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El Niño afeta produção agrícola na Europa e no Brasil, elevando preços de produtos como azeite e batata

 

SÃO PAULO/SP - Produtos e ingredientes comuns da Páscoa — como peixe ou arroz, por exemplo — estarão mais caros em 2024. Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, mostram que, juntos, esses itens subiram 17,7% [tabela 1] entre a data no ano passado e agora. Na perspectiva da Federação, impactos climáticos são determinantes nesse fenômeno. O aumento em 2024 é, aliás, maior do que o observado na última Páscoa, quando os mesmos produtos aumentaram 12%.
 

[TABELA 1]

VARIAÇÕES DOS PREÇOS DOS PRODUTOS DA PÁSCOA

12 MESES
Fonte: FecomercioSP

 

 

O exemplo mais evidente é o azeite, que está 42,8% mais custoso na RMSP do que há um ano. Isso se explica pelas condições climáticas adversas que prejudicaram a colheita nos países produtores da Europa nos últimos meses. No Brasil, o fenômeno El Niño também atrapalhou a produção de itens como batata-inglesa, tomate e alho. A consequência é a elevação de preços em 34,7%, 17,5% e 9%, respectivamente. 

O pescado, por sua vez, parte essencial do almoço de Páscoa, subiu 5,2%, enquanto os chocolates em barra e em pó, ao contrário, apontaram quedas relativas em comparação a 2023, considerando que a inflação do período foi de 4,5%. “Ainda que mais gente esteja empregada, e a renda tenha subido, a pressão dos alimentos tende a dificultar um pouco mais a compra dos ingredientes para os eventos relacionados à data, ou mesmo para o tradicional ovo de chocolate”, pontua Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP. 

É importante salientar que o estudo não capta a variação de preços dos ovos de chocolate em específico, já que, por ser uma produção sazonal e diferenciada, o produto não entra na catalogação feita pelo IBGE. Da mesma forma, é fundamental ressaltar que a comparação entre os preços dos ovos e dos outros formatos do produto (como em barra) é indevida, porque são alimentos com estruturas de produção diferentes. 

SÃO PAULO/SP - Mais uma vez, a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central em cortar a taxa básica de juros do País, a Selic, em 0.5 pontos percentuais (p.p) é acertada. Por outro lado, é a primeira vez que o ciclo de redução, iniciado no ano passado, começa a ser ameaçado no médio prazo, na visão da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Primeiro por causa da inflação. Os dados recentes publicados pelo IBGE sobre o setor de Serviços mostram aumento em alguns segmentos que atingem as camadas mais baixas da população. Segundo a XP Investimentos, além disso, serviços intensivos em mão de obra estão bastante inflacionados – sinal de que o mercado de trabalho aquecido já teve efeitos sobre os preços.
 
Vale lembrar que, em fevereiro, o País gerou 180 mil novas vagas de emprego formais. A previsão é que, ao fim de 2024, esse número chegue a 1 milhão de postos de trabalho. Considerando a elevação da massa de renda acompanha esse fenômeno – no ano passado ela ganhou 10% em termos reais –, é de se esperar que a inflação volte a ser um dilema nas próximas reuniões do COPOM.

Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA0 ficou em 0,42%. No mês seguinte, ele pulou para 0,83%. Em outras palavras, o primeiro bimestre já cumpriu quase metade do centro da meta da inflação estipulada para o ano inteiro.
 
O Banco Central entende que ainda existe balanço de riscos positivo para um cenário desinflacionário e, assim, garantiu outro corte de 0.5 pp para a reunião de maio, mas não para as "próximas" ao longo do ano, como vinha fazendo.

A Federação entende que, na verdade, já seria interessante a adoção de um modelo de análise mais conservador, ainda que sem se prender a uma nova baixa. Não quer dizer que não exista espaço para maior flexibilização, mas que ela deve ser consequência de um diagnóstico mais profundo dos dados da economia.
 
