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SÃO PAULO/SP - A 100 dias do primeiro turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 19 pontos de vantagem à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno, no cenário estimulado. O chefe do Executivo tem 28%. Os resultados são da pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 23.

Em terceiro lugar, aparece Ciro Gomes (PDT), com 8%, seguido por André Janones (Avante), que tem 2%. O cenário registrado é semelhante ao da pesquisa passada, realizada nos dias 25 e 26 de maio.

Monitor dos presidenciáveis

A terceira via, que se uniu em torno da senadora Simone Tebet (MDB) após a desistência de Sergio Moro (União Brasil) e João Doria (PSDB), não alavancou. Mesmo com apoio dos tucanos e com a exibição da propaganda partidária na televisão, Simone Tebet aparece com 1%, um ponto a menos do que na última pesquisa.

Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) empatam numericamente com Simone Tebet. Não pontuaram Sofia Manzano (PCB), Felipe D’Ávila (Novo), General Santos Cruz (Podemos), Luciano Bivar (UB), Eymael (DC) e Leonardo Péricles (UP).

Espontânea

O levantamento espontâneo, quando os entrevistados falam em quem vão votar sem serem estimulados por uma lista, reforça a polarização. Lula aparece com 37% na pesquisa espontânea, ante 38% na anterior. Bolsonaro cresceu três pontos, acima da margem de erro de dois pontos percentuais, e saiu de 22% para 25%. Ciro tem 3%.

A pesquisa mostra, ainda, que os indecisos na espontânea somam 27%, ante 29% no levantamento passado.

O instituto entrevistou 2.556 eleitores nos dias 22 e 23 de junho em 181 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no protocolo sob o número BR-09088/2022.

 

 

Bruno Luiz e Giordanna Neves / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno alcançou 17 pontos percentuais, segundo levantamento da empresa PoderData divulgado nesta quarta-feira, 22. O petista tem 52% das intenções de voto em um embate direto com o chefe do Executivo, que tem 35%, de acordo com a pesquisa.

Agregador de pesquisas

Esta é a maior diferença entre os dois presidenciáveis no segundo turno desde janeiro deste ano, quando a vantagem de Lula era de 22 pontos. Entre o fim de agosto e o começo de setembro de 2021, o ex-presidente chegou a ter 25 pontos a mais que Bolsonaro, também de acordo com o PoderData.

Quanto ao primeiro turno, Lula e Bolsonaro registraram oscilações dentro da margem de erro. Segundo a pesquisa, o petista tem, hoje, 44% das intenções de voto, ante 34% do presidente. A diferença em relação à rodada anterior do levantamento é que o pré-candidato do PT variou um ponto para cima, e o do PL, um ponto para baixo.

Ciro Gomes (PDT) tem 6% da preferência; André Janones (Avante), 2%; Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União Brasil) e Eymael (DC) empatam em 1%.

O PoderData também apontou que Lula tem 45% das intenções de voto entre quem recebe o Auxílio Brasil. Como mostrou o Estadão há algumas semanas, Bolsonaro está insatisfeito com a campanha de comunicação envolvendo o benefício e quer emplacar melhor o seu nome como criador do programa.

A empresa consultou 3 mil eleitores por telefone entre os dias 19 e 21 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O código de registro na Justiça Eleitoral é BR-07003/2022.

 

 

ESTADÃO

BRASÍLIA/DF - Pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos três meses mostram um avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) em intenções de voto e recuperação de popularidade, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continue na liderança e vença em todos os cenários para o segundo turno.

Em média, o percentual dos que avaliam positivamente o governo Bolsonaro subiu de 30% para 35% nos primeiros três meses deste ano. E nas pesquisas de intenção de voto, o presidente cresceu enquanto Lula se manteve estável.

Levantamento da XP/Ipespe, divulgado no dia 6 de abril, após o ex-juiz Sergio Moro trocar de partido e deixar a disputa para presidente, mostra Bolsonaro com 30% das intenções de voto, e Lula, com 44%. Na pesquisa anterior, do mesmo instituto, o presidente aparecia com 26%, e Lula, com os mesmos 44%.

