SÃO PAULO/SP - O São Paulo, enfim, foi desbancado da liderança do Campeonato Brasileiro. Com mais uma atuação apática, muito diferente do desempenho que o fez chegar à primeira colocação, o Tricolor viu o Internacional dar um show de eficiência e vontade ao longo dos 90 minutos nesta quarta-feira, no Morumbi, e saiu goleado por 5 a 1. Victor Cuesta, Caio Vidal e Yuri Alberto, três vezes, balançaram as redes para o Colorado. Luciano descontou para os donos da casa.
Esse foi o quinto jogo consecutivo sem vitória do São Paulo, e a maior derrota sofrida na “Era Diniz”. Mesmo contando com o retorno de Luciano, que até balançou as redes, o Tricolor exibiu os mesmos problemas dos últimos jogos, embora tenha tido uma semana cheia para trabalhar, e parece sem forças para brigar pelo tão sonhado heptacampeonato brasileiro.
O Internacional, por sua vez, assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro, abrindo dois pontos para o São Paulo, novo segundo colocado, e chegando à sétima vitória consecutiva na competição, com direito à goleada sobre o principal concorrente ao título.
Restando apenas sete jogos para o fim do Brasileirão, Fernando Diniz terá a difícil missão de juntar os cacos e recuperar o moral de uma equipe combalida e, aparentemente, desmotivada depois de chegar a abrir sete pontos na liderança e vender à torcida um sonho que parecia próximo de se tornar realidade. Abel Braga, por sua vez, pode adicionar mais um capítulo vitorioso na sua bonita história no Internacional.
O jogo – O Internacional começou a partida com uma postura ousada, marcando a saída de bola do São Paulo e dominando as ações ofensivas. Logo aos quatro minutos, os visitantes quase abrir o placar com Cuesta, que aproveitou o passe de Rodrigo Dourado de cabeça para chegar batendo de primeira, na entrada da pequena área, mas mandou por cima do gol. Três minutos depois, entretanto, o zagueiro teve um pouco mais de sorte. Moisés cruzou na cabeça do camisa 15, que desta vez não desperdiçou, abrindo o placar para o Colorado.
Bastante apático, como nos últimos jogos, o São Paulo não conseguia trocar passes e cometia muitos erros bobos. O máximo que o time fazia era arriscar de fora da área, mas faltava pontaria. Já o Internacional seguia perigoso quando se jogava no ataque. Aos 15 minutos, Yuri Alberto invadiu a área após ser acionado por Patrick e bateu no cantinho, rente à trave de Tiago Volpi.
O Tricolor fez Marcelo Lomba trabalhar realmente apenas aos 23 minutos, quando Gabriel Sara tabelou com Daniel Alves e bateu da entrada da área, vendo o goleiro adversário fazer a defesa em dois tempos. Mas, foi o Internacional quem acabou balançando as redes novamente. Logo na sequência, Juanfran cabeceou para trás, e Yuri Alberto aproveitou a direção da bola para servir Caio Vidal, que saiu cara a cara com Tiago Volpi, precisando apenas tirar do goleiro tricolor para fazer 2 a 0 no Morumbi.
Mas, quando todos imaginavam que o São Paulo não iria reagir, o time comandado por Fernando Diniz deu sua resposta. Victor Cuesta foi traído pelo quique da bola e chutou para a linha de fundo, dando o escanteio de presente para o Tricolor. Na cobrança, Bruno Alves desviou no primeiro pau, e Luciano apareceu livre para cabecear para o fundo das redes, diminuindo a vantagem colorada.
Antes do intervalo, as duas equipes ainda tiveram mais uma chance de gol. Aos 43 minutos, Yuri Alberto saiu em velocidade, invadiu a área, mas, na hora de finalizar, foi travado por Léo. Já o São Paulo por pouco não empatou com Luciano. Marcelo Lomba saiu do gol para tentar afastar o perigo, mas não achou a bola, que ficou viva dentro da área, mas em seguida Moisés conseguiu mandou para a linha de fundo.
