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JAPÃO - Assim como na Rio-2016, Lúcia Araújo foi a primeira medalhista brasileira no judô na Paralimpíada de Tóquio-2020. Prata há cinco anos (e também em Londres), a judoca paulista conquistou o bronze no Japão ao derrotar a russa Natalia Ovchinnikova, pela categoria até 57 kg categoria B3, por ippon.

A vitória de Lúcia veio em uma luta bastante equilibrada e de pouco espaço, com ambas se defendendo e trabalhando as pegadas. Depois de um shido, bastou 30 segundos para Lúcia emendar dois waza-ari e assegurar a medalha por ippon, imobilizando a adversária na sequência.

Lúcia estreou com vitória sobre a argentina Laura Gonzalez por ippon. Na luta seguinte, enfrentou a judoca uzbeque Parvina Samandarova, número 2 do mundo, que venceu com um waza-ari e imobilização aos 13 segundos de luta. Pouco depois, a brasileira voltou ao tatame para disputar o bronze e venceu.

Outro judoca brasileiro esteve em ação durante a noite, mas sem bons resultados: Harlley Arruda ficou de fora da disputa por medalhas na categoria até 81 kg após ser superado logo na estreia pelo britânico Daniel Powell, por ippon.

Na Paralimpíada, o judô é disputado por atletas com deficiência visual e dividido em três categorias, de acordo com o grau de deficiência. A B1 são para cegos totais, a B2 para percepção de vultos, e a B3 com definição de imagens. Como as três categorias disputam entre si em suas respectivas faixas de peso, a modalidade paralímpica inicia já na posição da pegada, chamada Kumikata. Assim, aqueles que têm menor grau de visão não saem prejudicados.

 

 

*Por: ESTADÃO

JAPÃO - O Grande Prêmio de Fórmula 1 de 2021 do Japão foi cancelado devido à pandemia de covid-19 pelo segundo ano consecutivo, informaram os organizadores da corrida nesta quarta-feira.

O cancelamento da prova, agendada para o final de semana de 8 a 10 de outubro no circuito de Suzuka, ocorre na esteira da desistência da realização da corrida noturna de Cingapura entre os dias 1º e 3 de outubro.

"Depois de conversas em andamento com o promotor e as autoridades do Japão, o governo japonês tomou a decisão de cancelar a corrida nesta temporada devido às complexidades atuais da pandemia no país", disse a F1 em um comunicado. "Agora a Fórmula 1 está trabalhando nos detalhes do calendário revisado, e anunciará os detalhes finais nas próximas semanas."

Recentemente, o Japão sediou a Olimpíada de Tóquio sem a presença de espectadores, e as competições paralímpicas de 24 de agosto a 5 de setembro também acontecerão sem a presença do público.

Atualmente, a F1 está operando com protocolos de saúde rígidos, com equipes em "bolhas" e exames de covid-19 frequentes para todos os funcionários e a mídia.

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O cancelamento da prova japonesa pode dificultar o GP da Turquia, que foi acrescentado ao calendário no lugar da corrida de Cingapura. A competição no circuito de Istanbul Park foi encaixada uma semana antes de Suzuka e uma semana depois da etapa russa de Sochi, mas pode haver novas mudanças nas datas.

 

 

*Por Sudipto Ganguly / REUTERS

JAPÃO - O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,3% entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior, de acordo com resultados oficiais preliminares que mostram que a economia do país resiste, apesar da crise sanitária.

O crescimento evita que a terceira maior economia mundial entre em recessão técnica, termo utilizado quando um país tem resultado negativo durante dois trimestres consecutivos.

A economia japonesa registrou queda de 0,9% no primeiro trimestre do ano.

O PIB foi sustentado por um aumento do consumo das famílias (+0,9%) e pelos investimentos das empresas, apesar das restrições em vigor pela pandemia.

Estas informações "sugerem que os gastos das famílias desenvolveram uma imunidade" ante as medidas adotadas por razões sanitárias, afirmou o analista Tom Learmouth da Capital Economics.

O aumento das exportações (2,9%) foi ofuscado pelo aumento das importações (5,1%), mas a tendência deve mudar no segundo semestre, segundo os analistas.

Uma parte do Japão continua em estado de emergência devido à pandemia. A medida limita as viagens e os horários de funcionamento de bares e restaurantes, principalmente. Mas não parece ser muito útil, já que o país registra desde o fim de julho a onda mais grave de coronavírus, principalmente devido à variante delta, muito mais contagiosa.

