RÚSSIA - As percepções mundo afora sobre Vladimir Putin caíram para mínimos históricos, de acordo com uma pesquisa recentemente divulgada pela Pew Research Center, na qual pessoas de 24 países foram entrevistadas.
Não é uma novidade que a popularidade de Putin fora da Rússia sofreu uma grande baixa desde que ele tomou a decisão de invadir a Ucrânia.
Agora, após um ano e meio de conflito, 82% dos adultos entrevistados disse ver o presidente russo de forma desfavorável.
A pesquisa concluiu ainda que uma média de 87% das pessoas não tinham “muita ou nenhuma confiança” na capacidade de Putin de lidar com assuntos mundiais.
“Consistente com as visões sobre o país em geral, a confiança no presidente russo, Vladimir Putin, é extremamente baixa”, informou o Pew Research Center.
A confiança global em Putin contrasta fortemente com as classificações dadas ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelos entrevistados.
Segundo os números levantados pela pesquisa, as pessoas acreditam que o presidente ucraniano pode ser confiável em suas decisões sobre assuntos globais.
Enquanto apenas 11% das pessoas entrevistadas confiam na capacidade de Putin de lidar com assuntos mundiais, 51% disseram ter confiança em Zelensky. Entretanto, as opiniões sobre o líder da Ucrânia variam: menos da metade das pessoas confiam nele em 10 países.
O relatório do Pew Research Center observou que “a confiança em Zelensky alinha-se amplamente com as opiniões sobre o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz”.
“Uma média de 54% confia em Biden no cenário mundial, 50% confia em Macron e 49% diz o mesmo sobre Scholz”, detalha a pesquisa do Pew.
Os entrevistados na Polônia, em particular, foram extremamente críticos à invasão russa da Ucrânia e 98% deles disseram não ter confiança em Putin.
Por outro lado, a Índia seguiu um caminho muito mais intermediário com a Rússia, e isso refletiu-se nos números registrados pelo Pew Research Center. Um total de 59% dos entrevistados indianos disseram ter confiança em Putin, um aumentou de 17 pontos com relação à pesquisa Pew de 2019.
Os poloneses também tiveram a opinião mais desfavorável sobre a Rússia, com 98% dos adultos respondendo que tinham uma visão negativa do país. Já 57% dos indianos entrevistados relataram uma “opinião favorável”.
O relatório descobriu que a confiança em Putin variava de acordo com a ideologia em alguns países: “Aqueles à direita do espectro político costumam dizer que confiam em Putin, ao contrário daqueles à esquerda.”
A Itália forneceu um bom exemplo de apoio ideológico a Putin, com 16% da direita política do país dizendo que confiava no presidente da Rússia, enquanto apenas 4% da esquerda relataram o mesmo.
“Os europeus que apoiam partidos populistas de direita em seu país têm maior probabilidade de expressar confiança em Putin, em comparação com aqueles que dizem não apoiar os partidos populistas de direita em seu país”, observou o Pew Research Center.
por Zeleb.es / thedailydigest.com
PARIS - A França comemorou seu feriado nacional na sexta-feira (14) com um grande destacamento policial, semanas depois que a morte de um jovem baleado pela polícia provocou várias noites de tumultos.
Caças sobrevoaram o céu de Paris pela manhã durante o tradicional desfile militar na Champs Elysées, com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi como convidado de honra do presidente Emmanuel Macron.
Antes do desfile, o chefe de Estado francês percorreu a avenida rumo ao Arco do Triunfo a bordo de uma viatura militar, sob aplausos e algumas vaias do público.
Macron viveu um início de 2023 tenso, com vários meses de protestos contra a reforma da Previdência e, em junho, pela morte de Nahel, um menino de 17 anos, morto a tiros por um policial, que desencadeou nove noites de violência urbana.
Diante do risco de incidentes, a França organizou um dispositivo de 45.000 policiais e gendarmes desde a noite de quinta-feira até o início da manhã de sábado.
As festividades na noite de 13 de julho foram "relativamente tranquilas", disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, nesta sexta-feira.
