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AFEGANISTÃO - Os sistemas de defesa antimísseis dos EUA interceptaram pelo menos 5 foguetes disparados no aeroporto de Cabul, no Afeganistão, na manhã desta 2ª feira (30). A informação é da agência Reuters, que conversou com uma autoridade norte-americana.

Em comunicado, a Casa Branca declarou que o presidente do país, Joe Biden, foi informado e reafirmou que as Forças dos EUA devem fazer o necessário para proteger os militares norte-americanos no terreno. Segundo o governo, as operações no aeroporto de Cabul não foram interrompidas.

De acordo com a Reuters, mais de 114 mil pessoas, entre estrangeiros e afegãos, já deixaram o Afeganistão desde 15 de agosto, quando o Talibã retornou ao poder.

O prazo para retirada dos Estados Unidos do Afeganistão termina nesta 3ª feira (31). Pelo menos 97 países e territórios fizeram um acordo com o grupo para garantir a saída segura de seus cidadãos depois desta data. O documento divulgado pelo governo dos Estados Unidos nesse domingo (29) não inclui o Brasil.

Segundo o comunicado, o Talibã garantiu que todos os cidadãos estrangeiros e afegãos com autorização de viagem dos países listados possam deixar o Afeganistão com segurança mesmo depois de 3ª (31).

A situação no perímetro do aeroporto está se deteriorando desde 5ª feira (26), quando 180 pessoas morreram depois de um ataque suicida na região. O Estado Islâmico Khorosan, inimigo do Talibã, assumiu a autoria do atentado. No sábado (28.ago), os EUA alertaram para a possibilidade de um novo ataque.

No domingo (29), os EUA realizaram um ataque aéreo defensivo nas proximidades do aeroporto. Segundo informações repassadas à CNN, foram 2 explosões: a promovida pelos EUA, com um drone, para destruir o carro-bomba, e outra em decorrência da quantidade substancial de material explosivo no veículo.

 

 

*Por: PODER360

EUA - Forças dos Estados Unidos (EUA) que ajudam a retirar afegãos desesperados para fugir do domínio do Talibã estão em alerta para mais ataques na sexta-feira (27), depois que pelo menos um homem-bomba do Estado Islâmico matou 85 pessoas, incluindo no mínimo 13 soldados norte-americanos, diante dos portões do aeroporto de Cabul.

Duas explosões e disparos sacudiram a área na noite dessa quinta-feira (26), disseram testemunhas. Vídeos filmados por jornalistas afegãos mostraram dezenas de corpos espalhados ao redor de um canal à beira do aeroporto.

Uma autoridade de saúde e um oficial do Talibã disseram que o número de afegãos mortos subiu para 72, incluindo 28 membros do Talibã, mas um porta-voz do grupo negou mais tarde que qualquer um de seus combatentes no perímetro do aeroporto tenha sido morto.

Militares norte-americanos informaram que 13 de seus efetivos foram mortos e que 18 ficaram feridos no que descreveram como um ataque complexo.

O Estado Islâmico, inimigo do Talibã e também do Ocidente, disse que um de seus homens-bomba visou a "tradutores e colaboradores do Exército americano".

Não ficou claro se homens-bomba foram responsáveis pelas duas detonações ou se uma bomba foi plantada. Tampouco se sabe se atiradores do Estado Islâmico se envolveram no ataque ou se os disparos que se seguiram às explosões foram de seguranças do Talibã atirando para o alto a fim de controlar a multidão.

 

Retaliação

O general Frank McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA, disse que comandantes de seu país estão atentos para mais ataques do Estado Islâmico, o que inclui a possibilidade de foguetes ou carros-bomba visando ao aeroporto.

"Estamos fazendo tudo que podemos para estar preparados", afirmou, acrescentando que alguma inteligência está sendo compartilhada com o Talibã e que acredita que "alguns ataques foram impedidos por eles".

As forças norte-americanas estão correndo para finalizar sua retirada do Afeganistão até o prazo de 31 de agosto, estabelecido pelo presidente Joe Biden. Ele diz que os EUA atingiram há tempos seu objetivo original ao invadir o país em 2001: extirpar militantes da Al Qaeda e evitar uma repetição dos ataques de 11 de setembro daquele ano nos EUA.

