil e no mundo, e como podemos, cada um de nós, homens e mulheres, descobrirmos e desenvolvermos formas melhores de viver em comunidade.
A artista é aluna de Barb Kobe, pelo quarto ano consecutivo, e já estudou modelagem com Maureen Carlson e costura e bordados artísticos com Helen Layfield, ambas referências em suas áreas de atuação. Atualmente, ela também ministra aulas online de confecção de bonecas.
A exposição estará no saguão da B-So até 17 de fevereiro, com entrada livre e gratuita para todas as pessoas, de segunda a quinta-feira, das 13 às 22 horas, e às sextas-feiras, das 9 às 18 horas.
Serão concedidas bolsas mensais de R$ 1.200, entre fevereiro e abril de 2023

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições no processo seletivo de até cinco bolsistas para o Programa de Residência Agrícola, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As vagas são destinadas para profissionais das áreas de Agroecologia, Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal, com até dois anos de formados, e com 29 anos de idade completos até 10 de fevereiro de 2023, e para estudantes dos mesmos cursos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com a mesma idade, que já tenham concluído todos os créditos da graduação, exceto o Trabalho de Conclusão de Curso e/ou estágio obrigatório, também até 10 de fevereiro.
O Programa de Residência Agrícola visa aproximar e fortalecer a relação do universo acadêmico com a realidade da agricultura brasileira, contribuindo para a formação de profissionais capazes de dar respostas às demandas colocadas pelos diferentes seguimentos do setor produtivo. Trata-se de uma oportunidade de complementar a qualificação, propiciando o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias, e se inserir no ambiente real de trabalho, por meio de treinamento prático, orientado e supervisionado.
As atividades poderão ser desempenhas em Cravinhos, Osasco e Terra Roxa, localizadas no estado de São Paulo, por meio do Projeto Residência Profissional Agrícola Vivência e Saberes da Agricultura Sintrópica e Sistemas Agroflorestais, do Departamento de Desenvolvimento Rural (DDR) do Campus Araras da UFSCar. A dedicação é de 40 horas semanais. Serão concedidas bolsas mensais de R$ 1.200, entre fevereiro e abril de 2023.
O processo seletivo é composto pela análise dos documentos exigidos no edital e entrevista online. Os interessados devem se inscrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., até o dia 25 de janeiro. O resultado final será divulgado no dia 7 de fevereiro no site da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar - responsável pelo processo seletivo, em www.fai.ufscar.br. Na página também está disponível o edital na íntegra.

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