Além disso, não há no horizonte uma definição clara por parte do governo sobre sua política fiscal. Na verdade, medidas expansionistas de política fiscal, se tomadas agora, poderiam servir de combustível para o processo. Outro motivo para uma perspectiva mais conservadora do BC.

Manutenção de decisão de acabar com o programa colocará empresas do segmento de eventos em limbo jurídico, além de afetar receitas já neste ano

 
SÃO PAULO/SP
- Ao manter a decisão de acabar com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse)o governo federal coloca uma parte fundamental dos Serviços, a de Eventos, em um contexto de total incerteza — tanto no aspecto econômico, já que as empresas do segmento contavam com a manutenção dos benefícios fiscais previstos até o início de 2027, quanto no jurídico, na medida em que a prorrogação do programa havia sido ratificada pelo Congresso.
 
Pior do que isso é o fato de a revogação do programa ter como motivação principal a necessidade de aumentar a arrecadação de um Estado que já conta com um orçamento de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando os juros. É mais uma demonstração da importância de repensar os gastos públicos como um todo e, mais do que isso, em uma ampla modernização estatal.
 
IMPACTOS ECONÔMICOS
Há um consenso entre especialistas e observadores do setor do Turismo brasileiro, por exemplo, que o Perse contribuiu significativamente, nos últimos anos, para manter os investimentos das empresas, renegociar as dívidas e gerar novos postos de trabalho após o período pandêmico. Naquele contexto de crise sanitária, tão restrito quanto viajar era a organização de eventos — e, nesse sentido, essas atividades foram dramaticamente afetadas, perdendo o grosso das receitas em um intervalo de dois anos.
 
Em 2023, porém, o Turismo, em que se situam os players do segmento de eventos, estabilizou uma recuperação, com um faturamento 7,8% maior do que o de 2022, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse resultado positivo se deve, em parte, à ajuda fornecida pelo Perse, o que mostra quão acertada foi a ideia do programa. Além disso, esse desempenho também se explica pelo aumento dos custos com serviços essenciais que permeiam as atividades do setor, como combustíveis, aluguéis imobiliários e montagens de festas — os quais são repassados no preço final aos consumidores.
 
Ainda assim, o estoque de 43 mil empregos formais que o segmento de eventos tinha em 2020 só foi recuperado na metade de 2022. Muito por causa das vantagens do Perse, esse número chegou a 73 mil postos de trabalho no fim do ano passado. Sendo assim, o fim do programa terá efeito imediato: reduzirá vagas de trabalho, diminuirá investimentos e interromperá a curva ascendente de um dos segmentos mais importantes do setor de Serviços.
 
NA CONTRAMÃO DA LEGISLAÇÃO
No entanto, não é só isso. Além dos efeitos econômicos, a manutenção da decisão de retirar o Perse entra em colisão com uma decisão ratificada pelo Congresso — e com a própria legislação tributária vigente. Nesse sentido, a Medida Provisória (MP) assinada ontem (27) pelo governo é mais um episódio da insegurança jurídica que as empresas brasileiras convivem historicamente.
 
Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), só é permitida a revogação de uma isenção fiscal, como o Perse, quando esta tiver um prazo indeterminado. A regra foi criada justamente pela expectativa de direito dos beneficiados dentro de um período estipulado. O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) tem um entendimento consolidado quanto a isso: quando há isenção fiscal por prazo estabelecido, a desobrigação gera direito adquirido ao contribuinte beneficiado. A MP, assim, não apenas viola o que está definido no CTN como também vai contra o que o STF tem usado como base para as próprias decisões. Sem contar que, no ano passado, o Congresso alterou algumas linhas do programa, mas manteve o prazo de vigor (até 2027), decisão que estava tomada até a MP 1.202/2023, assinada nos últimos dias do ano passado e que, dentre outras medidas, revogou o programa, retomando as cobranças de PIS/Pasep, Cofins e CSLL já a partir de abril deste ano. Mais uma vez, uma decisão fundamental sobre um setor produtivo do País é tomada sem nenhum tipo de interlocução.
 
