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ESPANHA - Cerca de 250 bombeiros lutavam, na quarta-feira (16), para conter um incêndio que está "fora de controle" na ilha espanhola de Tenerife, no arquipélago das Canárias, informaram as autoridades locais, que tiveram que evacuar os moradores de cinco localidades.

O fogo começou na terça-feira e se espalhou pelo nordeste da ilha, situada perto da costa noroeste da África.

"O incêndio está fora de controle, a situação não é boa", admitiu Fernando Clavijo, presidente do governo regional das Ilhas Canárias, durante coletiva de imprensa.

"Nosso objetivo é evitar que ele continue se espalhando. Foi um dia difícil", acrescentou.

De acordo com as autoridades, cerca de 250 bombeiros combatem as chamas com o apoio de 13 helicópteros e aeronaves, três dos quais foram enviados da Península Ibérica.

O incêndio já consumiu cerca de 1.800 hectares e forçou as autoridades a evacuar os moradores das cidades de Arrate, Chivisaya, Media Montana, Ajafona e Las Lagunetas, além de interromper o tráfego em várias estradas.

"Pedimos à população que respeite todos esses bloqueios", afirmou o presidente regional.

A Espanha enfrentou na semana passada sua terceira onda de calor neste verão do hemisfério norte. Mais de 70.000 hectares já foram consumidos pelo fogo em 2023 no país.

Em 2022, mais de 300.000 hectares foram queimados por mais de 500 incêndios na Espanha, um recorde na Europa, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis).

 

 

AFP

SÃO PAULO/SP - Pesquisadores flagraram durante trabalhos de avistamento uma cena inusitada envolvendo baleias jubarte no Litoral Norte de São Paulo: uma mãe erguendo seu filhote e o apoiando na cabeça para levá-lo à superfície da água.

Autor das imagens que registraram o momento, o especialista em baleias e golfinhos Júlio Cardoso viu a cena de perto no início desta semana, entre Ilhabela e São Sebastião.

Os registros mostram as costas do filhote sobre a superfície do mar e sobre uma jubarte adulta, de cerca de 15 metros de comprimento. A mãe o apoia para subir na superfície, mas fica praticamente submersa.

De acordo com o pesquisador, o filhote tem cerca de quatro metros e no máximo duas semanas de vida. Justamente por seu um recém-nascido, recebe o apoio da mãe para conseguir saltar e subir a superfície.

“Era um filhote muito pequeno, um bebê ainda, com dias de vida. Isso faz parte do comportamento das mães que, quando os filhos ainda não muito novos, os levantam sobre o corpo para ajuda-los a respirar na superfície. É como se a mãe pegasse um bebê no colo”, explica.

Cardoso afirma que a prática é considerada comum, até que os mais novos aprendam a subir sozinhos. “Temos visto muitas mães com filhotes novinhos nessa temporada porque eles não podem nadar tão profundo e precisam dessa ajuda na superfície”, diz.

Essa presença constante, inclusive, tem sido a principal característica dessa temporada das baleias jubarte no litoral paulista, que acontece entre junho e agosto de todos os anos.

Segundo o pesquisador, o número de avistamento de filhotes tem sido maior do que a média, assim como a presença também de animais jovens.

“É a creche de um lado, com os filhotes aprendendo a saltar e bater as nadadeiras, e uma balada do outro. Temos visto muitos grupos reprodutivos também, com machos disputando as fêmeas”, diz.

 

 

Por g1

ALEMANHA - Os pesquisadores da Agência Espacial Europeia compartilharam a descoberta de uma erupção solar que ocorreu no final de outubro de 2021 e que foi observada tanto na Terra quanto em Marte. O aspecto mais surpreendente é que, durante esse evento, a Terra e Marte estavam em posições opostas em relação ao Sol, com uma distância de 241 milhões de quilômetros entre eles.

