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Publicação foi feita a partir de programa de pesquisa #CasaLibras, da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - As crianças surdas têm menos acesso a conteúdos culturais que as ouvintes. Isso ocorre, entre outros fatores, por conta da falta de materiais literários produzidos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para ajudar a preencher essa lacuna, foi desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o programa #CasaLibras, coordenado pela professora Vanessa Regina de Oliveira Martins, docente do Departamento de Psicologia (DPsi). As atividades do programa, iniciadas na pandemia da Covid-19, são voltadas a crianças surdas e contam com a produção de materiais literários em Libras, bem como eventos virtuais interativos e em apoio às escolas. A partir dessa iniciativa, foi lançado, em formato digital, o livro "#CasaLibras - Educação de surdos, Libras e infância: ações de resistências educativas na pandemia da Covid-19". A obra reúne a produção de materiais em Libras, desenvolvidos pelo programa #CasaLibras, da UFSCar, com narrativas advindas de histórias infantis populares.
O objetivo do programa é ampliar o conhecimento cultural das crianças surdas por meio da democratização da cultura popular literária, explicam os organizadores da publicação, os professores Vanessa Martins e Guilherme Nichols e a servidora técnico-administrativa Regina Célia Torres, todos do DPsi da UFSCar.  A obra é gratuita e pode ser acessada em https://bit.ly/3z0eaYD.  
"As narrativas voltadas a crianças surdas levam em consideração a especificidade visual que a modalidade linguística da Libras traz", detalha a coordenadora do programa #CasaLibras. Ela conta que, para chegar até as crianças surdas, essas narrativas também consideram a produção discursiva com escolhas de vocabulários, na língua de sinais, que expandem a gestualidade e alguns recursos imagéticos (verbais e não verbais), de modo que seja favorecida a apropriação do conteúdo das histórias também por crianças surdas que estão em aquisição tardia de linguagem. "Mais de 90% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes e acabam tendo contato com a Libras apenas na escola. Portanto, pelo desconhecimento e não uso dessa língua por seus familiares, a criança adentra à escola com um restrito uso de gestos caseiros, com uma aquisição de conteúdo e conhecimento de mundo aquém do esperado, isso por conta da aquisição tardia da Libras pela falta de interlocutores em potencial para tal desenvolvimento", relata a professora.   

O livro
O livro recebeu o nome de "#CasaLibras - Educação de surdos, Libras e infância: ações de resistências educativas na pandemia da Covid-19", porque divulga os dados e resultados de produção de ensino, pesquisa e extensão do programa, que enfoca a criação de narrativas literárias em Libras para crianças surdas. 
As atividades do programa são voltadas para a educação de surdos, produção de materiais literários em Libras e apoio às escolas inclusivas com programas bilíngues, por meio da oferta de formação e atividades lúdicas dirigidas às crianças surdas. O #CasaLibras nasceu durante a pandemia da Covid-19 por conta do isolamento social e a falta de materiais didáticos em Libras. Desde então, seus materiais têm sido usados de forma ampla e gratuita em escolas públicas de todo o Brasil, conta Martins. 
A obra é composta por artigos de professores que trabalham com o conceito de "Educação na Diferença", numa perspectiva filosófica de abordagem francesa, explica a coordenadora do programa.   
O trabalho apresenta quatro áreas de discussão. A primeira é formada por capítulos de autores que compõem a rede de estudo no campo da diferença em diálogo com as questões de inclusão, infância e surdez. No segundo tópico, o leitor encontra ações e pesquisas interligadas a crianças surdas e ao #CasaLibras. O terceiro eixo apresenta análises da abrangência nacional do programa; por fim, o livro reúne relatos de experiências da equipe da iniciativa, composta por docentes, estudantes de graduação e pós-graduação e técnico-administrativos da UFSCar. A ilustração da capa foi criada por Anderson Marques da Silva e Regina Célia Torres, ambos técnico-administrativos da UFSCar.  
"Os textos teóricos são base para o constructo epistemológico que pauta nosso programa e que pode ser material importante para docentes de alunos surdos, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação da área da filosofia da diferença, mesmo aos que trabalham com outras temáticas voltadas à infância e as ações inclusivas a grupos minoritários, bem como a gestores de escolas que precisam lidar com concepções voltadas a práticas educativas a crianças surdas e às diferenças. Além disso, o livro traz capítulos mais ensaísticos e relatos de experiência que abordam práticas desenvolvidas pela equipe do #CasaLibras, de modo que tais relatos poderão contribuir com estudantes em formação nas áreas de tradução e interpretação Libras/Língua portuguesa, Educação Especial, Imagem e Som e outras áreas transversais à Educação", detalha Martins. 