Outra pesquisa, da Genial/Quaest, também divulgada em abril, mostra movimento semelhante. Bolsonaro aparece com 31% dos votos num cenário sem Moro, um avanço de cinco pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior. Lula se manteve estável, com 45%.

Levantamentos feitos antes da saída de Moro já indicavam uma recuperação de Bolsonaro. Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de março, Bolsonaro obteve 26% das intenções de voto, contra 43% de Lula. No levantamento anterior, de dezembro, o ex-presidente tinha entre 21% e 22% e Lula, entre 47% e 48%.

Com a melhora na popularidade, a consultoria internacional Eurasia calcula que Bolsonaro passou de uma chance de 20% de ganhar a eleição, para 25%. Mas o ex-presidente Lula segue na liderança e, conforme os cálculos da Eurasia, tem, neste momento, 70% de chance de vencer.

"A expectativa é que a disputa fique cada vez mais apertada conforme avança a campanha. Atualmente, as pesquisas mostram Lula vencendo Bolsonaro num segundo turno por uma diferença de 15 a 17 pontos percentuais. Essa margem deve diminuir para algo entre 5 e 10 pontos durante a campanha", calcula a consultoria, com base em metodologias da Ipsos Public Affairs, um dos maiores instituto de pesquisa de opinião do mundo.

Mas o que explica esse avanço de Bolsonaro nas pesquisas? Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil citaram três fatores determinantes para esse cenário:

 

Saída de Moro da disputa

Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria e professor de métodos quantitativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diz que a saída do ex-juiz Sergio Moro da disputa foi o fator determinante para o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas.

Depois de ser anunciado candidato pelo partido Podemos, Moro decidiu deixar a legenda e se filiar ao União Brasil (fusão do DEM com o PSL), dizendo que estaria desistindo "momentaneamente" da candidatura à Presidência. Mas, na semana passada o novo partido de Moro decidiu lançar como candidato o deputado federal Luciano Bivar (PE).

Com isso, ao que tudo indica, Moro, que aparecia em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, com cerca de 8%, não vai mais disputar a Presidência. Os dois levantamentos feitos após a desistência do ex-juiz da disputa indicam que Bolsonaro foi quem mais se beneficiou com isso.

"O eleitor que votou em Bolsonaro em 2018, mas estava insatisfeito com o governo, procurou uma terceira via, não encontrou e agora está voltando para Bolsonaro", disse Nunes à BBC News Brasil.

"Chamo isso de 'a volta dos que nunca foram'. São pessoas que tinham uma insatisfação momentânea, que rejeitam o PT, e que, diante da ausência de uma terceira via forte, voltam a considerar o voto em Bolsonaro."

Segundo Nunes, uma das pesquisas Genial/Qauest indicou que a maioria dos eleitores de Moro viam Bolsonaro como segunda alternativa, e vice-versa.

"Há dois meses ou três meses a gente fez uma pergunta que era: se o seu candidato não puder/quiser ser candidato em quem você votaria? O eleitor do Lula tem Ciro Gomes como segunda opção, enquanto o eleitor de Moro tem Bolsonaro como segunda opção", diz.

"A saída do Moro da disputa foi determinante para o crescimento de Bolsonaro."

 

'Pacote de bondades'

Já a cientista política Carolina de Paula, especialista em comportamento eleitoral, aponta o Auxílio Brasil e demais promessas ou benefícios concedidos por Bolsonaro a populações de baixa renda como fator determinante do crescimento dele nas pesquisas de opinião.

A pesquisadora, que é diretora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, lembra que é comum que candidatos a reeleição passem a conceder isenções ou benefícios sociais capazes de elevar a sua popularidade. Esse conjunto de medidas em ano eleitoral costuma ser chamado de "pacote de bondades".

No caso de Bolsonaro, três medidas do governo teriam contribuído especialmente para a melhora na sua avaliação. Segundo Carolina de Paula, a primeira foi a criação, no final do ano passado, do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que o governo instituiu para substituir o Bolsa Família e que paga cerca de R$ 400 por mês a cerca de 18 milhões de famílias. A criação do programa foi alvo de controvérsia, com muitos críticos afirmando que ele teria caráter eleitoreiro.

