SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou no último dia 27 de fevereiro a cerimônia de conclusão dos Programas de Residência Médica, turma 2022/2023. Os médicos residentes receberam a certificação de conclusão que lhes conferiu o título de Especialistas em Clínica Médica e de Medicina de Família e Comunidade.
Além dos residentes, o evento contou com a participação da Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira; da Pró-Reitora de Extensão, Ducinei Garcia; da Chefe do Setor de Gestão do Ensino do Hospital Universitário (HU), Letícia Pancieri; da Chefe do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar, Aline Guerra Aquilante; e do Coordenador da Comissão de Residência Médica da UFSCar, Guillermo Andrey Ariza Traslaviña; além dos coordenadores dos Programas de Residência em Clínica Médica e Medicina de Família e Comunidade, Silvana Chachá e Willian Luna.
"Estou muito feliz em estar aqui hoje celebrando a conquista de vocês. Ouvir a fala dos docentes sobre os momentos de construção da Residência Médica na UFSCar é muito gratificante. Gostaria de reforçar a importância do Programa de Residência Médica não somente enquanto programa de formação, mas também por contribuir com a consolidação do HU e com a sua excelência", disse a Reitora durante a solenidade.
O Programa de Residência Médica da UFSCar foi planejado para o treinamento em serviço nos três níveis de atenção à saúde, no qual o médico em treinamento adquire vivências e habilidades para cuidar de pacientes clínicos, conquistando independência e responsabilidade de forma progressiva.
Na Clínica Médica, a maior parte das atividades é realizada no HU e alguns estágios ocorrem em serviços parceiros como a Santa Casa de São Carlos. Já a Medicina de Família e Comunidade tem inserção plena na Rede de Atenção Primária à Saúde de São Carlos, nas Unidades de Saúde da Família, além dos estágios especializados em cenários de média e alta complexidade. Sempre sob supervisão qualificada e integral, garantindo o cuidado seguro e eficaz ao paciente, bem como o adequado desenvolvimento técnico e humano, em ambiente pautado por diretrizes éticas e científicas. A duração do curso é de dois anos e foram ofertadas bolsas de residência concedidas pelo Ministério da Educação (MEC).
A especialidade médica é dedicada ao diagnóstico, tratamento e reabilitação de adultos. O médico especialista nessa área atua em um amplo e abrangente espectro de cuidados no processo saúde-doença, sendo reconhecido como especialista em diagnóstico, tratamento de doenças crônicas e em promoção da saúde e prevenção de doenças, não estando limitado a um tipo específico de problema médico ou sistema.
Os processos seletivos para ingresso são anuais por meio do concurso nacional chamado Exame Nacional de Residência (Enare) promovido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Os interessados devem acompanhar as informações no site da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) para conhecimento sobre o cronograma e abertura de edital.
EUA - Um estudo envolvendo quase 35.000 pessoas que passaram por várias cirurgias descobriu que aqueles que usaram cannabis no mês anterior relataram níveis mais altos de dor após os procedimentos.
Elyad Ekrami, da Cleveland Clinic, em Ohio (EUA), e seus colegas analisaram dados de 34.505 adultos que foram operados no centro entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020. Todas as cirurgias duraram mais de uma hora e exigiam que os participantes permanecessem no hospital por pelo menos um dia após a cirurgia.
Dos participantes incluídos no estudo, nenhum dos quais tinha dor crônica, 1683 relataram o uso de cannabis nos 30 dias antes da cirurgia, enquanto o restante não.
Todos avaliaram sua dor 24 horas após a cirurgia em uma escala de 0 a 10, com 0 indicando ausência de dor e 10 indicando a pior dor possível. Em média, as pessoas que relataram o uso de cannabis no mês anterior à cirurgia classificaram sua dor em 5,5 em comparação com uma pontuação de dor de 4,1 para aqueles que não relataram o uso de cannabis nesse período.
Após o ajuste para fatores como idade, tipo de cirurgia, histórico psiquiátrico e uso de outras substâncias, os pesquisadores descobriram que os escores médios de dor ainda diferiam em 0,58 pontos entre os dois grupos. Além disso, o uso médio de opioides para aliviar a dor pós-cirúrgica também foi 7% maior em pessoas que usaram cannabis em comparação com aquelas que não usaram.