Mobilizada desde janeiro pela revogação dessa decisão, a FecomercioSP defende que o Legislativo se valha da sua condição institucional para rejeitar a MP e restabelecer o projeto nos moldes iniciais — ou seja, com validade por mais três anos. Esse é um posicionamento mantido por uma coalizão formada por várias entidades do setor produtivo, como a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), entre outras, que já se mobilizaram na Câmara dos Deputados e têm sensibilizado lideranças do Congresso sobre os pontos negativos da descontinuidade do Perse.

Federação reforça, entretanto, a necessidade de um cenário fiscal mais favorável que o atual para que o ciclo de queda não termine antes do esperado 

 

SÃO PAULO/SP - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual (p.p.) foi acertada, na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a Entidade, o anúncio nesta semana foi uma resposta ao contexto atual da economia, no qual a redução da Selic pode estimular o crescimento econômico e fomentar o investimento, além de facilitar o acesso ao crédito. Todos esses fatores são essenciais para a recuperação dos setores de Comércio e Serviços — ainda mais em um contexto em que o País enfrenta desafios complexos e a percepção dos empresários desses segmentos é de desaceleração nas vendas.

No entanto, apesar de o movimento indicar a busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o controle da inflação, a Federação segue defendendo que é preciso monitorar e fazer uma avaliação criteriosa das consequências da redução da taxa básica de juros. É necessário garantir que os resultados dessa política monetária sejam efetivos para as empresas e para a sociedade — ou seja, que propiciem geração de empregos e fortalecimento da atividade econômica nacional. O ideal é que a queda da Selic seja acompanhada por ações estruturais que estimulem a competitividade e o setor produtivo, com o objetivo de garantir um ambiente em que a inflação se mantenha baixa sem a necessidade de elevar a taxa. Para isso acontecer, entretanto, é necessário um cenário fiscal mais favorável do que o atual.

Ainda que o ano tenha começado com o IPCA-15 trazendo um alívio para o mercado, ainda há preocupações: o indicador de serviços — um importante balizador da inflação de demanda e um dos principais itens analisados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) — apontou alta de 0,65% em janeiro. Além disso, os novos planos do governo de incentivo e subsídios para os setores industriais geraram apreensão entre os agentes econômicos, diante de um possível descontrole fiscal e seus impactos sobre a inflação.

Por outro lado, no cenário internacional, a China continua enfrentando problemas internos, enquanto há uma discussão nos Estados Unidos sobre quando o Federal Reserve (FED) começará a baixar a taxa de juros. Isso deve limitar o aumento nos preços das commodities e, consequentemente, diminuir a pressão sobre a autoridade monetária brasileira. 

Assim, é adequado manter a tendência de queda da Selic. No entanto, é necessário que haja garantias do governo de que será adotada uma política fiscal responsável e sustentável, pois a diminuição dos juros, somada uma política fiscal restrita, será a base para o crescimento diagonal da economia. Essa é uma condição fundamental para que o ciclo de queda não tenha de ser encerrado rapidamente. 

Destaque para o segmento de livros, papelaria e artigos recreativos e esportivos, que concentra quase 60% dos novos postos de trabalho, conforme estudo da FecomercioSP

 

BIRIGUI/SP - O mercado de trabalho do comércio varejista em Birigui, formado atualmente por cerca de 6 mil empregos ativos, avançou em 304 postos de trabalho no acumulado de janeiro a agosto de 2023, após o registro de 2.445 admissões e 2.141 desligamentos, um avanço líquido 36,3% maior do que o saldo auferido no mesmo período do ano passado (+223).
 
No entanto, ao comparar o resultado com os oito primeiros meses de 2021, os números mostram que a atual geração de vagas foi um pouco menor. Naquele período, o varejo na cidade registrou um saldo positivo de 362 empregos. Os dados fazem parte do estudo desenvolvido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Birigui, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
 

 


Destaque para os livros
Ao observar os grupos de atividades do varejo em Birigui, o estudo mostra que quase 60% do saldo de 304 novos postos de trabalho neste ano são provenientes do segmento de livros, papelaria e artigos recreativos e esportivos (+177 vagas). “Mais especificamente dos estabelecimentos varejistas de livros, que tiveram em 2023 um avanço de 186 vínculos empregatícios com carteira assinada”, afirma o economista Jaime Vasconcellos, assessor da FecomercioSP.
 