Outras medidas que podem ter rendido maior popularidade a Bolsonaro foram a autorização de saque de até R$ 1.000 do FGTS no final do ano passado e a antecipação do 13° salário dos aposentados.

"Quando você olha de fevereiro para cá, os dados realmente dão um salto. Um dos fatores concretos são algumas medidas que o governo colocou de pé, como o Auxílio Brasil, o saque do FGTS, a antecipação do 13° salário dos aposentados. Tem uma série de ações que o governo costuma fazer no último ano de mandato, que a gente chama de 'pacote de bondades' e que costuma render esse crescimento no início do ano eleitoral", diz Carolina de Paula.

A consultoria Eurasia Group também atribui a melhora na avaliação de Bolsonaro "à modesta recuperação do poder de renda" da população mais pobre nos primeiros meses deste ano devido a medidas pontuais.

"No segundo semestre de 2021, a renda real no Brasil caiu 11%, impulsionada por um aumento inflacionário maior do que o previsto, que atingiu duramente as famílias de baixa renda. Mas no início de 2022 essas famílias recuperaram parcialmente a renda perdida com o reajuste anual de 10% do salário mínimo nacional, 13º salário para aposentados e algumas medidas tomadas pelo governo - como o perdão da dívida estudantil e liberação de saques do FGTS", diz a consultoria.

Apesar dessa leve recuperação na renda, a situação econômica do país continua ruim, com alta nos preços dos alimentos e combustíveis. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,62%, a maior taxa em 28 anos. No acumulado de 12 meses, a inflação já chegou a 11,30%.

Segundo a Eurasia, a principal preocupação do eleitor nessas eleições será "renda e emprego", e Bolsonaro precisaria de avanços mais substanciais nos indicadores econômicos para continuar crescendo nas pesquisas.

"Para Bolsonaro continuar a se recuperar, a economia terá que superar as expectativas do mercado para esse ano", avalia a consultoria.

 

Fase melhor da pandemia

Carolina de Paula cita ainda um terceiro fator que pode ter contribuído para a subida de Bolsonaro nas pesquisas: a atual fase da pandemia de covid-19. O Brasil é o segundo país com mais mortes pela covid, atrás dos Estados Unidos - foram mais de 662 mil óbitos. No pico da doença, o número de mortos pela doença num único dia chegou perto 4 mil. Atualmente, com o avanço da vacinação, esse número está abaixo de cem.

Embora Bolsonaro tenha minimizado a gravidade da pandemia, demorado a comprar vacinas, e se oposto ao uso de máscaras e a medidas de isolamento social, o atual estágio de maior controle das infecções gera um ambiente de "otimismo" entre parcela dos eleitores, o que acaba beneficiando o governante que está no poder, diz a pesquisadora da UERJ.

"O número não tão alto de mortes por covid e a liberação das máscaras geram um efeito, uma sensação de otimismo. Não acho que as pessoas esqueceram o que aconteceu, mas no estágio atual da pandemia, elas tentam ver o lado bom das coisas. A gente trabalha com pesquisa de opinião qualitativa e as pessoas falam muito disso, de uma sensação de otimismo."

Mas Carolina de Paula destaca que as pessoas "não esqueceram" o sofrimento e o elevado número de mortes por covid-19. "A pandemia acabou ficando em segundo plano com a visibilidade dada pela imprensa à guerra na Ucrânia. Mas não houve um esquecimento por parte da população. Essa memória ainda pode ser ativada. As campanhas eleitorais ainda não começaram oficialmente e esse tema vai ser explorado."

