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BUENOS AIRES - Os preços da carne bovina estão em disparada em todo o mundo, tirando a proteína dos cardápios de Buenos Aires cidade conhecida por seu amor ao bife – e prejudicando os churrascos de verão nos Estados Unidos, em meio a um aumento das importações pela China e à alta nos custos da ração animal.

Globalmente, o salto nas cotações está contribuindo para que os preços dos alimentos atinjam o maior nível desde 2014, segundo a agência das Nações Unidas para o setor. O movimento afeta especialmente os consumidores mais pobres, que lutam para se recuperar das paralisações econômicas causadas pela pandemia de Covid-19.

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A alta nos preços da carne bovina tem sido desencadeada pelo aumento na demanda chinesa, pela oferta limitada de gado em alguns países, por uma escassez de mão-de-obra nos frigoríficos e pelo salto nos custos com ração. A tendência está começando a sacudir os mercados fornecedores e a impactar políticas para o setor.

Em 17 de maio, a Argentina, segunda maior fornecedora de carne bovina da China – atrás apenas do Brasil -, interrompeu seus embarques por um mês para tentar conter o aumento da inflação. O país culpou a demanda asiática pela redução das ofertas, que fez com que os preços domésticos subissem.

“O preço da carne subiu muito, é uma loucura”, afirmou Fernanda Alvarenga, 38 anos, funcionária administrativa em Buenos Aires.

Ela disse ter reduzido o consumo doméstico de carne a apenas um dia por semana, ao invés de uma vez a cada dois dias. Ela também começou a preparar milanesa, um prato popular de carne empanada, com cortes mais baratos.

“Custa algo em torno de 4 mil a 5 mil pesos (US$ 42 a US$ 53) por mês para comprar carne. Antes, com a mesma quantia você conseguia comprar muito mais.”

Os preços da carne bovina na Argentina, onde o consumo da proteína é visto como um direito humano básico e as zonas rurais são lotadas de ranchos, dispararam mais de 60% em um ano. O consumo per capita despencou, atingindo uma mínima de 100 anos em abril, segundo relatório de uma câmara do setor de carnes.

Memes compartilhados em grupos de WhatsApp lamentam como a carne bovina se tornou inacessível. Entre eles, estão piadas de que a pandemia levou as pessoas a comer polenta, em vez de carne – uma crítica irônica aos esforços do governo para alimentação durante a pandemia.

APETITE CHINÊS

Nos primeiros meses de 2021, a China importou 178.482 toneladas de carne bovina da Argentina, ante 152.776 toneladas em igual período do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas do país asiático.

A maioria das importações são de animais mais velhos que não são consumidos internamente, segundo a câmara do setor de carnes da Argentina, que se opõe à proibição governamental aos embarques do país. Em protesto contra a medida, produtores interromperam o comércio local de animais.

A China aumentou as importações de carne após um surto de peste suína africana dizimar seu rebanho de porcos a partir de 2018. Mais recentemente, Pequim suspendeu algumas importações de carne bovina provenientes da Austrália, sua terceira maior fornecedora do produto entre 2018 e 2020, após as relações entre os dois países se deteriorarem. Desde então, os importadores chineses têm dependido mais de outras nações.

“A carne bovina geralmente era consumida fora de casa, como em restaurantes. Mas o consumo doméstico está cada vez mais popular”, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.

Enviar carne bovina a importadores como a China é mais lucrativo para países como Argentina e Brasil, devido à desvalorização das moedas locais e à redução na demanda interna, disse Upali Galketi Aratchilage, economista sênior da Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas.

O resultado, porém, é que as elevadas exportações podem reduzir a oferta doméstica, empurrando os preços para cima, acrescentou Aratchilage.

Os EUA e o Brasil ainda enfrentam dificuldades para reabastecer seus estoques domésticos de carnes bovina, suína e de frango congeladas, após um salto nos embarques para a China no ano passado, que ocorreu mesmo diante de surtos de Covid-19 em frigoríficos, que levaram trabalhadores a adoecer e prejudicaram a produção.