Outro detalhe que chama a atenção, segundo Vasconcellos, é o saldo positivo de 54 empregos criados pelo grupo de padarias, hortifrútis, açougues e bebidas. Nesse caso, 30 dessas vagas foram geradas nos açougues.
 

 
“É impossível não constatar que o crescimento do volume de empregos em 2023 no varejo de Birigui resultou do avanço concentrado de vagas no ramo de livros, principalmente no trimestre junho, julho e agosto”, ressaltou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Birigui, Maurício Pazian.
 
Na visão de Vasconcellos, da FecomercioSP, essa constatação é reforçada pelo aumento do ritmo de empregabilidade de outros segmentos do varejo nos primeiros oito meses do ano, na comparação entre 2022 e 2023. O grupo de combustíveis, por exemplo, passou de um saldo negativo de 5 vagas para um saldo positivo de 12 postos.  Já o varejo de comercializadores de eletrodomésticos, equipamento de informática, comunicação e móveis avançou de uma perda de 21 vagas para a geração de 25 empregos.
 
Desempenho negativo
Por outro lado, o estudo revela que o grupo de hipermercados, supermercados e lojas de departamentos registrou o quarto desempenho negativo para o período de janeiro a agosto deste ano.  O segmento de vestuário, calçados e outros artigos também não teve um bom desempenho, já que, após forte avanço no início do ano passado (+183 vagas), estabilizou e criou apenas 23 vínculos em 2023.
 
Na análise de Vasconcellos, esse grupo de vestuário e calçados tem sofrido quedas em razão da decisão das famílias em direcionar renda para o setor de serviços e outros segmentos varejistas, em especial de bens de consumo não adiável. “É uma realidade não só de Birigui, mas que acaba impactando o desempenho do mercado de trabalho do varejo em geral”, observa o assessor da FecomercioSP.

Serviços puxaram alta em agosto, com quase 38 mil novos empregos no mês; no comércio, avanço de mais de 13 mil vagas

 

SÃO PAULO/SP - Considerando o ritmo atual da geração de empregos no varejo do Estado de São Paulo, o setor deve abrir cerca de 35 mil novos postos formais de trabalho para o último trimestre de 2023, período marcado pelo aumento do consumo ocasionado pela injeção do décimo terceiro salário e, por consequência, pela criação de empregos visando às festas de fim de ano. Se a projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se confirmar, será um crescimento de 4,5% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, quando aproximadamente 33,5 mil empregos foram criados.

Ainda de acordo com a Federação, em torno de 20% dessas vagas têm a possibilidade de se efetivarem a partir do início de 2024. De acordo com os dados da Entidade, pelo menos metade desses empregos será proveniente de atividades alimentícias, enquanto outros 30% serão gerados nas lojas de roupas, calçados e acessórios. 

 

EMPREGOS E SERVIÇOS EM ALTA

Os prognósticos positivos para o fim do ano têm origem, sobretudo, no ritmo atual dos serviços e do comércio, que apontaram aumento significativo de postos de trabalho celetistas no mês de agosto. Enquanto o primeiro gerou 37,8 mil vagas formais no mês [tabela 1], o segundo terminou o período com um saldo positivo de mais de 13 mil empregos [tabela 2].

 

[TABELA 1]

SALDO E ESTOQUE DO EMPREGO CELETISTA NOS SERVIÇOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Agosto de 2023

 

[TABELA 2]

SALDO E ESTOQUE DO EMPREGO CELETISTA NO COMÉRCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Agosto de 2023

 

Sob a análise da FecomercioSP, os números dos serviços surpreendem, já que se notava uma desaceleração no mercado desde fevereiro, quando foram registradas 50,9 mil vagas. Em julho, por sua vez, eram apenas 12,5 mil. Os dados de agosto representam, então, um aumento de 200% em comparação ao mês anterior — o que evidencia a resiliência dos players do setor. Já o comércio se destacou na economia paulista em agosto, terminando com o melhor saldo de empregos desde novembro de 2022, o que reforçou a reversão das perdas observadas nos primeiros meses do ano. 