“As festas populares transcorreram dentro da normalidade na França e constatamos menos danos em relação a 2022”, tuitou.
Um primeiro balanço oficial informou 218 carros incendiados, contra 326 na mesma noite do ano passado. Quase 100 pessoas foram detidas e três policiais ficaram feridos (34 em 2022).
Também nesta sexta-feira, o presidente Macron condecorou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, com a Grã-Cruz da Legião de Honra durante sua visita à França como convidado de honra do feriado nacional, informou a presidência nesta sexta-feira. Trata-se da mais alta distinção que um presidente francês pode conceder.
“Esta condecoração presta uma homenagem ao papel do primeiro-ministro na excelente relação de amizade e confiança que une entre França e Índia”, acrescentou a mesma fonte.
"Aceito, com muita humildade, a Grã-Cruz da Legião de Honra", tuitou o primeiro-ministro indiano, que iniciou ontem uma viagem oficial à França.
A entrega oficial ocorreu na noite desta quinta-feira, durante uma recepção no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
França e Índia comemoram este ano o 25º aniversário de sua parceria estratégica, que Paris quer reforçar para influenciar a região da Ásia-Pacífico.
"A Índia terá um papel decisivo para o nosso futuro. É um parceiro estratégico e um país amigo", declarou Macron, ontem, durante um discurso às Forças Armadas.
Nesse mesmo dia, a Índia deu seu acordo de princípio para a compra de 26 caças Rafale e três submarinos Scorpène.
Terceira geração de comerciantes na cidade, Paulo Gullo foi um importante articulador na vinda do Iguatemi para a cidade, do Posto Regional da Jucesp e da criação da Lei do Horário Livre do comércio. Além de presidente do Sincomercio São Carlos é, hoje, vice-presidente da FecomercioSP e do Conselho do Comércio Varejista (CCV)
SÃO CARLOS/SP - Em reconhecimento à notável contribuição prestada ao desenvolvimento da cidade de São Carlos e por indicação do vereador Moisés Lazarine, o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio), Paulo Roberto Gullo, recebe o título de “Cidadão Benemérito de São Carlos”, em sessão solene que será realizada na próxima sexta-feira, dia 21 de julho, às 19h30, no Plenário da Câmara Municipal de São Carlos.
O sobrenome Gullo é sinônimo de comércio em São Carlos. Terceira geração de uma família de comerciantes na cidade, Paulo Roberto Gullo é filho de José Gullo Filho e Ruth Martin Gullo, mas foi com seu avô, José Gullo, que tudo começou, quando inaugurou a loja de calçados “Casa Gullo”, em 1903, no tradicional endereço à Rua General Osório.
Aos 67 anos, Paulo Gullo é casado com Marisa Ribeiro Garcia Gullo e tem três filhos, Marina Garcia Gullo Solci, cirurgiã dentista e empresária; Paulo Roberto Gullo Filho, engenheiro agrônomo e empresário e Débora Garcia Gullo Vendramini, médica e três netos Cauã, Filipe e Enrico.
“Quero agradecer a indicação feita pelo vereador Moisés Lazarine e a todos os envolvidos nessa homenagem. É uma honraria que marcará a minha trajetória e a de toda a minha família. Representa o reconhecimento, não apenas do meu trabalho por São Carlos, mas de todo o nome Gullo, que chegou na cidade em 1903 com meu avô. Desde então, contribuímos muito para o desenvolvimento do município, chegando até mim. E o trabalho não para, sempre em favor de um comércio mais moderno e atuante. Nossas negociações para as Convenções Coletivas, por exemplo, são sempre pensadas para atualizar o setor, criar empregos e atrair novas empresas. Temos orgulho de sermos, hoje, referência para muitos outros municípios. Temos orgulho de levar o nome de São Carlos para o estado. Tenho orgulho de ser são-carlense. Meu muito obrigado”, declara.