PREÇOS “ASTRONÔMICOS”

Em Clovis, no Estado norte-americano da Califórnia, o veterano aposentado do Exército Darin Cross disse que ficou chocado com o custo de um pacote de 0,9 kg de carne moída no Walmart – antes vendido a US$ 8, o produto vale agora US$ 10. Como resultado, o homem de 55 anos está consumindo mais vegetais.

“Para nós que temos uma renda fixa, esse é um aumento bastante acentuado em questão de algumas semanas”, disse Cross. “Meu medo é que (o preço) simplesmente continue subindo.”

O preço unitário médio da carne bovina in natura nos EUA avançou 5% em abril ante março, e cerca de 10% em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados da NielsenIQ. Os preços da carne suína e de frango estão cerca de 5,4% acima do patamar visto no ano passado.

Nos arredores de Nova Orleans, Tina Howell, 45 anos, disse que parou de comprar bifes a granel para abastecer seu freezer porque os mercados deixaram de vendê-los. Ela destacou que os cortes de “New York strip steak” têm sido vendidos por cerca de US$ 12 o quilo – antes, custavam US$ 7.

“Os preços estão astronômicos”, disse Howell, que trabalha no setor imobiliário.

A alta dos preços está beneficiando frigoríficos como a Tyson Foods, maior processadora de carne dos EUA em termos de vendas. A empresa disse que os cheques distribuídos pelo governo norte-americano como forma de estímulo estão dando impulso a uma demanda excepcional, já que fazem com que os consumidores tenham mais dinheiro para comprar alimentos.

Embora as ofertas de gado nos EUA sejam amplas, a produção de carne bovina tem sido limitada por uma escassez de mão-de-obra e pela capacidade de processamento dos frigoríficos, de acordo com produtores de carne.

As companhias do setor têm lidado com custos mais altos com a alimentação do gado, já os preços de soja e milho operam ao redor de máximas de oito anos. Algumas delas estão repassando esses custos aos consumidores. O aumento da demanda por parte de restaurantes também dá suporte aos preços, à medida que restrições relacionadas à Covid-19 são flexibilizadas.

A Omaha Steaks, de Nebraska, que vende carne bovina premium, acredita que a demanda nos EUA permanecerá forte durante o verão (do Hemisfério Norte), já que as pessoas estão dispostas a ter reuniões maiores e a pagar por alimentos de alta qualidade, disse o CEO da empresa, Todd Simon.

As brasileiras JBS e BRF, por sua vez, afirmaram que têm enfrentado dificuldades para repassar os custos mais elevados com ração aos consumidores no mercado doméstico, embora a JBS tenha se beneficiado de suas operações nos EUA.

Os preços de alguns cortes de bovinos no Brasil subiram até 30% no último ano, devido à oferta restrita de gado e à forte demanda por exportações, disse Guilherme Malafaia, pesquisador do setor de bovinos da Embrapa. Junto com Hong Kong, a China compra 60% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil.

Para os brasileiros, no entanto, os altos preços levaram o consumo doméstico a cair 14% frente aos níveis pré-pandemia, ao menor patamar em 25 anos. Os consumidores voltaram seu foco para as carnes suína e de frango, além dos ovos, que são historicamente mais baratos.

Em 2020, o consumo per capita de carne suína no Brasil cresceu 5%, enquanto o consumo de frango avançou 6%, ambos em comparação anual, segundo Marcelo Miele, pesquisador para aves e suínos da Embrapa. Os brasileiros agora comem 251 ovos por pessoa por ano, o maior nível da história, disse ele.

Os açougues, enquanto isso, sofrem com a queda nas vendas, à medida que alguns consumidores cortam a carne bovina do cardápio ou passam a consumir cortes mais baratos.

Com os preços de “carnes médias” – como bifes T-bone e filés de costela – aumentando de forma acentuada nos EUA, o açougueiro Shawn Smith disse que mais pessoas estão comprando carne moída em sua loja em Albany, Oregon.