 

 

BBC NEWS

Parceria com a UFPR, tecnologia facilita diagnóstico da hanseníase, que persiste como problema de saúde pública no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Um teste inovador para diagnóstico de hanseníase desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), acaba de ser anunciado vencedor do Prêmio Dasa-Veja Saúde de Inovação Médica 2021 (https://premiodeinovacaomedica.com.br), na categoria Medicina Diagnóstica. A premiação, conduzida por júri técnico formado por profissionais que são referências na Medicina brasileira, busca, segundo os organizadores, reconhecer projetos, instituições e profissionais de Saúde "que fazem a diferença nas áreas científica, clínica e assistencial". Além de Medicina Diagnóstica, há as categorias de inovação em Prevenção e Promoção da Saúde; Genômica; Tratamento; Medicina Social; e Healthtech.
"Foi com muita satisfação que recebemos a notícia da premiação. Entendemos que é um reconhecimento do nosso trabalho, do esforço que temos dispendido em pesquisa ao longo dos anos. Temos conseguido obter resultados bastante interessantes em termos de diagnóstico e, especificamente este para hanseníase, que é uma doença negligenciada, é algo que é motivo de muito orgulho e de muita alegria", compartilha Ronaldo Censi Faria, docente do Departamento de Química (DQ) da UFSCar e coordenador do Laboratório de Bioanalítica e Eletroquímica (www.labie.ufscar.br).
O teste vem se somar a uma série de outros dispositivos desenvolvidos pelo grupo de Faria, como os dispositivos para diagnóstico precoce de Alzheimer, alguns tipos de câncer e, mais recentemente, também Covid-19. Essas plataformas, dentre outras características, funcionam a partir de mecanismo chave-fechadura entre duas moléculas - no caso, peptídeo presente no bacilo causador da hanseníase e anticorpo - que, quando se ligam, emitem sinal eletroquímico que pode ser lido nos dispositivos desenvolvidos. No teste para diagnóstico da hanseníase, quanto mais bacilos presentes no paciente, mais anticorpos ele desenvolve e, quanto mais anticorpos, maior o sinal eletroquímico medido.

Hanseníase
A eliminação da hanseníase está no horizonte da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os próximos 10 anos. No Brasil, no entanto, a doença persiste como problema de saúde pública. Na estratégica global de combate elaborada pela OMS, um dos aspectos centrais é justamente a detecção ativa e precoce de novos casos, para interrupção da cadeia de transmissão. O diagnóstico precoce também é importante para que o tratamento comece o mais rapidamente possível e, assim, sejam evitados danos permanentes às pessoas acometidas.
No entanto, hoje, o diagnóstico ainda é sobretudo clínico, ou seja, apenas após o aparecimento dos sintomas, o que pode demorar anos desde a infecção, e o desenvolvimento de testes para uso na comunidade ou no local do primeiro atendimento é, inclusive, um dos grandes desafios elencados entre as prioridades de pesquisa na estratégia de OMS.
"Quando as pessoas com hanseníase procuram atendimento, é muito comum que o comprometimento já seja grande. Em 2019, por exemplo, 10% dos novos casos no Brasil, cerca de duas mil pessoas, já tinha o chamado comprometimento de grau dois, com perda de acuidade visual e dificuldade, por exemplo, de segurar um copo. Por isso também a relevância do diagnóstico precoce", conta Juliana Ferreira de Moura, docente do Departamento de Patologia Básica da UFPR que, junto com Faria, orienta os trabalhos que resultaram no teste patenteado e, agora, premiado. Além deles, são titulares da patente Cristiane Zocatelli Ribeiro e Sthéfane Valle de Almeida, estudantes de doutorado orientadas, respectivamente, por Moura e Faria.
Mais informações sobre a nova tecnologia e seu processo de desenvolvimento podem ser conferidas em matéria publicada recentemente no Portal da UFSCar (em https://www.ufscar.br/noticia?codigo=14098). Os estudos e esforços de pesquisa que resultaram no teste contaram com apoio financeiro do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O processo de registro da patente teve apoio da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar.

REINO UNIDO - Entender como algumas pessoas resistem naturalmente à infecção por covid-19, apesar de estarem claramente expostas ao vírus, pode levar a vacinas melhores, afirmam pesquisadores.

Uma equipe da University College London (UCL), no Reino Unido, diz que alguns indivíduos já apresentavam um grau de imunidade à covid antes do início da pandemia.

Isso provavelmente é resultado do seu corpo ter aprendido a combater vírus relacionados àquele que varreu o mundo.

Atualizar as vacinas para copiar esta proteção pode tornar os imunizantes ainda mais eficazes, segundo a equipe.