Ainda de acordo com a Entidade, o direcionamento de renda para as atividades de consumo não adiável — aliado aos efeitos no consumo de uma inflação mais controlada e à redução do endividamento das famílias — contribuiu para o cenário positivo de agora. No entanto, vale ressaltar também que, ainda que o saldo de empregos do comércio, em agosto, tenha sido o maior de 2023, observou-se a geração mais tímida de vagas para o mês desde que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), base de dados utilizada para elaborar o estudo, passou por mudanças metodológicas.

A previsão é que ambos continuem com patamares relevantes de geração de emprego até o fim de novembro, principalmente por causa do pagamento do décimo terceiro, a partir do mês que vem, e pelas compras de fim de ano, além de datas como a Black Friday.

 

ADMINISTRATIVOS PUXAM SERVIÇOS, VAREJO ESTIMULA COMÉRCIO

Dentre as 14 atividades analisadas pela FecomercioSP no setor de serviços, quase todas (13) terminaram o mês de agosto com saldo positivo. O principal destaque foram os serviços administrativos e complementares, que abriram 14 mil vagas no período, além das atividades escolares, com 8 mil postos de trabalho. 

Na capital paulista, onde mais de 3 milhões de empregos celetistas estão ativos no setor, foram criadas quase 17 mil novas vagas em agosto. No ano, esse número é ainda maior: 64,2 mil. Já o setor de comércio registrou 133.679 admissões e 120.527 demissões no mês, isto é, pouco mais de 13 mil novas vagas. O ponto alto segue sendo o varejo, com 7.673 empregos gerados, seguido pelo atacado (4.026). Em ambas as divisões comerciais, as que mais geraram novas vagas foram, respectivamente, minimercados, mercearias e armazéns (945 vagas) e estabelecimentos atacadistas de produtos alimentícios em geral (1.049 vagas).

Na cidade de São Paulo, onde, atualmente, mais de 860 mil empregos celetistas ativos estão alocados no setor de comércio, foram criadas 4.125 mil vagas em agosto. No ano, esse número é de quase 10 mil postos de trabalho.

Levantamento aponta arrefecimento na geração de vagas celetistas no comércio e nos serviços do Estado de São Paulo

 

SÃO PAULO/SP - A geração de empregos celetistas nos setores de comércio e serviços registrou o menor desempenho para um primeiro semestre desde 2020. Os dados são da Pesquisa do Emprego (PESP), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

De acordo com o levantamento, nos primeiros seis meses do ano, o setor de serviços gerou 164.799 vagas, contra pouco mais de 237 mil no mesmo período do ano anterior. Já no comércio, houve a criação de tímidos 1.676 novos postos de trabalho, após a geração de 19,5 mil no mesmo período de 2022. No mês de junho, especificamente, os serviços criaram 19.774 vagas, e o comércio, 4.814.

 A geração de postos de trabalho nos serviços vinha diminuindo desde quando atingiu o seu pico, em fevereiro. Na avaliação da Federação, o resultado apresentado em junho, portanto, não surpreende. Ainda que o desempenho do primeiro semestre seja o menor para o período em três anos, ele é superior ao projetado inicialmente para esse período neste ano, o que demonstra, de certa forma, resiliência frente a uma conjuntura estimada de maiores dificuldades.

 

Saldo líquido mensal do emprego nos serviços paulistas

Gráfico, Gráfico de cascata

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Caged Elaboração: FecomercioSP

 

Na avaliação setorial, os maiores saldos positivos foram observados nos segmentos de transporte armazenagem e correio (29.990), educação (29.572) e atividades administrativas e serviços complementares (29.346). Nesses grupos, destacaram-se, respectivamente, os segmentos de transporte rodoviário de carga (18.158 novos empregos), educação infantil e ensino fundamental (21.883) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (16.427).