Paulo Roberto Gullo é o atual presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (gestão 2022 a 2026), é vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e do Cecomercio do Estado e vice-presidente do Conselho do Comércio Varejista (CCV). É, também, conselheiro efetivo do Serviço Social do Comércio (SescSP) e representante titular da FecomercioSP na Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Além de presidente do Sincomercio, do São Carlos Clube (gestão 1991/1995) e da Associação Comercial e Industrial de São Carlos ACISC (gestão 1994/1998), Paulo foi Juiz Classista representante dos Empregadores na Vara do Trabalho de São Carlos (de 1998 a 2000) e Presidente da Comissão Municipal de Emprego (CME) de São Carlos (2019). No poder público atuou como Secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e Diretor de Obras Particulares e Fiscalização do Município de São Carlos (gestão 2013 / 2016).
A atuação de Paulo Gullo no comércio de São Carlos sempre foi de inovação. Em sua gestão como presidente da ACISC foi proposta e aprovada a lei municipal nº10.795, que dispõe sobre o livre horário de funcionamento do comércio da cidade, facultativamente por até 24h em qualquer dia da semana. Nessa mesma época, ele foi um importante articulador para a vinda definitiva do Shopping Iguatemi para São Carlos, inaugurado em 1997.
À frente do Sincomercio São Carlos, Paulo Gullo conquistou o Posto Regional Oficial da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), instalado desde 1998 na sede do sindicato, na Rua Riachuelo 130, o que contribui muito para o trabalho da classe contábil, jurídica e empresarial da cidade.
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite de quinta-feira (13), em Brasília, do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). A última vez que um presidente da República compareceu ao evento foi em 2009, quando o próprio Lula, durante seu segundo mandato, esteve no encontro estudantil. O Congresso da UNE, ou Conune, como costuma ser chamado, é considerado o maior encontro de estudantes da América Latina e deverá reunir cerca de 10 mil participantes até o próximo domingo (16) na capital federal.
No evento, o presidente prometeu ampliar o número de universidades e outras instituições de ensino no país. “Nós vamos voltar a fazer mais universidades, a fazer mais escolas técnicas, mais laboratórios, vamos nos reunir com reitores e com os estudantes, vamos outra vez colocar o pobre no orçamento da União”, garantiu diante de um ginásio Nilson Nelson cheio. Tal promessa já havia sido feita durante a campanha eleitoral, em 2022.
Durante a cerimônia, representantes das entidades estudantis leram e entregaram uma carta de reivindicações ao presidente. Entre os principais pontos, estão a manutenção da política de cotas e ampliação do direito de acesso para indígenas e pessoas trans, a criação da Universidade de Integração da Amazônia e a aprovação de uma lei para instituir o Programa Nacional de Assistência Estudantil. Além disso, a UNE reiterou, no documento, o pedido para que o governo revogue o Novo Ensino Médio, demanda repetida diversas vezes pelos estudantes em palavras de ordem gritadas no ginásio.
Em seu discurso, Lula também exaltou o vigor do movimento estudantil. “O que motiva a vida humana e o que motiva a nossa capacidade de ser melhor ou não é se a gente tem uma causa ou não tem uma causa”, afirmou. “Eu acho extraordinário a UNE apresentar uma pauta de reivindicações longa, árdua e apimentada”, acrescentou.
Falando diante de uma plateia de milhares de jovens, Lula celebrou que o perfil social dos estudantes tenha mudado ao longo da última década, com o ingresso de pobres e negros nas universidades, especialmente a partir dos programas criados em seus governos anteriores.
“Aqui não tem apenas filho de gente rica, aqui tem filho de pedreiro, de empregada doméstica, aqui tem filho de metalúrgico, de químico, de gráfico. Aqui está a filha e o filho do povo brasileiro, com a nossa cara”.
O presidente ainda fez uma defesa enfática da democracia, citando as ameaças de ruptura do último período. “Há muito pouco tempo, vocês conheceram o que é o fascismo, o nazismo, apenas em quatro anos. Como é que se pode destruir a democracia e as conquistas que a gente, às vezes, leva séculos para conquistar? Espero que tenhamos aprendido uma lição, a de que a democracia pode não ser a coisa mais perfeita que humanidade criou, mas não tem nada igual a ela. É na democracia que a gente pode viver a pluralidade, a diversidade, que a gente pode aplaudir, a gente pode vaiar, a gente pode gritar e a gente pode contestar. É na democracia que a gente vive a plenitude da manifestação do ser humano”, afirmou.
