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BRASÍLIA/DF – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os comandantes das Forças Armadas para uma reunião nesta sexta-feira, 20, às 10h, no Palácio do Planalto. Será o segundo encontro entre eles na sede da Presidência da República, desde a invasão golpista promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, há 12 dias.

De forma direta, Lula vai cobrar dos comandantes Julio Cesar de Arruda (Exército), Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica) que apliquem as regras e não permitam casos de politização na tropa. O presidente exige punição a episódios de indisciplina e aos militares que participaram dos ataques em 8 de janeiro.

Além de Lula, do ministro da Defesa, José Múcio, e dos comandantes das Forças, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, participará da reunião. Josué foi chamado por Lula para apresentar aos comandantes um projeto de modernização da base industrial de defesa.

O executivo segue no comando da entidade mesmo após ter sido destituído em assembleia. Nesta quinta-feira, 19, a federação divulgou nota confirmando Josué no cargo sem citar impasse político na entidade.

A pedido de Lula, a Defesa vai levar um documento com o andamento e as necessidades orçamentárias do Exército, Marinha e Aeronáutica. O foco são os projetos estratégicos. Todos tiveram impulsionamento inicial nos primeiros mandatos de Lula.

O presidente tem esse histórico como trunfo e pauta a questão orçamentária, que sabe ser de interesse dos comandantes. O presidente falou em modernizar as Forças Armadas e a base industrial de Defesa. Há interesse dos três comandos, por exemplo, no desenvolvimento de drones. As forças aérea e terrestre têm planos de reforçar a frota de helicópteros.

Não é a primeira vez que Lula pauta os projetos estratégicos das Forças Armadas. Em 2007, diante de um cenário de muita insatisfação com escassez de recursos e sucateamento, em que a Marinha previa que até 2035 poderia deixar de operar por falta de equipamentos renovados, o petista pediu que os comandantes estabelecessem todos os programas estratégicos e depois apontassem prioridades. De início foram 39 projetos ao custo estimado de 53 bilhões de dólares, à época. A lista seria enxugada nos anos seguintes.

A reunião segue um movimento de aproximação política entre a cúpula militar brasileira e o Planalto. José Múcio articulou almoços prévios dos comandantes com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e da Casa Civil, Rui Costa, que estará na audiência.

Por outro lado, os militares tentam sensibilizar o governo a não divulgar a íntegra do processo disciplinar contra o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, como Lula deseja fazer. Ele não foi punido por participar de ato político ao lado de Bolsonaro. A ministros, militares argumentaram que abrir o conteúdo hoje protegido por sigilo de 100 anos poderia fragilizar a hierarquia, por se tratar de um oficial general de três estrelas.

 

Projetos que devem ser apresentados a Lula:

  • ProSub (desenvolvimento de submarino de propulsão nuclear e quatro submarinos convencionais - possibilidade de encomenda de mais dois)
  • Fragatas Classe Tamandaré
  • Sisfron (projeto de monitoramento de fronteiras só cobre, em piloto, cerca de 600 km dos 17 mil km de fronteira seca e precisa ser revisto e atualizado; no atual ritmo ficaria completo somente em 2046, quando estaria desatualizado)
  • Astros 2020 (encomenda dos lotes de mísseis - o projeto é feito com a Avibrás, que entrou em recuperação judicial no ano passado)
  • Desenvolvimento do projeto nacional Guarani e aquisição de blindados Centauro e Leopard
  • Gripen (compra e desenvolvimento do caça de origem sueca pode ter um novo lote com mais 26 unidades)
  • KC 390 (aquisição do cargueiro sofreu uma redução nas encomendas no governo Bolsonaro)
  • Atualização tecnológica das aeronaves de ataque Super Tucano

 

 

por Felipe Frazão e Roberto Godoy / ESTADÃO

RIO CLARO/SP - A cidade de Rio Claro recebeu na sexta-feira (26) mais um importante apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) para o enfrentamento à pandemia de coronavírus. Foram doados ao município 5.400 frascos de álcool gel, 5.000 máscaras cirúrgicas e 600 protetores faciais.

“Mais uma vez contamos com a colaboração do Ciesp, Fiesp e Senai, que têm sido parceiros do município e têm nos ajudado a enfrentar este momento de dificuldade”, observa o prefeito João Teixeira Junior. “As parcerias, mais do que nunca, são fundamentais para que consigamos juntos superar esta pandemia”, agradece Juninho.

“Os equipamentos doados representam itens de primeira necessidade no atendimento à Covid-19 e serão utilizados nas unidades de saúde do município”, destaca Maurício Monteiro, secretário de Saúde.

Conforme lembrou João Zaine, gerente regional do Ciesp, a doação se soma a outras ações que vêm sendo realizadas em parceria com Sesi, Senai e Fiesp em Rio Claro. “Mais de 30 mil refeições já foram servidas pelo Sesi a pessoas carentes e também foram entregues máscaras para a Santa Casa de Rio Claro e Casa de Saúde Bezerra de Menezes, que também recebeu álcool em gel”, informa João Zaine. Em outra frente de trabalho, o Senai realizou manutenção e recuperou respiradores para serem utilizados na rede pública de saúde.

Também participaram da entrega dos itens Marcelo Costa, diretor do Senai Rio Claro, e José Tadeu Leme, diretor da Fiesp Rio Claro.

 

 

*Por: PMRC

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