 

No comércio, a primeira metade do ano foi marcada pela estabilidade. O que explica esse fenômeno, avalia a FecomercioSP, é a conjuntura de crédito mais caro e endividamento e inadimplência familiares elevados. Na comparação com os serviços, faz diferença a influência que o setor ainda tem da retomada pós-pandemia — processo que começou antes para os estabelecimentos comerciais.

 

Saldo líquido mensal do emprego no comércio paulista

 

Gráfico, Gráfico de cascata

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Caged Elaboração: FecomercioSP

 

No ano, as divisões de comércio e reparação de veículos (5.857) e comércio atacadista (8.260) foram os destaques positivos, puxadas pelos respectivos segmentos de comércio a varejo de peças e acessórios novos (responsável pela criação de 1.978 vagas) e atacado de equipamentos de uso pessoal e doméstico (944). Já o varejo marcou uma retração de 12.441 vínculos, influenciada pelo desempenho da atividade de vestuário e acessórios (com 7.989 vagas a menos).

Para a segunda metade do ano, a perspectiva é que o pagamento do décimo terceiro salário e as datas especiais propiciem um cenário de evolução. Entretanto, ambos os setores ficarão abaixo do avanço observado no segundo semestre do ano passado.

 

Primeiro semestre na capital paulista

No comércio da cidade de São Paulo, foram registrados 2.509 novos postos de trabalho, após 207.743 admissões e 205.234 desligamentos, considerando um estoque de mais de 852 mil vínculos ativos. O atacado, que abriu 3.745 vagas, liderou o movimento, com destaque especial para o ramo atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico (392 postos de trabalho).

No mercado de trabalho dos serviços, houve a criação de pouco mais de 44 mil vínculos empregatícios com carteira assinada. As seções de alojamento e alimentação (10.078) e serviços administrativos e complementares (12.651) foram os que mais impactaram o desempenho geral, influenciados pelos segmentos de bares e restaurantes (4.743 novas vagas) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (9.206).

Setor faturou quase 15% a mais de janeiro a junho deste ano, em comparação a 2022; viagens aéreas e hotéis puxam bom desempenho

 
SÃO PAULO/SP - O turismo nacional segue consolidando uma recuperação pós-pandemia com números significativos para um setor que, até 2022, ainda contava prejuízos. No primeiro semestre do ano, as empresas nacionais do setor faturaram, juntas, R$ 112,4 bilhões — um montante 14,9% maior do que no mesmo período do ano passado. Foi também o melhor desempenho desde 2015, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Segundo a Entidade, aliás, a tendência é que o segundo semestre de 2023 mantenha a curva ascendente, tanto por causa das viagens a lazer quanto pelo crescimento dos eventos corporativos nas principais capitais do País. A perspectiva se alinha com a melhora da economia brasileira, que registrou alta nas taxas de empregabilidade e queda na inflação nos últimos meses, o que dá mais recursos às famílias para investir em produtos de turismo.
 
Para além dos prognósticos, alguns segmentos ajudaram a puxar o desempenho positivo do semestre. A partir de agora, essa análise é possível graças à modernização da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que permitiu à equipe técnica da Federação detalhar o faturamento do setor como um todo dentro de categorias.
 
Dessa forma, essa pesquisa passará a contemplar oito segmentos diferentes, seguindo o mesmo padrão de estudos nacionais sobre turismo, como os que são elaborados pela própria FecomercioSP: transporte aquaviário, locação de meios de transporte, alojamento, transporte aéreo de passageiros, transporte rodoviário de passageiros, agências e operadoras de turismo, alimentação e atividades culturais, recreativas e esportivas.
 