Erupções solares como essa liberam partículas de energia no espaço, o que pode representar perigos não apenas para seres humanos, mas também para dispositivos eletrônicos. Além de representar riscos potenciais para as pessoas na Terra, que estão protegidas pelo campo eletromagnético do nosso planeta, essas erupções são particularmente arriscadas para seres humanos no espaço.

A imprevisibilidade das erupções solares é considerada um desafio para futuras missões espaciais, especialmente aquelas de longa duração.

"Radiação espacial pode representar um risco real para a nossa exploração do Sistema Solar", declarou um dos pesquisadores em um comunicado. "A detecção de eventos com alta radiação por meio de missões robóticas é crucial para preparar-se para missões tripuladas de longa duração".

 

 

por Notícias ao Minuto

PEQUIM - As chuvas que afetaram Pequim nos últimos dias, com inundações letais, foram as mais intensas em 140 anos, desde o início dos registros das tempestades na China, onde as operações de resgate foram intensificadas nesta quarta-feira.

As chuvas torrenciais, que registraram queda considerável nesta quarta-feira, começaram a cair sobre a região de Pequim no sábado. Em apenas 40 horas, a cidade acumulou o índice pluviométrico esperado para todo o mês de julho.

"O índice máximo de chuvas registrado por uma estação da cidade durante esta tempestade foi de 744,8 milímetros, o mais intenso em 140 anos", afirmou o Serviço Meteorológico de Pequim.

O recorde anterior era de 609 milímetros em 1891, de acordo com o organismo.

A tempestade Doksuri, que chegou a ser classificada como um supertufão, atingiu o território chinês do sul para o norte, depois de provocar muitos estragos nas Filipinas na semana passada.

Na terça-feira, o canal estatal CCTV anunciou que as tempestades provocaram pelo menos 11 mortos e deixaram 13 desaparecidos em Pequim.

Na província vizinha de Hebei, onde quase 800.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, nove pessoas morreram e seis estavam desaparecidas.

No distrito de Fangshan, em Pequim, perto do limite com Hebei, correspondentes da AFP observaram um parque completamente inundado. Toneladas de resíduos, arrastados pela água, estavam acumuladas perto de uma ponte.

 

- Limpeza e resgate -

A situação é crítica em Zhuozhou, município de Hebei, com grandes áreas inundadas. O canal estatal CCTV exibiu imagens ao vivo dos resgates de moradores bloqueados.

As inundações provocaram a interrupção do fornecimento de água e energia elétrica em vários pontos de Zhuozhou.

A imprensa estatal alertou na semana passada que 130 milhões de habitantes seriam afetados pelas chuvas extremas no norte do país.

De acordo com um balanço atualizado, quase 127.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em Pequim (com 22 milhões de habitantes) e 847.000 em Hebei (74 milhões de habitantes).

Apesar da situação difícil, as autoridades da capital chinesa suspenderam o alerta vermelho para inundações nesta quarta-feira, depois que o "fluxo na maioria dos rios voltou a ficar abaixo do sinal de alarme", informou a agência estatal de notícias Xinhua.

A atenção se volta agora para a operação de resgate: centenas de socorristas da Cruz Vermelha foram enviados às áreas mais afetadas para limpar as áreas afetadas e ajudar as vítimas, segundo a Xinhua.

O presidente Xi Jinping pediu na terça-feira "todos os esforços possíveis" para evitar mais mortes e resgatar as pessoas desaparecidas ou bloqueadas.

Durante uma visita ao distrito de Mentougou, um dos mais afetados na capital, o vice-primeiro-ministro Zhang Guoqing disse que "a prioridade é salvar vidas, lutar contra o tempo para encontrar os desaparecidos ou bloqueados".

A China vive um ano de fenômenos meteorológicos extremos, com tempestades e recordes de temperatura no verão (hemisfério norte). Os cientistas afirmam que a mudança climática aumenta a frequência e intensidade dos eventos.

O país está em alerta para a chegada de um tufão, o sexto do ano, que se aproxima do território chinês pela costa leste.