Biden disse ainda que determinou ao Pentágono que planeje como atacar o Estado Islâmico Khorasan, filiada do Estado Islâmico que assumiu a responsabilidade pelos atentados de ontem.

"Não perdoaremos. Não esqueceremos. Caçaremos vocês e os faremos pagar", disse Biden durante pronunciamento na Casa Branca.

 

 

*Por Reuters

EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com a voz embargada de emoção, prometeu na quinta-feira (26) que os EUA vão caçar os responsáveis pelas duas explosões ocorridas mais cedo no aeroporto de Cabul, no Afeganistão, e disse que pediu ao Pentágono que desenvolva planos de ataque aos militantes islâmicos responsáveis pela ação.

Biden falou horas depois que as duas explosões mataram 12 soldados norte-americanos e feriram mais 15, no pior dia de baixas para as forças norte-americanas em uma década.

"Não vamos perdoar, não vamos esquecer. Vamos caçá-los e fazê-los pagar", disse Biden em declarações na Casa Branca.

Biden disse que os voos de retirada dos EUA no Afeganistão continuarão. Ele não deu qualquer indicação de mudança na meta de encerrar as retiradas até a próxima terça-feira (31).

"Também ordenei aos meus comandantes que desenvolvam planos operacionais para atacar os meios, lideranças e instalações do ISIS-K (Estado Islâmico-Khorasan). Responderemos com força e precisão em nosso momento, no lugar que escolhermos e no momento de nossa escolha", disse Biden.

 

 

*Por Trevor Hunnicutt e Steve Holland - Repórteres da Agência Reuters

AFEGANISTÃO - No passado, o país asiático teve papel decisivo nas atividades de proponentes da "guerra santa" islâmica, como EI e Al Qaeda. Com o retorno dos talibãs, é grande o temor internacional de que esse quadro se repita.

À medida que as tropas dos Estados Unidos se retiram do Afeganistão, fica claro que a única meta de Washington no país sempre foi garantir sua própria segurança. O presidente Joe Biden não deixou qualquer dúvida a respeito, durante um discurso em meados de agosto, ao declarar: "Nosso interesse mais vital de todos no Afeganistão permanece o que sempre foi: evitar um atentado terrorista ao nosso país."

A assertiva de que esse interesse pode ser preservado sem presença militar americana não é partilhada por todos os políticos do país. O líder republicano do Comitê de Assuntos Estrangeiros da Câmara dos Representantes, Michael McCaul, declarou que o Afeganistão está voltado a ser o "celeiro terrorista" que era antes da invasão pelos EUA, em 2001.

O general do Exército Mark Milley também manifestou-se apreensivo de que grupos militantes como a Al Qaeda e o "Estado Islâmico" (EI) possam restaurar rapidamente suas redes de conexões no país que tem fronteiras com o Irã e o Paquistão.

 

O Talibã vai mudar?

Embora havendo risco real de que esses grupos se reorganizem no Afeganistão, o especialista Daniel Byman escreveu recentemente na revista Foreign Affairs considerar improvável que ele volte a se tornar a base internacional para jihadistas, mesmo que a retirada das tropas americanas dificulte as operações antiterrorismo.

No artigo intitulado O Afeganistão voltará a ser um porto seguro terrorista? Byman dá vários motivos para uma resposta negativa: por um lado, a Al Qaeda perdeu grande parte de sua antiga força, e o Talibã e o EI são inimigos. Acima de tudo, porém, os novos líderes afegãos teriam aprendido com o passado, devendo, portanto, comportar-se de maneira diversa.

O especialista em Sul da Ásia Christian Wagner, do Instituto Alemão para Política Internacional e Segurança (SWP), também considera improvável os jihadistas restabelecerem sua antiga presença num Afeganistão dominado pelos talibãs, até porque "eles não querem mais ser uma nação pária e estão trabalhando no sentido do reconhecimento internacional".

