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BRASÍLIA/DF - Os partidos políticos devem enviar à Justiça Eleitoral até 18 de abril a lista atualizada de filiados. O prazo é mais uma formalidade que deve ser cumprida pelas legendas que vão participar as eleições de outubro.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a atualização deve ser feita pelo Sistema de Filiação Partidária (Filia), no qual o partido inclui o nome do filiado, a data de filiação e o número do título de eleitor.

Para concorrer às eleições de outubro, os candidatos deveriam ter a filiação deferida pelas legendas até 2 de abril, seis meses antes do pleito.

O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

BRASÍLIA/DF - O vice-presidente Hamilton Mourão vai se filiar ao Republicanos na próxima quarta-feira (16), durante evento realizado na sede nacional do partido, em Brasília. Eleito ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, Mourão segue pela primeira vez um caminho político independente e deve disputar o cargo de senador pelo Rio Grande do Sul nas eleições de outubro deste ano.

O general da reserva deixa o PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) para entrar na nova legenda. No final de fevereiro, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o dirigente estadual, deputado federal Carlos Gomes, comemoraram a filiação de Mourão. "Representa uma honra para o Republicanos e reforça o projeto de ampliação da força política do partido nas eleições de outubro", manifestaram-se, por meio de nota.

O deputado Aroldo Martins (Republicanos/PR) chegou a destacar o perfil do novo integrante do grupo. "Será um excelente quadro para o Republicanos, um homem público de perfil conservador, preparado, inteligente e moderado”, declarou.

A filiação será restrita para convidados e para a imprensa, em razão de medidas de prevenção contra a Covid.

 

Distanciamento de Bolsonaro

Há algum tempo, o presidente Jair Bolsonaro e Mourão já sinalizam que estaria descartada uma chapa para disputar a reeleição.

Ao longo do mandato como vice-presidente, Mourão deu várias declarações que desagradaram ou contrariaram entendimentos do Palácio do Planalto. Em uma das mais recentes, no início do conflito entre Rússia e Ucrânia, Mourão criticou Vladimir Putin e disse que o Brasil não estava neutro na disputa, mas acabou desautorizado pelo presidente.

“Quem fala sobre esse assunto é o presidente, e ponto-final”, disse Bolsonaro, desautorizando as declarações de Mourão sobre o conflito.

Horas depois, em sua live, o presidente Bolsonaro se referiu ao vice como "essa pessoa" e afirmou que ele não tinha competência para dar declarações sobre a guerra na Ucrânia, acrescentando que Mourão estava "dando peruada naquilo que não lhe compete".

BRASÍLIA/DF - O PV anunciou o desejo de filiar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que saiu do PSDB na semana passada e é cotado para ser candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido se soma ao Solidariedade e ao PSB, que manifestaram o mesmo interesse e ao PSD, que tem a intenção de lançá-lo ao Palácio dos Bandeirantes.

O convite partiu de José Luiz Penna, presidente nacional do PV, que foi secretário de Cultura na gestão do ex-governador paulista. A sigla tem quatro deputados, nenhum senador e nenhum governador.

“O Alckmin sempre tentou buscar o equilíbrio entre o meio ambiente e o progresso”, afirmou, por meio de nota, Brito França, Secretário de Organização do PV em São Paulo. Procurado, Alckmin não respondeu até a conclusão desta edição.

O partido mantinha conversas com outros dirigentes partidários em busca de uma candidatura alternativa a Lula e ao presidente Jair Bolsonaro, mas decidiu na terça-feira, 21, declarar apoio ao petista em 2022 e também endossar a chapa "Lula-Alckmin" . A direção nacional da legenda também anunciou apoio à formação de federação com PT, PSB e PCdoB.

Uma federação é um instrumento que determina que as alianças partidárias terão que ser respeitadas por no mínimo quatro anos e reproduzidas em todos os cargos legislativos e executivos nacionalmente, sem possibilidade de comportamento diferente nos Estados. O instrumento beneficia partidos pequenos porque facilita o cumprimento das exigências da chamada cláusula de desempenho. Pela regra, caso não consiga um determinado número de votos, a legenda fica sem acesso a recursos públicos e tempo de propaganda no rádio e na TV.

Apesar do apoio a Lula, uma ala da legenda ainda tenta fazer o PV mudar de ideia. O ex-deputado Eduardo Jorge (PV-SP), que foi candidato a presidente em 2014, publicou nas redes sociais mensagens deixando claro que discorda da decisão do partido.

Visto com maior chance de filiar Alckmin, o PSB ainda não bateu o martelo porque negocia com o PT a formação de palanques estaduais. Dirigentes da sigla querem que o partido de Lula dê apoio para candidatos em Estados como São Paulo, Pernambuco e Espírito Santo.

SÃO PAULO/SP - Após o presidente Jair Bolsonaro assinar sua filiação ao PL, o vereador de São Paulo Thammy Miranda anunciou que irá deixar a legenda, em um vídeo divulgado na terça-feira (30), em suas redes sociais.

O vereador, que foi o primeiro homem trans eleito para a Câmara Municipal de São Paulo, disse que não compartilha das mesmas ideias que Bolsonaro e que já sofreu ataques pessoas da família do presidente.

Com a ida do presidente para o Partido Liberal, do qual faço parte, estou dando entrada na minha desfiliação. Eu vou sair do partido. A gente tem ideias diferentes, além de que já sofri ataques pessoais de membros da família do presidente, inclusive contra o meu filho, quando ainda era um recém-nascido”, diz o vereador.

Em janeiro de 2020, o filho 02 do presidente Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, publicou em seu Twitter duas fotos de Thammy ao lado da esposa, Andressa Ferreira, e do filho então recém-nascido do casal, sem nenhuma legenda ou comentário.

O fato gerou desconfiança por parte de Thammy, que questionou a intenção das publicações de Carlos e cobrou explicações do vereador do Rio.

 

 

 

ISTOÉ

BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro se filiou hoje (30) ao Partido Liberal (PL). O ato de assinatura da ficha de filiação foi realizado nesta manhã durante uma cerimônia promovida pela legenda.

Eleito em 2018 pelo PSL, Bolsonaro deixou o partido em novembro de 2019 e não estava filiado a nenhum partido. A condição é necessária para a disputa das eleições gerais de 2022. Até o momento, a eventual candidatura do presidente à reeleição não foi oficializada.

Durante o evento, Bolsonaro destacou que a cerimônia foi uma simples filiação ao partido e que não estava “lançando ninguém a cargo nenhum”.

"Estou me sentindo aqui em casa, dentro do Congresso Nacional, aquele plenário da Câmara dos Deputados, tendo em vista a quantidade enorme de parlamentares aqui presentes. Vocês me trazem lembranças agradáveis, lembranças de luta, de embate, mas, acima de tudo, momentos em que nós, juntos, fizemos pelo nosso país. Eu vim do meio de vocês. Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados”, disse.

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