Com Igor Gomes e Vitor Bueno nas vagas de Gabriel Sara e Léo, o São Paulo começou o segundo tempo buscando o empate. Aos quatro minutos, Reinaldo teve uma boa oportunidade, soltando a bomba de dentro da área, pela esquerda, mas a bola explodiu na marcação. Pouco depois, Vitor Bueno também carimbou a defesa colorada ao tentar arrematar para o gol.
Mas, foi o Internacional quem balançou as redes, jogando um verdadeiro balde de água fria nos donos da casa. Aos 14 minutos, Vitor Bueno foi desarmado na saída de bola, e Yuri Alberto ficou com a sobra, saindo cara a cara com Tiago Volpi e tocando para o fundo das redes.
Como se não bastasse, o atacante colorado ainda marcaria outros dois gols para garantir um hat-trick e a goleada acachapante do Internacional. Aos 20 minutos, Yuri Alberto recebeu ótimo passe de Peglow, driblou Tiago Volpi e, sem olhar, bateu de chapa, sem esforço, marcando o quarto gol do Colorado. Dois minutos depois, o camisa 11, após falha de Daniel Alves, tocou na saída do goleiro são-paulino e, com requintes de crueldade, fechou o placar para o Inter.
Daí em diante, o Internacional diminuiu o ritmo, concentrou seus esforços na defesa, mas sempre procurando explorar os contra-ataques. Desta forma, Tiago Volpi ainda teve de fazer uma boa defesa em chute de Peglow, mas foi só. Mais um vexame na atual temporada do São Paulo, que tem mais sete jogos para tentar terminá-la dignamente.
*Por: GAZETA ESPORTIVA
SÃO PAULO/SP - O Internacional interrompeu uma sequência de sete jogos de invencibilidade do Palmeiras na Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Nesta segunda-feira (5), mesmo atuando no Allianz Parque, em São Paulo, as Gurias Coloradas derrotaram as palestrinas por 3 a 1, pela 13ª rodada da competição, e estão virtualmente classificadas às quartas de final.
O Colorado saiu na frente aos 16 minutos do primeiro tempo, em cobrança de falta da meia Djeny, no ângulo. O segundo saiu no início da segunda etapa, com Belinha. Aos nove minutos, a lateral aproveitou o rebote da goleira Vivi, após escanteio batido pela meia Rafa Travalão na pequena área, e mandou para as redes. Aos 17, Vivi deixou a bola escapar ao tentar cortar um passe da atacante Byanca Brasil e a também atacante Jheniffer marcou o terceiro. O Palmeiras descontou aos 21, com a atacante Rosana, na sobra de um cruzamento da lateral Isabella que parou no travessão.
A equipe gaúcha assumiu o terceiro lugar, com 27 pontos. A distância para o Flamengo, nono colocado e primeiro time fora da zona de classificação, é de seis pontos. O Rubro-Negro ainda pode alcançar o Inter em pontos e número de vitórias. O Verdão permanece com 24 pontos, no G-8, mas caiu para sétimo, devido à vitória da Ferroviária sobre o Santos, na Vila Belmiro, por 2 a 1, no duelo que encerrou a rodada.
Ferroviária x Santos
A meia Rafa Mineira, com um golaço por cobertura, da intermediária, colocou as Guerreiras Grenás à frente, aos 42 minutos do primeiro tempo. Na etapa final, a goleira Luciana se destacou com duas defesas importantes, inclusive a de um pênalti batido pela atacante santista Larissa. Aos 22, a meia Aline Milene ampliou para o time de Araraquara (SP). Dois minutos depois, a atacante Thaisinha diminuiu para as Sereias, que pressionaram, mas não conseguiram o empate. A Ferroviária foi a 26 pontos, na quinta posição. O Alvinegro, já classificado, é o vice-líder, com 30 pontos
Minas Brasília x Iranduba
Em outro jogo desta segunda, o Minas Brasília foi a Manaus e derrotou o Iranduba por 2 a 0, em duelo direto contra o rebaixamento. A atacante Bárbara, capitã do Minas, balançou as redes duas vezes, aos 39 minutos do primeiro tempo e aos 11 do segundo tempo. O Hulk da Amazônia teve a chance de diminuir nos acréscimos do segundo tempo, mas a atacante Brenda não converteu a penalidade.