 

 

AFP

Aulas começam em agosto

 

SÃO CARLOS/SP - Questões relacionadas ao meio ambiente, como preservação, sustentabilidade, combate à poluição, gestão adequada de resíduos sólidos, dentre outros, têm ganhado, cada vez mais, importância em diferentes setores da sociedade. Com o aumento dessa preocupação, a necessidade de profissionais especializados para atuarem na multidisciplinariedade que envolve a área tornou-se evidente. Para suprir essa carência que se intensificou nos últimos anos, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com matrículas abertas para a turma de 2023 do curso de pós-graduação em Aperfeiçoamento em Certificação e Licenciamento Ambiental.
Ofertado pelo Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da UFSCar, a capacitação aborda de forma aprofundada e prática diversos temas, como conceitos de meio ambiente e sustentabilidade, além de temáticas relacionadas ao direito e à legislação ambiental brasileira, desde a sua evolução histórica, passando por princípios fundamentais e políticas públicas, até responsabilidades e resolução de conflitos. Os módulos também tratam de procedimentos de licenciamento, como avaliar e produzir relatórios de impactos, assim como a gestão integrada de resíduos sólidos e métodos para implementar gerenciamento com ênfase na valorização, reutilização, reciclagem e recuperação energética e de biomassa.
Sistemas de certificação, a série de normas ISSO, auditorias, o papel da sociedade no monitoramento de sistemas, a gestão ambiental empresarial integrada à economia circular e o ecodesign estão dentre os conteúdos presentes na pós-graduação. Temáticas como o tratamento de rejeitos, poluição, o mercado de carbono, o reuso das águas e o efeito estufa também são abordados ao longo da capacitação, dentre outras. Os profissionais formados no curso estarão aptos a conduzir processos de certificação e licenciamento ambiental de empreendimentos de diferentes portes, além de compreender a aplicação dos instrumentos de gestão de resíduos associados.
Podem participar aqueles que já atuam na área ambiental, que trabalham em indústrias, empresas de engenharia e consultoria, escritórios de advocacia, órgãos de saneamento, meio ambiente, agências reguladoras, instituições de ensino e pesquisa, ou prefeituras, assim como qualquer pessoa com nível Superior de outras áreas com interesse em aprimorar seus conhecimentos. As aulas serão ministradas aos sábados, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, em formato online, com total interação entre os professores e os estudantes. A carga horária total do curso é de 192 horas, distribuídas ao longo de um ano, com início previsto para 19 de agosto de 2023. Os interessados podem se inscrever pelo site www.licenciamentoambiental.ufscar.br. Na página também há mais informações sobre o corpo docente, o calendário previsto e os investimentos. Dúvidas podem ser esclarecidas através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

PARIS - Todos os anos, os incêndios florestais na Europa são mais violentos e se estendem por um período mais longo, como na ilha grega de Rodes, onde desencadearam uma operação de evacuação de turistas sem precedentes.

Em 2018, 117.356 hectares, mais de dez vezes a área de Paris, viraram fumaça na União Europeia. Em 2019 foram 295.835, em 2020 chegaram a 339.824 e em 2021 subiram para 470.359.

No ano passado, em 2022, mais de 785 mil hectares foram destruídos, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis) e do programa europeu de mudanças climáticas Copernicus.

O ano de 2017, no entanto, continua sendo o mais devastador na UE desde a criação do Effis (no ano 2000), com 988.087 hectares de vegetação destruídos. Estes são os maiores incêndios recentes:

 

- 2023: Incêndios na região de Estremadura, Espanha -

No final de maio, quando o verão ainda não havia chegado, uma área de quase 12 mil hectares (mais que a de Barcelona) já estava reduzida a cinzas na região da Estremadura, no oeste da Espanha.

Além da acentuada falta de chuvas, a temperatura atingiu um recorde absoluto para o mês de abril na Espanha continental (38,8 ºC).