Trabalho inovador
Vanessa Martins explica por que o trabalho é inovador: "Primeiro porque não temos repositórios midiáticos livres, de grande porte, voltado a crianças surdas. Segundo porque temos poucas produções literárias com narrativas em Libras de pessoas de toda parte do Brasil, representando a comunidade surda como as construídas neste programa. E, por fim, porque temos hoje no #CasaLibras um repositório variado culturalmente e de uso gratuito, com ampla circulação e que vem sendo usada por instituições de ensino públicas do Brasil todo".
Esses materiais estão compilados no canal do #CasaLibras no Youtube (https://bit.ly/3PQotVF). "A necessidade de instrumentalizar as escolas com conteúdos literários e também de entretenimento às crianças surdas, no isolamento social, fez com que a ação ganhasse urgência de desenvolvimento", avalia a coordenadora. "Esperamos que a obra ‘viralize’ mais ações voltadas aos estudos sobre surdez, infância e diferenças", complementa. 
O livro, disponível gratuitamente no site Pedro e João Editores (https://bit.ly/3z0eaYD), recebeu financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação Especial (PPGEEs) - por estar vinculado a pesquisas da primeira organizadora, Vanessa Martins, docente do Programa. O #CasaLibras é vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Inscrições são de 22 de julho a 22 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - De 22 de julho a 22 de agosto, estão abertas as inscrições no processo de seleção de candidatos para os cursos de mestrado e de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com início no primeiro semestre de 2023.
São oferecidas 10 vagas para o mestrado e 10 para o doutorado. A inscrição deve ser feita exclusivamente por meio digital, conforme instruções dos editais, que estão disponíveis no site do PPGFil.
O PPGFil tem como área de concentração "Estrutura e gênese do conceito de subjetividade" e divide-se em quatro linhas de pesquisa: "A questão da subjetividade na História da Filosofia"; "A subjetividade na Filosofia da Psicologia e da Psicanálise"; "Ética e Filosofia Política"; "Filosofia da Linguagem".
Todas as informações, incluindo etapas de seleção e cronograma, devem ser conferidas nos editais, em www.ppgfil.ufscar.br.
Estudo teve mais 1,6 mil participantes de todo o Brasil, abordando as relações entre trabalho e família em diferentes setores

 