A vitória manteve as brasilienses na 12ª posição, agora com 14 pontos. São quatro de vantagem para o próprio Iranduba, que abre o Z-4, em 13º. Um novo triunfo nas duas rodadas finais da primeira fase, contra Cruzeiro ou Internacional, garante a permanência do Minas na Série A1. Às amazonenses, resta torcer contra o time da capital federal e ganhar os dois próximos compromissos, diante de Avaí/Kindermann e Palmeiras.
O resultado na Arena da Amazônia também confirmou o rebaixamento do Audax, 14º colocado, com sete pontos, podendo chegar somente a 13. Ao time de Osasco (SP), o melhor placar em Manaus seria o empate, já que uma vitória do Iranduba levaria o Hulk a 13 pontos, mas com um saldo de gols bem superior ao das paulistas, que ficaram em situação difícil ao serem goleadas pelo Flamengo no domingo (4), por 4 a 0.
Confira a classificação completa da Série A1 do Brasileiro Feminino.
*Por:Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
PORTO ALEGRE/RS - O Internacional venceu o Santos por 2 a 0 nesta quinta-feira, no Estádio Beira-Rio, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols foram marcados por Guerrero e Edenilson, no segundo tempo.
O Colorado dominou a partida do início ao fim e poderia ter vencido por diferença ainda maior. O Peixe chegou a empatar com Kaio Jorge, mas a arbitragem anulou após checagem no VAR e constatação de toque no braço.
O Inter tem 100% de aproveitamento depois de vencer Coritiba fora e Santos em casa. O Peixe ainda não ganhou: empatou com o Red Bull Bragantino na Vila Belmiro e perdeu para o Colorado.
O Internacional volta a campo para enfrentar o Fluminense no domingo, no Maracanã. O Santos receberá o Athletico-PR, na Vila, no mesmo dia.
O JOGO
O Internacional amassou o Santos em todos os minutos, mas foi para o intervalo com um 0 a 0 injusto no placar. O Peixe não viu a cor da bola no Estádio Beira-Rio.
Cuca escalou o Alvinegro com três zagueiros e a formação não funcionou. Aos 16 minutos, Luiz Felipe sentiu, Kaio Jorge entrou e o técnico refez o esquema habitual.
Lucas Veríssimo, contra, jogou a bola no travessão. Galhardo, sozinho na pequena área, não conseguiu empurrar para o gol após desvio de Vladimir. Lindoso finalizou bem e o goleiro fez grande defesa. Foram pelo menos cinco oportunidades claras em 47 minutos.
SEGUNDO TEMPO
Cuca colocou Jobson e Tailson para as saídas de Diego Pituca e Carlos Sánchez. O Santos melhorou e ficou perto do gol aos sete minutos.
Jobson lançou Tailson, que não dominou e Lomba afastou mal. Marinho finalizou de fora da área e o goleiro do Inter espalmou para escanteio.
E depois de dominar a etapa inicial e não abrir o placar, o Colorado fez o gol justamente quando o Peixe melhorava em campo. Felipe Jonatan vacilou ao tentar fazer a bola sair, Galhardo acreditou, Saravia cruzou e Guerrero cabeceou com estilo. 1 a 0 aos 11 minutos.
GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL DO INTER!!! E O NOME DO HOMEM? ? #VamoInter ?? pic.twitter.com/jkCurbYRGV
— Sport Club Internacional (@SCInternacional) August 13, 2020
O gol desestabilizou o Santos. Aos 14, Galhardo fez boa jogada e Guerrero não dominou. No minuto 16, Edenilson chutou e a bola raspou a trave. Quando o placar marcava 19, Galhardo deixou Luan Peres e finalizou com muito perigo, para fora.
