JAPÃO - O Japão anunciou na terça-feira, 27, a decisão de restabelecer a Coreia do Sul como nação preferencial com status de comércio acelerado a partir de 21 de julho, encerrando virtualmente uma disputa econômica de quatro anos que foi ainda mais tensa devido suas amargas disputas históricas. O ministro do Comércio, Yasutoshi Nishimura, disse a repórteres que o Japão e a Coreia do Sul também concordaram em estabelecer uma estrutura para revisar e acompanhar os sistemas conforme necessário.
O Japão e a Coreia do Sul têm consertado rapidamente seus laços à medida que aprofundam a cooperação de segurança de três vias com Washington em resposta às crescentes ameaças regionais da Coreia do Norte e da China. O restabelecimento do status preferencial da Coreia do Sul no próximo mês encerraria uma disputa que começou em julho de 2019, quando o Japão removeu a Coreia do Sul de sua “lista branca” de países que receberam aprovações rápidas no comércio, à medida que os laços se deterioravam devido à compensação pelas ações de guerra japonesas.
O Japão reforçou os controles de exportação dos principais produtos químicos usados por empresas sul-coreanas para fabricar semicondutores e monitores, levando a Coreia do Sul a registrar uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) e remover o Japão de sua própria lista de países com status comercial preferencial.
Seus laços melhoraram rapidamente desde março em uma iniciativa do governo do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol para resolver disputas decorrentes de compensação para trabalhadores forçados coreanos durante a guerra. Yoon também viajou a Tóquio para conversar com o primeiro-ministro Fumio Kishida e concordou em reconstruir a segurança e os laços econômicos dos países. Após as negociações, a Coreia do Sul retirou sua reclamação na OMC.
O Japão confirmou simultaneamente a remoção dos principais controles de exportação de produtos químicos. A Coreia do Sul também restabeleceu o status comercial preferencial do Japão. Fonte: Associated Press
JAPÃO - O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou na quinta-feira (01) um plano de ajuda para as famílias no valor de US$ 25 bilhões (cerca de R$ 127,3 bilhões na cotação atual), investimento voltado para salvar a queda de natalidade no país.
Com duração de três anos, o plano prevê um aumento das ajudas diretas aos progenitores, apoio financeiro à educação dos filhos e ao pré-natal, além de promover horários de trabalhos flexíveis ou licença para os pais.
As medidas buscam combater o colapso na taxa de natalidade, que caiu para um piso "sem precedentes". A intenção é "aumentar a renda dos jovens e a geração que está na idade de criar crianças", declarou Fumio Kishida em uma reunião com ministros, especialistas e empresários.
O Japão, com 125 milhões de habitantes, registrou menos de 800.000 nascimentos em 2022 - o número mais baixo desde o começo das estatísticas. Ao mesmo tempo, a proporção de idosos na demografia do arquipélago aumentou.
O plano levantou críticas, já que até o momento não foram especificadas as fontes do financiamento.
PEQUIM - O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, pediu ao Japão que interrompa os controles de exportação de semicondutores, chamando a restrição de "infração" que "viola gravemente" as regras econômicas e comerciais internacionais, de acordo com um comunicado de seu ministério publicado na segunda-feira.
A mais recente condenação da China às restrições à exportação foi feita durante as conversas de Wang com o ministro do Comércio do Japão, Yasutoshi Nishimura, em 26 de maio, na conferência de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Detroit.
O Japão, juntamente com a Holanda, concordou em janeiro em igualar os controles de exportação dos Estados Unidos que limitarão a venda de algumas ferramentas de fabricação de chips para a China e impôs restrições à exportação de 23 tipos de equipamentos de fabricação de semicondutores para seu vizinho.
O Japão não destacou a China em suas declarações sobre os controles de exportação, dizendo apenas que está cumprindo seu dever de contribuir para a paz e a estabilidade internacionais.
No comunicado, o Ministério do Comércio chinês também disse, no entanto, que a China "está disposta a trabalhar com o Japão para promover a cooperação prática nas principais áreas econômicas e comerciais".
Na sexta-feira, Nishimura se reuniu com a secretária de Comércio norte-americana, Gina Raimondo, e concordaram em aprofundar a cooperação na pesquisa e desenvolvimento de chips e tecnologias avançadas, como computação quântica e inteligência artificial.