Além de Lula, participaram do ato político o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, além de ministros do governo federal, incluindo o ministro da Educação, Camilo Santana. Em discurso, Mujica, que foi preso político por 14 anos na ditadura uruguaia, pediu aos estudantes que busquem a unidade para defender a democracia.
“Não cometam o erro do meu tempo. Quanto mais desunidos, mais dominados vamos estar. Portanto, estudar, não perder tempo, cuidar da democracia. A democracia não é perfeita, está cheia de defeitos. Mas, até hoje, não encontramos nada melhor”, disse. O ex-presidente do Uruguai também apelou para que os estudantes deem sustentação ao governo Lula frente aos desafios de gestão.
“Lula é grandioso, mas não é mago. Aos governos populares, não apenas se pede, mas se ajuda. Os obstáculos que se têm adiante estão aí e não são simples. É fácil reclamar, mas é preciso comprometer-se”, afirmou.
Em vários momentos durante o ato, os estudantes entoaram gritos para pedir a revogação da lei que instituiu o Novo Ensino Médio. Em seu discurso, o ministro da Educação, Camilo Santana, que chegou a ser vaiado e interrompido por parte dos estudantes, lembrou que o governo paralisou a implementação do novo modelo até que se defina eventuais mudanças.
“Eu suspendi a implantação do Novo Ensino Médio no Brasil. E nós abrimos uma ampla escuta para ouvir estudantes. Foram 150 mil estudantes que participaram. Nós ouvimos professores, entidades, secretários”, defendeu-se, ao fazer menção ao processo de consulta pública aberto pela pasta e que foi encerrado na semana passada.
A lei do Novo Ensino Médio foi aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos.
Pelo modelo, parte das aulas deve ser comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas, o que tem sido um dos maiores desafios de implementação da nova etapa.
Em 2023, a implementação deveria seguir com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas, mas o cronograma foi suspenso pelo governo federal até que haja sistematização das propostas da consulta pública e eventuais ajustes na nova etapa de ensino.
A revogação do Novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação de entidades do setor e de muitos especialistas. Apesar disso, o governo federal não cogitou revogar a medida por completo, mas fazer ajustes a partir dos resultados obtidos na consulta.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
TURQUIA - Por duas vezes no mesmo dia, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, conseguiu surpreender o Ocidente: primeiro com uma exigência adicional para aprovar a adesão da Suécia à Otan, e depois com um acordo surpreendente de última hora.
Na segunda-feira, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que Erdogan concordava em encaminhar ao Parlamento turco a candidatura da Suécia para ingressar na aliança militar "o mais rápido possível".
Antes que a confirmação de Ancara fosse anunciada, Erdogan fez um último movimento que surpreendeu a todos. Em uma coletiva de imprensa antes de deixar Istambul para a cúpula da Otan em Vilnius, ele levantou outra condição para a adesão da Suécia à aliança.
O presidente turco afirmou que seu país espera nos portões da União Europeia (UE) há mais de 50 anos e, se dirigindo a Bruxelas, disse: "Abram caminho para a Turquia na União Europeia, e então abriremos o caminho para a Suécia [na Otan], assim como abrimos caminho para a Finlândia."
Mas Bruxelas rejeitou a exigência de Erdogan, sublinhando que a Otan e a UE têm processos separados. No entanto, uma declaração conjunta emitida após o acordo da Otan disse que a Suécia "apoiaria ativamente os esforços para revigorar o processo de adesão da Turquia à UE, incluindo a modernização da união aduaneira entre UE e Turquia e a liberalização de vistos".
Reaproximação com o Ocidente?
Embora a mídia pró-governo na Turquia tenha retratado o apoio da Suécia como uma vitória para Erdogan, especialistas dizem que essa não é uma conquista nova para Ancara, já que a Suécia é um dos países da UE que tem sido favorável à adesão da Turquia.