No minuto 21, o Santos teve uma ducha d’água fria. Soteldo cruzou para Kaio Jorge, que dominou no peito, tirou de Marcelo Lomba e empurrou para o fundo das redes. A arbitragem viu braço do atacante após checagem no VAR.
O Internacional seguiu melhor e esteve perto de ampliar aos 37 e 39, em duas finalizações de Boschilia para novas defesas de Vladimir. O segundo gol veio só no minuto 42, quando Edenilson tabelou com Guerrero e encobriu Vladimir. Um golaço em Porto Alegre.
O Peixe teve outro gol bem anulado, de Soteldo, aos 45, e o Colorado administrou a vitória nos minutos finais.
*Por: GAZETA ESPORTIVA
MUNDO - O megainvestidor Warren Buffett disse neste sábado, 2, no encontro anual de sua gestora Berkshire Hathaway, que não conhece paralelos com o momento atual e que ainda não se sabe o que acontece quando se fecha parte substancial da economia. "O leque de possibilidades do lado econômico é extremamente amplo", disse em seus comentários iniciais.
Na crise financeira mundial de 2008/2009, Buffett disse que o "trem da economia" saiu dos trilhos. Na pandemia do coronavírus, o trem foi tirado dos trilhos e colocado de lado.
Buffett falou em um ginásio de 18 mil lugares vazio, e lembrou que no ano passado o local estava repleto de pessoas. Pela primeira vez, a reunião anual da Berkshire Hathaway foi feita pela internet, por causa da pandemia do coronavírus. A gestora é dona de mais de 90 empresas e ainda é acionista em companhias como a Apple, Bank of America e Coca-Cola.
Prejuízo
A gestora reportou neste sábado, 2, prejuízo de US$ 50 bilhões, ou US$ 30,65 por ação, no primeiro trimestre deste ano, por causa dos efeitos do coronavírus no mercado de ações, que atingiu o portfólio de ações da companhia, calculado em cerca de US $ 250 bilhões no fim de 2019. No mesmo período do ano passado, havia tido lucro de US$ 21 bilhões, ou USS 13,21 por ação. A gestora de Buffett tem US$ 137 bilhões em caixa.
Os ganhos da Berkshire são especialmente voláteis devido a uma regra contábil que entrou em vigor em 2018 exigindo que as empresas incluíssem ganhos ou perdas não realizados de investimentos nos resultados trimestrais. A Berkshire anotou perdas de US$ 54,5 bilhões relacionadas a investimentos, ante ganho de US$ 15,5 bilhões um ano antes. A companhia também anotou perda de US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre deste ano relacionada a derivativos.
Já o desempenho operacional da Berkshire foi positivo, passando de US$ 5,55 bilhões no primeiro trimestre de 2019 para US$ 5,87 bilhões de janeiro a março deste ano.
*Por ESTADÃO / COM INFORMAÇÕES DO DOW JONES NEWSWIRES
MUNDO - Donald Trump usou uma rede social, neste sábado (2), para comentar o reaparecimento do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, "sumido" por 20 dias. No Twitter, o presidente dos Estados Unidos disse ter ficado feliz. "Fico feliz em ver que ele voltou, e bem!"
O ditdor norte-coreano compareceu na sexta-feira (1º) a inauguraçãode uma fábrica de fertilizantes. Esta a primeira aparição pública de Kim Jong-un em meio aos rumores sobre o estado de saúde.
Esta foi a aparição do líder norte-coreano em cerca de três semanas, uma longa ausência que, aliada ao fato de ele não ter participado de vários eventos importantes do regime, desencadeou em rumores de todo o tipo, desde morte por um problema no coração até medo do novo coronavírus.