AVIÃO E HOTEL PUXAM ALTA
Considerando essas categorias analíticas, os resultados das empresas de transporte aéreo de passageiros, como companhias de viagens, foram os que mais contribuíram para o desempenho geral: no primeiro semestre, o faturamento delas subiu 22,9% no período, em comparação a 2022.
 
Dados e análises técnicas sugerem que isso aconteceu porque o número de pessoas viajando de avião já é maior hoje do que no período pré-pandêmico — que se explica, por sua vez, pela redução do tíquete médio das viagens aéreas em comparação ao ano passado. Essa realidade, inclusive, tende a arrefecer aumentos contínuos das receitas do segmento ao longo dos próximos meses.
 
Outro segmento que cresceu bastante de janeiro a junho foi o de locação de meios de transporte, como locadoras de veículos, que faturaram 22,4% a mais agora do que no mesmo intervalo de 2022. Na mesma toada, alojamentos — incluindo toda a rede hoteleira — obtiveram um acréscimo significativo de 23,8% nas receitas.
 
única área com resultado negativo no período analisado foi o de transporte rodoviário de passageiros, que perdeu 4,9% do faturamento em seis meses. No entendimento da Federação, esse número fica mais compreensível quando se observa o retorno gradativo do público às viagens aéreas — que, por causa dos preços mais altos, haviam migrado para trajetos rodoviários durante e após a pandemia.
 
De acordo com a FecomercioSP, os resultados são positivos e os prognósticos se mantêm até o fim do ano, mas ainda não é o cenário perfeito, principalmente porque os custos operacionais ainda estão altos, pressionando o caixa das empresas mesmo em um contexto de melhora nas receitas.

No período, alta foi de 7,1%; são 26 meses seguidos de variações positivas no setor, revela FecomercioSP
 

SÃO PAULO/SP - Com crescimento anual de 7,1%, o faturamento no turismo nacional atingiu R$ 18,2 bilhões, em maio. São 26 meses consecutivos de variações positivas no setor, de acordo com os dados do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que tem como base as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Mais uma vez, o transporte aéreo é o mais influente no desempenho geral. No quinto mês do ano, o faturamento do segmento foi de R$ 5,88 bilhões, o que representa um patamar 12% maior quando comparado ao mesmo período de 2022. De acordo com a FecomercioSP, foi a primeira vez que o número de passageiros transportados por aviões superou o nível pré-pandemia (2019), tendo como base comparativa o quinto mês do ano. Foram 7,29 milhões de passageiros, o mais alto desde 2015, segundo levantamento a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
 
Além do aumento da oferta, a redução da tarifa média, que passou de quase R$ 700, há um ano, para R$ 550, em maio de 2023, impacta diretamente o cenário. Na avaliação da Entidade, a tendência é de continuidade do crescimento nos próximos meses, uma vez que há condições mais favoráveis para os investimentos das companhias, com combustível e dólar relativamente mais baratos. Por outro lado, na outra ponta (com a menor variação no mês), está o grupo de transporte terrestre, que cresceu 0,8% e faturou R$ 2,94 bilhões.

Apesar de ser o patamar mais alto desde 2014 para maio, as dificuldades aparecem diante da competitividade. Isso acontece porque, desde o início da pandemia até o ano passado, diante da limitação na oferta aérea e do encarecimento dos bilhetes de avião, o transporte rodoviário surfou em excelente onda. No período, houve muito investimento em adaptação. Contudo, com o retorno das passagens aéreas ao nível considerado normal e as famílias buscando promoções para viagens em grupo, o cenário deve afetar os negócios rodoviários.
 

FATURAMENTO DO TURISMO NACIONAL
MAIO DE 2023

 
Ocupação hoteleira cresce
Segundo o levantamento da FecomercioSP, o grupo de alojamento e alimentação segue no caminho de crescimento, com variação de 6,4%, em maio, um faturamento de R$ 5,2 bilhões. A taxa de ocupação hoteleira no Brasil passou de 54,11%, entre janeiro e abril de 2022, para 58,04%, no mesmo período deste ano. Ao mesmo tempo, a receita por apartamento disponível avançou 45,3%, aponta o levantamento do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb).
 