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No momento, apenas 35% da população está totalmente vacinada.

 

 

*Por: AFP

JAPÃO - Um dia depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, fez um pronunciamento nesta segunda-feira para agradecer à população japonesa por ajudar o país realizar a Olimpíada com segurança, apesar das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus.

Suga ressaltou que os Jogos Olímpicos foram adiados por um ano e mantidos sob rígidas restrições, mas "acredito que fomos capazes de cumprir nossa responsabilidade como o anfitrião", disse o primeiro-ministro, agradecendo ao povo por sua compreensão e cooperação.

A Olimpíada de Tóquio-2020, com duração de 17 dias, foram disputados principalmente sem espectadores nos locais de competição. Atletas ficaram em uma bolha de isolamento, rapidamente tinham que colocar máscaras fora de seu campo de jogo e tiveram que deixar o Japão logo após o término de suas participações.

Mas os Jogos Olímpicos foram um testemunho de perseverança, como Yoshihide Suga observou ao elogiar os atletas japoneses para o recorde nacional de 58 medalhas em uma edição de Olimpíada. "Alguns ganharam medalhas e outros não, mas todas as suas performances foram emocionantes", afirmou.

O primeiro-ministro falou sobre a Olimpíada em uma cerimônia em Nagasaki, nesta segunda-feira, que marca o 76.º aniversário do bombardeio atômico dos Estados Unidos na cidade japonesa. Ele foi criticado por forçar a realização do evento esportivo a um público japonês que não queria ficar isolado em suas casas durante a pandemia.

O Japão já contabilizou 1 milhão de infecções pela covid-19 e mais de 15.700 mortes, se saindo melhor do que muitos países, mas a variante Delta está causando muitos casos recentes e acelerando a propagação do vírus.

Os novos casos diários de Tóquio mais do que dobraram durante a Olimpíada, com 2.884 registrados nesta segunda-feira para um total de 252.169 casos provinciais. Com hospitais de Tóquio ficando lotados de casos graves, quase 18 mil pessoas com casos leves são obrigados a se isolarem em suas residências.

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Pesquisas de opinião pública mostram que o apoio ao governo de Yoshihide Suga está completamente declinando, uma trajetória que o partido do governo espera que o fim das Olimpíadas reverta antes das eleições que são esperadas em breve.

 

 

*Por: ESTADÃO

JAPÃO - Os dois judocas que representavam o Brasil na categoria pesado na Olimpíada de Tóquio (Japão) perderam nas quartas de final. No início da madrugada desta sexta-feira (30), no Budokan, Maria Suelen Altheman foi superada pela francesa Romane Dicko por ippon. No momento em que sofreu o golpe, a judoca verde e amarela acabou machucando o joelho esquerdo e precisou sair do tatame sendo levada na maca sentindo muitas dores. Na competição masculina, Rafael Silva sofreu três shidos e acabou caindo para o georgiano Guram Tushishvili.

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Na briga pela medalha de bronze, o cronograma previa a participação da brasileira Maria Suelen logo na primeira luta da repescagem contra a chinesa Shiyan Xu, a partir das 5h (horário de Brasília) desta sexta-feira. Porém, após passar por avaliação da equipe médica, foi constatado que a judoca não terá condições físicas e terá que abandonar a competição. Entre os homens, Rafael Silva enfrentará o astro francês Teddy Riner na quinta luta do programa da repescagem.

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional

*AGÊNCIA BRASIL

JAPÃO - A ginasta brasileira Rebeca Andrade, de 22 anos, se garantiu neste domingo (25) em três finais no Centro de Ginástica de Ariake, em Tóquio.

A atleta estará na disputa da medalha no individual geral da Olimpíada, competição na qual passou na segunda posição, com 57,399 pontos, atrás apenas da super favorita Simone Biles. No salto, Rebeca foi a terceira melhor com a média de 15,100 pontos nos dois saltos. No solo, com a apresentação embalada pela música do Baile de Favela, ela obteve a nota 14,066 pontos, ficando somente um décimo atrás da líder, a italiana Vanessa Ferrari.

A primeira final da Rebeca será na quinta-feira (29), às 07h50 (horário de Brasília), no individual geral. As medalhistas no salto serão conhecidas no próximo domingo (1º de agosto) e as melhores do solo brigarão pelas medalhas no dia 2 de agosto.