*Por R7
MUNDO - Apesar de as grandes ligas dos Estados Unidos já planejarem o retorno de suas atividades com as medidas de segurança em meio à pandemia da COVID-19, o médico que comanda a força-tarefa do governo de Donald Trump contra o novo coronavírus, Anthony Fauci, alerta que alguns esportes poderão perder a temporada, devido à indisponibilidade de testes em quantidade suficiente.
A segurança, para os jogadores e para os torcedores, supera tudo. Se você não pode garantir a segurança, infelizmente terá que morder a bala e dizer: 'Talvez tenhamos que ficar sem esse esporte para esta temporada' - declarou Fauci, na última terça-feira, ao "New York Times".
A Major League Baseball (MLB), a NBA e outras ligas que estavam em andamento planejam o retorno das partidas sem a presença de público. Trump, inclusive, declarou no último dia 15 que estava "cansado de assistir a jogos de beisebol de 14 anos de idade", e que gostaria de recuperar os esportes logo.
Mas especialistas avaliam que isso só seria possível se todos os profissionais envolvidos em uma partida pudessem passar por testes, e diversos governadores americanos se mostram cautelosos. Outras medidas terão de ser tomadas em conjunto, como o isolamento dos profissionais.
- Logisticamente, será difícil, mas há possibilidades. Para o beisebol, chame os jogadores da MLB, consiga algumas cidades e hotéis, faça testes e mantenha-os segregados. Eu sei que vai ser difícil para eles não estarem na sociedade, mas esse pode ser o preço que você paga se quiser jogar - disse Anthony.
O médico acredita que, embora a taxa de casos confirmados do vírus tenha diminuído na maior parte do país, o sistema de saúde não terá um alívio caso a retomada aconteça neste momento
Se deixarmos nosso desejo de voltar prematuramente ao normal, só podemos voltar ao mesmo buraco em que estávamos algumas semanas atrás - disse o especialista em saúde pública.
Ele avalia que o caminho para a retomada, portanto, deverá ser gradual, com a consciência de que o país presenciará, inevitavelmente, um aumento de casos da doença.
- Temos que garantir que, quando tentarmos voltar ao normal, incluindo jogar beisebol no verão, futebol no outono e basquete no inverno, quando voltarmos a alguma forma de normalidade, o façamos gradualmente e com cuidado. E quando os casos começarem a reaparecer, o que acontecerá, sem dúvida, que tenhamos a capacidade de identificar, isolar e rastrear contatos.
*Por Terra / Lance
MUNDO - Após decidir abandonar os gramados no fim da temporada passada, Robben está disposto a retomar sua vitoriosa carreira. O astro holandês afirmou em um podcast do site oficial do Bayern de Munique que a vontade de voltar a jogar começou a afetá-lo logo após pendurar as chuteiras e que o sentimento surge forte em seu coração constantemente.
- No começo, eu não sentia falta do futebol no geral, mas houve uma fase em que isso começou a me coçar e tive pensamentos como: "Ei, talvez eu devesse jogar um pouco de novo". De tempos em tempos, eu sigo tendo esse sentimento - disse o atacante.
Com o futebol paralisado em boa parte do mundo há mais de um mês, Robben vem refletindo sobre concretizar o desejo de atuar por mais algum tempo como atleta profissional. Embora não tenha indicado um plano concreto, ele deixou a possibilidade em aberto após a retomada do esporte em meio à pandemia do coronavírus.
- Com o vírus, é um tempo estranho para todos, e quando o futebol voltar, veremos. Mas talvez isso fique sempre um pouco em mim. Sou apenas um atleta - resumiu Robben, que parou de jogar em maio do ano passado.
Robben decidiu se aposentar no fim da temporada passada, aos 35 anos, quando seu contrato com o Bayern de Munique chegou ao fim. Ele chegou a ter seu futuro especulado na Holanda e nos Estados Unidos, mas decidiu parar no clube alemão, onde teve sua fase mais vitoriosa - e por isso recebeu grande homenagem na despedida, junto a Ribéry.