Embora essa diferença não tenha sido estatisticamente significativa, a descoberta merece investigação futura, segundo Ekrami, que apresentou as descobertas em 23 de outubro na reunião anual da Sociedade Americana de Anestesiologistas em Nova Orleans, Louisiana. “Todos os médicos querem limitar o uso de opioides em pacientes porque vem com [risco de] efeitos colaterais como complicações respiratórias e dependência”, afirmou ele.
À primeira vista, essas descobertas parecem contradizer pesquisas anteriores que mostram que a cannabis pode reduzir a dor. De acordo com Ekrami, há duas explicações possíveis para isso. A primeira é que algumas pessoas que usam cannabis o fazem para aliviar a dor. Portanto, sua dor aumenta quando eles não podem acessar o medicamento no hospital.
Outra ideia é que, como a cannabis modula a dor ao se ligar a certos receptores canabinóides e opioides no corpo, o uso consistente pode dessensibilizar esses receptores, de modo que os opioides são menos eficazes na redução da dor.
SÃO CARLOS/SP - A partir dessa semana quem procurar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento da cidade (UPAS) da Vila Prado, do Santa Felícia ou do Cidade Aracy vai encontrar com os alunos do último ano do curso de medicina e seus preceptores.
Por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro Universitário de Adamantina – UniFAI e a Santa Casa de São Carlos, 54 alunos acompanham as equipes das UPAS. São 6 alunos por turma, acompanhados por um preceptor. São três turnos, sendo das 7h às 13h; 13h às 19h e das 19h à 1h00.
O preceptor assume vários papéis no processo de formação da residência médica, no entanto, tem a função primordial de educador. Os preceptores mostram o caminho e servem como guia, estimulam o raciocínio e a postura ativa do aluno, além de planejar, controlar o processo de aprendizagem e analisar o desempenho.
Para a diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Hospitalar, Lindiamara Soares, a presença dos alunos nas UPAS é extremamente importante. “O convívio diário com profissionais mais experientes em uma área tão complexa e a proximidade de tantas situações diferenciadas no âmbito da urgência/emergência, proporciona ao profissional uma visão mais ampla, garantindo no presente e no futuro, um atendimento mais completo, mais seguro e muito mais certeiro a população”, avalia a diretora.
“O atendimento digno, resolutivo e de qualidade à população é uma de nossas principais preocupações e, sendo assim, parcerias que venham a agregar neste sentido são sempre bem-vindas. Agradeço ao Centro Universitário de Adamantina – UniFAI e à Santa Casa de São Carlos pela concretização deste acordo que vai proporcionar atividades práticas de ensino aos preceptores e conceder maior experiência aos alunos para a continuidade de suas carreiras”, finaliza Jôra Porfírio, secretária de Saúde.
CANADÁ - Pouco depois que vários países, encabeçados pelos Estados Unidos, anunciaram a liberação de parte das suas reservas estratégicas de petróleo para reduzir a pressão sobre os mercados de energia, o Canadá decidiu abrir mão de outro tipo de reserva estratégica, única no mundo e muito mais doce que o petróleo: xarope de bordo.
A Federação de Produtores de Xarope de Bordo de Quebec (QMSP, na sigla em inglês), no Canadá, anunciou que irá liberar cerca de 22 mil toneladas da sua reserva estratégica global do produto (conhecido como maple syrup, em inglês) para evitar sua escassez no mercado.
A conjunção de aumento da demanda nos últimos dois anos e redução da colheita com relação aos anos anteriores havia gerado temores de possíveis problemas no fornecimento do xarope, elaborado com seiva de bordo e usado como cobertura de panquecas.
Fenômenos incomuns como o degelo precoce e as altas temperaturas verificadas em abril no Canadá contribuíram para que, este ano, a produção fosse de 60 mil toneladas — bem abaixo das 79 mil toneladas produzidas em 2020.
A QMSP explicou que os processadores e engarrafadores do produto perceberam que a colheita de 2021 foi inferior e aumentaram seus pedidos para garantir o abastecimento, o que levou à decisão de recorrer à reserva estratégica para evitar perturbações no mercado.
Equilíbrio de mercado
A região de Quebec é responsável por 72% da produção mundial de xarope de bordo. O restante é produzido nos EUA.