 

Células protetoras

Os cientistas monitoraram de perto equipes de um hospital durante a primeira onda da pandemia de covid-19 — por meio, por exemplo, da coleta regular de amostras de sangue.

Apesar de estarem em um ambiente de alto risco, nem todos no estudo pegaram covid. Os resultados, publicados na revista científica Nature, mostram que algumas pessoas simplesmente conseguiram evitar o vírus.

Cerca de uma em cada dez apresentou sinais de exposição, mas nunca teve sintomas, nunca testou positivo e nunca desenvolveu anticorpos contra covid no sangue.

Parte de seu sistema imunológico foi capaz de controlar o vírus antes que ele se instalasse — o que é conhecido como "infecção abortiva".

Amostras de sangue revelaram que estas pessoas já tinham (antes da pandemia) células T protetoras, que reconhecem e matam as células infectadas pelo vírus causador da covid.

De acordo com Leo Swadling, um dos pesquisadores, o sistema imunológico delas já estava "pronto" para combater a nova doença.

Estas células T foram capazes de detectar uma parte do vírus diferente da parte que a maioria das vacinas atuais treina o sistema imunológico para encontrar.

Os imunizantes são amplamente voltados para a proteína spike, que cobre a superfície externa do vírus causador da covid. No entanto, estas raras células T foram capazes de olhar dentro do vírus e encontrar as proteínas necessárias para sua replicação.

"Os profissionais de saúde que conseguiram controlar o vírus antes de ser detectado eram mais propensos a ter essas células T, que reconhecem o maquinário interno, antes do início da pandemia", acrescentou Swadling.

Estas proteínas internas são muito semelhantes em todas as espécies relacionadas de coronavírus, incluindo aquelas que estão disseminadas e causam sintomas de resfriado comum.

Isso significa que mirar nestas proteínas com uma vacina pode oferecer alguma proteção contra todos os coronavírus e novas variantes.

A equipe afirma que as vacinas atuais estão fazendo um excelente trabalho para evitar que as pessoas fiquem gravemente doentes, mas não são tão boas para impedi-las de pegar covid.

"Acho que todo mundo pôde ver que elas poderiam ser melhores", diz a professora Mala Maini.

"O que esperamos, ao incluir essas células T, é que elas possam proteger contra a infecção e também contra a doença, e esperamos que sejam melhores no reconhecimento de novas variantes que apareçam."

Embora quase todo mundo possa ter pego esses coronavírus de resfriado comum, nem todos terão desenvolvido o tipo certo de células T protetoras.

Pode ser que os profissionais de saúde sejam expostos com mais regularidade aos vírus por meio de seu trabalho, e é por isso que alguns deles tinham a proteção.

"As percepções deste estudo podem ser cruciais na concepção de um tipo diferente de vacina", afirma Alexander Edwards, da Universidade de Reading, no Reino Unido.

"Esperamos que este estudo leve a mais avanços no desenvolvimento de vacinas, pois precisamos de todos os tipos de vacina que pudermos obter."

 

 

*Por: BBC NEWS

HONG KONG  - A população de Hong Kong confia menos nas novas vacinas chinesas contra o coronavírus do que nas fabricadas na Europa e nos Estados Unidos, com menos de 30% das pessoas questionadas em uma pesquisa que considera a vacina Sinovac da China aceitável.

A pesquisa da Universidade de Hong Kong, na qual até 1.000 pessoas foram entrevistadas este mês, mostrou que a aceitação geral de vacinas na região administrativa especial chinesa era baixa, com apenas 46% de probabilidade de tomar a vacina COVID-19.

A confiança foi significativamente menor na vacina Sinovac, com 29,5% dos entrevistados aceitando-a em comparação com 56% das pessoas que tomariam uma produzida pela BioNTech da Alemanha e 35% que tomariam uma produzida pela AstraZeneca Plc e pela Universidade de Oxford.

O governo de Hong Kong encomendou 7,5 milhões de doses da vacina Sinovac e disse que será a primeira a chegar ao centro financeiro asiático, em janeiro.

Mas a chegada da vacina foi adiada e o governo disse que aguarda mais informações clínicas.