Ao longo de sua carreira em Bayern, Real Madrid, Chelsea, PSV e Groningen, Robben conquistou 28 títulos, sendo um da Liga dos Campeões, um da Supercopa da Europa, oito do Campeonato Alemão, um do Campeonato Espanhol, dois do Campeonato Inglês e um do Campeonato Holandês, além de 14 copas e supercopas nacionais.
*Por GLOBO ESPORTE
MUNDO - Em um documentário exibido nesta quinta-feira no Japão sobre a sua carreira, o ídolo espanhol Andrés Iniesta, há três anos jogando no Vissel Kobe, da J-League, deu detalhes sobre a depressão que enfrentou em 2009.
Aos 25 anos, Iniesta vivia um dos melhores momentos da carreira, titular e um dos destaques do Barcelona, então campeão espanhol e europeu, e da seleção espanhola, que viria a conquistar a Copa do Mundo da África do Sul no ano seguinte, com um gol dele na final contra a Holanda.
O jogador espanhol, no entanto, acredita ter entrado em depressão por causa da morte do amigo Dani Jarque, do Espanyol, que sofreu um ataque cardíaco em agosto de 2009, aos 26 anos.
- Quando soube da notícia, tive a impressão de receber um soco, um golpe muito potente que me deixou em nocaute e me derrubou. Eu não estava nada bem. Os dias passavam e eu me dava conta que minha situação não melhorava. Não me sentia bem, não era o mesmo. Tudo era sombrio, eu via tudo escuro - disse Iniesta em um trecho do documentário da Rakuten TV, chamado "Andrés Iniesta, o herói inesperado".
Após marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Holanda, na prorrogação da final da Copa de 2010, Iniesta levantou a camisa da Espanha e mostrou uma camiseta com uma homenagem ao amigo: "Dani Jarque Sempre Conosco".
Iniesta revelou no documentário que chegou a pensar em voltar a morar com os pais.
- Quando seu filho de 25 anos vem te ver na madrugada e diz que quer dormir com os pais, é porque não está nada bem. Eu perguntei qual era o problema e ele me respondeu que não sabia, que não se sentia bem - contou o pai de Iniesta, José Antonio.
A ajuda profissional da psicóloga Inma Puig e o apoio do então técnico do Barça, Pep Guardiola, ajudara o craque a sair da depressão, de acordo com o documentário.
*Por GLOBO ESPORTE
MUNDO - Um homem que criticou as medidas impostas pelo governo boliviano para conter a disseminação do coronavírus foi preso nesta quinta (23) acusado de espalhar notícias falsas sobre o assunto.
A ação aumentou os temores de que a presidente interina Jeanine Añez utilize uma norma que tenta o coibir a disseminação de fake news durante a pandemia para atacar críticos de sua gestão.
O homem preso, identificado pela imprensa local como Mauricio Jara, é um apoiador do ex-presidente Evo Morales e crítico do atual governo.
A polícia afirmou que ele administrava 11 grupos no WhatsApp no qual manifestava apoio ao esquerdista Evo e chamava a direitista Añez de ditadora e golpista, além de criticar as medidas do governo contra o coronavírus.
O chefe da investigação, o coronel José María Velasco, afirmou que Jara foi preso sob as acusações de sedição (insurreição contra o governo), por instigar pessoas a cometerem um crime e por cometer delitos contra a saúde pública.
Ele não especificou, porém, quais notícias falsas o homem teria divulgado. A prisão preventiva foi autorizada por um juiz.
No final de março, a presidente interina publicou um decreto que determina que quem desinformar a população sobre as regras de combate ao coronavírus poderá ser penalizado e processado por cometer delitos contra a saúde pública.
Diversas entidades, incluindo a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, afirmaram na ocasião que a medida abria espaço para o governo atacar a liberdade de expressão.
