Parceria reforça atuação nas 102 Unidades de Conservação no estado de SP
SÃO CARLOS/SP - No último dia 9 de outubro foi firmado um Protocolo de Intenção entre a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo - Fundação Florestal (FF) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O documento tem por objeto o estabelecimento de parceria entre a Fundação Florestal e a Universidade voltada ao desenvolvimento de atividades e projetos relacionados às Unidades de Conservação administradas pela Fundação.
O Protocolo engloba todas as Unidades de Conservação geridas pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo, que estão divididas em dois grupos. O Grupo de Unidades de Conservação de Proteção Integral conta com 53 unidades: 15 Estações Ecológicas (EE), 34 Parques Estaduais (PE), 2 Monumentos Naturais (MN) e dois Refúgios de Vida Silvestre (RVS). Já o Grupo de Unidades de Conservação de Uso Sustentável possui 49 unidades, abarcando 33 Áreas de Proteção Ambiental (APA), cinco Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), duas Florestas Estaduais (FE), duas Reservas Extrativistas (RESEX) e sete Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS).
Para a execução das atividades e projetos relacionados a essas Unidades, os partícipes deverão estimular, coordenar e programar ações conjuntas, somando e convergindo esforços, mobilizando unidades, agentes e serviços, bem como outras entidades ou iniciativas que manifestarem desejo de atuarem em parceria.
O interesse na cooperação entre essas instituições surgiu do amadurecimento de frutíferos trabalhos fomentados em projetos de pesquisa e de extensão universitária da UFSCar. "Vários desses projetos forneceram subsídios de capacitação à gestão de Unidades de Conservação e à formação de monitores ambientais. O estágio atual desta colaboração demanda a formalização deste Protocolo para facilitar ações e perpetuar os impactos positivos das mesmas", explicou o professor Victor Lopez Richard, do Departamento de Física (DF) da UFSCar, que coordena diversos projetos na Universidade voltados a essas áreas.
Segundo Lopez-Richard, há muitos trabalhos acadêmicos e científicos realizados pela UFSCar em Unidades de Conservação do Estado de São Paulo. "Essa é justamente uma das vocações dessas unidades: promover esse tipo de atividade abrangendo temas que vão da fauna e botânica à geologia, dada a riqueza e complexidade desses sistemas sócio-ecológicos".
Em contrapartida, a UFSCar tem contribuído sistematicamente com a missão da preservação e gestão dessas Unidades participando, por exemplo, na estruturação e implementação de planos de manejo, avaliações de capacidade de suporte, avaliação e manutenção de roteiros, capacitação e treinamento de equipes e monitores ambientais, suportes técnicos e científicos para as comunidades dos entornos, dentre outras várias frentes", complementa o docente.
Além de UFSCar e FF, a celebração do Protocolo permite englobar potencialmente outros atores e interesses em projetos bilaterais futuros. "As parcerias entre a UFSCar e a FF, além da conservação ambiental, devem promover o desenvolvimento sustentável de comunidades. Muitas dessas ações também dependem da comunhão de empenhos interinstitucionais de outras Instituições de Ensino e Pesquisa, entidades da sociedade civil, poder público e empresas cujos esforços para a missão indicada acima poderão ser robustecidos e incentivados".
Acesse o Protocolo de Intenção entre a UFSCar e a Fundação Florestal no link https://bit.ly/351cMWs.
Objetivo é conferir visibilidade à produção nacional e, também, promover a aproximação entre Ciência e públicos diversos
SÃO CARLOS/SP - O Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) acaba de lançar uma série de vídeos voltada à divulgação de esforços da comunidade científica brasileira em todas as áreas do conhecimento no enfrentamento da pandemia de Covid-19. A série, intitulada "Ciência contra a Covid-19", traz os próprios pesquisadores apresentando o seu trabalho, em episódios de cerca de cinco minutos veiculados semanalmente no site e nas redes sociais do Laboratório (Facebook, Twitter, Instagram e canal no YouTube).