 

- 2022, pinheiros queimados em Gironde (França) -

Grandes incêndios devoraram 30 mil hectares de florestas em La Teste-de-Buch e na região de Landiras e Hostens, no sudoeste da França, no verão. No total, houve cerca de 600 incêndios e 48.000 pessoas tiveram que ser retiradas.

A Espanha foi afetada no ano por quase 500 incêndios e mais de 300.000 hectares queimados (mais do que a área do Luxemburgo), segundo o Effis.

 

- 2021, incêndios na Grécia e Itália -

No início de agosto, a Grécia registrou temperaturas escaldantes. Em duas semanas, mais de 46.000 hectares de florestas viraram fumaça na ilha de Evia, 80 quilômetros a leste de Atenas.

Juntamente com os incêndios no Peloponeso e nos arredores da capital, um total de mais de 100.000 hectares queimou durante um verão. Centenas de casas, florestas de pinheiros e olivais foram queimados, assim como centenas de animais.

Paralelamente, uma onda de calor causada pelo anticiclone "Lúcifer" afetou toda a Itália. Na Calábria e na Sicília houve centenas de incêndios. Mais de 150.000 hectares foram destruídos na península ao longo do ano.

 

- 2017, ano sombrio em Portugal -

No dia 17 de junho, em meio a uma intensa onda de calor, ocorreu um gigantesco incêndio florestal em Pedrógão Grande, na região de Leiria, no centro de Portugal. As chamas, alimentadas por ventos muito fortes, arrasaram cerca de 24.000 hectares de serras de pinheiros e eucaliptos durante cinco dias.

Foi o incêndio mais mortal da história de Portugal, com 63 mortos, a maioria pessoas que ficaram presas em seus veículos quando tentaram fugir.

Após uma nova onda de incêndios em meados de outubro, o número de mortos em incêndios florestais subiu para um total de 117 naquele ano.

 

- 2010, incêndios em Moscou -

Em julho e agosto, mais de um milhão de hectares foram devastados por incêndios na região de Ryazan (200 km a sudeste de Moscou), na própria Moscou e em Nizhny Novgorod, além da república da Mordóvia.

A capital russa estava coberta de fumaça. No total, cerca de 60 pessoas morreram e quase 200 cidades foram destruídas.

 

 

AFP

VIETNÃ - Aproximadamente 250.000 pessoas foram evacuadas, na segunda-feira (17), no sul da China e no Vietnã, onde diversos voos foram cancelados, devido à chegada de um ciclone, de acordo com as autoridades locais.

A administração meteorológica chinesa afirmou que o ciclone Talim tocou o solo no litoral da província de Guangdong às 22h20 locais (10h20 no horário de Brasília), com ventos de até 136,8 km/h. 

Segundo essa mesma agência, chuvas torrenciais atingiram o litoral de Guangdong até Hainan nesta segunda à noite.

Foi emitido um alerta laranja, o segundo mais alto em uma escala de quatro.

A tempestade deveria perder força na manhã de terça-feira e "se enfraquecer e se dissipar no norte do Vietnã" na quarta-feira.

Aproximadamente 230.000 pessoas foram retiradas em Guangdong antes da chegada do Talim, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua.

As transações financeiras na Bolsa de Hong Kong, um dos centros financeiros mais importantes do mundo, foram suspensas.

A maioria dos ônibus não circulava pela cidade a partir da tarde e mais de 1.000 passageiros foram afetados pelos cancelamentos e atrasos nos voos, segundo a autoridade aeroportuária de Hong Kong.

Os dois aeroportos da ilha de Hainan cancelaram todos os seus voos.

Pediu-se aos navios que rodeavam a ilha que retornassem rapidamente ao porto, já que se esperam ondas de até 6 metros de altura nas próximas horas.

Centenas de trens em Guangdong e Hainan foram cancelados, de acordo com o China Daily, que citou operadores locais.

No Vietnã, as autoridades se preparavam para retirar 30.000 pessoas das províncias de Quang Ninh e Hai Phong, que seriam as mais afetadas a partir de segunda à tarde.