Ozgur Unluhisarcikli, diretor do escritório do think tank German Marshall Fund em Ancara, acredita que a ação de Erdogan ainda pode ser considerada uma mensagem importante. "Acho que, depois das eleições, Erdogan está buscando relações mais positivas com os EUA e a Europa e quer ser aceito por eles", diz Unluhisarcikli. "Pegue suas palavras sobre abrir caminho para a UE, por exemplo; nada acontecerá a esse respeito, e ele sabe disso. Mas o que ele quer dizer é: 'Não me exclua'."
Outra teoria é que a Turquia, com taxas de inflação recordes e uma lira em rápida depreciação, está mudando sua política de equilíbrio entre a Rússia e o Ocidente em favor do Ocidente, principalmente por razões econômicas.
Ancara poderia obter vantagens econômicas ao modernizar a união aduaneira da UE com a Turquia. Essa modernização visa expandir a união para incluir produtos agrícolas, setores de serviços e compras governamentais, além de produtos industriais. As empresas turcas também procuram se proteger contra os sofisticados acordos comerciais da UE com países terceiros.
A rota da Turquia à UE e os direitos humanos
As negociações sobre a adesão de Ancara à UE, que começaram em Bruxelas em 2005, não conseguiram fazer progressos concretos. Especialmente após a tentativa de golpe em julho de 2016, as negociações foram paralisadas, pois as medidas antiterroristas tomadas por Ancara levaram a violações dos direitos humanos.
Observadores na Europa argumentam que, para um renascimento significativo nas relações Turquia-UE com uma perspectiva de adesão, a Turquia deve primeiro normalizar suas relações com o Conselho da Europa, uma organização internacional fundada para defender os direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito na Europa. É independente da UE, mas nenhum país jamais aderiu ao bloco sem antes pertencer ao Conselho da Europa.
A Turquia é membro do conselho, mas o relacionamento deles tem sido difícil nos últimos anos. Ancara não seguiu a decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, o órgão mais conhecido do conselho, de "libertar imediatamente" Osman Kavala, ativista e filantropo turco que está preso desde 2017, e Selahattin Demirtas, proeminente político curdo que está preso desde 2016.
Se não houver progresso no caso Kavala, o Conselho da Europa começará a negociar possíveis sanções contra a Turquia no segundo semestre deste ano. Portanto, há muito mais que Ancara precisa fazer para o processo de adesão à UE do que aprovar a adesão da Suécia à Otan.
Ancara conseguirá os F-16?
Embora a jornada da Turquia na UE não esteja rumando a um destino realista no futuro próximo, a decisão de Ancara sobre a Suécia pode ser o início de novas negociações com Washington. Contatos diplomáticos recentes com os Estados Unidos também contribuíram para o consenso alcançado em Vilnius.
Na véspera da cúpula da Otan, o presidente dos EUA, Joe Biden, saudou a decisão de seu colega turco. "Estou pronto para trabalhar com o presidente Erdogan e a Turquia para melhorar a defesa e a dissuasão na área euro-atlântica", disse Biden em comunicado divulgado pela Casa Branca.
Antes da cúpula, outra declaração vital veio de Vilnius. O conselheiro de segurança nacional americano, Jake Sullivan, disse que os EUA provavelmente prosseguiriam com a transferência de jatos F-16 para a Turquia, em consulta com o Congresso.
Embora Ancara e Washington argumentem que não há ligação entre as duas questões, os desenvolvimentos levaram à especulação de que a decisão de Erdogan de desbloquear o caminho da Suécia para a Otan trouxe a Turquia um passo mais perto de um acordo sobre os F-16.
Ancara tem repetido seu desejo de comprar 40 novos caças Lockheed Martin Corp F-16 e cerca de 80 kits de modernização para seus aviões de guerra existentes. No entanto, apesar dos esforços de Biden para obter o apoio do Congresso sobre o assunto, alguns membros do Congresso, principalmente o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Menendez, não ficaram convencidos da venda por causa da compra pela Turquia dos sistemas de mísseis russos S-400, bem como outras preocupações – incluindo o bloqueio da adesão da Suécia à Otan pela Turquia.