Quando o grupo governou o país, de 1996 a 2001, prossegue Wagner, o assim chamado Emirado Islâmico do Afeganistão só era reconhecido pelo Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. "Agora o Talibã quer mudar isso. E sabe que um maior reconhecimento internacional só é possível se adaptar sua política, sobretudo na forma de lidar com grupos jihadistas."

 

Talibãs sob os olhos do mundo

Os países ocidentais não são os únicos alarmados com a perspectiva de os talibãs transformarem o Afeganistão num reduto internacional para jihadstas. A fim de vigiar as intenções dos talibãs, há anos a Rússia mantém canais de comunicação com eles. Nos últimos meses, a China tem igualmente intensificado o diálogo com representantes do grupo islamista, da mesma forma que o Irã, oferecendo seu apoio para eventuais negociações de paz, no futuro.

Todos esses três países estão unidos na luta contra o jihadismo, e é provável que os talibãs saibam disso. E, mesmo depois de sua retirada do Talibã, os EUA não confiam apenas na boa vontade dos fundamentalistas para evitar novos ataques terroristas.

Segundo Byman, os americanos ainda dispõem de mecanismos de reconhecimento avançados para observar e combater a emergência do jihadismo no país em que estavam estacionados. "Os militares dos EUA exploraram maneiras de empregar suas bases aéreas fora do Afeganistão para ofensivas contra acampamentos da Al Qaeda, ou de operar no país por outras maneiras, caso seja necessário", escreve o analista na Foreign Affairs.

 

Relações diferentes com EI e Al Qaeda

Ainda assim, permanecem estreitos os laços entre o Talibã e a Al Qaeda, na visão de Edmund Fitton-Brown, chefe da missão das Nações Unidas para monitorar os dois grupos islamistas e também o EI: "Partimos do princípio de que a liderança da Al Qaeda continua sob a proteção do Talibã", comentou à emissora NBC em outubro de 2020.

De acordo com um relatório publicado em maio de 2020 pelo Conselho de Segurança da ONU, contudo, o EI sofreu reveses significativos no Afeganistão, nos quais o Talibã desempenhou papel central.

Fundamentalmente, grupos jihadistas como o EI e a Al Qaeda perseguem metas diversas do Talibã: enquanto este é quase inteiramente concentrado em expandir seu domínio em território afegão, os outros dois operam em nível internacional, fronteiras não lhes interessam.

Christian Wagner frisa que metas assim divergentes afetam as relações entre o Talibã e o EI, com este acusando os afegãos de se concentrarem exclusivamente em seu país, colocando-o acima do islã e da meta de proliferar o islamismo.

A Al Qaeda também persegue essa meta, mas de um modo diferente do EI, que não gera tensão com o Talibã. Além disso, "ambos os grupos são interligados por sua experiência comum de combate no Afeganistão, em parte é quase impossível separá-los entre si", diz Wagner.

Para o perito do SWP, justamente esse fato poderá tornar difícil para o Talibã definir sua relação com a Al Qaeda, após a tomada de poder no Afeganistão: muito se esclarecerá antes no nível local do que nacional, e "dependerá fortemente das relações pessoais".

 

 

*Autor: Kersten Knipp / DW

VALE DO PANJSHIR - Cerca de 150 quilômetros a nordeste de Cabul, capital do Afeganistão, se encontra o último reduto da resistência contra o avanço do Talebã no país.

Um vale de montanhas escarpadas que se mantém livre de invasões há mais de 40 anos.

O Vale do Panjshir resistiu à ocupação das tropas soviéticas na década de 1980 (1979-1989) e enfrentou o Talebã na década de 1990 (1996-2001), tornando-se um reduto de oposição ao grupo islâmico.

"Na história contemporânea do Afeganistão, Panjshir nunca foi conquistado, nem por forças estrangeiras, nem pelo Talebã", diz a jornalista Mariam Aman, do serviço afegão da BBC.

"Nas últimas duas décadas, essa foi considerada a região mais segura do país, bem como uma zona de resistência", explicou Aman à BBC Mundo, serviço em língua espanhola da BBC.