Outros setores também passam por um momento positivo, com destaque para as locadoras e agências de turismo, que apresentaram elevação de 6% em maio, faturando R$ 2,85 bilhões. A FecomercioSP destaca que quando se trata de agências e operadoras, o aumento no faturamento é um excelente termômetro para o médio prazo, pois há uma parcela de consumidores que adquirem pacotes e viagens pensando no futuro. Claro que também há um público, sobretudo o corporativo, que contribuiu com o faturamento desses segmentos, pois realizam as viagens no curto prazo.
 
De acordo com a Federação, o turismo brasileiro é essencialmente doméstico e bem dividido entre lazer e negócios, ambos com bom desempenho. Consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB) em expansão, o corte próximo da taxa de juros, a inflação em queda e o mercado de trabalho aquecido formam uma combinação perfeita de fatores para o estímulo imediato do turismo, com mais gastos e investimentos. Por enquanto, não há um olhar relativamente negativo para o setor. A tendência é de continuidade de expansão, com variações mais modestas, mais por um efeito estatístico de base forte de comparação, e não pelo esfriamento do turismo.
 
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.

Impulsionado pelas atividades administrativas e complementares, setor de serviços é responsável pela abertura de 25 mil vagas, aponta FecomercioSP


SÃO PAULO/SP - Em maio, o setor de serviços criou 25 mil empregos com carteira assinada no Estado de São Paulo. No mesmo período, o comércio foi responsável pela abertura de mais de cinco mil vagas formais. Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No período, o saldo registrado nos serviços — resultado de 330 mil admissões e 305 mil desligamentos –era esperado e foi citado no relatório de abril. São 6,943 milhões de vínculos empregatícios ativos no agrupamento.
 
Os serviços administrativos e complementares apresentaram o melhor desempenho do mês, responsáveis pela criação de 10 mil empregos formais. Do grupo, destacaram-se os serviços de locação de mão de obra temporária (3.897 vagas) e as atividades de limpeza (3.731 vagas). 
 
De acordo com a FecomercioSP, no ano, são quase 150 mil postos de trabalho criados no setor, índice abaixo dos 200 mil registrados entre janeiro e maio do ano passado. Por outro lado, esse desempenho é melhor do que o esperado para 2023. A tendência para junho não deve mudar, esperando-se, novamente, bom saldo ao setor de serviços.
 

 
Comércio abaixo do esperado
Apesar do saldo positivo de mais de cinco mil novas contratações no comércio no Estado de São Paulo, o índice ficou abaixo do esperado para o período no quinto mês do ano, revela a Entidade, uma vez que era esperado ao menos que o resultado ficasse acima dos números de abril, especialmente graças ao Dia das Mães e à proximidade com o Dia dos Namorados.
 
Ao comparar o resultado de maio com o mês anterior, a geração de vagas foi 32% menor, em um total de 124.607 admissões e 119.594 desligamentos no mês. São mais de 2,75 milhões de empregos celetistas ativos. As três divisões do setor apresentaram tímidos avanços: comércio e reparação de veículos gerou 1.238 postos de trabalho, ao passo que o comércio atacadista apresentou saldo positivo de 1.221 vagas, enquanto o comércio varejista criou 2.554 vínculos trabalhistas. Nesta última divisão, destacaram-se, de forma antagônica, o varejo hipermercadista e supermercadista (858 vagas) e o varejo de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (585 vagas a menos).
 

 
O setor ainda não saiu do índice negativo no acumulado do ano: são menos 3.092 empregos celetistas. De acordo com a FecomercioSP, observa-se que, neste ano, o comércio enfrenta um pouco mais de dificuldades, em especial o varejo. Isso tem acontecido porque as famílias estão direcionando mais renda aos segmentos de consumo não adiável, em detrimento daqueles dependentes de crédito. Outro ponto é o direcionamento da renda ao setor de serviços, apontando melhores resultados. Para junho, espera-se um tímido avanço no mercado de trabalho do comércio paulista.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

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