Wang também se encontrou com Raimondo e a representante comercial do país, Katherine Tai, durante a cúpula, criticando as políticas econômicas e comerciais norte-americanas em relação à China, incluindo a Estrutura Econômica Indo-Pacífica que exclui a China e visa fornecer uma alternativa centrada à influência norte-americana.
Os Estados Unidos, o Japão e outros membros do Grupo dos Sete (G7) concordaram este mês em "reduzir o risco", mas não se separar da China, reduzindo sua exposição à segunda maior economia do mundo em tudo, de chips a minerais.
Por Joe Cash e Bernard Orr
JAPÃO - O Banco do Japão está se inclinando à ideia de ajustar sua controversa política de controle de rendimentos de títulos ainda este ano, mas deve manter as configurações inalteradas na reunião da próxima semana, enquanto aguarda mais evidências de crescimento sustentado dos salários, disseram fontes.
Kazuo Ueda preside sua primeira reunião de política monetária desde que se tornou presidente do banco central japonês em 27 e 28 de abril e sua nomeação aumentou as expectativas de que o banco começará a moderar suas configurações ultrafrouxas - a única questão é quando.
Com os temores de uma recessão global obscurecendo as perspectivas, não há consenso dentro do Banco do Japão sobre quando ele pode acabar com o controle da curva de rendimento, política que estabelece uma meta de taxa de juros de curto prazo de -0,1% e um limite de 0,5% no rendimento do título de 10 anos.
No entanto, cinco fontes familiarizadas com o pensamento do banco central dizem que a abordagem preferida, por enquanto, é manter o curso, o que significa que o banco não fará grandes mudanças imediatas no controle da curva e em sua orientação de política ultrafrouxa.
"Dados os crescentes riscos econômicos no exterior, é apropriado manter uma política monetária ultrafrouxa agora", disse uma das fontes, uma opinião repetida por outras duas.
Mas a diretoria de nove membros pode se envolver em um debate mais receptivo sobre o destino do controle da curva em suas reuniões de 15 a 16 de junho e de 27 a 28 de julho.
Autoridades defensoras do afrouxamento monetário veem a necessidade de gastar bastante tempo para garantir que a economia do Japão possa resistir aos obstáculos externos e permitir que as empresas continuem aumentando os salários no próximo ano - mesmo que isso signifique perder a oportunidade de eliminar gradualmente o estímulo monetário no atual ciclo de recuperação, dizem algumas das fontes.
Outros no banco central enxergam espaço para debater um ajuste possivelmente nos próximos meses, encorajados por fortes aumentos salariais oferecidos por grandes empresas nas negociações salariais anuais da primavera (no Hemisfério Norte), dizem as fontes.
Com a inflação superior a 2%, os mercados estão repletos de especulações de que Ueda eliminará ou encerrará o estímulo monetário massivo de seu antecessor, que combina o controle da curva com um grande programa de compra de ativos.
Ueda tem dito repetidamente que o Banco do Japão manterá a política monetária ultrafrouxa, incluindo o controle da curva, já que a meta de 2% de inflação ainda não está à vista.
Reportagem de Leika Kihara; Reportagem adicional de Takahiko Wada / REUTERS
TÓQUIO – A produção econômica do Japão ficou abaixo da capacidade total pelo 11º trimestre consecutivo entre outubro e dezembro, mostraram dados do banco central japonês nesta quarta-feira, sugerindo que as condições para acabar com os juros ultrabaixos ainda não foram estabelecidas.
O hiato do produto do Japão, que mede a diferença entre o produto real e o potencial de uma economia, ficou em -0,43% no quarto trimestre, de -0,08% entre julho e setembro, mostraram dados do Banco do Japão.
Um hiato negativo do produto ocorre quando o produto real é menor do que a capacidade total da economia e é considerado um sinal de demanda fraca que normalmente pressiona a inflação para baixo.
Os dados do hiato do produto estão entre os fatores que o Banco do Japão examina para avaliar se o crescimento econômico e a demanda doméstica estão fortes o suficiente para o Japão atingir de forma sustentável sua meta de inflação de 2%.
Os mercados estão repletos de especulações de que o banco central eliminará gradualmente sua política monetária ultrafrouxa quando o novo presidente Kazuo Ueda suceder Haruhiko Kuroda este mês.