SÃO CARLOS/SP - Neste terceiro ano de convivência com a Covid-19, com medidas menos restritivas de distanciamento, diversas atividades já voltaram ao ritmo normal em escolas, empresas, comércios e nas rotinas familiares. Mas, no começo da pandemia, em 2020, a modalidade remota exigiu reorganização rápida na relação trabalho-família. Investigando a temática, uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi premiada em concurso nacional de artigos científicos promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A pesquisa que deu origem ao artigo vencedor integra o projeto de doutorado desenvolvido por Marcela Alves Andrade, estudante no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob orientação de Tatiana Sato, docente no Departamento de Fisioterapia da Instituição. Dentre outros resultados, o trabalho mostra conflito menor na relação trabalho-família em pessoas com mais de 60 anos e, no outro extremo, dificuldades maiores entre profissionais do setor de Educação.
A pesquisa, que teve início em 2020, configura estudo longitudinal em um grupo de trabalhadores denominado IMPPAC (Implicações da pandemia de Covid-19 nos aspectos psicossociais e capacidade para o trabalho em trabalhadores brasileiros - estudo longitudinal). A iniciativa recebeu apoio da Capes e, atualmente, tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).O objetivo central é avaliar aspectos psicossociais e a capacidade para o trabalho em profissionais de diversos setores econômicos, com acompanhamento longitudinal durante 12 meses. Foram aplicados questionários online junto a 1.698 trabalhadores, dentre os quais o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ II-Br), desenvolvido na Dinamarca, traduzido e adaptado para o Português brasileiro pelo grupo de pesquisa liderado pela professora Sato. O questionário abrange uma série de aspectos, dentre os quais o conflito entre trabalho e família, tema do concurso de artigos científicos. "A partir do artigo, pudemos explorar este aspecto de forma mais aprofundada", explica Tatiana Sato.
"Nós tivemos de modificar nossa forma de trabalhar e de se relacionar com o trabalho dentro de casa com a família. Foi tudo muito brusco, inesperado e imprevisível. Então, este tema é muito relevante e interessante", destaca a professora. Neste contexto, o estudo identificou que o conflito foi menor em pessoas acima dos 60 anos, "o que atribuímos à maior experiência para lidar com o trabalho e a família e, também, ao fato de que os trabalhadores com mais idade podem ter tido redução da carga de trabalho na pandemia por comporem o grupo de risco".
Outros pontos importantes destacados na pesquisa referem-se ao trabalho no setor da Educação e ao medo de se contaminar no trabalho. Esses fatores, segundo a orientadora da pesquisa, foram associados ao conflito entre trabalho e família. "Sabemos que os professores foram altamente impactados pelo ensino remoto, o que gerou aumento das demandas de trabalho e da chance de conflitos com a vida familiar". Em relação ao medo de contaminação, a professora relata que no início da pandemia havia muito medo de que os familiares pudessem ser contaminados e, em decorrência dessa insegurança, muitos profissionais relataram durante a pesquisa que seus familiares desejavam que eles deixassem suas profissões, principalmente os da área da saúde, ou mudassem de emprego, mesmo que momentaneamente, para que o risco fosse minimizado. "Assim, o estresse emocional e psicológico devido ao medo da contaminação pode ter ocasionado conflitos entre diferentes membros da família", salienta a pesquisadora.
A docente aponta, no entanto, que algumas hipóteses iniciais do estudo não foram confirmadas. Uma delas relaciona-se à parentalidade e associava o conflito trabalho-família ao fato de se ter filhos. "Este resultado não se confirmou. Discutimos este aspecto compreendendo que ter filhos gera demandas, mas também pode ter contribuído para melhorar as relações entre o trabalho e a família, uma vez que os trabalhadores com filhos tiveram mais momentos de distração familiar e, assim, conseguiram gerenciar melhor o desgaste provocado pelo confinamento", expõe Sato. Outra expectativa do estudo era que as mulheres tivessem maior chance de conflito entre trabalho e família, por conta das demandas com os afazeres domésticos e de cuidado familiar, o que também não se confirmou.
A família é um fator determinante na vida do indivíduo e contribui positivamente para as relações interpessoais. "Portanto, os conflitos causados por altas demandas de trabalho e modificações nos processos de trabalho devido às medidas restritivas resultaram em reações sem precedentes, devendo ser cada vez mais objeto de estudo", reforça Sato. A docente também aponta que o estudo mostrou que o convívio social é importante para o bem-estar individual e coletivo e que nem todos os trabalhadores conseguem conciliar a demanda do trabalho e da família de forma positiva. "O retorno às atividades presenciais e as redes de apoio podem auxiliar neste processo. É fundamental que as famílias fiquem atentas a estas modificações de comportamentos, busquem separar as atividades de trabalho das atividades com a família e realizem mais atividades de lazer dentro e fora do ambiente familiar", recomenda a docente.
Para a doutoranda Marcela Andrade, o reconhecimento da pesquisa no concurso da Capes é um estímulo para a continuidade dos estudos. "Estar cursando o doutorado na UFSCar foi um fator decisivo para o sucesso das publicações internacionais e para a vitória neste concurso. É um caminho necessário fazer pesquisa sobre os aspectos psicossociais dos trabalhadores brasileiros, a fim de compreendermos os impactos diretos e indiretos, imediatos e tardios, ocasionados pela pandemia de Covid-19. Muito ainda há por se compreender, muitas hipóteses precisam ser confirmadas, e o único caminho para se alcançar isso é a pesquisa", conclui Andrade.
O artigo premiado será divulgado, em breve, em publicação específica do Observatório Nacional da Família.
Há vagas para MBA em Gestão Empresarial, MBE em Gestão da Produção e MBA a distância em Agronegócio e Gestão Agroindustrial

 