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Flávia Saraiva conseguiu a vaga na final na trave. Mas acabou torcendo o tornozelo direito no solo e teve que abandonar as disputas seguintes. A ideia da atleta é buscar a recuperação física para participar da final da trave prevista para o dia 3 de agosto, às 5h48.

 

 

*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional

*AGÊNCIA BRASIL

JAPÃO - Um tribunal japonês sentenciou à prisão dois cidadãos americanos que ajudaram o ex-presidente do conselho de administração da Nissan Motor, Carlos Ghosn, a fugir do país.

A Corte Distrital de Tóquio condenou o ex-boina verde Michael Taylor a dois anos de prisão. Sentenciou também o filho do ex-militar, Peter Taylor, a um ano e oito meses de reclusão.

Promotores declararam que ambos esconderam Ghosn dentro de uma grande caixa e o transportaram para fora do Japão em um jatinho particular em dezembro de 2019. Posteriormente, o ex-executivo da Nissan se refugiou no Líbano.

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Na época de sua fuga, Carlos Ghosn estava em liberdade sob fiança. Ele aguardava julgamento sob acusações de má conduta financeira e grave quebra de confiança.

O juiz que presidiu o caso, Nirei Hideo, afirmou que os Taylor – pai e filho – permitiram que o acusado de um caso grave fugisse para o exterior.

Ele disse, ainda, que as ações dos dois comprometeram enormemente o sistema judicial penal. Nirei acrescentou que 18 meses se passaram desde a fuga de Ghosn, e que não há nenhuma perspectiva no momento de que o ex-presidente do conselho de administração da Nissan venha a ser julgado.

Nirei Hideo declarou que os Taylor efetuaram preparativos meticulosos e de larga escala, fazendo uso de seus conhecimentos profissionais para ajudar a executar a fuga sem precedentes. Segundo o juiz, as sentenças tiveram de ser proferidas aos acusados, mesmo que eles tenham expressado arrependimento por suas ações.

 

 

*Por NHK (emissora pública de televisão do Japão)

JAPÃO - Quando a chama olímpica adentrar o Estádio Nacional de Tóquio para a cerimônia de abertura da Olimpíada, em 23 de julho, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, estará mentalmente cruzando os dedos. Contra tudo e todos, Suga insistiu em manter esta edição da competição, apesar da opinião contrária da imensa maioria dos japoneses ― 86%, conforme as pesquisas, temem uma nova onda ou uma nova variante de covid-19 durante o evento ―, dos profissionais sanitários e inclusive de algumas destacadas empresas e anunciantes. Até o imperador Naruhito está “preocupado”, segundo a Casa Imperial.

Há muita coisa em jogo neste torneio marcado pela pandemia, que acabará ocorrendo sem público e com Tóquio pela quarta vez em estado de emergência sanitária. O primeiro-ministro ― que apostou todo o seu (hoje baixíssimo) prestígio na cartada única da realização da Olimpíada ― arrisca o cargo nas eleições gerais que terá que convocar no máximo até outubro. O país se expõe a um vexame de dimensões épicas. Sobretudo diante da vizinha e eterna rival China, que em fevereiro também fará sua Olimpíada (a de Inverno de Pequim-2022). Mas, especialmente, está em jogo a economia. Segundo vários analistas, dadas as limitações de público e mobilidade, financeiramente o Japão tem pouco a ganhar imediatamente com a realização do evento. E muito a perder.

Se tudo tivesse saído conforme se previa quando a capital nipônica apresentou sua candidatura, estes seriam os “Jogos da Recuperação” para o país. Como os de 1964, também em Tóquio, marcaram a volta do Japão à comunidade internacional depois do ostracismo do pós-guerra, os de 2020 deveriam celebrar o renascimento após o triplo desastre de Fukushima, uma década atrás, quando um terremoto, um tsunami e o pior acidente nuclear do mundo em trinta anos deixaram mais de 20.000 mortos e devastaram toda aquela região.

O próprio adiamento provocado pela pandemia no ano passado deveria reforçar esta ideia. Os Jogos, dizia o então primeiro-ministro Shinzo Abe, marcariam de fato uma recuperação, porém não só japonesa, e sim global, depois da vitória sobre o vírus.