Depois que Erdogan deu sinal verde para a adesão da Suécia, Menendez também mandou uma mensagem cautelosamente otimista. O senador americano disse que, apesar de suas ressalvas, está discutindo o assunto com o governo Biden e pode decidir em breve sobre a questão dos caças.
"Se eles [o governo Biden] puderem encontrar uma maneira de garantir que a agressão da Turquia contra seus vizinhos cesse, que tem havido uma pausa nos últimos meses, isso é ótimo, mas deve haver uma realidade permanente", disse Menendez.
"Os F-16 podem não vir imediatamente, mas é provável que tenham sido dadas fortes garantias de que serão entregues", argumenta Asli Aydintasbas, ex-jornalista da Turquia, em seu artigo no Washington Post.
De acordo com Aydintasbas, uma redefinição mais ampla pode estar em andamento se a Turquia e o Ocidente jogarem suas cartas da maneira certa. Só o tempo dirá se os novos desenvolvimentos da Otan iniciarão um novo capítulo para a Turquia com seus aliados ocidentais.
Autor: Sinem Özdemir, Kayhan Karaca, Gulsen Solaker / DW.com
A Secretaria Municipal de Saúde recebeu na manhã desta quarta-feira (12/07), do Sindicado dos Servidores Públicos e Autárquicos (SINDSPAM), dois equipamentos emissores de laser para o Ambulatório de Feridas e Ostomias que funciona no Centro Municipal de Especialidades (CEME).
O Ambulatório de Feridas e Ostomias atende pacientes referenciados pelas unidades básicas e de saúde da família que desenvolveram feridas complexas em decorrência de outras doenças, como diabetes, tabagismo, hipertensão, obesidade, hanseníase ou algum problema vascular e pacientes portadores de ostomias (abertura criada cirurgicamente entre o intestino e a parede abdominal) que utilizam bolsa de colostomia.
Os aparelhos doados pelo Sindicato ajudam exatamente no tratamento das feriadas por meio da laserterapia, terapia com luz laser de baixa potência que tem a função de bioestimular as células danificadas do corpo para reparação de tecidos. A laserterapia tem efeito analgésico (alívio da dor), cicatrizante e atua na modulação da inflamação.
De acordo com a supervisora do Ambulatório, Alessandra Cristina Delfino Bueno, os equipamentos são de última geração, possibilitando a recuperação mais rápida do paciente. “São aparelhos mais sofisticados com 8 pontos de laser cada um, proporcionando dessa forma curar as grandes feridas em um tempo menor. Hoje atendemos 19 pacientes com feridas complexas, todos referenciados pela atenção básica”, revela a supervisora.
Jôra Porfírio, secretária de Saúde, agradeceu o SINDSPAM pela doação e falou da importância dos aparelhos nos tratamentos oferecidos pelo SUS. “Além de ajudar na cicatrização das feridas, são muito utilizados também no tratamento da dor. Temos outros tipos de equipamentos, porém específicos para as feridas. Já os novos também poderemos disponibilizar para as sessões de fisioterapia. O retorno é muito bom”, explica a secretária.
O presidente do SINDSPAM, Adail Alves de Toledo, explicou que a iniciativa de doar esses aparelhos se deu após ele próprio necessitar de um tratamento semelhante.
“Conheci essa tecnologia a cerca de dois anos e durante o tratamento percebi que o equipamento utilizado era com apenas um ponto de lazer e que havia tecnologia melhor para ser utilizada. A partir deste momento surgiu a ideia de adquirirmos esses equipamentos mais modernos, com oito pontos de lazer agilizando assim o processo de recuperação do paciente. Apresentamos a ideia para a nossa diretoria que aprovou a doação e hoje com muita alegria entregamos esses equipamentos para a Secretaria Municipal de Saúde”, disse Adail.