SÃO CARLOS/SP - Atualmente, em todo o mundo, organizações passam por grandes mudanças no ambiente interno, principalmente, devido ao avanço da tecnologia. De acordo com os especialistas, cada vez mais os profissionais precisam estar capacitados para modernizar a gestão e as operações e incorporar novas práticas, buscando vantagens competitivas sustentáveis. Visando oferecer métodos e conceitos de base e novos conhecimentos, habilidades e competências, estão abertas as inscrições para os cursos de especialização ofertados pelo Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da UFSCar. Há vagas para o MBA em Gestão Empresarial, MBE em Gestão da Produção e MBA a distância em Agronegócio e Gestão Agroindustrial.
A pós-graduação em Gestão Empresarial aborda estratégias que podem melhorar a eficácia organizacional, com foco no gerenciamento, no desenvolvimento e na motivação das pessoas. O curso oferece uma formação generalista, que enfatiza a promoção da cooperação e da integração interfuncional e a relação da organização com os contextos socioeconômicos nos quais ela está inserida. São abordados Sistemas de Produção e Estratégia, Gerenciamento de Projetos, Administração Financeira, Planejamento e Controle, Logística Integrada, Gestão da Cadeia de Suprimentos e da Qualidade, Marketing, além de Gamificação e Jogos em Empresas, dentre outros assuntos. Engenheiros, administradores, advogados, economistas, psicólogos, pedagogos e outros graduados que trabalham em empresas públicas ou privadas podem participar.
Por sua vez, o MBE em Gestão da Produção da UFSCar prepara e qualifica profissionais que trabalham em diferentes sistemas produtivos para que compreendam a importância do gerenciamento de operações das cadeias de suprimentos em ambientes variados, buscando torná-los mais sustentáveis e conectados às tecnologias emergentes. As temáticas serão tratadas com base em conceitos da Administração de Pessoal, da Organização da Produção, da Sociologia Econômica e da Psicologia Organizacional, ressaltando os aspectos cognitivos para explicar o comportamento e desempenho das pessoas nas organizações. Engenheiros, administradores, economistas e demais profissionais graduados em nível superior que atuam em diversas áreas e setores da economia e que buscam atualização podem realizar inscrição.
Por fim, o MBA a distância em Agronegócio e Gestão Agroindustrial prepara profissionais para o gerenciamento das organizações nesta área. O curso aborda conhecimentos, técnicas e ferramentas que permitem aumentar a eficiência dos processos de produção, comercialização e distribuição em um contexto social ambientalmente sustentável. A especialização foi criada e é oferecida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais (GEPAI) da UFSCar, referência nacional na produção de conhecimento na área e responsável nos últimos 28 anos por consultorias a órgãos públicos e privados e por publicações de dezenas de livros, mais de mil artigos e mais de uma centena de pesquisas acadêmicas. Profissionais de diversas formações acadêmicas que trabalham ou desejam trabalhar nos diferentes tipos de organizações e instituições que compõem o agronegócio brasileiro já podem se inscrever.
O início das aulas está previsto para o mês de agosto. Os interessados podem realizar a inscrição pelo site www.dep.ufscar.br/especializacao. Na página, há mais informações sobre disciplinas, professores, horários de aula, duração e valores de investimento. Ex-alunos de pós-graduação do DEP têm 30% de desconto na matrícula e nas mensalidades do novo curso. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (16) 3351-8238.
Objetivo é mapear dados que sirvam de alerta para toda a sociedade

 

SÃO CARLOS/SP - A depressão pós-parto é uma condição relativamente comum nas mulheres, mas que é negligenciada devido à pressão social da mãe estar sempre feliz pelo nascimento do filho. Isso gera desconforto e sensação de culpa nessas mães. Quem explica é Helena de Freitas Rocha e Silva, estudante do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ela está considerando esse contexto para desenvolver uma pesquisa na qual mapeia o índice de mulheres que apresentaram sintomas da patologia de depressão pós-parto recentemente. Para isso, o estudo está convidando mulheres que tenham passado pela experiência do parto há, no máximo, 10 meses, para responderem um questionário online.
"É necessário fazer esse mapeamento da depressão pós-parto e trazer esses dados para a sociedade, de modo que alerte para agências de saúde e população em geral para a gravidade desse problema", explica a pesquisadora. "O meu estudo foca no índice de depressão pós-parto entre mulheres pretas e pardas. Sabe-se que essa população é mais afetada pelo abandono parental, maior pressão social e outras violências, por isso gostaria de mapear como isso afeta a saúde mental dessas mulheres", complementa. 
O trabalho tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e orientação da professora Sabrina Mazo D'Affonseca, do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade.