Hoje, é a única entre 34 províncias que não sucumbiu ao avanço dos talebãs.

"Estamos prontos para resistir ao Talebã pela segunda vez", disse o chefe do Departamento de Economia de Panjshir, Abdul Rahman, na última semana.

A mensagem foi reiterada por Amrullah Saleh, vice-presidente do Afeganistão, que se declarou "legítimo presidente interino" desde que o presidente eleito Ashraf Ghani deixou o país para fugir para o exílio.

Saleh, um ex-chefe dos serviços secretos afegãos, pediu ao povo que se juntasse à resistência no vale, que ele considera um exemplo para o restante do país.

"Nunca estarei sob o mesmo teto que o Talebã. NUNCA", escreveu no Twitter.

Acredita-se que Saleh esteja em Panjshir ao lado do filho de um famoso guerrilheiro — Ahmad Masud, cujo pai ficou conhecido como "Leão de Panjshir" — com quem ele supostamente lidera uma frente anti-Talebã.

Uma fortaleza natural

As altas falésias e desfiladeiros de Panjshir fazem do território uma fortaleza natural, com uma entrada bastante estreita e arredores pontuados por altas montanhas que dificultam o acesso.

Cortado pelo rio Panjshir, o vale fica bem próximo à cordilheira Hindu Kush, um maciço montanhoso na fronteira com o noroeste do Paquistão.

Foi uma importante passagem para os exércitos de Alexandre, o Grande e Tamerlão, o último dos grandes conquistadores nômades da Ásia Central.

A região é rica em recursos naturais, com minas de esmeraldas, hidrelétricas e um parque eólico. Durante os 20 anos de ocupação dos Estados Unidos, a infraestrutura ganhou melhorias com a construção de estradas e uma torre de rádio que recebe sinais da capital.

Não chega a ser, porém, um enclave vital a nível econômico.

"É um local que funciona para a guerra de guerrilha, mas não é estratégico. Não fica perto de nenhum grande porto, não tem indústrias, não chega a dar grande contribuição ao Produto Interno Bruto do país. O que tem de mais significativo é uma rodovia que passa perto, chamada Salang Pass", afirma o jornalista afegão Haroon Shafiqi, da BBC World Service.

"Em 1997, o Talebã cortou todas as rotas para Panjshir e aqueles que viviam lá ficaram sem comida", ele acrescenta. Ainda assim, a resistência se manteve no vale.

A área tem atualmente entre 150 mil e 200 mil habitantes, quase todos falam persa e são da etnia tajique, que representa cerca de um quarto dos 38 milhões de pessoas que vivem no Afeganistão.

É uma população historicamente anti-talebã.

 

'Símbolo de resistência'

Uma figura-chave na história da resistência de Panjshir é Ahmad Shah Massoud, famoso guerrilheiro mujahideen (rebeldes apoiados pelos EUA na guerra contra os soviéticos) que liderou a luta pela autonomia na região na década de 1980 e 90 e foi assassinado pela Al-Qaeda dois dias antes do 11 de setembro 2001.

O retrato de Massoud — que ficou conhecido como "Leão de Panjshir" (Panjshir significa "cinco leões") — é encontrado até hoje em muitos lugares na capital afegã, de monumentos a outdoors e vitrines, e em toda a província de Panjshir.

"Panjshir foi usado como bastião por ele durante a guerra soviético-afegã (na década de 1980)", explica Aman.

"O vale se tornou um símbolo de resistência naquela época e também depois, na guerra entre as várias facções dos mujahideen e do Talebã, de meados da década de 1990 até 2001 (quando a ocupação do Talebã terminou, na esteira da ocupação americana)."

Desde a morte de Massoud em 2001, diz ela, a região manteve seu legado de resistência entre o povo do Afeganistão na luta contra o Talebã.

Massoud foi declarado herói nacional pelo presidente Hamid Karzai.

Desde 2012, seu aniversário de morte é comemorado no dia 9 de setembro como o Dia dos Mártires.