Já o açougueiro argentino Pablo Alberto Monzón, de 26 anos, afirmou que as vendas de carne diminuíram em um terço em sua loja, localizada em um bairro de classe trabalhadora em Buenos Aires. Menos clientes estão entrando no estabelecimento – e os que entram descobrem que seu dinheiro não é suficiente para muita coisa.

“Pessoas que antes podiam comprar costelinhas para grelhar agora se contentam com bife de flanco”, disse Monzón. (Com Reuters)

 

 

*Por: FORBES

SÃO PAULO/SP - O preço médio do diesel comum nos postos de combustíveis do Brasil avançou 5,17% no início de maio em comparação com o valor registrado ao final de abril, disse nesta sexta-feira a Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.

Segundo o índice de preços da companhia, o combustível mais utilizado do país atingiu média de 4,679 reais por litro no período, revertendo cenário de queda que havia apresentado no mês passado, quando recuou 0,84% ante fim de março.

O diesel tipo S-10, por sua vez, subiu 5,42%, para 4,740 reais o litro, acrescentou a Ticket Log.

"Em abril, ambos os combustíveis haviam apresentado recuo nos preços, tanto no cenário nacional como nos regionais. A redução interrompeu uma sequência de cinco altas consecutivas até março", disse em nota o chefe de Mercado Urbano da Edenred Brasil, Douglas Pina.

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"Mas agora, tanto o diesel comum quanto o diesel S-10, com os aumentos acima de 5% em relação ao fechamento do último mês, apresentam preços por litro maiores que os apresentados em março", acrescentou.

A alta vista até este momento de maio coincide com o período em que deixou de vigorar uma medida do governo federal que isentava o óleo diesel da incidência de PIS/Cofins. O corte tributário, anunciado no início de março pelo presidente Jair Bolsonaro para tentar conter a escalada do preço do combustível, teve validade de dois meses.

Ainda de acordo com a Ticket Log, o valor do diesel subiu em todas as regiões do país no início de maio. Os postos do Sul, ainda que tenham os preços médios mais baratos do Brasil, apresentaram a maior alta no período, de 7,04% no diesel comum e de 7,41% do S-10.

Já o Norte, onde os postos comercializaram os combustíveis pelos valores médios mais altos, a taxa de aumento foi a menor do país, atingindo 3,41% para o diesel comum e 4,10% para o S-10, acrescentou a companhia. O Amapá foi o único Estado com recuo nos valores do diesel comum no intervalo analisado.

O levantamento da Ticket Log tem como base abastecimentos realizados por 1 milhão de veículos administrados pela marca em 18 mil postos credenciados.

 

 

 

*Por Gabriel Araujo; Edição de Luciano Costa / REUTERS

BRASÍLIA/DF - O preço da gasolina e do diesel será reduzido a partir de amanhã (1º) nas refinarias da Petrobras. A estatal anunciou hoje (30), no Rio de Janeiro, que o litro da gasolina passará de R$ 2,64 para R$ 2,59 (- R$ 0,06 ou -1,9%), enquanto o do diesel cairá de R$ 2,76 para R$ 2,71 (- R$ 0,05 ou -1,8%).

O combustível vendido pelas refinarias da Petrobras é adquirido por distribuidoras e passa também pelos postos revendedores antes de ser vendido ao consumidor final. Até chegar aos veículos, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biodiesel e etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.

Por isso, a estatal afirma que a variação de preços nas refinarias tem influência limitada no preço encontrado pelos motoristas nos postos de revenda.

Os reajustes nos preços de diesel e gasolina são usados pela Petrobras para buscar equilíbrio com o mercado internacional, acompanhando as variações do valor global dos combustíveis e da taxa de câmbio entre o real e o dólar.

A estatal defende que as mudanças nos preços praticados nas refinarias devem ocorrer sem periodicidade definida, acompanhando as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Segundo a empresa, "isso possibilita competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos".