A economia do Japão cresceu 0,1% em taxa anualizada no período de outubro a dezembro, evitando por pouco uma recessão, já que os gastos de capital e o consumo permaneceram fracos.
Embora o fim das restrições contra a Covid-19 esteja sustentando o consumo, sinais crescentes de desaceleração na demanda externa estão obscurecendo as perspectivas para a economia dependente de exportação do Japão.
Por Leika Kihara / REUTERS
JAPÃO - Peixes foram capturados mais de 8 quilômetros sob a superfície do oceano pela primeira vez –e filmados ainda mais fundo– por uma expedição científica conjunta de Japão e Austrália.
O cientista-chefe da expedição, professor Alan Jamieson, disse nesta segunda-feira que dois peixes-caracol foram capturados em armadilhas colocadas a 8.022 metros de profundidade na Fossa do Japão, ao sul do Japão, durante uma viagem de dois meses por uma equipe da Universidade da Austrália Ocidental (UWA) e da Universidade de Ciências Marinhas de Tóquio.
O peixe-caracol, da espécie Pseudoliparis belyaevi, é o primeiro a ser capturado abaixo de 8.000 metros, disse a expedição. Não ficou imediatamente claro o tamanho do peixe, mas a espécie foi registrada como tendo um comprimento de cerca de 11 centímetros.
Câmeras operadas remotamente baixadas pela expedição conjunta, parte de um estudo de dez anos sobre a população de peixes mais profunda do planeta, também registraram uma espécie desconhecida de peixe-caracol nadando a 8.336 metros de profundidade na trincheira Izu-Ogasawara, no sul do Japão.
“As trincheiras japonesas são lugares incríveis para explorar; elas são tão ricas em vida, mesmo bem no fundo”, disse Jamieson, fundador do Centro de Pesquisa em Mar Profundo Minderoo-UWA.
“Dizemos às pessoas desde muito cedo, com dois ou três anos, que o fundo do mar é um lugar horrível e assustador que você não deveria ir e isso cresce com você com o tempo”, disse Jamieson.
“Não apreciamos o fato de que (o mar profundo) é fundamentalmente a maior parte do planeta Terra e os recursos devem ser compreendidos e precisamos descobrir como o estamos afetando e como funciona.”
Reportagem de Cordelia Hsu / REUTERS
JAPÃO - A inflação no Japão manteve sua aceleração em janeiro, a 4,2% ao ano, nível mais elevado desde setembro de 1981, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Interior japonês.
O aumento dos preços, que não incluiu alimentos frescos, foi levemente inferior aos 4,3% esperados pelos economistas, mas superou os 4% registrados em dezembro.
Os preços subiram desde a última primavera boreal, influenciados, em parte, pela guerra na Ucrânia, que encareceu a energia e os alimentos. Mesmo excluindo os preços da energia, a inflação em janeiro acelerou para 3,2%, contra 3% em dezembro, segundo os dados do ministério.
Desde abril passado, a inflação supera a meta de 2% definida pelo Banco do Japão, mas a instituição considera que se trata de algo circunstancial e que o índice voltará a cair em 2023.
JAPÃO - O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Japão caiu de 48,9 em janeiro para 47,4 na leitura prévia de fevereiro, segundo informou, nesta terça-feira, 21, pelo horário de Tóquio, a S&P Global, em parceria com o Jibun Bank.
O resultado abaixo de 50 indica que houve contração na atividade da manufatura. O PMI de serviços, por sua vez, subiram de 52,3 a 53,6 na mesma base comparativa.
JAPÃO - O Japão deu mais um passo para aumentar a idade mínima de consentimento sexual do país, que atualmente é de 13 anos, como parte de uma reforma abrangente de suas leis contra as agressões sexuais.
Especialistas convocados pelo Ministério da Justiça propuseram aumentar a idade mínima de consentimento para ter relações sexuais para 16 anos, incluindo reformas para facilitar processos judiciais por estupro e a possibilidade de considerar os 'voyeuristas' como criminosos.
As recomendações foram apresentadas após uma série de absolvições no Japão em casos de estupro em 2019, decisões que indignaram as partes demandantes e provocaram manifestações de mulheres em todo o país em solidariedade às vítimas.
As emendas legislativas baseadas nas propostas poderão ser aprovadas pelo Parlamento ainda este ano.