Os equipamentos serão disponibilizados para toda a população atendida pelo SUS e futuramente aos associados do SINDSPAM. “Hoje entregamos esses equipamentos para que toda a população assistida pelo SUS possa ser beneficiada, agora um tratamento que antes demorava um ano, poderá ser concluído em seis meses. Também quero destacar que futuramente estaremos oferecendo aos nossos associados, este serviço em um espaço clínico que está sendo criado pelo Sindicato”, ressaltou Adail.
Os profissionais do Ambulatório também trabalham com ozonioterapia, além da laserterapia. A ozonioterapia tem como objetivo melhorar a oxigenação dos tecidos e também fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo. Portanto, a ozonioterapia aplicada melhora a circulação, a oxigenação sanguínea e aumentar as ações anti-inflamatórias e antissépticas.
O Ambulatório de Feridas e Ostomias funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, no Centro Municipal de Especialidades (CEME), localizado na rua Amadeu Amaral, 555, na Vila Isabel.
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal realiza nesta sexta-feira (14), às 19h, no auditório “Sergio Mascarenhas”, no Instituto de Física da USP São Carlos, uma sessão solene para a entrega do título de Cidadão Honorário de São Carlos ao Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, atual diretor do IFSC.
A concessão do título foi uma iniciativa do vereador Marquinho Amaral, através do decreto nº 1023, em reconhecimento à notável contribuição prestada pelo professor Osvaldo à cidade de São Carlos, ao longo de sua trajetória intelectual e acadêmica.
A solenidade será transmitida ao vivo pelo canal 20 da NET, pelo canal 49.3 - TV Aberta Digital, canal 31 da Desktop / C.LIG, online via Facebook e canal do Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal de São Carlos.
Osvaldo Novais de Oliveira Junior é natural de Barretos. Obteve o bacharelado em Física e o mestrado em Física Aplicada pelo Instituto de Física e Química de São Carlos, USP, 1982 e 1984, respectivamente. Também obteve o doutorado em engenharia eletrônica pela University of Wales, Bangor, Reino Unido, finalizado em 1990.
Atualmente é professor titular e diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo. Osvaldo é membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências, e da Academia de Ciências da América Latina, e atual presidente da International Union of Materials Research Societies (IUMRS). Também foi membro do comitê da área de física e astronomia do CNPq por 3 anos, e coordenador da FAPESP na área de física por cerca de 9 anos.
VENEZUELA - Os candidatos que querem disputar a eleição presidencial venezuelana pela oposição no próximo ano concordaram em um debate na quarta-feira (12) que devem apresentar uma frente unida contra o partido do governo, e trabalhar para impulsionar a economia atraindo investimentos privados.
O debate, o primeiro entre candidatos da oposição desde 2011, ocorreu enquanto eles aguardam uma decisão da mais alta corte do país que poderia suspender a disputa de 22 de outubro.
O candidato independente para 2024, Luis Ratti — que muitos na oposição dizem ter laços com o partido socialista no poder — pediu ao Supremo Tribunal de Justiça na segunda-feira (10) para impedir a eleição primária por alegações não especificadas de irregularidades.
A oposição da Venezuela, frequentemente dividida, tenta retirar do poder o presidente Nicolás Maduro, que governa o país desde 2013.
Embora a última eleição em 2018 tenha sido amplamente condenada como fraudulenta, especialmente pelos Estados Unidos, a oposição até agora não conseguiu derrubar Maduro.
Três dos mais destacados entre os 14 candidatos da oposição, Maria Corina Machado, Henrique Capriles e Freddy Superlano, já foram impedidos de ocupar cargos públicos.
A primária deve dar à oposição uma liderança clara e uma unidade mais forte, disseram os oito candidatos que participaram do debate, organizado por grupos não-governamentais e realizado na Universidade Católica Andrés Bello.
"Precisamos de uma liderança que não hesite, que confronte, que não se curve diante das ameaças", disse Machado, uma ex-parlamentar de 55 anos que lidera as pesquisas para as primárias.
"Esta não é uma eleição convencional", disse Superlano, que alertou que qualquer um dos candidatos pode ser banido. "Precisamos de uma liderança que leve a luta até o fim."
No entanto, houve discordância sobre como escolher um substituto se o candidato favorito for impedido de concorrer.