Parte da comunidade internacional, contudo, chegou a denunciar crimes de guerra cometidos pelo comandante. Investigação de 2005 da Human Rights Watch listou seu nome entre uma série de personagens envolidos em violações contra os direitos humanos que atuaram durante as guerras no Afeganistão.

O vice-presidente Amrullah Saleh deixou clara sua devoção a ele.

"Nunca trairei a alma e o legado de meu herói Ahmad Shah Massoud, comandante, lenda e guia. Sob nenhuma circunstância me curvarei aos terroristas do Talebã", escreveu recentemente no Twitter.

Natural de Panjshir e membro da etnia tajique, Saleh fez parte da Aliança do Norte, uma frente que lutou contra o Talebã nos anos 1990.

 

'Sabíamos que este dia podia chegar'

Quem hoje participa ativamente da resistência é seu filho, Ahmad Massoud, de 32 anos.

Imagens que circularam nas redes sociais no último dia 16 de agosto supostamente mostram Saleh e Massoud juntos, em uma sinalização de aliança entre os dois.

Em um artigo de opinião no jornal The Washington Post, o filho do "Leão de Panjshir" disse que seus combatentes têm apoio militar de membros do exército afegão e das forças especiais.

Também afirmou que o grupo teria armazenado pacientemente munições e armas desde o tempo de seu pai "porque sabíamos que esse dia poderia chegar". Ele pede, contudo, reforços.

"A resistência dos mujahideen ao Talebã começa agora, mas precisamos de ajuda", escreveu.

"Se os talebãs lançarem um ataque, eles certamente enfrentarão forte resistência de nossa parte. [...] No entanto, sabemos que nossas forças militares e logísticas não serão suficientes. Elas se esgotarão rapidamente, a menos que nossos amigos no Ocidente encontrem uma maneira de nos abastecer sem demora."

 

 

*Por: BBC NEWS

RÚSSIA - O presidente russo Vladimir Putin pediu, no domingo (22), para interromper a entrada de afegãos nas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, alertando sobre a eventual chegada ao seu país de "combatentes disfarçados de refugiados".

"Nossos colegas ocidentais pedem com insistência para recebermos refugiados nos países da Ásia Central até que tenham um visto para os Estados Unidos e outros países", disse Putin em uma reunião com responsáveis de seu partido Rússia Unida.

"Mas quem pode estar entre esses refugiados, como podemos saber?", continuou o presidente, afirmando que poderiam ser "centenas, milhares ou até milhões" de pessoas.

As ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, algumas que fazem fronteira com o Afeganistão, são "nossos aliados próximos e nossos vizinhos com quem não temos restrições de vistos", lembrou.

Neste sentido, alertou sobre a chegada "de combatentes disfarçados de refugiados" ao território russo.

A Rússia "não quer esses elementos procedentes do Afeganistão ou de outros países onde estão presentes", insistiu Putin.

 

 

*Por: AFP

EUA - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse no sábado (21) que a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão foi “a maior humilhação de política externa” da história do país. As informações são da Reuters.

“A saída fracassada do Afeganistão organizada por [Joe] Biden é a demonstração mais surpreendente de incompetência grosseira por parte de um líder nacional”, falou Trump ao discursar em um comício perto da cidade de Cullman, no Alabama.

O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou em abril que a missão dos Estados Unidos no Afeganistão chegaria ao fim depois de 20 anos. Aos poucos, os militares norte-americanos foram deixando o país e o Talibã voltou a ganhar território.  

Em 15 de agosto, o Talibã conquistou Cabul e retornou ao poder no Afeganistão. Abdul Ghani Baradar, cofundador do Talibã, chegou à capital afegã nesse sábado (21.ago) com a tarefa de criar um novo governo no Afeganistão.

Trump culpou Biden por não ter seguido o plano que seu governo propôs. D acordo com o republicano, o Talibã, com quem ele negociou, o respeitava. O ex-presidente dos EUA sugeriu que o rápido avanço do grupo extremista não teria acontecido se ele ainda estivesse no cargo.

“Isso não foi uma retirada. Foi uma rendição total”, falou Trump. “Poderíamos ter saído com honra”, acrescentou. “Devíamos ter saído com honra. E, em vez disso, saímos com o exato oposto da honra.”