 

 

*Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

RIO DE JANEIRO/RJ - A Petrobras deve elevar em 38%, em média, o preço do gás natural vendido a distribuidoras, que atendem os consumidores na ponta. O anúncio ainda será feito pela estatal. Valerá a partir de 1º de maio.

A companhia precisa fazer os reajustes por que isso está estabelecido na sua política de preços. O aumento deve-se, principalmente, à recente valorização das cotações do petróleo no mercado internacional, à taxa de câmbio e ao índice inflacionário IGP-M, associado à parcela de transporte nos contratos.

O produto é um importante insumo para indústrias, termoelétricas e serve de matéria-prima, por exemplo, para produção de fertilizantes.

O repasse ao consumidor depende da legislação de cada Estado. Em alguns casos, os contratos estabelecem reajuste automático. Em outros, o acerto é feito em revisões tarifárias aprovadas pelas agências reguladoras locais.

De qualquer forma, o gás canalizado deve ter um impacto forte sobre a taxa de inflação de maio. Até agora, a Petrobras já reajustou em 2021 a gasolina em 46,2% neste ano. O diesel, em 41,6%. E o gás em botijão em 17%.

 

ASSOCIAÇÃO RECLAMA

A Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) divulgou nota nesta 2ª feira (5.abr.2021) na qual afirma que a alta será repassada para o consumidor sem que exista “qualquer ganho decorrente desse aumento”.

Segundo a entidade, em média 17% do preço do gás pago pelo consumidor chega às distribuidoras, correspondendo a investimentos em expansão de rede e remuneração pela prestação dos serviços. Outros 59% do valor equivale ao preço da molécula acrescido da tarifa de transporte. Já 24% são tributos federais e estaduais.

“Os aumentos no preço do gás natural não trazem benefícios para as distribuidoras, ao contrário, acabam tirando competitividade do gás natural em relação a outras fontes de energia como a gasolina, óleo combustível, GLP e eletricidade”, diz o comunicado. Leia a íntegra da nota da Abegás (246 KB).

 

BRASIL REINJETA GÁS

O aumento de agora vai na contramão das declarações do ministro Paulo Guedes (Economia). Em 2019, o economista afirmou que faria um “choque de energia barata” com o fim do monopólio da Petrobras, o que, segundo ele, permitiria a queda do valor do gás natural em até 40%.

Na avaliação de Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) e articulista do Poder360, é necessário uma maior concorrência na oferta e maiores investimentos no segmento de transporte da cadeia.

Pires diz que a nova Lei do Gás, aprovada pelo Congresso em março, não criou mecanismos para acelerar a multiplicidade de fornecedores. “O que incomoda é que a Petrobras continua sendo a única fornecedora”, declarou. “Quem está aumentando o preço? É a Petrobras. A distribuidora não tem de quem comprar”.

Além disso, o novo marco do gás natural não criou nenhum mecanismo para incentivar a expansão da rede de transporte de uma maneira mais rápida, segundo o especialista.

Atualmente, cerca de metade do gás que sai de poços no país é reinjetada nos poços, pois falta infraestrutura para levar o insumo até o consumidor final.

A construção de gasodutos por conta da iniciativa privada não deslancha, pois é mais vantajoso comercialmente importar gás de outros países –há excesso de oferta; até a Argentina exporta para o Brasil.

 

IMPACTO POLÍTICO

Pires avalia que os constantes aumentos nos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) terão um impacto político. Isso exigirá uma maior criatividade do governo para conter reajustes significativos.

“Se o câmbio continuar depreciado e o petróleo subir de preço, daqui a pouco vai ter um gás muito caro mesmo no Brasil, no curto-médio prazo”, afirmou.

“A lei não incentiva o gás de origem nacional. Para incentivá-lo, teria que promover uma maior integração gás-setor elétrico (as térmicas inflexíveis). Como a legislação não fez isso, no curto-médio prazo a oferta de gás no Brasil vai se dar através de gás importado. E a gente vai ficar mais dependente do câmbio e do [petróleo] brent.”

Procurada, a estatal não enviou posicionamento até o fechamento da reportagem.