Como participar
Pode participar da pesquisa qualquer mulher que tenha tido a experiência de parto há, no máximo, 10 meses. O questionário online tem tempo estimado de 20 minutos de resposta e pode ser acessado em https://bit.ly/3yE9APn. É garantido o sigilo de todas as informações e toda a participação é online. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 55454321.0.0000.5504).
Encontros virtuais acontecem entre 2 de agosto e 27 de setembro; inscrições estão abertas

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 2 de agosto e 27 de setembro, sempre às terças-feiras, serão realizados os encontros da Atividade Curricular de Integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão (Aciepe) intitulada "Memórias femininas, territórios, lutas e solidão: Conexões Brasil e América Latina".
De acordo com a professora Lourdes de Fátima Bezerra Carril, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e responsável pela atividade, "a América Latina se constitui de forma fragmentada, provocando a invisibilidade e o distanciamento das lutas empreendidas nesse tempo-espaço. A ocultação da produção intelectual, política, bem como popular e cultural feminina, em todas as instâncias da vida, é resultado das assimetrias e opressões sociais. Ao passo que se aprofundam as ofensivas neoliberais aos corpos dissidentes, emergem resistências em diferentes esferas da vida". 
Estudo é da UFSCar e convida mulheres, a partir de 18 anos, para participação gratuita