A reserva estratégica foi estabelecida no ano 2000 como mecanismo para combater as flutuações da produção e demanda do adoçante.
Nos anos em que ocorre excesso de produção, o excedente é guardado em barris vedados e esterilizados, que são armazenados na localidade de Laurierville, no Canadá, em um centro do tamanho de cerca de cinco campos de futebol. E, quando a demanda é maior que a produção, como ocorreu neste ano, parte do xarope é retirada da reserva para abastecer o mercado.
Atualmente, a reserva estratégica é de cerca de 44 mil toneladas de xarope, mas a liberação anunciada reduzirá esse volume à metade.
A produção de xarope de bordo é um negócio importante para todo o Canadá, particularmente para a província de Quebec. A QMSP reúne mais de 11 mil produtores daquela região.
Segundo a rede de TV a cabo Bloomberg, a organização estabelece limites de produção, fixa o preço de venda no atacado e encaminha o produto excedente para a reserva estratégica. Com isso, ela mantém um controle de mercado similar ao exercido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no campo do petróleo bruto.
Um litro de xarope de bordo canadense vale cerca de US$ 9 (cerca de R$ 51), segundo os dados da empresa alemã Statista, o que equivale a cerca de 20 vezes o preço atual do petróleo.
Um grupo de médicos holandeses descobriram acidentalmente um novo órgão enquanto tratavam um paciente com câncer.
SÃO CARLOS/SP - A nova descoberta trata-se de um par de glândulas nunca referidas anteriormente, localizado atrás do nariz e acima do palato, perto do centro da cabeça humana. Até ao momento, era comumente sabido que os humanos possuíam três pares de glândulas salivares mas nenhuma localizada naquele local. Como o local onde se encontram é anatomicamente pouco acessível, esse fator pode ter sido crucial para que estás glândulas tivessem passado despercebidas.
O neurocientista Fabiano de Abreu reagiu à nova descoberta e aí fato de existir ainda muito para desvendar.
"Isso prova o quanto a neurociência é importante e como ela é a chave para resolver muitas doenças assim como entender o funcionamento do nosso sistema nervoso. O avanço da tecnologia nos ajuda a desvendar o que antes era inacessível." , refere Abreu.
Segundo o cientista, cada pequeno progresso significa um avanço significativo para os pacientes.
"Esta descoberta é um grande avanço já que pode amenizar o efeito da radioterapia em pacientes com tumores na cabeça e pescoço. Os tratamentos nestes doentes costumam causar complicações às glândulas salivares. Evitar com que essa região seja alvo da radiação ameniza os efeitos colaterais.", analisa o neurocientista.
Fabiano de Abreu é doutor em neurociências e psicologia membro da FENS - Federation of European Neuroscience Societies. Autor da teoria da psicoconstrução aprovada pelo Instituto Gaio de Psicanálise membro da Unesco e pela Université Libre des Sciences de L 'homme de Paris.
De acordo com a gastroenterologista Amanda Morêto Longo, os principais sintomas são perda do apeptite, diarreia e alterações no funcionamento do fígado
ARARAQUARA/SP - A epidemia do novo Coronavírus tem se alastrado pelo país nos últimos meses e já é de conhecimento geral que entre os sinais clínicos mais comuns estão os problemas respiratórios semelhantes aos de um resfriado, como tosse, febre, coriza e dor de garganta, podendo evoluir para uma pneumonia e consequentemente falta de ar. Recentemente, médicos e pesquisadores perceberam ainda que a doença tem afetado o trato gastrointestinal.
Segundo a gastroenterologista Dra. Amanda Morêto Longo, os principais sintomas se apresentam no intestino e o paciente pode enfrentar redução do apetite, diarreia, náuseas e vômitos. Em alguns quadros, o vírus ainda pode causar adenite mesentérica (inflamação dos gânglios linfáticos do mesentério, ligados ao intestino), que resulta em intensa dor abdominal. “Essas dores podem ser facilmente confundidas com casos de apendicite aguda”.
O coronavírus também pode afetar o funcionamento do fígado, levando a alterações dos exames hepáticos. Esse achado tem se mostrado mais presente em pacientes com maior gravidade pulmonar, mas de acordo com a gastroenterologista, o quadro tende a normalizar depois que o paciente sai da fase aguda da doença e a infecção é curada.