Os três primeiros episódios já estão no ar. Na estreia, Marilaine Colnago, integrante do grupo de pesquisa Viser (Visualization, Image and Smart Energy), vinculado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), apresenta a plataforma de visualização de dados sobre a pandemia SP Covid-19 Info Tracker. Aline Sommerhalder, docente no Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) da UFSCar, fala de pesquisa em desenvolvimento sobre o espaço de brincadeiras com crianças de 1 a 10 anos no contexto da pandemia. No episódio mais recente, Luís Felipe Cesar da Rocha Bueno, docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), fala da Sala Planejada, ferramenta desenvolvida para estimar a distância segura entre pessoas em salas de aula e outros locais.
"As dificuldades na relação entre Ciência e público têm estado no foco, mas o contexto também oferece oportunidade de conferir mais visibilidade à pesquisa desenvolvida no Brasil. Há grupos brasileiros produzindo na fronteira do saber, com resultados relevantes para o enfrentamento da pandemia em termos globais e, também, pesquisadores em diferentes momentos da carreira colocando seus conhecimentos a serviço de medidas desde as mais simples e localizadas até as mais abrangentes, que possam nos apoiar na superação deste momento. A série surge justamente para mostrar a mais pessoas esses esforços e, assim, concretizar os benefícios que os investimentos em Ciência podem trazer", registra Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, Coordenador Geral do LAbI e docente do Departamento de Física da UFSCar.
"No contato com pesquisadores para a elaboração dos outros materiais que vimos produzindo desde o início da pandemia, como, por exemplo, o podcast Quarentena, que é diário e exige a realização de várias entrevistas, fomos percebendo uma grande diversidade de atuações e, em muitos casos, a ausência de experiências anteriores de divulgação desse trabalho. Por isso, a série pode ser também uma oportunidade interessante para mais pesquisadores vislumbrarem caminhos para essa comunicação com o público, hoje mais relevante do que nunca", complementa Tárcio Minto Fabrício, pesquisador de pós-doutorado e Coordenador de Conteúdo no Laboratório.
Os vídeos da série "Ciência contra a Covid-19" são gravados pelos próprios pesquisadores e finalizados pela equipe do LAbI. As pessoas interessadas em participar podem entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., para orientações. "Ciência contra a Covid-19" e as demais produções do LAbI no contexto da pandemia têm o apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O material pode ser conferido no site do LAbI, em www.labi.ufscar.br.
Evento visa estimular reflexões acerca dos 50 anos da Universidade e da vida e obra do sociólogo Florestan Fernandes
SÃO CARLOS/SP - Nos dias 29 e 30 de outubro, a Unidade Multidisciplinar de Memória e Arquivo Histórico (UMMA), com o apoio do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi), ambos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza o VI Seminário de Política de Informação e Memória: 50 anos da UFSCar e Centenário de Florestan Fernandes. O evento online pretende estimular reflexões acerca da história da Instituição e também da vida e obra do sociólogo Florestan Fernandes, cuja biblioteca particular foi adquirida pela Universidade em 1996.
Ao longo dos dias, serão realizadas três mesas-redondas, que irão rememorar a história das bibliotecas nos quatro campi e a relevância do acervo de Florestan Fernandes para a UFSCar e pesquisadores de todo o mundo, uma vez que o seu pensamento permanece vivo por meio de suas obras. No dia 29 de outubro, das 14 às 16 horas, acontece a primeira mesa, intitulada "Resgatando a história das bibliotecas da UFSCar", que terá a participação das primeiras servidoras das bibliotecas de cada campus da Universidade.
A segunda mesa ocorre no dia 30, das 9 às 11 horas, e abordará "A importância dos arquivos pessoais dentro das instituições públicas". A atividade conta com especialistas da área de arquivos, enfocando especialmente os arquivos pessoais. Por fim, no mesmo dia, das 14 às 16 horas, será a terceira mesa-redonda, com o tema "A relevância do acervo de Florestan Fernandes para a UFSCar", e receberá pesquisadores do Fundo Florestan Fernandes, o jornalista e filho do sociólogo, Florestan Fernandes Júnior, e o ex-reitor da UFSCar e responsável pela vinda do acervo de Florestan para a UFSCar, professor Newton Lima Neto.
As inscrições são gratuitas, abertas a todas as pessoas interessadas e devem ser feitas em https://umma2020.faiufscar.com
Inscrições para o próximo bloco acontecem entre os dias 19 e 28 de outubro
SÃO CARLOS/SP - O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica, um projeto de extensão do Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza até dezembro uma série de oficinas teatrais online abertas para as comunidades interna e externa à Universidade.