A idade de consentimento sexual no Japão é a menor entre os países membros do G7, e também é menor do que na China e na Coreia do Sul, países vizinhos do arquipélago.
De acordo com a atual lei sobre relações sexuais - que não foi modificada desde a sua introdução, em 1907 - os menores a partir dos 13 anos são considerados capazes de consentir voluntariamente os atos sexuais.
Isso dificulta que as vítimas tão jovens possam levar seus agressores à Justiça, enquanto em muitos outros países o ato poderia ser punido.
Na prática, no entanto, ordens departamentais em muitas partes do Japão - que proíbem atos "obscenos" com menores - elevam a idade de consentimento para 18 anos.
Mas estas ordens são acompanhadas de sanções muito mais leves do que se os réus fossem processados por estupro, considerando tais atos sexuais como comportamento simplesmente "antiético", diz Kazuna Kanajiri, diretora da PAPS, uma associação japonesa de defesa de vítimas de pornografia e exploração sexual.
Isso permite que os agressores "culpem suas vítimas, alegando que elas mesmas iniciaram ou desfrutaram das relações sexuais", disse Kanajiri, entrevistada pela AFP.
- Caracterização restritiva de estupro -
No entanto, as relações sexuais entre dois adolescentes com mais de 13 anos continuariam sendo legais se houvesse menos de cinco anos de diferença entre eles.
O Japão já modificou sua legislação contra a violência sexual em 2017, mas para muitos analistas as reformas não são suficientes. Um dos pontos mais criticados da atual legislação sobre estupro no Japão é que os promotores devem provar que os réus recorreram à "violência e à intimidação".
Os críticos argumentam que as vítimas são frequentemente culpadas por não terem resistido o suficiente, enfatizando que as pessoas agredidas podem se sentir paralisadas ou podem se "submeter" a um estupro por medo de mais ferimentos.
A comissão de especialistas do Ministério da Justiça não propõe suprimir o texto, mas sugere a inclusão de outros dispositivos para definir estupro, como o fato de a vítima ter sido drogada, surpreendida ou manipulada psicologicamente.
Este esclarecimento "não visa facilitar ou complicar" as condenações por estupro, mas sim tornar os veredictos dos tribunais "mais consistentes", explica Yusuke Asanuma, responsável do Ministério da Justiça.
Esta evolução é um avanço, mas "ainda não atende aos padrões internacionais para leis de estupro", respondeu o grupo de defesa Human Rights Now em um comunicado.
O painel de especialistas do ministério também propõe a introdução de um novo crime que abrange o ato de filmar alguém secretamente para fins sexuais, bem como a extensão do prazo prescricional para abuso sexual de menores, para prolongar o tempo de denúncia.
ORLANDO - O Brasil contou com o brilho da atacante Marta para derrotar o Japão por 1 a 0, na quinta-feira (16) no Exploria Stadium, em Orlando, na estreia no Torneio She Believes Cup (competição amistosa que será disputada entre 16 e 22 de fevereiro nos Estados Unidos).
A equipe comandada pela técnica sueca Pia Sundhage não encontrou facilidades diante de um Japão que ficou perto de abrir o marcador momentos antes do intervalo.
Porém, na segunda etapa o Brasil melhorou, em especial a partir dos 23 minutos, quando Marta entrou no lugar de Bia Zaneratto. E em sua primeira jogada, a camisa 10 da seleção, que acaba de se recuperar de uma cirurgia no joelho, mostrou que continua sendo uma jogadora especial mesmo aos 36 anos de idade. Ela recebeu na ponta esquerda aos 26, pedalou para se livrar da marcação de Miyake e cruzou rasteiro para a área, onde Debinha bateu de primeira para marcar o gol da vitória.
A seleção brasileira volta a entrar em campo pela competição no próximo domingo (19), para enfrentar o Canadá, medalhista de ouro na Olimpíada de Tóquio (Japão), no Geodis Park, em Nashville, a partir das 20h30 (horário de Brasília. A participação do Brasil chegará ao fim na próxima quarta (22), novamente às 20h30, diante dos Estados Unidos, atuais campeões mundiais, no Toyota Stadium, em Frisco.
O She Believes é o primeiro compromisso da seleção feminina na temporada 2023 e serve de preparação para a Copa do Mundo, que será disputada a partir do dia 20 de julho, na Austrália e na Nova Zelândia.
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