O ciclone "poderia ser um dos mais importantes no golfo de Tonkin nos últimos anos", segundo o órgão vietnamita encarregado das catástrofes. 

Segundo os cientistas, espera-se que os ciclones se tornem cada vez mais fortes devido ao aquecimento global.

 

 

por AFP

BIG ISLAND - Os mistérios de Big Island, a maior ilha do Havaí, começam logo na descida do avião. Da janelinha, avistamos a pista de aterrissagem cercada por rochas vulcânicas gigantes. E já em terra firme, desembarcamos no charmoso aeroporto da cidade de Kona, praticamente construído ao ar livre.

A ilha no Pacífico parece mesmo um mundo à parte. A quase 4 mil quilômetros da Califórnia, o voo de Los Angeles leva cinco horas. Aqui, pouco se escuta "thank you" ou "hello". É "mahalo" e "aloha". Os locais também veneram Pele e isso não tem nada a ver com futebol. Pele é a deusa dos vulcões e está, neste exato momento, em plena atividade.

Uma erupção no cume do Kilauea começou antes do nascer do sol numa quarta-feira de junho, no dia 3, após pequenos terremotos abaixo do vulcão. Um lago de mais de 120 hectares de lava derretida foi formado, e jatos jorravam a centenas de metros de distância.

Mas ninguém saiu às pressas da ilha, muito pelo contrário. Milhares de pessoas foram correndo para ver a erupção no Parque Nacional dos Vulcões, uma das atrações mais populares do Havaí. E, segundo funcionários do parque, não tem problema nenhum.

O parque tem espaços com vistas espetaculares para o fenômeno, mesmo com o lago de lava formado numa área de acesso proibido aos turistas.

"É seguro ver a erupção dos pontos de parada ao longo da trilha Crater Rim", diz Jessica Ferracane, assessora do parque. "Toda a lava está confinada a uma cratera apenas. Só pedimos aos visitantes para ficar fora das áreas fechadas. Gases vulcânicos, penhascos, rachaduras na terra são alguns dos perigos associados aos vulcões."

Aberto 24 horas, o parque sugere visitas depois das 21h e antes das 5h para evitar as multidões e estacionamentos lotados.

Ninguém sabe ao certo quanto tempo irá durar o espetáculo. A última erupção semelhante durou de janeiro a março deste ano. "Mas também tivemos um lago de lava entre 2008 e 2018", disse Ferracane. "Não saber a duração faz parte da maravilha e do mistério de se viver em um dos vulcões mais ativos do planeta."

Mesmo sem erupção à vista, vale muito a pena visitar o parque. Afinal, quem não quer atravessar um lago de lava solidificado no fundo de uma cratera, a Kilauea Iki? A cratera é uma depressão de 120 metros que também faz parte do vulcão Kilauea, o mesmo que cospe lava no momento, mas através de outra cratera, a Halmemaʻumaʻu.

Ferracane diz que "há muito pouco risco" na trilha de Kilauea Iki ("iki" é pequeno em havaiano), já que os vulcões do Havaí são os mais monitorados e estudados do mundo.

Para descer até sua lava solidificada, resultado de uma erupção em 1959, é preciso atravessar uma floresta tropical exuberante, repleta de samambaias e passarinhos, como os nativos de plumagem vermelha iiwi e apapane. Já na base da depressão, onde fica o lago solidificado, flores vermelhas chamadas ohia, endêmicas da ilha, praticamente brilham no cenário árido de rochas pretas vulcânicas.

Esse clima desértico acompanha toda viagem pela Big Island, com estradas cortando campos de rochas vulcânicas e montanhas manchadas por rios de lavas solidificadas. Composta por cinco vulcões, a Big Island se formou justamente com suas erupções ao longo de milhões de anos. E, a cada nova grande erupção, a ilha ganha mais território.

A combinação de altas montanhas com esse solo especial deu origem a um tipo de café que só pode ser cultivado aqui, o café Kona, em pequenas fazendas nas encostas dos vulcões Hualalai e Mauna Loa.