 

 

*Por: DOUGLAS RODRIGUES / PODER360

RIO DE JANEIRO/SP - O preço médio da gasolina nos postos do Brasil subiu 10,94% em março ante fevereiro, para 5,727 reais por litro, no décimo avanço mensal consecutivo, apontou levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.

O cenário de preços em alta nos postos vem com o impulso de reajustes realizados ao longo do ano pela Petrobras nas refinarias do país, que têm como referência preços internacionais do petróleo, além do câmbio.

O forte avanço ocorreu apesar da Petrobras ter reduzido em cerca de 4% o preço médio da gasolina em suas refinarias em 25 de março --o repasse não é imediato e depende de outros fatores, como impostos e mistura de etanol.

No ano, gasolina vendida na refinaria da estatal ainda acumula aumento de quase 41% frente aos valores praticados no início de 2021.

"A redução de 3,71% no preço da gasolina nas refinarias anunciada há uma semana pela Petrobras não teve qualquer efeito nas bombas do país", disse a ValeCard em nota.

Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 31 de março com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que as maiores altas foram registradas em Sergipe (13,09%) e Goiás (13%).

Já as menores variações foram registradas no Ceará (7,34%) e no Amapá (7,71%).

 

 

*Por Marta Nogueira / REUTERS

RIO DE JANEIRO/RJ - A Petrobras anunciou na 6ª feira (19) que reduzirá em R$ 0,14 o preço médio do litro de gasolina a partir deste sábado (20). Com a redução, o valor médio será de R$ 2,69 nas refinarias. A queda é menor do que a alta aplicada no último reajuste feito pela petroleira no preço do combustível, de R$ 0,23 no começo do mês.

Em nota, a petroleira afirmou que “os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”.

“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, diz o documento.

O anúncio acompanha a queda do petróleo tipo Brent (referência do Mar do Norte, na costa do Reino Unido) ao longo da semana. Foram 5 dias seguidos de redução no valor do barril, apesar de apresentar alta ao longo desta 6ª feira de 2,12% às 14h (horário de Brasília).

 

 

*Por: Ludmylla Rocha / PODER360

BRASÍLIA/DF - A Secretária Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Domingues, destacou ontem (19) a importância do Decreto 10.634, de fevereiro deste ano, que dispõe sobre a divulgação de informações aos consumidores referentes aos preços dos combustíveis automotivos.

A secretária participou do workshop virtual Fiscalização e o Direito do Consumidor no Mercado de Combustíveis, promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O decreto entra em vigor no final deste mês e visa dar clareza e transparência às informações passadas aos consumidores, inclusive aquelas relativas aos descontos e benefícios oferecidos por meio de aplicativos de fidelização.

Juliana Domingues destacou que a concorrência e a defesa do consumidor são “princípios basilares da nossa Constituição federal”. A secretária quer valorizar esse direito à informação, que é “essencial para o exercício da livre escolha, para assegurar as condições que são indispensáveis para o respeito aos demais direitos”. Segundo ela, esse tema ganhou maior relevância com as oscilações no mercado de combustíveis, nesse momento de pandemia do novo coronavírus. Há uma preocupação, por parte dos consumidores, com a formação dos preços, indicou.

 

Equilíbrio

Juliana afirmou que o objetivo é promover um ambiente competitivo que dê equilíbrio ao mercado. Não se trata, conforme declarou, de interferir no preço, mas que haja “transparência no preço”. Os postos devem trazer informações discriminadas sobre os componentes do preço, para maior compreensão por parte dos consumidores do real motivo para a variação. Referindo-se em especial aos aplicativos, disse que eles têm de trazer clareza de informação para o consumidor, “para além dos benefícios e descontos vinculados a esses aplicativos. Essas informações devem ser claras para evitar que o consumidor seja induzido ao erro”. Com a vigência do decreto, as informações devem ser transparentes quanto aos preços sem benefício e também em relação aos preços promocionais. Isso vai trazer mais segurança jurídica para o consumidor, avaliou.