"Diante da atual situação da Covid-19, muitas atividades artísticas precisaram ser repensadas para alcançar o público e não deixar a população carente de cultura. Pensando nisso, criamos a modalidade das oficinas a distância, com o objetivo de continuar levando arte, ciência e inclusão, para todos, mesmo em meio a uma pandemia", explica Karina Lupetti, coordenadora da iniciativa.
Para o projeto, foram programados três blocos de atividades, com seis horas cada, e horários de acordo com a idade dos participantes: o grupo 1, de 7 a 12 anos, com aulas às segundas-feiras, das 16 às 18 horas; e o grupo 2, a partir dos 13 anos, com aulas às quartas, das 18 às 20 horas. Para cada grupo, são ofertadas 15 vagas.
As pessoas interessadas podem escolher entre os dois blocos restantes, já que o primeiro está sendo realizado neste mês de outubro: o bloco 2, com inscrições abertas de 19 a 28 de outubro, e aulas em novembro; e o terceiro bloco, cujas aulas acontecem principalmente em dezembro, com inscrições entre os dias 16 e 25 de novembro.
Os temas abordados são: "Jogos teatrais em diversos espaços formais e não-formais"; "Teatro e comunicação: Ciência, arte e inclusão em palco"; e "Processo criativo: Como criar seu espetáculo on line?". As oficinas são ministradas por Lupetti, doutora em Química e divulgadora científica; Tiago Botassin, técnico em Artes Dramáticas e educador; e Isabella Rios, licencianda em Química e bolsista do projeto.
A iniciativa tem parceria com o Núcleo de Formação de Professores (NPF) da UFSCar. Mais informações e os links para as inscrições podem ser obtidos neste documento (https://bit.ly/33OvBf2).
Evento tem atividades para todas as idades, de 17 a 23 de outubro
SÃO CARLOS/SP - De 17 a 23 de outubro, acontece em todo o Brasil a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com o tema "Inteligência Artificial: a nova fronteira da Ciência Brasileira". A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), visa promover a cultura científica junto a públicos variados. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) preparou uma programação intensa e variada para o período, com ações que vão de palestras e minicursos a oficinas de culinária molecular, compreendendo atividades para pessoas de todas as idades.
Dentre os assuntos que serão abordados nos minicursos, palestras, mesas-redondas e seminários estão, além do tema principal da Semana - a Inteligência Artificial -, a riqueza e o potencial escondido em diferentes biomas brasileiros, como o Cerrado, dentre outros; novos materiais para diferentes aplicações; relações entre Tecnologia e Cultura; Biotecnologia; Genética; e outras áreas do conhecimento.
Na programação também está edição online do tradicional Circo da Ciência, com desafios e outras atividades voltadas para estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, organizadas pelos grupos PET (do Programa de Educação Tutorial) das áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica promove apresentações teatrais, oficinas, concurso de vídeos e contação de histórias.
A programação completa está disponível no site do evento, em https://snct17.faiufscar.com, onde é possível realizar inscrições nas atividades, até o dia 14 de outubro. A página também traz uma seleção de materiais audiovisuais voltadas à disseminação do conhecimento, como a produção do Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) relacionada à Covid-19; vídeos de divulgação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) sediados na UFSCar e matérias produzidas pela TV UFSCar.
A organização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na UFSCar é da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq), com apoio da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) e da Secretaria Geral de Relações Internacionais (SRInter) da Universidade. A programação nacional da Semana pode ser consultada em https://snct.mcti.gov.br/.
Evento online terá diálogos sobre Inteligência Artificial a partir da Informação, Inovação e Sociedade
SÃO CARLOS/SP - No dia 19 de outubro, acontece o II Seminário Informação, Inovação e Sociedade (SIIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que neste ano será realizado online, em consonância com a 17ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Com o tema "Inteligência Artificial: diálogos a partir da Informação, Inovação e Sociedade", o SIIS se configura como espaço de divulgação e de articulação da produção científica no que diz respeito ao conhecimento, à tecnologia e à inovação em âmbito nacional e internacional, a partir do olhar das áreas de Ciência da Informação (CI) e Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), como um amplo campo de estudo das relações entre a informação e os aspectos evolutivos da tecnologia, na promoção da inovação e seu impacto nos diversos segmentos da sociedade contemporânea.