Não foi bem assim. O Japão, afligido nos últimos meses por uma quarta onda de infecções, prende a respiração diante da possibilidade de que o evento se torne um foco de supercontágio que desate uma quinta onda. Ou que a anormalidade que cerca esta edição da Olimpíada, transformada em uma imensa bolha sem espectadores estrangeiros e com as delegações esportivas trancadas na Vila Olímpica, sem álcool nem preservativos grátis para os atletas, possa se tornar ainda mais estranha se um aumento de contágios obrigar a endurecer ainda mais as estritas restrições já em vigor.

Uma análise do centro de estudos Dai-ichi Life Research Institute assinado por seu economista-chefe, Toshihiro Nagahama, calcula que o novo estado de emergência em Tóquio e a prorrogação das medidas em Okinawa (sul) podem acarretar perdas de 1,2 trilhão de ienes (57,2 bilhões de reais) no consumo. “É inevitável que, devido ao estado de emergência, haja mais pressão para restringir a atividade econômica”, aponta Nagahama.

O Instituto de Pesquisas Daiwa calculava, antes das novas medidas anunciadas nesta quinta-feira, que os benefícios econômicos durante os Jogos se situariam em 520 bilhões de ienes (24,8 bilhões de reais), dos quais 70 bilhões viriam do gasto das delegações esportivas e dos espectadores (se existissem), e 150 bilhões dos lares que acompanhem os Jogos à distância.

A estimativa de prejuízo com uma eventual nova emergência

O economista-executivo do Nomura Research Institute, Takahide Kiuchi, também calcula em quase um trilhão de ienes o prejuízo que a nova emergência causará. Kiuchi considera que, se tivesse ocorrido em circunstâncias normais, os Jogos teriam gerado lucros de 1,81 trilhão de ienes (86,3 bilhões de reais). No blog da sua instituição, ele aponta que, sem espectadores nas arquibancadas, os benefícios econômicos se reduziriam a 1,66 trilhão de ienes, uma perda de quase 8% em relação à estimativa para uma Olimpíada a todo gás. Kiuchi, no entanto, observava que “se a realização dos Jogos causar um aumento drástico nos casos de covid-19, forçando assim o Governo a declarar um novo estado de emergência, as perdas econômicas resultantes serão substancialmente maiores”.

A consultoria GlobalData vai no mesmo sentido. Seu analista Aditi Dutta Chowdhury comenta que “os grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, geram investimentos em infraestruturas que alcançam seu maior nível dois ou três anos antes do acontecimento. No caso das Olimpíadas de Tóquio, as atividades do setor da construção mostraram um ótimo comportamento entre 2018 e 2019. Durante a competição em si, os lucros são gerados pelo consumo dos atletas visitantes, do público estrangeiro que visita a cidade anfitriã e seus arredores, e pelas audiências nacionais das transmissões”.

Contribuição econômica dos jogos deve ser pequena

Dados estes fatores, a Global Data acredita que, com a incerteza e o veto ao público estrangeiro, os Jogos contribuirão muito pouco para o crescimento econômico nipônico, já que “não compensarão as perdas geradas pelas frequentes restrições nas cidades japonesas” impostas na luta contra a pandemia. Segundo a empresa, o fato de a maioria dos japoneses estar contra a celebração do megaevento esportivo pode prejudicar a audiência das competições. E recorda que algumas delegações já cancelaram jornadas de treino prévias aos Jogos, reduzindo o lucro para os anfitriões.

Contudo, o grande desastre seria uma nova onda de covid-19 em decorrência dos Jogos, obrigando à imposição de novas restrições em um país onde a campanha de vacinação começou em ritmo muito lento, só ganhando velocidade a partir do mês passado, e onde menos de 15% da sua população de 120 milhões de habitantes já recebeu a pauta completa de imunização.

Como o resto das grandes economias, com exceção da China, a do Japão foi muito golpeada pela pandemia. Nesta semana, Suga anunciou um novo estado de emergência sanitária que estará em vigor até 22 de agosto em Tóquio, por causa do aumento de casos. É a quarta vez que a capital entra em estado de emergência. O terceiro, que afetou também outras nove prefeituras do país, foi mais suave que os anteriores, mas se prolongou por quase dois meses. As emergências anteriores causaram uma contração de 4,8% no PIB japonês em 2020 e de 3,9% no primeiro trimestre deste ano, após uma revisão dos dados iniciais.