O preço é exorbitante, mas muitas fazendas oferecem tour com degustação ao final. A Mountain Thunder Coffee Plantation, a 15 quilômetros do aeroporto, oferece passeio gratuito para explicar a magia do café Kona. Para comprar o autêntico, preste atenção nas embalagens: se não disser "100% kona coffee", é mistura de outras variedades.

Para curtir as praias de Big Island, não tem como errar. Há praias de areia preta, branca e até verde. Há praias para a família, com diversos serviços, como aluguel de pranchas e banheiro, praias para surfistas e também aquelas mais difíceis de chegar. Em quase todas, dá para fazer um bom snorkel, ver muitos peixinhos e, com sorte, tartarugas.

Dizem que o melhor snorkel de todos está na baía de Kealakekua, onde só se chega de barco ou por uma trilha de 40 minutos (a descida é fácil, mas a subida é pesada).

Além da vida marinha excepcional, a baía guarda uma boa história de Big Island. Foi aqui que o famoso explorador britânico James Cook, primeiro europeu a estabelecer contato com as ilhas havaianas, foi assassinado em 1779, em sua terceira viagem pelo Pacífico. Após ter um de seus barcos roubados, Cook tentou em vão sequestrar o rei havaiano para ter a embarcação de volta, mas o erro acabou custando sua vida.

Um monumento a Cook foi levantado na baía, da onde os visitantes saem para entrar na água. Quem for caminhando, é bom chegar bem cedo ou no fim de tarde para evitar o "congestionamento" de barcos que poluem a vista no final das manhãs.

Outra aventura aquática e um clássico de Big Island é "nadar com as raias mantas" num mergulho noturno, com uma das diversas empresas autorizadas (cerca de R$ 700). Conhecidas também como arraias-jamanta, elas podem chegar a mais de quatro metros, embora não possuam ferrão como as temidas arraias.

As mantas se alimentam de plâncton, que é atraído pelas luzes dos barcos que levam os turistas. A viagem até uma das baías das mantas leva uma hora e acontece bem no pôr do sol. Se entrar à noite nas águas do meio do Pacífico não assustar, a experiência pode ficar ainda mais surreal.

As mantas se aproximam lentamente no fundo do mar, como criaturas alienígenas que parecem voar. Ao subir à superfície, a surpresa tira o fôlego dos desavisados: curiosas, elas podem chegar bem perto do visitante de snorkel, raspando levemente na nossa roupa de neoprene. Porém, como as lavas incandescentes do Kilauea, é proibido tocá-las, preservando assim mais um dos mistérios da Big Island.

 

 

por FERNANDA EZABELLA / FOLHA de S.PAULO

VENEZUELA - Uma operação militar realizada pelo governo da Venezuela busca expulsar mais de 10.000 garimpeiros ilegais da Amazônia, afirmou o presidente Nicolás Maduro nesta terça-feira (4), reconhecendo que essa atividade tem "destruído" ecossistemas vitais do país.

"Estamos desalojando mais de 10.000 ilegais com a presença física em território da nossa Força Armada Nacional Bolivariana" (FANB), indicou o mandatário durante uma cerimônia de promoção de oficiais em Caracas.

O avanço da mineração ilegal "tem destruído a Amazônia da América do Sul (...) e da Venezuela", enfatizou Maduro, referindo-se aos desdobramentos militares para "libertar" a Amazônia e os parques nacionais da Venezuela.

Durante o fim de semana, "1.281 pessoas" foram desalojadas de forma "voluntária", informou na segunda-feira o general Domingo Hernández Lárez, à frente das operações.

A FANB está executando a "Operação Autana 2023" em Yapacana, o maior parque nacional do país, com 320.000 hectares, onde foi ativado um "canal humanitário" para evacuar garimpeiros e suas famílias.

Na região, localizada no sul da Venezuela, há presença de garimpeiros locais e de outros países, como Colômbia, Brasil e Equador, alguns deles detidos em diferentes operações.