Antes de a pandemia chegar a Hong Kong em janeiro de 2020, a ex-colônia britânica foi atormentada por meses de protestos antigovernamentais e anti-China motivados pela percepção de que Pequim estava empurrando a cidade semi-autônoma para um caminho mais autoritário.

“Como você repara um déficit de confiança? Acho que não há maneira rápida e fácil ”, disse o professor Gabriel Leung, reitor da faculdade de medicina da Universidade de Hong Kong, em uma coletiva de imprensa sobre os resultados da pesquisa, referindo-se à vacina Sinovac.

“Acho que só há um caminho, que é a abertura e realmente permitir que a ciência conduza”.

Hong Kong aprovou formalmente o uso da vacina Fosun Pharma-BioNTech na segunda-feira, a primeira vacina a ser aceita na cidade. O primeiro lote de um milhão de doses deve chegar na segunda quinzena de fevereiro.

Hong Kong garantiu um total de 22,5 milhões de doses da vacina COVID-19 da Fosun Pharma-BioNTech, Sinovac e Oxford-AstraZeneca, disse a líder do governo municipal Carrie Lam em dezembro.

A Fosun Pharma é parceira do fabricante alemão de medicamentos BioNTech na Grande China e é responsável pelo gerenciamento, armazenamento e distribuição da cadeia de frio. As vacinas estão sendo fabricadas na Alemanha.

Em grande parte, Hong Kong conseguiu manter o coronavírus sob controle. Houve 10.283 casos e 174 mortes no ano passado.

 

 

 

*Reportagem de Farah Master / REUTERS

MUNDO - O Google, de propriedade da Alphabet, a Microsoft e outras gigantes da tecnologia terão de ser mais transparentes sobre como determinam os resultados de pesquisas online, de acordo com diretrizes da Comissão Europeia divulgadas na segunda-feira (07).

As diretrizes, que entram em vigor imediatamente, serão seguidas na próxima semana pela publicação de projetos de regras que podem eventualmente impor mais restrições ao setor de tecnologia.

Rivais menores e algumas empresas há muito reclamam das práticas arbitrárias e opacas que as gigantes da tecnologia empregam, que afetam a posição de seus produtos e serviços nos resultados de pesquisas, especialmente quando isso significa que eles ficam bem abaixo dos das empresas maiores.

As práticas de busca online do Google resultaram em multas de mais de 8 bilhões de euros aplicadas por reguladores antitruste da União Europeia (UE) entre 2017 e 2019. Os reguladores descobriram que a companhia havia injustamente colocado seus próprios produtos como primeiro resultado a aparecer nas pesquisas, em desvantagem aos concorrentes.

“Essas diretrizes definem o padrão para a transparência da classificação algorítmica e aumentam a justiça na economia das plataformas online, que impulsiona a inovação e o bem-estar para milhões de europeus”, disse a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, em comunicado.

A Microsoft e o Google não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

 

 

*Por Foo Yun Chee – Repórter da Reuters

Série "Ciência contra a Covid-19" tem episódios com duração de 3 a 5 minutos

 

SÃO CARLOS/SP - O Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) convida pesquisadoras e pesquisadores de todo o Brasil que estão desenvolvendo estudos relacionados à pandemia de Covid-19 para divulgar seus trabalhos na série "Ciência contra a Covid-19".
O projeto tem como objetivo apresentar, de forma clara e acessível a todos os públicos, como a Ciência brasileira tem trabalhado em diversas áreas do conhecimento para encontrar soluções para o enfrentamento da pandemia.
Cada episódio da série é composto de um vídeo sobre a pesquisa, com duração entre 3 e 5 minutos, apresentado pelo próprio pesquisador responsável. Podem participar professores, pesquisadores e pós-graduandos.
Os interessados devem entrar em contato com a equipe de produção do LAbI da UFSCar pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para informações sobre a gravação, divulgação e demais esclarecimentos.

O local abrigará parte das atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides (INCT-HYMPAR)

 

SÃO CARLOS/SP - O Edifício do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides (INCT - HYMPAR) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) será inaugurado na próxima terça-feira (6 de outubro). 