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de Iniciação Científica, desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo avaliar os benefícios do uso de um aplicativo voltado para a educação e o autocuidado da dismenorreia (cólica menstrual). Para realizar o estudo, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos de qualquer região do Brasil.
O estudo é desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (LAMU), em parceria com o Núcleo de Estudos em Dor Crônica (NEDoC), ambos do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. A pesquisa é feita pelas graduandas Beatriz Laryssa de Jesus Santos e Barbara Inácio da Silva, sob orientação de Patricia Driusso e Mariana Arias Avila, docentes do DFisio.
A dismenorreia primária é caracterizada como dor menstrual na ausência de doenças associadas, como a endometriose, por exemplo. Esse tipo de cólica afeta cerca de 3/4 de todas as mulheres durante sua vida reprodutiva e é mais comum em adolescentes e no início da vida adulta. Além dos sintomas associados à cólica menstrual, como alterações de humor, desconfortos gastrointestinais, fadiga e outros, a dismenorreia também é responsável pelo aumento do absenteísmo no trabalho, escola e universidade. "Estima-se que cerca de 2 bilhões de horas são perdidas anualmente devido a faltas ao trabalho", expõe Beatriz Santos.
Apesar de a dismenorreia afetar um grande número de mulheres, Santos aponta que ainda é difícil o acesso a informações sobre essa condição, tornando recorrente o pensamento de que a dor menstrual é uma condição normal associada ao fato de ser mulher. "O nosso estudo irá avaliar os benefícios no cuidado da cólica menstrual por meio de um material educativo. Esse material contém informações que darão autonomia e conhecimento para as mulheres, abordando assuntos sobre o que é a dismenorreia, quais fatores estão envolvidos nesse processo e como elas podem realizar e implementar o autocuidado na rotina", explica a pesquisadora sobre a importância e a aplicação do projeto.
SÃO CARLOS/SP - O portal www.e-zine.ufscar.br, que reúne a produção de e-zines (publicações online em formato de revista) de centenas de estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançou 28 novos e-zines, fruto do trabalho de 227 alunos de diferentes cursos de graduação durante a disciplina de "Comunicação e Expressão", oferecida pelo Departamento de Letras (DL) no primeiro semestre de 2022.
Os e-zines foram produzidos por estudantes dos cursos de Matemática, Química, Educação Física, Estatística, Engenharia Física, Física, Engenharia Elétrica, Ciências Sociais, Engenharia Química, Engenharia Mecânica, Biblioteconomia e Ciência da Informação e Ciência da Computação.  O trabalho foi coordenado pelos professores do DL, Dirceu Cleber Conde, Lígia Mara Menossi de Araújo, Luciana Nogueira e Pedro Henrique Varoni de Carvalho, com apoio de 15 alunos/tutores do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) e do curso de Bacharelado em Linguística, todos da UFSCar.
Os alunos foram incentivados a discutir as relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Linguagem, escolhendo recortes temáticos para os e-zines. A escolha temática e os recortes editorais revelam as inquietações das novas gerações de estudantes e permitem um diálogo interdisciplinar a partir das ferramentas da comunicação e expressão e do reconhecimento da linguagem como meio de aproximação das diferenças", explicam os professores que organizaram a iniciativa. 
Como resultado, foram publicados 28 e-zines sobre temas variados. A coletânea de trabalhos da turma A abordou Criptomoedas; Redes sociais e a Inclusão Digital; Desigualdade entre Sexos; Sociedade da Estatística; Educação Financeira; A evolução dos meios de transporte; Próteses; Carnavalizou; Tecnologia (o mundo distópico que se tornou normal); Covid 19, o novo normal; Esporte, Política e Tecnologia; Alexa fala comigo. A turma B falou sobre Vegetê; A Cultura do Cancelamento; Comunicação não verbal; Os robôs vão dominar o mundo?; Metaverso; e Saúde mental na pandemia. Na turma C, os temas escolhidos foram: Nem tudo que brilha é ouro; Fraudes digitais; Metaverso; Catástrofe ambientais; e Jogos online. Já a Turma D tratou dos assuntos Super real; Quanto pode o podcast?; Seja Cerrado; Ciência e pseudociência; e Criptmoedas.
"Os alunos exercitaram todas as etapas de construção de um objeto editorial: da reunião de pauta para escolha do tema ao processo de produção de textos, finalizando com a criação do design", contaram os professores que organizaram a proposta. "A metodologia, construída com amplo apoio dos tutores, permitiu também um rico diálogo entre docentes, tutores e alunos de graduação".
Para os docentes da UFSCar, com a publicação do material resultante da oferta da disciplina, "o projeto se consolida pelo aspecto inovador e criativo, trabalhando a produção de texto em perspectiva de divulgação científica a partir das inquietações dos estudantes". 
Todos os e-zines podem ser conferidos no site www.e-zine.ufscar.br/e-zines/e-zines-2022-1/e-zines-2022.
Evento acontece entre os dias 23 a 27 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para a décima edição da Semana da Estatística (SEst) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), que abordará o tema "A estatística através do tempo".
O evento ocorre entre os dias 23 a 27 de agosto, nos campi das duas universidades em São Carlos. A programação prevê palestras, minicursos de programação estatística, mesas-redondas e workshops. Além disso, a inscrição dá direito a brindes exclusivos da SEst.
As inscrições podem ser feitas neste link www.sestsc.com.br/register. Mais informações no site do evento (www.sestsc.com.br).
Pesquisa de Iniciação Científica aponta riscos a Unidades de Conservação e pode auxiliar na formulação de políticas públicas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que analisa dinâmicas da paisagem em áreas protegidas no Estado de São Paulo, conquistou o primeiro lugar no Prêmio MapBiomas (https://mapbiomas.org/premio), na categoria Jovem. O estudo detectou que os espaços analisados - Zonas de Amortecimento que protegem Unidades de Conservação -, de forma geral, perderam cobertura florestal ao longo dos anos e que faltam, no Cerrado, zonas classificadas como de alta preservação.
O trabalho, desenvolvido no escopo de uma Iniciação Científica financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é de autoria de Alexandre Bomfim Gurgel do Carmo, estudante de Ciências Biológicas no Campus Lagoa do Sino da UFSCar. A orientação foi de Paulo Guilherme Molin, docente no Centro de Ciências da Natureza (CCN), e co-orientação de Felipe Rosafa Gavioli, estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis (PPGPUR), também da UFSCar.
O autor e os orientadores integram o Centro de Pesquisa e Extensão em Geotecnologias (CePE-Geo), grupo dedicado ao desenvolvimento de projetos com aplicação de geotecnologias, coordenado por Molin e André Toledo, também docente no CCN. O projeto de pesquisa é também vinculado ao projeto Temático Fapesp NewFor (Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza - https://bit.ly/3ObZPh0), do qual Molin é pesquisador.
Para as análises, foi utilizado o mapeamento de uso e ocupação da terra, disponibilizado pela Rede MapBiomas, que foi tratado pelo autor com o uso de ferramentas de geoprocessamento, enfocando as Zonas de Amortecimento (ZAs) de Unidades de Conservação (UCs) do Estado. O intuito foi analisar as dinâmicas da paisagem em cada ZA, gerando conhecimento novo a partir do mapeamento disponibilizado.
Unidades de Conservação são espaços territoriais protegidos por lei, podendo ser de proteção integral (que não permitem exploração) ou de uso sustentável (permitindo exploração com regras). Já as ZAs são áreas de entorno às UCs, como se fossem uma "zona tampão" - ou seja, um território em volta da unidade de conservação sujeito a normas e restrições específicas que visam filtrar impactos negativos das atividades no entorno, como ruídos, poluição, espécies invasoras e o próprio avanço da ocupação humana.
O trabalho avaliou, de forma inédita, como as ZAs de UCs paulistas estão evoluindo - de 1988 a 2018 - em relação a sua cobertura de vegetação nativa. Foram detectadas 33 ZAs classificadas como alta conservação; 18 como média conservação; e 34 como baixa conservação - sendo alta a cobertura de vegetação nativa acima de 40%; média, entre 20 e 40%; e baixa, inferior a 20%.
Outro dado encontrado diz respeito aos biomas: todas as ZAs classificadas como de alta conservação estão na Mata Atlântica - não há, portanto, nenhuma no Cerrado. "Vários estudos mostram que já existe pouca área preservada neste bioma. Para piorar, detectamos que, entre as UCs existentes ali, nenhuma tem zona de amortecimento com boa qualidade. O Cerrado no Estado de São Paulo está sendo negligenciado", alerta Molin.
Além disso, as ZAs analisadas tiveram uma diminuição de mais de 38 mil hectares de vegetação nativa ao longo dos últimos 30 anos, e a maioria de alta qualidade de conservação está na categoria de uso sustentável, e não na de proteção integral.
"Em muitos lugares de vegetação nativa, detectamos, ao longo do tempo, uma transição para áreas de agricultura, de pastagens ou urbanas. Isso acende uma luz vermelha de que algo está errado, que uma política pública que deveria estar ajudando na conservação, de certa forma, não funciona como deveria", analisa o docente.
"A presença de paisagens urbanas é um fato dos últimos anos, e o desenvolvimento das áreas estudadas é importante - porém, deve ser feito de forma sustentável, prezando pela conservação", pontua Carmo.
Ao detectar quais zonas estão muito bem protegidas e quais não estão, o estudo traz dados importantes para ação do poder público. "É possível analisar quais UCs devem ser prioridade para alocação de verba pública, implementação de melhorias e outras estratégias que possam melhorar a qualidade da conservação desses espaços", registra o docente da UFSCar.
Nesse sentido, Carmo acrescenta que o estudo pode auxiliar, de imediato, em tomadas de decisão e em políticas públicas que envolvam o plano de manejo adequado das ZAs das UCs do Estado de São Paulo, de acordo com cada particularidade.