Dra. Amanda explica que uma das maiores queixas a respeito da diarreia é que, apesar de não ser um agravante dos sintomas respiratórios da Covid-19, ela pode perdurar por alguns dias a semanas após a resolução da doença e, o paciente vai ao banheiro várias vezes ao dia, interferindo ainda mais na qualidade de vida.
“Não existe uma pesquisa que aponte se essas manifestações, como a diarreia, podem causar sequelas no trato gastrointestinal, mas até o momento são apenas efeitos causados pelo vírus e que podem ser controlados com o devido diagnóstico”, disse.
Como os sintomas gastrointestinais são comumente associados às conhecidas viroses, há poucos meses ninguém desconfiava que essas queixas poderiam se tratar de um efeito colateral do novo Coronavírus. Hoje, à luz do conhecimento que temos das manifestações intestinais dessa infecção, o paciente pode apresentar um agravamento do estado geral, quando a diarreia ocasiona desidratação ou perda de eletrólitos no sangue. “Nesses casos é recomendável procurar um atendimento médico, para que sejam tomadas as condutas adequadas, individualizadas para cada caso”.
Quem é Dra. Amanda Morêto Longo?
Formada em 2012 pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), Amanda Morêto Longo fez residência de clínica médica pelo Hospital da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e, na sequência, de Gastroenterologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Possui fellowship na Unidade de Gastroenterologia do Hospital Clinic de Barcelona, na Espanha. É especialista titulada pela Federação Brasileira de Gastroenterologia e também é doutoranda em Hepatologia pela Faculdade de Medicina da USP.
Atualmente, faz parte do corpo clínico da GastroVita Araraquara, é médica assistente do Hospital Estadual de Américo Brasiliense e professora da disciplina e do internato de Gastroenterologia, do curso de medicina, da Universidade de Araraquara (Uniara).
Hospital conta com 44 leitos de internação clínica e 10 de UTI exclusivos para casos do novo Coronavírus
SÃO CARLOS/SP - No início deste mês de maio, o Hospital Universitário "Prof. Dr. Horácio Carlos Paneppucci" (HU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebeu 54 novos profissionais da Saúde, contratados por meio de processo seletivo emergencial, para atuação durante a pandemia do novo Coronavírus. Os funcionários estão passando por atividades de integração e capacitação em temas que priorizam a assistência a pacientes da Covid-19.
O processo seletivo foi realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e os novos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas atuarão na assistência a pacientes suspeitos ou confirmados para Covid-19 que precisarem de cuidados em regime de internação, tanto em leitos clínicos como na terapia intensiva. Atualmente, o HU possui 44 leitos de internação clínica e 10 leitos de UTI exclusivos para a doença.
De acordo com Valéria Gabassa, Gerente de Atenção à Saúde do Hospital, foram previstas capacitações em vários temas, com atividades teóricas e práticas, e que fazem parte do planejamento de implantação da UTI. "As equipes estão recebendo capacitação também relacionada à Covid-19, especialmente para cuidados aos pacientes críticos, que precisarão de internação em leitos de UTI", explica Gabassa. De acordo com ela, essas capacitações são fundamentais para uma assistência segura, oportuna e eficaz; propiciam a padronização das condutas básicas no manejo clínico; e visam a resultados que levem à cura dos pacientes que testaram positivo para o novo Coronavírus.
Integração
Além das capacitações, os novos profissionais são integrados à Instituição em encontros que apresentam a história e o planejamento do Hospital para o enfrentamento da Covid-19. Eles também receberam orientações sobre controle de infecção, segurança do paciente, modelo de atenção à saúde e assistiram a um vídeo de boas-vindas das equipes gestora, assistencial e administrativa, que pode ser acessado no canal do HU no Youtube (https://bit.ly/2ymsSxK).
Seleção emergencial
O processo seletivo emergencial pode convocar até 6 mil profissionais para atuarem em 28 hospitais da Rede Ebserh e tem como objetivo a contração de profissionais para trabalho temporário durante a pandemia do novo Coronavírus. Com a formação de cadastro reserva, novas convocações ocorrerão de acordo com a necessidade do Hospital. O processo seletivo emergencial não impactará no concurso público em andamento, que continua seguindo seus trâmites normais.
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.