Antes de começarem a ser detectados os primeiros contágios pelo coronavírus no seu território, o Japão já tinha entrado em 2020 com uma situação delicada. O impacto do supertufão Hagibis e a elevação de 8% para 10% na alíquota do imposto geral sobre mercadorias tinham deixado a economia à beira da recessão técnica em 2019.

Novo pacote de estímulos

Para tratar de paliar os efeitos econômicos da covid-19, o Governo aprovou ao longo de 2020 gigantescos pacotes de estímulo num valor de 3 trilhões de dólares (quase o dobro do PIB brasileiro). A medida expandiu em 102 trilhões de ienes (4,9 trilhões de reais) a já gigantesca dívida nipônica, a maior dos países industrializados: 1,22 quatrilhão de ienes, ou 58 trilhões de reais, 257% do seu PIB. E, conforme publicou o jornal Nikkei, Suga cogita uma nova rodada de estímulos antes de convocar eleições em setembro, que alguns analistas calculam que será de 20 a 30 trilhões de ienes. Em suas declarações ao anunciar o novo estado de emergência, o primeiro-ministro não descartou aplicar uma nova injeção se julgar necessário.

Espera-se que as últimas restrições ― e a lentidão da campanha de vacinação ― mantenham os indicadores no terreno negativo no período entre abril e junho. Mas, na segunda metade do ano, a recuperação deveria começar, pois o consumo poderá voltar ao ritmo habitual quando a população estiver imunizada. Se tudo correr bem e não houver uma quinta onda que obrigue a novas medidas rigorosas, a OCDE prevê o fechamento de 2021 com uma recuperação de 2,6%; no começo de 2022, seriam alcançados níveis do PIB prévios à pandemia, e nesse ano a economia aumentaria 2%.

“O ambiente externo é, em geral, favorável a Tóquio em 2021, dada a precoce recuperação da economia da China e o superestímulo dos Estados Unidos”, avalia a companhia de seguros de crédito Euler Hermes, acionista do Solunion. A China, segunda maior economia do mundo, é o principal sócio comercial do Japão; Os EUA, a maior, são seu grande aliado político e militar.

Há alguns indícios para um precavido otimismo. Em maio, as exportações dispararam no seu maior ritmo desde 1980, 49,6%. As vendas para a China aumentaram 23,6%; para os EUA, 87,9% Uma pesquisa do Banco do Japão sobre a confiança dos industriais apontava no começo deste mês que as grandes firmas preveem aumentar seu gasto de capital em 9,6% no ano fiscal que acaba em março de 2022 no Japão.

Problemas estruturais continuam

Mas, independentemente da conjuntura pontual, o arquipélago asiático continua sem resolver seus eternos problemas estruturais que o levaram a um crescimento quase plano nas últimas três décadas. Uma população envelhecida ― o sistema de previdência e de saúde pública é um dos fatores que contribuem justamente para a elevada dívida nacional ―, atrasos na digitalização com relação a outros países avançados e a escassa incorporação da mulher ao mundo trabalhista ― onde enfrenta a salários mais baixos que os dos homens ― são algumas das pragas que assolam a terceira maior economia mundial. A falta de eficiência é outra: o Centro de Produtividade do Japão indica que a produtividade nacional por trabalhador caiu 0,3% por ano entre 2015 e 2019, enquanto a produtividade por hora cresceu apenas 0,4% no mesmo período. São, segundo o próprio Governo japonês, as cifras mais baixas entre os países do Grupo dos Sete, os mais desenvolvidos do planeta.

Paradoxalmente, as drásticas mudanças provocadas pela pandemia podem abrir as portas a reformas trabalhistas que antes pareciam impossíveis, como o teletrabalho e a flexibilidade de horário em uma cultura profissional de sólida tradição presencial. Segundo uma pesquisa do governo local de Tóquio em julho de 2019, apenas 25,1% das companhias estabelecidas na capital permitiam o trabalho à distância naquela época; em abril deste ano, já eram 56,6%.

Em sua estratégia de crescimento para os próximos anos, apresentada em junho, o Governo de Suga estabeleceu a descarbonização ― prometeu alcançar a neutralidade de carbono até 2050, para o que dotou um fundo de dois trilhões de ienes para facilitar a inovação ambiental, entre outras medidas ― e a transformação digital. Entre outras propostas, prevê tornar a cadeia de produção do setor automotivo menos propensa a emissões e incentivar o uso da inteligência artificial em atividades como a venda de produtos financeiros e a inspeção de veículos. Contempla deste modo a criação de um novo organismo digital que simplifique as operações dos governos nacional e locais.