No Edifício serão desenvolvidas atividades de pesquisa, ensino e extensão sobre grupos de vespas que atuam como parasitoides de outras espécies de artrópodos. "Os trabalhos que serão desenvolvidos são de importância básica e aplicada, já que estas vespas podem ser bioindicadoras de preservação ambiental e agentes de controle biológico de pragas da agricultura", conta a Coordenadora do Projeto, Profa. Dra. Angélica Maria Penteado Martins Dias.

"Este é mais um edifício que irá fortalecer a infraestrutura das pesquisas na UFSCar", afirma a Reitora da Universidade, Profa. Dra. Wanda Hoffmann.

Com 304 m², o projeto foi desenvolvido pela equipe da Secretaria Geral de Gestão do Espaço Físico (SeGEF) da Universidade. Contou com apoio da Pró-Reitoria de Administração (ProAd) e da Reitoria da Universidade.

Inauguração:
Data: 06/10/2020 
Horário: 8h30
Evento no Facebook: clique aqui - https://fb.me/e/3COkOdEYC

Transmissão ao vivo:
Facebook - clique aqui - https://www.facebook.com/reitoriaufscar
YouTube - clique aqui - https://www.youtube.com/channel/UCUeJ6MB19y4X_lIniTbHHbg

Inscrições vão até 28 de junho e os projetos podem ser alinhados junto aos pesquisadores da Universidade

 

SÃO CARLOS/SP - Empresas podem desenvolver projetos de pesquisa e inovação junto à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O edital do Mestrado e Doutorado para Inovação - MAI/ DAI, aberto pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), prevê a colaboração entre o setor empresarial e a Universidade. O objetivo é contribuir para o aumento da capacidade inovadora e para o desenvolvimento científico-tecnológico do País.

O programa conta com 10 bolsas de Mestrado, 10 de Doutorado e até 60 de Iniciação Tecnológica. As bolsas serão custeadas pelo CNPq, cabendo às empresas apoiarem o desenvolvimento das pesquisas por meio de contrapartida prevista no Edital do processo (acesse aqui: https://ain.ufscar.br/MAI_DAI/Edital_MAI_DAI_UFSCar_27_05_2020.pdf). A implementação de bolsas de pós-graduação será feita em Programas já existentes na UFSCar. 

Inscrições - O prazo para inscrição vai até 28 de junho. Todas as empresas interessadas podem participar. A indicação, feita pelo Edital, é para que as empresas busquem Professores da Universidade para alinhamento da proposta e submissão conjunta. Para tanto, é possível usar a ferramenta de busca SAGINWeb, disponível no Portal da Agência de Inovação da UFSCar (acesse aqui: http://ain.ufscar.br/search.php?pesquisa). Os programas de Pós-Graduação da UFSCar podem ser consultados por meio do Portal da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (acesse aqui: http://www.propg.ufscar.br/pt-br/pos-na-ufscar/programas).

"A aprovação da UFSCar para participar do Mestrado e Doutorado para Inovação representa uma ótima oportunidade: viabiliza pesquisas, desenvolvimento de processos e produtos inovadores, parcerias e o fortalecimento da formação de nossos estudantes. Investir em pesquisa e inovação é investir em pessoas, e investir em pessoas é construir um País com visão de futuro e capaz de superar desafios cada vez mais complexos", ressalta a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann.

O Programa - Lançado pelo CNPq em 2019, a UFSCar participa desde sua criação. "No ano passado implementamos 9 bolsas de Doutorado. Em 2020 teremos bolsas de Mestrado, Doutorado e Iniciação Tecnológica, totalizando até 80 bolsas. Nesta primeira fase do processo, empresas e Professores podem se inscrever para participar", explica o Representante Institucional da UFSCar para proposição junto ao CNPq, Rafael Aroca.

Confira:

Edital do processo UFSCar:
https://ain.ufscar.br/MAI_DAI/Edital_MAI_DAI_UFSCar_27_05_2020.pdf 

Plataforma para busca de projetos e pesquisas da UFSCar:
http://ain.ufscar.br/search.php?pesquisa

Dúvidas podem ser endereçadas ao e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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