Premiação
Em sua quarta edição, o Prêmio MapBiomas é realizado pela Rede MapBiomas (https://mapbiomas.org/o-projeto), em parceria com o Instituto Ciência Hoje. A Rede desenvolve o mapeamento anual de cobertura e uso da terra no Brasil desde 1985, além de validar e refinar alertas de desmatamento, gerando laudos para cada alerta detectado no Brasil desde 2019. Também monitora mensalmente a superfície de água e áreas queimadas no Brasil.
A premiação visa estimular trabalhos que utilizam dados de qualquer iniciativa, módulo ou produto da MapBiomas, incluindo iniciativas de outros países.
"Em um momento tão difícil que estamos passando na Ciência e na academia brasileira, o Prêmio MapBiomas vem valorizar, reconhecer e destacar a importância das pesquisas científicas para o Brasil", sintetiza Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas.
Para Shimbo, os trabalhos contemplados demonstram a seriedade e o compromisso da Ciência brasileira em contribuir na geração de conhecimento para a melhoria da sociedade e do País.
Molin corroroba com a ideia e enfatiza o grande diferencial da iniciação científica produzida na UFSCar, contemplada no Prêmio. "A Ciência, mesmo no nível de graduação, já comprova ser esclarecedora e inovadora, contribuindo com problemáticas da atualidade", avalia o orientador.
Para ele, o Campus Lagoa do Sino, criado há oito anos, já aponta seu crescimento exponencial por meio de conquistas como esta. "Isso comprova a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão realizados aqui e nosso enorme potencial, tendo a devida valorização e investimentos", finaliza.
Com a conquista do primeiro lugar na categoria Jovem, Carmo recebeu prêmio de R$10.000 além de assinatura anual da Revista Ciência Hoje Digital e bolsa para realização de um curso de geoprocessamento de imagens de satélites, usando o Google Earth Engine, promovido pela Solved.
Detalhes sobre a premiação e demais pessoas contempladas estão em https://mapbiomas.org/premio.

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