Relação com a China deve reforçar segurança econômica

A estratégia de estímulo econômico também prevê que este país, apanhado entre sua intensa relação econômica com a China e seus estreitos laços de segurança com os Estados Unidos, reforce sua segurança econômica ― ante as tensões entre Pequim e Washington ― mediante a melhora de sua cadeia de suprimentos de semicondutores, um dos elos frágeis da sua economia expostos durante a pandemia.

O Japão se propõe a reduzir os riscos de interrupções em suas cadeias para produtos-chaves, de baterias a terras-raras, passando por equipamentos médicos. A estratégia também revela a importância de atrair indústrias de semicondutores ao Japão e de estimular a competitividade deste setor nacional. Conforme indica o documento, a fatia de mercado global dos chips nipônicos caiu para 10% em 2019, quando em 1988 dominava metade das vendas mundiais. Por outro lado, quase dois terços da demanda interna são cobertos com importações.

Mas as mudanças mais drásticas, claramente, terão que esperar. Controlar a pandemia continua sendo a prioridade número um. E, em todo caso, o calendário político terá um papel importante: em setembro, Suga se submete à reeleição como líder do seu partido, o Liberal Democrata (PLD). É preciso que haja eleições gerais antes de 21 de outubro, quando expira o mandato dos deputados na Câmara Baixa. Em meados de 2022, é a vez da Câmara Alta.

“Para Suga, o principal é garantir a sobrevivência em longo prazo da sua Administração. E quando se pensa nas reformas econômicas, as mais necessárias se encontram no lado da oferta: o que fazer com as pequenas e médias empresas que quebram, os créditos com inadimplência, as regiões… Mas são reformas dolorosas para os cidadãos e a sociedade em geral. Assim, dadas as considerações eleitorais, a Administração estará por ora mais centrada no lado da demanda. Para as reformas de grande calado será preciso esperar até o último trimestre de 2022”, calcula Yasuhide Yahima, economista-chefe do laboratório de ideias NLI Research Institute, em videoconferência organizada pelo centro de imprensa estrangeira do Japão.

Até as eleições deste ano, o ritmo da campanha de vacinação já deve estar mais acelerado, e também já estará mais claro qual foi o real dividendo dos Jogos. “Talvez não levem a um benefício financeiro substancial”, observa a analista Chowdhury, “mas, se forem um sucesso, o Japão pode se tornar o pioneiro em organizar um grande evento internacional numa época sem precedentes”.

UM EVENTO MUITO SEGUIDO PELO MERCADO

A Bolsa japonesa continua sendo uma grande desconhecida para a maioria dos investidores em todo o mundo. Desde o começo do ano, a evolução do Nikkei 225, o principal índice mercantil nipônico, tem sido muito irregular. Começou o período com energia, para depois se desinflar pouco a pouco. Desde janeiro, a rentabilidade acumulada é de 5%.

Embora os especialistas acreditem que o impacto dos Jogos na economia japonesa será limitado e que em parte já está descontado pelas cotações, opinam que as ações japonesas poderiam entrar na moda se o evento transcorrer sem complicações sanitárias. “O castigo sofrido pelas ações japonesas parece excessivo dada a boa evolução dos resultados empresariais, que superaram amplamente as expectativas dos analistas. O índice de dividendos disparou 19% desde o final de 2020, inclusive mais que nos Estados Unidos e Europa. Portanto, é um bom momento, por sua recuperação cíclica e valorização atrativa, para aumentar posições na Bolsa japonesa”, defende em um recente relatório Roberto Scholtes Ruiz, responsável por investimento na Espanha do UBS. Já Silvia Dall’Angelo, economista do Federated Hermes, recorda que o efeito positivo de uma Olimpíada para o país anfitrião é menor nos países desenvolvidos que nos emergentes. No caso concreto do Japão neste ano, é provável que o pano de fundo da covid-19 limite ainda mais os já escassos benefícios dos Jogos. As atuais restrições às viagens significam que o turismo receberá um impulso muito limitado pelo evento, enquanto a confiança dos consumidores – que ainda se encontra em níveis historicamente baixos – deve se beneficiar do eventual sucesso dos Jogos Olímpicos tanto quanto de uma maior aceleração na administração da vacina. Diego Elices, diretor-geral de investimentos do A&G, considera que os Jogos podem ter um efeito mais amplo sobre o mercado mundial: “Dependendo de como os fatos se desenrolem, uma percepção de reabertura econômica definitiva ou a sensação de que a pandemia pode se prolongar poderia impactar as Bolsas. O mero fato de acontecerem já é uma boa notícia e pode ser uma injeção de otimismo”.