Ao longo do dia, o Seminário terá três palestras. A primeira, intitulada "Qual o impacto da Inteligência Artificial e dos dados (abertos e conectados) na Educação?", ocorre a partir das 10 horas e será ministrada por Seiji Isotani, Professor Titular na área de Computação e Tecnologias Educacionais junto ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP).
Às 15 horas, a palestra "Por que não dá para deixar tudo nas mãos dos algoritmos?" terá a participação de Chico Camargo, pós-doutorando em Ciência de Dados na Universidade de Oxford, do Reino Unido. Em seguida, às 17 horas, Dalton Lopes Martins, docente da Faculdade de Ciência da Informação (FCI) na Universidade de Brasília (UnB), falará sobre "A qualidade dos dados em tempos de Inteligência Artificial e Big Data". A apresentação dos trabalhos aprovados acontecerá às 14 horas e às 16 horas.
O SIIS é gratuito, aberto às pessoas interessadas e será transmitido por meio do canal no YouTube (https://bit.ly/
Na publicação, pesquisador destaca a importância do Centro Cultural Quilombaque, no bairro de Perus da capital paulista
SÃO CARLOS/SP - Há uma absoluta necessidade de que o Centro Cultural Quilombaque, localizado na região periférica de Perus, na cidade de São Paulo, continue existindo. A afirmação é do professor Cesar Alves Ferragi, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que está atuando na campanha de preservação do local. "O Quilombaque é um centro cultural, um local de resistência, que hoje está sendo ameaçado de despejo por conta da especulação imobiliária na região. Ele promove a transformação social desse bairro periférico por meio da consciência que a arte propõe", afirma.
"O Quilombaque é um suspiro no modo de vida das pessoas da região e sua extinção pode ser evitada", defende Ferragi, que esteve no local algumas vezes, com alunos da UFSCar e visitantes estrangeiros, em especial da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, parceira da UFSCar.
Durante as visitas, professores, alunos e comunidade conversaram sobre o chamado Turismo de Resistência, termo cunhado por visitantes da Organização Mundial do Lazer que ali estiveram. "A capacidade - e a necessidade - de construir juntos é algo que tem dado o tom de inovação social do Quilombaque", afirma Ferragi. "As visitas ao Quilombaque foram uma experiência marcante a todos nós. Marcaram porque percebemos como as pessoas de Perus e região estão dando conta de lidar com os silenciamentos e distanciamentos simbólicos das periferias do Brasil. Principalmente em termos de sua relação com o território, com a terra, com a história do local e com a ancestralidade do povo que ali habita", relata.
Segundo ele, Perus foi um bairro famoso por conta da antiga fábrica de cimento, hoje desativada. "O vazio provocado pela entrada e saída de uma grande empresa, pareceu-nos simbolicamente uma experiência de desterritorialização das pessoas, que aparece muito no corpo, na dança, no grito do Quilombaque. Amanhã, caso o Quilombaque desapareça, as pessoas não terão mais o lugar que constela todas as suas relações de familiares, amigos... de comunidade. Como alguém que mora na Consolação, centro de São Paulo, percebi em Perus um grau de território, de relação com as trilhas, com a história, que hoje nos bairros centrais mal temos. Com a sua extinção, o que está em jogo é a imposição de um espaço confinado nessas vidas ali do entorno, um atestado claustrofóbico de um espaço que acabará virando doença, dor e impossibilidade", aponta o professor.
De acordo com ele, "a realidade periférica de Perus não fica atrás das demais tragédias comumente reportadas na mídia. Observamos habitações irregulares por todos os lados, esgotos a céu aberto e pouco verde nas ruas. Existe o tráfico, sim. Ao mesmo tempo observamos algumas hortas comunitárias, parques de skate... e uma grande árvore, gigantesca, plantada no Quilombaque. Isso para mim foi importante, ao ver como uma comunidade se ergue, orgânica, ampla e abrangente como uma árvore; como uma possibilidade de pulsão de vida, em contraponto às pulsões de morte. Ele representa um lugar para que narrativas próprias falem, para que pessoas da comunidade falem por elas próprias. Isso é inovação social, e faz bem".