Imagens compartilhadas por autoridades militares mostram os danos, em alguns casos irreversíveis, em áreas florestais e rios, praticamente devastados pela mineração ilegal.

Moradores da Amazônia entrevistados pela AFP semanas atrás denunciaram o avanço da mineração ilegal em seus territórios, assim como a crescente presença de indígenas nas minas, o que marca uma mudança dramática em seus hábitos ancestrais.

Além disso, proliferam doenças como o câncer devido à ingestão de peixes que vivem em rios contaminados pelo mercúrio utilizado na extração de ouro.

A ONG SOS Orinoco denunciou que 2.227 hectares em Yapacana (cerca de 3.200 campos de futebol) foram devastados pela mineração ilegal em 2020, de acordo com um relatório acompanhado por imagens de satélite.

 

 

AFP

Em audiências e reuniões, integrantes são ouvidos pelo Poder Público local

 

SÃO CARLOS/SP - No segundo semestre de 2022, o Centro de Estudos em Democracia Ambiental (Ceda) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conduziu a criação do Fórum de Cidadãos Participantes de São Carlos, com o objetivo de fazer a população atuar diretamente nos rumos da política ambiental da cidade.
A intenção era fazer com que os integrantes do Fórum "dialogassem sobre suas percepções ambientais e sobre seus enfrentamentos quanto às demandas relacionadas aos assuntos ambientais da cidade, enquanto agentes que podem contribuir para a formulação do planejamento de políticas públicas ambientais e na solução dos problemas ambientais municipais", explica o professor do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar Celso Maran de Oliveira, coordenador do Ceda.
Prestes a completar um ano, o Fórum de Cidadãos Participantes conta atualmente com 80 membros e a parceria da Promotoria de Justiça de São Carlos. Para enriquecer o diálogo e a proposição de iniciativas ao Poder Público, os integrantes são capacitados por meio de cursos gratuitos sobre seus direitos de como ser um agente transformador das ações ambientais, com base nos fundamentos da Democracia Ambiental, que inclui o acesso à Justiça Ambiental, à Informação Ambiental e à Democracia Participativa.
Além da capacitação, o Fórum já começou a trabalhar com a participação dos integrantes em duas audiências públicas e em duas reuniões de interlocução com o Ministério Público (MP) para a apresentação de demandas referentes ao descarte irregular de resíduos sólidos. A primeira audiência pública foi realizada no bairro Cidade Aracy e a segunda no São Carlos 8, onde, além de ouvir os participantes, o MP também respondeu de modo assertivo às reivindicações e propostas dos cidadãos no sentido de buscar as soluções aos problemas encontrados. "Assim, estabelecemos uma dinâmica dialógica entre o Poder Público e a população, por meio da qual todos são ouvidos e recebem retorno às suas demandas", destaca Maran.
Juntando esforços, a Diretoria de Ensino de São Carlos também tem mobilizado professores e estudantes da rede pública em ações de educação ambiental e estimulando a participação nas ações do Fórum. "Assim, hoje, além do número surpreendente de participantes, temos trocas de conhecimentos de muita qualidade", afirma o professor da UFSCar.
Dalva Aparecida Peixoto de Oliveira Berti, uma das integrantes do Fórum, conta que sempre se preocupou com os espaços públicos do bairro onde mora, com o cuidado dos terrenos baldios e com a preservação do meio ambiente na cidade como um todo. "Me sensibilizo muito com essas questões ambientais e a participação no Fórum garante o exercício do poder de cidadania, contribuindo para as decisões que são tomadas pelos governos, no sentido de garantir mais qualidade de vida para todas as pessoas", afirma.
O próximo ciclo de debates e audiências do Fórum tratará da questão da água na cidade. Para conhecer o grupo de pesquisa Ceda/UFSCar, acesse o site www.ceda.ufscar.br. Dúvidas sobre o Fórum podem ser enviadas para o e-mail do professor Celso Maran de Oliveira (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).

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