*Por FOLHA DE SÃO PAULO
MUNDO - Quase 48 horas depois de o presidente americano Donald Trump anunciar pelo Twitter que "suspenderia a imigração" para os Estados Unidos para proteger o mercado de trabalho, em meio à maior crise econômica do país em quase um século, a Casa Branca divulgou na noite da quarta-feira (22), um documento em que especifica quem deve ser afetado pela decisão.
O escopo da medida é, no entanto, muito menor do que indicavam as palavras iniciais de Trump nas redes sociais.
Seu reduzido alcance tem feito analistas enxergarem no ato mais uma jogada eleitoral do presidente, que concorrerá à reeleição em seis meses, do que uma medida com impacto real em um mercado de trabalho com mais de 26 milhões de desempregados.
Proteção aos americanos ou aposta eleitoral?
A ordem executiva publicada por Trump suspende por 60 dias, renováveis por mais 60, a concessão de green cards para familiares no exterior de estrangeiros que residam permanentemente nos Estados Unidos. Veda ainda autorizações de permanência para pais e irmãos estrangeiros de cidadãos americanos.
Também interrompe o processamento das loterias destas autorizações de residência permanente, que respondem por cerca de 50 mil concessões por ano.
A ordem, no entanto, não altera a concessão de vistos de trabalho para pessoas que tenham recebido uma oferta de emprego de alguma empresa americana, uma demanda antiga da base eleitoral de Trump. E não impede a chegada de trabalhadores estrangeiros em sete áreas consideradas prioritárias, como saúde e segurança.
Na prática, a determinação impediria a entrada no mercado de trabalho de algo entre 114 mil e 660 mil pessoas, segundo estimativa do Migration Policy Institute.
"Estimo que deva impactar 110 mil pessoas, o que é absolutamente nada quando estamos falando de mais de 26 milhões de desempregados. Então, é uma jogada política de campanha, uma desculpa para colocar em prática essa agenda que agrada ao eleitorado de classe média baixa do presidente, que agora está desempregada", afirmou o especialista em migração Leonardo Freitas, CEO do Hayman-Woodward.
Para Ann Lin, professora de Políticas Públicas da Universidade de Michigan e especialista no tema, a decisão não terá qualquer efeito prático.
"Esse tipo de concessão já havia sido interrompida, na verdade, porque as embaixadas e consulados dos Estados Unidos não estão realizando entrevistas de visto devido à pandemia. Portanto, a ordem executiva é basicamente inútil", resume.
Segundo Freitas, um processo de emissão de green card costuma levar meses ou até alguns anos para sair. "Não é uma coisa rápida, então quando a economia americana reabrir e os empresários precisarem recontratar, eles vão imediatamente aproveitar a mão de obra americana e não esperar pelos papéis de gente de fora."
Exatamente o contrário do que argumentou Trump ao defender a medida.
O clamor das bases eleitorais
"Ao interromper a imigração, ajudaremos a colocar os americanos desempregados em primeiro lugar na fila de empregos à medida que os Estados Unidos reabrirem. É muito importante ", disse o presidente.
"Seria errado e injusto que os americanos demitidos pelo vírus fossem substituídos por novos trabalhadores imigrantes enviados do exterior. Primeiro precisamos cuidar do trabalhador americano."
O republicano está se mostrando sensível ao números do desemprego nos chamados swing states, aqueles Estados em que o eleitorado costuma se alternar entre a preferência por um republicano ou um democrata na disputa presidencial.
Em Michigan e na Pensilvânia, onde Trump venceu por uma margem de menos de 1% dos votos na eleição de 2016, respectivamente, 21% e 20% dos trabalhadores estão sem emprego, uma taxa mais alta do que a estimada nacionalmente, em torno de 14%.
O eleitorado de Trump é ainda mais sensível à questão do emprego do que o geral: o sucesso do republicano em 2016 pode ser creditado em parte aos milhares de operários de fábricas desempregados pela internacionalização da produção e que depositaram nele seu voto na esperança de reaver seus postos.
São os chamados "blue collars", ou "colarinhos azuis", em referência à cor de macacões de trabalho industrial. A crise tem castigado esse grupo: setores como mineração, energia e construção civil estão entre os mais impactados.