Mesmo com todas as violências, o Quilombaque, conta Ferragi, vibra uma narrativa que não é contada, e que vai contra uma narrativa hegemônica de periferia como um lugar hostil, triste e perigoso. "É importante saber dessa narrativa, que é a vivida pelo Quilombaque. A força das pessoas que sustentam o Quilombaque é o que mais inspira. Força interior para retomar a vida exterior, uma vontade de fazer esforço na direção oposta daquilo que mingua suas potências. Os corpos que ali dançam e se expressam, na batida do Jongo, são resistências vivas em oposição aos corpos confinados em quartos escuros e sem janela", salienta o professor.
Publicação
A atuação de Ferragi junto ao Centro Cultural Quilombaque deu origem aos capítulo "Placemaking, Social Constructionism and Global South" (em Português, "Placemaking, Construcionismo Social e Sul Global"), publicado no "Manual SAGE de Práticas Construcionistas Sociais" ("The SAGE Handbook of Social Constructionist Practices"), da editora inglesa SAGE. O capítulo, em Inglês, tem a coautoria da professora Celiane Camargo-Borges, da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, e descreve práticas de turismo de base comunitária em torno do Quilombaque.
Para saber mais sobre ao assunto, acesse o artigo publicado por Cesar Ferragi no Linkedin (https://bit.ly/3jOI9dj). Acompanhe as novidades sobre o Centro Cultural Quilombaque nas páginas do Facebook (facebook.com/quilombaque) e Instragram (instagram.com/quilombaque).
Com resultados inovadores, tese recebeu Prêmio Capes na área de Cîências Ambientais
SÃO CARLOS/SP - Como é possível fortalecer a representação e a participação dos segmentos sociais envolvidos nas decisões de gestão de recursos hídricos no Brasil? Essa foi uma das questões que norteou a tese de doutorado desenvolvida por Flávia Darre Barbosa junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com foco nos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs), Barbosa identificou os principais desafios para propor uma nova abordagem do processo participativo na gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil.
A relevância dos resultados fez com que a tese, realizada entre 2015 e 2019, recebesse da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o Prêmio Capes de Teses - Edição 2020 na área de Ciências Ambientais. O trabalho foi orientado pelo professor Frederico Yuri Hanai, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar, e coorientado pelo engenheiro Paulo Augusto Romera e Silva (in memorian), do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo.
"O tema gestão de água e recursos hídricos, no Brasil e no mundo, requer muito cuidado, atenção e inovação, sobretudo com o avanço de impactos socioambientais significativos nessa área como, por exemplo, a escassez hídrica e a qualidade da água", defende a autora da tese premiada, que destacou o apoio e os ensinamentos de seus orientadores, imprescindíveis para a qualidade e repercussão de seu trabalho.
Ela explica que os CBHs são fundamentais para o processo participativo em uma gestão efetiva e sustentável dos recursos hídricos, mas que ainda existem grandes desafios a serem superados nos Comitês. "Desafios que envolvem questões políticas e institucionais, instrumentos de gestão, comunicação e informação, qualidade de representação entre outros. Por isso, é preciso continuar fortalecendo os CBHs para que se avance no processo participativo, com ampla participação de todos os segmentos - Poder Público (Federal, Estadual e Municipal); sociedade civil organizada; e dos usuários de água. É preciso inserir a participação popular, da comunidade que está na ponta, que está ao lado do rio que transborda, da água que precisa ser tratada", recomenda.
Nesse sentido, a pesquisa elencou 29 desafios dos CBHs, reunidos em sete grupos estratégicos: Questões políticas institucionais; Institucionalização e atuação do CBH; Instrumentos de gestão dos recursos hídricos; Comunicação, Informação, Conhecimento e Divulgação; Representação e representantes no CBH; Articulações; e Participação no CBH.
Dentro dos sete grupos estratégicos a tese também aponta o que é preciso ser feito para o fortalecimento dos Comitês, como por exemplo, o aumento das articulações com outras políticas públicas; transparência ao processo de gestão; comunicação e divulgação; paridade de representação; equilíbrio entre as organizações que compõem a sociedade civil organizada; parcerias para a gestão da água e dos recursos hídricos; contribuição para instituições com menor capacidade financeira, entre outras ações.