A secretária Nacional de Defesa do Consumidor afirmou que as ações que vão ser feitas agora pelos Procons, pelos Ministérios Públicos e outros atores que fazem a fiscalização do mercado de combustíveis, incluindo a ANP, vão garantir o cumprimento desses regulamentos, para coibir práticas abusivas contra os consumidores. O objetivo é que haja uma harmonização nessas condutas e mais segurança jurídica para o consumidor, que poderá atuar na ponta, fazendo denúncias de práticas abusivas aos órgãos competentes.

 

Proteção

A diretora da ANP, Symone Araújo, salientou que as operações coordenadas e realizadas pela agência junto com órgãos de defesa do consumidor servem para a proteção do consumidor brasileiro e, também, para assegurar que a segurança e a qualidade do abastecimento estão sendo atendidos. Entre os dias 9 e 18 deste mês, foram efetuadas pela ANP e seus parceiros 713 ações de fiscalização em estabelecimentos revendedores de combustíveis e gás liquefeito de petróleo (GLP) em 133 municípios. A meta da ANP é “ter um mercado eficiente que garanta qualidade do produto e razoabilidade de preço para o consumidor”, disse a diretora. É interesse da agência que haja mais competitividade e concorrência no mercado para “benefício de todos e atendimento da demanda”.

Atualmente, a ANP tem 18 acordos de cooperação técnica e operacional em vigor, sendo 11 com Procons, seis com secretarias de estados e um com MP estadual. Para 2021, o objetivo é ampliar os acordos, para coibir irregularidades no mercado de combustíveis. Symone Araújo informou ainda que a ANP buscará, este ano, conjugar forças com o programa Abastece Brasil, do Ministério de Minas e Energia, visando ter um mercado saudável no país e o consumidor bem atendido.

O programa Abastece Brasil visa o desenvolvimento do mercado de combustíveis e a segurança do seu abastecimento, com foco na promoção da livre concorrência no setor. Entre as ações, destaque para o combate à sonegação e à adulteração de combustíveis.

Foi levantada também durante o evento a possibilidade de ser investigada a formação de cartéis nesse mercado, com necessidade de atuação da fiscalização não só a partir dos donos dos postos de revenda, mas envolvendo também as grandes distribuidoras. A tributação foi outro tema sugerido para análise porque tem efeito cascata sobre o preço praticado no mercado.

 

 

*Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou hoje (8) um novo aumento dos preços da gasolina e do diesel que são cobrados em suas refinarias. No caso da gasolina, o aumento é o sexto do ano, e o preço médio do litro passará de R$ 2,60 para R$ 2,84, em uma alta de cerca de 9,2%.

Para o litro do diesel, o reajuste anunciado é de R$ 2,71 para R$ 2,86, um encarecimento de cerca de 5,5%. No caso desse combustível, o aumento é o quinto no ano.

O último reajuste havia sido anunciado pela Petrobras em 1° de março e, antes disso, houve aumentos em 18 de fevereiro, 8 de fevereiro, 26 de janeiro e 18 de janeiro, dia em que apenas o preço da gasolina foi reajustado. No fim do ano passado, o litro de combustível custava R$ 1,84 nas refinarias, R$ 1 a menos que o preço alcançado hoje.

Política de preços

A política de preços da Petrobras busca o alinhamento do preço das refinarias aos do mercado internacional, o que também torna o preço sensível ao valor do real perante o dólar, moeda em que as negociações ocorrem no exterior.

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Segundo a estatal, manter esse alinhamento é fundamental para garantir que o mercado brasileiro seja suprido sem risco de desabastecimento. A empresa afirma que, assim como o preço sobe quando há encarecimento no mercado internacional, ele também cai quando a alta da oferta no mundo desvaloriza esses combustíveis.

A Petrobras destaca ainda que essas variações do mercado internacional e do câmbio "têm influência limitada" no preço final que os consumidores encontram nos postos de combustíveis. "Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis".