E embora uma pesquisa da National Foundation for American Policy de 2018 tenha concluído que "ter mais migrantes em geral não afeta significativamente o desemprego ou a força de trabalho dos nativos americanos", esse grupo de estrangeiros se tornou o bode expiatório do problema para uma parte da sociedade americana.
No começo de abril, o jornalista conservador Tucker Carlson, da Fox News, considerado um porta-voz do pensamento dos eleitores trumpistas, deixou claro que, diante da crise de empregos, o eleitorado do republicano desejava ver respostas sobre a imigração.
"Em um ano em que dezenas de milhões de americanos estarão procurando trabalho, nosso governo está importando mais de 150 mil trabalhadores do exterior. O presidente deve impedir que isso aconteça. O presidente Trump tem o poder de cortar a imigração legal para proteger a nação.", disse Carlson, sugerindo instrumentos legais para a ação de Trump, no dia 1º de abril.
Frustração e dúvidas
A preocupação com os efeitos eleitorais da recessão causada pelo coronavírus tem levado Trump a pressionar - preferencialmente via Twitter - pelo fim das políticas de quarentena nos Estados americanos.
Na noite de segunda-feira (20), ele usou o mesmo expediente para tratar da questão de imigração, ao escrever em sua conta na rede social:
"À luz do ataque do Inimigo Invisível (coronavírus), bem como da necessidade de proteger os empregos de nossos GRANDES Cidadãos Americanos, assinarei uma Ordem Executiva para suspender temporariamente a imigração para os Estados Unidos!".
A vaga publicação - que pegou de surpresa até mesmo a equipe de políticas migratórias do presidente - foi o gatilho para uma onda de frustrações e tensões em empresas que dependem pesadamente do trabalho de estrangeiros para suas atividades, como as gigantes de tecnologia do Vale do Silício, que levaram sua insatisfação à Casa Branca.
Trabalhadores da área da saúde também expressaram revolta e dúvidas, já que, no fim de março, a Casa Branca havia anunciado facilidades para que médicos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas pudessem atuar no país para ajudar a conter a epidemia que, em solo americano, já provocou 850 mil casos e quase 50 mil mortes.
Graças às medidas, nas últimas 4 semanas, 21 profissionais de saúde brasileiros já obtiveram seus green cards, estima o escritório de direito migratório em Washington Hayman-Woodward. Sem as facilitações burocráticas, apenas 10% deles teriam conseguido autorização de residência permanente no país.
"Meu tio, cardiologista que deixou Homs (na Síria) em 2012 porque não era seguro (ficar lá durante a Guerra Civil), agora está salvando vidas no Kansas. Ele é um imigrante salvando vidas americanas. Existem tantos médicos, enfermeiros e farmacêuticos imigrantes trabalhando em nosso sistema de saúde. Quando vamos aprender que nos voltar contra os imigrantes só nos machuca?", resumiu a pesquisadora síria-americana Jomana Qaddour, estudiosa de políticas migratórias sectárias na Universidade Georgetown, em sua conta de Twitter.
Até mesmo entre fazendeiros, um dos mais fiéis redutos eleitorais de Trump, a mensagem gerou ruído. O setor agrícola depende fortemente de migrantes para trabalhar na colheita. Em um primeiro momento, os produtores acharam que seus trabalhadores também estariam cortados, o que não se confirmou.
Trump não descarta novas medidas ainda mais restritivas aos migrantes nas próximas semanas. A avaliação da performance dele no combate à pandemia é uma das piores entre os líderes de grandes economias mundiais. Com a atual restrição, ele estaria tentando melhorar sua avaliação, explica Linn.
"Essa ordem executiva é apenas uma das muitas coisas que ele disse que não tem muito impacto prático, mas ele se sente um cara durão por dizer isso e tenta convencer os outros de que ele é mesmo e que por isso tem que ser apoiado", diz.
*Por G1
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.