 

 

 

*Por:  Macarena Vidal Liy / EL PAÍS

JAPÃO - O famoso Monte Fuji, patrimônio mundial do Japão, reabriu hoje (1º) aos alpinistas, depois de ter mantido todas as rotas fechadas desde o verão passado como medida de precaução contra a pandemia de covid-19.

A montanha, com 3.776 metros de altura, situada na ilha de Honshu, a cerca de 100 quilômetros a sudoeste de Tóquio, reabriu uma das quatro principais vias de subida. Serão permitidas escaladas até 10 de setembro, de acordo com as autoridades de Yamanashi, que alertaram os visitantes a ter em conta interrupções dos serviços de transporte devido à pandemia.

O pico mais alto do país e símbolo sagrado dos japoneses é um vulcão ativo que atravessa Yamanashi e Shizuoka e só pode ser escalado durante a época de verão, entre julho e agosto.

Uma segunda rota, que atravessa a província de Shizuoka, deverá abrir em 10 de julho.

Devido à suspensão da época de escalada no ano passado, a montanha ficou sem receber visitantes durante quase dois anos.

Os operadores dos alojamentos da área melhoraram as instalações como medida de prevenção de infecções, e converteram quartos duplos em individuais, reduziram a capacidade para metade, oferecendo desinfetantes e máscaras aos visitantes.

Na estação 8, um total de 21 pessoas permaneceram nas instalações na noite dessa quarta-feira para iniciar a marcha. No entanto, o tempo chuvoso forçou uma descida antecipada, de acordo com o diário japonês Asahi.

Fuji, Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), atraiu cerca de 236 mil alpinistas durante a última época aberta, em 2019, de acordo com dados do Ministério do Ambiente do Japão.

As quatro rotas para o topo do vulcão foram fechadas durante toda a estação em 2020 e, pela primeira desde 1960, como medida de precaução.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3,94 milhões mortes no mundo, resultantes de mais de 181,7 milhões de casos de infecção, segundo balanço da agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

 

Por RTP

SÃO PAULO/SP - Hoje (18) completam-se 113 anos da imigração japonesa para o Brasil. Foi nessa data que o navio Kasato Maru aportou em Santos, trazendo mais de 700 agricultores para as fazendas do interior paulista. Para celebrar o dia, a prefeitura de São Paulo e a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), juntamente com outras organizações, promovem atividades virtuais.

A Bunkyo fará uma transmissão online do Ofício Budista em Memória dos Pioneiros da Imigração Japonesa e também das vítimas da covid-19. O evento começa às 10h, terá duração de 40 minutos, uma versão reduzida, e será bilíngue (japonês/português). A gravação ficará disponível permanentemente no canal do Youtube da instituição.

A prefeitura de São Paulo promoverá o evento “Celebrando o Japão… 2021”. A proposta da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, ligada à Secretaria do Verde e Meio Ambiente, é que as atividades virtuais apresentem exemplos de hábitos e ideias que buscam o equilíbrio sustentável.

A programação terá início às 9h30, com a abertura oficial e, às 10h, o primeiro convidado é o arquiteto Jo Takahashi que falará sobre o tema Conexões. Às 11h, haverá uma sessão de contação de estórias com Lalau Simões e Laura Beatriz, e um dos contos apresentados será Os Japonesinhos. Assim, as lives seguem por todo o dia, com apresentações sobre técnicas construtivas trazidas do Japão, jardim japonês e também gravuras.

A programação pode ser conferida no site da prefeitura de São Paulo.

 

População

Cinquenta anos após a chegada do navio Kasato Maru, o número de japoneses e descendentes no país somava 404.630 pessoas, conforme informações do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil.

De acordo com a Bunkyo, estima-se que há 3,8 milhões de nikkeis (descendentes) no mundo. O Brasil é o país onde há maior número de representantes, com 1,9 milhão.

A expressão nikkei significa descendentes nascidos fora do Japão, japoneses que vivem no exterior ou ainda simpatizantes da cultura japonesa.

 

 

*Por Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil

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