Capriles, que disputou a Presidência duas vezes, não participou. Ele disse na segunda-feira que o país precisa que a oposição seja unida, não expondo suas diferenças em público.
Por Reuters
SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse na noite de quarta-feira, 12, que o Estado vai editar um decreto para “regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato”. A manifestação ocorre após a gestão do presidente Lula (PT) anunciar o término do o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim).
O anúncio de Tarcísio ocorreu por meio do Twitter. Ele destacou que foi aluno de colégio militar. “Sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens”, escreveu.
Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) July 12, 2023
Após o anúncio do governo federal, a Secretaria de Educação do Estado chegou a dizer às 16h33 desta quarta que “não faz parte do projeto da atual gestão a expansão das escolas cívico-militares”.
Em novo posicionamento, às 19h38, essa informação foi removida para dizer somente que “esse modelo funciona em uma unidade de ensino vinculada à secretaria, em Guarujá”. A maioria das unidades que aderiram ao programa em São Paulo são de redes municipais, como em Taubaté (foto abaixo). A secretaria do Estado afirmou ainda que “a decisão do MEC de descontinuar o programa não altera o conteúdo pedagógico oferecido aos estudantes”.
As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. São diferentes dos colégios militares, mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar local e com autonomia para montar currículo e estrutura pedagógica. Os colégios militares também costumam ter professores com salários mais altos e fazem seleção de alunos.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o formato cívico-militar é pouco efetivo do ponto de vista pedagógico e tem alcance limitado a poucas escolas (o programa federal atinge menos de 0,1% das unidades de ensino básico do País). “Não se constrói educação de qualidade simplesmente respeitando normas militares”, disse a ex-diretora de Educação do Banco Mundial Claudia Costin. Já as famílias dos alunos temem que a interrupção do modelo resulte em salas de aula mais inseguras e problemáticas. “A questão é a disciplina”, diz o tio de dois alunos.
Criado em 2019, o programa federal tem 202 escolas, com aproximadamente 120 mil alunos. Segundo informações do ministério de dezembro, 1,5 mil militares atuavam no projeto.
As unidades não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino. A suspensão anunciada pelo Ministério da Educação nesta semana não impede que Estados e municípios deem continuidade ao programa por conta própria, sem verba federal.
A decisão de Tarcísio vai na linha do que já foi anunciado por outros Estados, que decidiram manter o modelo por conta própria. A rede do Paraná, por exemplo, tem 194 colégios cívico-militares mantidos pelo próprio Estado e 12 em parceria com o ministério. A secretaria disse que trabalha para migrar esses 12 colégios do modelo federal para o estadual.
“Havia fake news de que o militar intervia na parte pedagógica, mas isso não acontece. O militar tem caráter de organizar a entrada e saída de estudantes, o recreio, formar filas. O professor é autônomo na sala de aula”, diz o secretário do Paraná, Roni Miranda
A secretaria de Santa Catarina também prevê um programa específico para absorver as unidades antes incentivadas pelo MEC.
por Paula Ferreira e Marco Antônio Carvalho / ESTADÃO
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia sancionou a lei n° 21630/2023, de autoria do vereador Bruno Zancheta, que propõe a implantação do selo “Empresa Amiga da Juventude”. O principal objetivo do projeto é incentivar empresas a proporcionarem oportunidades de empregos para jovens matriculados em redes públicas de ensino.
Bruno Zancheta comentou sobre as dificuldades da população jovem em conquistar o primeiro emprego. “Ter pouca ou nenhuma experiência no mercado de trabalho tem sido o principal entrave nesta busca, já que a lista de exigências das empresas é cada vez maior”.
Como propõe a lei, as empresas que contratarem jovens matriculados na rede pública de ensino municipal e estadual de São Carlos receberão o selo como um incentivo. “Nosso objetivo é aproximar jovens são-carlenses às empresas que oferecerão a primeira oportunidade de emprego”.
O parlamentar agradeceu ao prefeito e ao secretário de Governo Netto Donato, “pela sensibilidade e pelo olhar com nossos jovens que lutam pelo seu primeiro emprego”.
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