 

 

 

*Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - O preço médio do diesel nos postos do Brasil voltou a subir ao longo desta semana, mostrou levantamento publicado nesta última sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que ocorre em meio à pressão de caminhoneiros sobre o governo devido aos custos do produto.

Conforme os dados da agência reguladora, o valor médio do combustível mais consumido do país avançou 1,81% nesta semana em relação à anterior, atingindo 3,762 reais por litro.

O preço do diesel nos postos brasileiros subiu em praticamente todas as semanas de 2021 até o momento, com exceção da encerrada em 23 de janeiro, quando apurou uma leve queda de 0,1%, segundo os números da ANP.

Entidades ligadas aos caminhoneiros chegaram a convocar uma greve para o início desta semana, que teria o preço do diesel entre suas pautas, mas o movimento não ganhou força.

Além do diesel, o valor médio da gasolina nos postos brasileiros também subiu no período, apurando alta também de 1,8% na comparação semanal, para 4,769 reais/litro.

Esta foi a sétima semana consecutiva de alta no valor da gasolina, de acordo com os números da ANP.

Concorrente da gasolina nas bombas, o etanol subiu 1,58% nesta semana, atingindo preço médio de 3,289 reais por litro, ainda segundo a agência.

Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro convocou uma entrevista coletiva sobre o preço dos combustíveis, na qual afirmou que pretende enviar ao Congresso um projeto de lei para alterar o ICMS, um imposto estadual, o que segundo ele poderia contribuir para reduções de preços.

Ele garantiu, no entanto, que não vai intervir na política de preços da Petrobras para os combustíveis.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também comentou os preços dos combustíveis nesta sexta-feira e disse que o governo examina a possibilidade de reduzir gradualmente o PIS/Cofins incidente sobre esses produtos, o que ocorreria de acordo com a arrecadação da União.

Até este momento do ano, a Petrobras elevou o preço do diesel em suas refinarias em apenas uma ocasião, no final de janeiro, enquanto o valor da gasolina subiu duas vezes.

Os preços praticados pela companhia estatal seguem a chamada paridade internacional, com influência da cotação do dólar e do valor do petróleo no mercado internacional.

Os valores nos postos, no entanto, não acompanham necessariamente os reajustes nas refinarias da estatal e dependem de uma série de fatores, incluindo margem de distribuição e impostos.

 

 

*Por Gabriel Araujo; Edição de Luciano Costa / REUTERS

SÃO PAULO/SP - Uma pesquisa feita pelo Procon-SP mostrou que a diferença de preços dos itens da lista de material escolar podem ter diferenças de até 173,58%. Os preços foram coletados entre os dias 17 e 19 de novembro.

Entre os 80 itens pesquisados estão apontador, borracha, caderno, canetas esferográfica e hidrográfica, colas em bastão e líquida, giz de cera, lápis preto e colorido, lapiseira, marca-texto, massa de modelar, papel sulfite, refil para fichário, régua, tesoura escolar e tinta para pintura a dedo.

Por conta da pandemia e da necessidade de isolamento social, neste ano a pesquisa foi feita em sites e não em estabelecimentos físicos como nos anos anteriores. Os sites pesquisados foram: Lojas Americanas, Magazine Luiza, Lepok, Papelaria Universitária, Gimba, Livrarias Curitiba e Kalunga.

De acordo com o Procon-SP, antes de comprar o material escolar, o ideal é que se verifique quais itens da lista o consumidor já tem em casa e se estão em condições de uso e também trocar livros didáticos com outros alunos.

Outra ideia é fazer compras coletivas, já que algumas lojas oferecem descontos interessantes para compras em quantidade. É recomendado ainda verificar o custo do frete nas compras pela internet, que muitas vezes podem encarecer o valor final da compra.

O Procon-SP alerta ainda que as escolas não podem colocar na lista nem exigir a compra de material escolar de uso coletivo, como materiais de escritório, de higiene ou limpeza. 

Para consultar a lista de materiais e preços pesquisados acesse aqui.

 

 

*Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil

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