Em pronunciamento realizado em 16 de agosto, Biden defendeu sua decisão de encerrar a missão norte-americana no Afeganistão. O democrata afirmou que o objetivo dos Estados Unidos não era “construir uma nação” ou “criar uma democracia unificada e centralizada”.

Biden lembrou que herdou de Trump o acordo com o Talibã que previa a retirada das tropas em maio. De acordo com o presidente norte-americano, ele não conseguiria manter a segurança dos militares do país caso não cumprisse o acordado.

“Pouco antes de deixar o cargo, ele [Trump] também reduziu as Forças dos EUA a um mínimo de 2.500”, declarou Biden.

 

 

*Por: PODER360

EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu na sexta-feira (20) que todo norte-americano que quiser será retirado do Afeganistão comandado pelo Talibã – cerca de 13 mil já foram levados para casa até agora.

Diante de uma avalanche de críticas pela saída das tropas dos EUA, Biden disse que não pode prometer qual será o desfecho no Afeganistão, onde seu país combateu a organização islâmica durante 20 anos.

"Esta é uma das maiores e mais difíceis pontes aéreas da história, e o único país do mundo capaz de projetar tanto poder do lado mais distante do mundo com este grau de precisão são os Estados Unidos da América", afirmou Biden em um discurso na Casa Branca.

"Faremos tudo, tudo que pudermos, para proporcionar uma retirada segura para nossos aliados afegãos, parceiros e afegãos que podem ser visados por causa de sua associação com os Estados Unidos", disse o presidente, acrescentando que o governo norte-americano buscará todo compatriota que quiser partir.

Potências estrangeiras tentam acelerar as retiradas devido aos relatos de represálias do Talibã, inclusive contra pessoas que trabalharam com as forças lideradas pelos EUA de saída ou o governo anterior apoiado pelo Ocidente.

No total, países estrangeiros já retiraram de avião mais de 18 mil pessoas desde que os militantes tomaram a capital Cabul, de acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas governos ocidentais estão sendo criticados por não preverem um êxodo tão caótico.

Milhares de afegãos desesperados agarrados a documentos, crianças e alguns pertences ainda lotavam o aeroporto de Cabul quando membros do Talibã munidos de armas pediram que as pessoas sem documentos de viagem voltassem para casa. Dentro e nos arredores do aeroporto, 12 pessoas foram mortas desde domingo (15), disseram autoridades da Otan e do Talibã.

O tumulto é tão grande que nenhuma nação sabe em que avião estão seus cidadãos, e algumas pessoas foram surpreendidas enquanto visitavam familiares, disse um ministro holandês.

"Aqueles que estão em perigo não têm uma saída clara", disse Shabia Mantoo, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), apelando para que países vizinhos mantenham suas fronteiras abertas.

A velocidade com que o Talibã conquistou o Afeganistão enquanto tropas estrangeiras finalizavam sua retirada surpreendeu até seus próprios líderes e deixou vácuos de poder em muitos locais.

O Talibã pediu união antes das orações desta sexta-feira, solicitando aos imãs que persuadissem as pessoas a não partirem. Moradores de Cabul e de quatro outras cidades disseram que o comparecimento foi baixo, mas que as orações transcorreram sem incidentes.

Mas um civil alemão foi ferido por um tiro a caminho do aeroporto antes de ser retirado, disse um porta-voz do governo da Alemanha.

Alguns afegãos relatam ter sido espancados e sofrido operações domiciliares, enquanto outros disseram ter recebido garantias. Porta-vozes do Talibã não estavam disponíveis de imediato para comentar.

 

 

*Por Reuters

REINO UNIDO - Os ministros das Relações Exteriores do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo) pediram nessa quinta-feira (19) à comunidade internacional para unificar suas respostas à crise no Afeganistão, a fim de prevenir que a situação no país saia de controle, afirmou o chanceler britânico, Dominic Raab.

