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SÃO PAULO/SP - Duas mortes por febre amarela neste ano foram confirmadas pelo governo de São Paulo. No total, quatro pessoas foram infectadas. Uma das mortes ocorreu no estado, mas a vítima era residente de Minas Gerais. São Paulo não tinha casos da doença desde 2020, quando um registro foi confirmado.

De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%. A Secretaria Estadual de Saúde lembra que a vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde.

A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.

A secretaria aponta que, desde o primeiro caso, tem reforçado a vacinação, além de fazer a investigação epidemiológica e a sensibilização da rede de saúde para detectar precocemente situações suspeitas.

Sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A prevenção é a vacina. 

A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.

Histórico

Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectado no ano 2000, no estado de São Paulo. Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul. 

 

 

AGÊNCIA BRASIL

No verão o risco de transmissão da Febre Amarela é maior

 

SÃO CARLOS/SP - A Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias do Departamento de Vigilância em Saúde de São Carlos alerta a população para a chegada do verão, período de maior risco de transmissão da Febre Amarela. Essa preocupação se dá devido ao início do período de férias, com o aumento da circulação de pessoas não vacinadas para áreas recém afetadas pelo vírus e áreas endêmicas de ocorrência da doença, seja dentro do estado de São Paulo ou outros municípios do Brasil, mesmo em período de pandemia de COVID-19. 

Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em áreas com recomendação da vacina contra Febre Amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas devem se imunizar pelo menos 10 dias antes do deslocamento.

O município de São Carlos é área com recomendação permanente da vacina contra a Febre Amarela desde o ano de 2008. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde para as pessoas que ainda não tomaram nenhuma dose.

Até o momento, a cobertura vacinal de Febre Amarela no município é de 53,77% (dados 2021).

Com o objetivo de orientar e esclarecer a população, a Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, vai iniciar a instalação de placas de alerta em pontos definidos como áreas de risco de transmissão de febre amarela, como áreas de mata, áreas de condomínios residenciais próximas a áreas silvestres, caracterizadas pela ocupação humana e desmatamento, como por exemplo, assentamentos, dentre outros.

A Febre Amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti, cujo ciclo de vida se completa em uma semana em criadouros artificiais disponibilizados pelo homem. Vale ressaltar que o Aedes aegypti também é o vetor da Dengue, Zika e Chikungunya, arboviroses urbanas que também apresentam maior incidência no período de verão. Portanto, a população deve redobrar os cuidados para manter o ambiente livre de criadouros do vetor. 

Na cidade não há nenhum caso da doença registrado em 2021. Desde 1942, não há casos de febre amarela urbana no Brasil.

DOENÇA - A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. A doença possui dois ciclos de transmissão distintos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta), os mosquitos que vivem nas copas das árvores (Haemagogus e Sabethes) são transmissores e reservatórios do vírus e os primatas não humanos (macacos) são hospedeiros e amplificadores do vírus. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

Os macacos não transmitem a febre amarela. Eles são importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus da Febre Amarela está circulando. Macacos mortos são analisados em exames específicos para detectar se a causa morte foi Febre Amarela, o que aciona o alerta de cuidado com as pessoas 

Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A única forma de prevenção da doença é a vacinação. 

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