Métodos e diferenciais
Em linhas gerais, explica Barbosa, os CBHs são os colegiados, que dentro do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, devem promover o ambiente de discussão entre sociedade e Estado, nos temas e pautas referentes à gestão da água e dos recursos hídricos. A pesquisa deu ênfase para dois CBHs com métodos diferenciados: um Comitê Estadual (CBH Turvo Grande - em que foi feita observação participante e aplicação de método participativo) e um Comitê Interestadual (CBH Grande- com realização de observação simples). "Mas também foi realizada aplicação de questionários e entrevistas com representantes de CBHs de vários estados brasileiros. Ao todo a pesquisa alcançou 60 CBHs", descreve a pesquisadora.
"As políticas nacional e estaduais de recursos hídricos no Brasil proporcionam o viés participativo na gestão com a criação dos colegiados, como os CBHs, o que é princípio fundamental para uma boa gestão. Porém, a participação na gestão da água vai além do que está proporcionado na legislação, pois deve envolver, e creio que de forma ampla, os representantes e a sua representatividade, os interesses dos diversos setores da sociedade e os interesses da comunidade", defende.
Um dos diferenciais que contribuiu para a premiação da tese foi relacionar esses temas, apresentando uma nova abordagem para compreender o processo participativo, em escalas e graus de participação, além de considerar a representação e a representatividade. "Como a pesquisa foi essencialmente qualitativa, procurei tratar grande parte dos dados com muito rigor, e sem utilizar programas de tratamento de dados e análises estatísticas", destaca Barbosa.
O trabalho "Comitês de Bacias Hidrográficas, representação e participação: desafios e possibilidades à gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil" está disponível na íntegra no Repositório Institucional da UFSCar, em https://repositorio.ufscar.br/
São ofertadas 24 vagas e as inscrições podem ser feitas até 14 de outubro
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 14 de outubro, as inscrições na seleção para o curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia (PPGGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No total, são ofertadas 24 vagas e todas as etapas do processo seletivo serão realizadas de forma remota em virtude da pandemia da Covid-19. O início do curso será no primeiro semestre de 2021.
O PPGGero tem duas linhas de pesquisa: Saúde, Biologia e Envelhecimento; e Gestão, Tecnologia e Inovação em Gerontologia. O objetivo do Programa é capacitar o aluno, teórica e metodologicamente, para atuar como docente do Ensino Superior e iniciar a carreira de pesquisador, produzindo conhecimento em Gerontologia e tornando-o acessível à comunidade científica e à população em geral.
O processo seletivo terá duas etapas: análise e arguição do projeto de pesquisa e análise do currículo. As inscrições devem ser feitas conforme as instruções do edital, disponível em www.ppggero.ufscar.br. As orientações completas sobre a seleção também estão no edital. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
No campus de São Carlos, 5,5 mil litros de álcool já foram produzidos e doados
SÃO CARLOS/SP - Desde o início da pandemia que a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) colocou-se na linha de frente no combate à pandemia da COVID-19. Iniciativas como a produção de álcool gel e álcool 70% vêm apoiando diversas instituições. No campus de São Carlos, a produção de álcool já gerou a doação de 5,5 mil litros do produto.
A produção, em São Carlos, está sendo feita de acordo com a demanda da região. "A Universidade tem nos auxiliado bastante. Quando a gente precisa, é só ligar que eles fornecem para a gente", afirma Denise Braga, Diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial do município de São Carlos.
Doações - Para apoiar a produção de álcool realizada pela Universidade, galões e frascos podem ser doados. Frascos plásticos de 5 litros são utilizados para envasar o álcool 70%; frascos menores, de 500 a 100 ml, serão utilizados para armazenar o álcool gel. "A pandemia ainda não passou, então todas as doações são bem-vindas pois há muitas instituições que necessitam da doação de álcool", afirma o Prof. Dr. José Mario de Aquino, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar.
A Dra. Ana Marta Ribeiro Machado, Diretora do Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR) da Universidade, destaca que os recipientes doados precisam ser novos. "Isso é necessário para não haver risco de contaminação do álcool, pois este será utilizado em hospitais, unidades de saúde, asilos etc", explica.
Contato:
- Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR) da UFSCar: (16) 3351.8015 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
- Departamento de Química (DQ) da UFSCar: (16) 3351.8206 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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