Os militantes do Talibã tomaram o controle do país no fim de semana, em um movimento que colocou milhares de civis e militares afegãos em fuga, em busca de segurança. Muitos temem a volta a uma interpretação rígida da lei Islâmica imposta durante o último governo do grupo, que acabou há 20 anos.

"Os ministros do G7 solicitam a toda a comunidade internacional que se una em uma missão compartilhada para prevenir a escalada da crise no Afeganistão", disse Raab, em nota, após a reunião com os ministros do G7.

O Reino Unido detém atualmente a liderança rotativa do G7, que também inclui Estados Unidos, Itália, França, Alemanha, Japão e Canadá.

"A crise no Afeganistão requer resposta internacional, incluindo o engajamento intensivo em questões críticas na região: com os afegãos mais afetados, as partes do conflito, o Conselho de Segurança da ONU, o G20, doadores internacionais, e os vizinhos regionais do Afeganistão", disse na nota.

Na quarta-feira (18), o Reino Unido afirmou que dobraria seu auxílio humanitário e de desenvolvimento para o Afeganistão para 286 milhões de libras neste ano.

Paralelamente, Raab disse, nessa quinta-feira à noite, que o Reino Unido e a Turquia estão trabalhando juntos no Afeganistão para garantir as retiradas em segurança. O ministro britânico agradeceu à Turquia pelo comprometimento na garantia da segurança do aeroporto de Cabul, ao lado das tropas britânicas.

 

 

*Por William James e Kanishka Singh - Repórteres da Reuters

EUA - O Fundo Monetário Internacional anunciou na quarta-feira (18) que vai suspender os fundos para o Afeganistão devido à incerteza sobre o estado do governo em Cabul, após a tomada do país pelos talibãs.

"Como sempre, o FMI se guia por opiniões da comunidade internacional", disse um porta-voz à AFP.

"Atualmente existe uma falta de clareza dentro da comunidade internacional em relação ao reconhecimento de um governo no Afeganistão, consequentemente o país não pode acessar os Direitos Especiais de Saque (DES) ou outros recursos do FMI", acrescentou.

O Fundo já tomou medidas similares antes, quando parte dos seus membros não reconhecem o governo de um país, como no caso da Venezuela.

O FMI tem 190 países-membros que estão divididos sobre o Afeganistão.

Depois de duas décadas tentando derrotar os talibãs, as potências ocidentais enfrentam a difícil escolha de estabelecer ou não relações com o grupo fundamentalista que agora controla o Afeganistão.

O Canadá já anunciou que não vai reconhecer os talibãs. A França enumerou cinco condições prévias. Rússia, China e Turquia saudaram as primeiras declarações públicas dos insurgentes.

O FMI devia liberar uma parte final da ajuda a Cabul no âmbito de um programa aprovado em 6 de novembro de 2020 no total de 370 milhões de dólares.

Este programa de 42 meses (três anos e meio) resultou em um desembolso imediato de 115 milhões de dólares. Uma segunda parte da ajuda, no valor de 149,4 milhões de dólares, foi desembolsada no começo de junho, após uma revisão inicial do avanço do programa.

Restava liberar cerca de 105,6 milhões de dólares previstos neste plano de ajuda, concedido no âmbito da Facilidade de Crédito Estendida, cujo objetivo era apoiar a economia afegã, fortemente afetada pela pandemia de covid-19.

O presidente do Banco Central do Afeganistão, Ajmal Ahmady, que deixou o país no domingo, também informou nesta quarta que Cabul receberia no próximo 23 de agosto cerca de 340 milhões de dólares do FMI pela emissão de novos DES.

"Não sei se esta alocação vai continuar", disse em um tuíte.

Criados em 1969, os DES não são uma moeda, nem têm existência material. Seu valor se baseia em uma cesta de cinco moedas internacionais importantes: dólar, euro, libra, iuane e iene.

Uma vez emitidos, os DES podem ser usados como moeda de reserva que estabiliza o valor da moeda nacional ou podem ser convertidos em moedas mais fortes para financiar investimentos.

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O Afeganistão, extremamente dependente de ajuda internacional, é um dos países mais pobres do mundo.

 

 

*Por: AFP

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