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Terapeuta e psicanalista amazonense Samiza Soares afirma que ainda há muito preconceito e desconhecimento sobre saúde emocional e autocuidado; Especialista alerta para a necessidade de quebrar paradigmas e difundir importância da terapia para saúde mental

 

SÃO PAULO/SP - No último domingo (18), cerca de 2 milhões de candidatos participaram do primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, e, logo nesta etapa, tiveram que produzir uma redação seguindo o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Para especialistas, mesmo que neste ano tenha havido grande índice de abstenção em relação ao número de candidatos, abordar o assunto é uma forma de ampliar a discussão sobre o tema e de desmistificar questões envolvendo a psique humana.

“Colocar a saúde mental em foco é urgente e necessário. Falar desse assunto, justamente no mês em que se é comemorado o Janeiro Branco, uma campanha nacional que convida as pessoas a refletirem sobre a saúde mental, é fundamental para desmitificar que terapia, por exemplo, é tratamento para pessoas loucas”, afirma a psicanalista e terapeurta amazonenese Samiza Soares.

"Infelizmente, mesmo nos dias atuais, escutamos frases preconceituosas e completamente equivocadas, como, só faz terapia quem tem problemas mentais, quem é perturbado mentalmente e ‘doente da cabeça’. O erro e a visão deturpada sobre saúde mental começa aí, nos conceitos errados”, aponta.

A terapeuta revelou também que tem atendido em seu consultório e em suas consultas virtuais, pessoas que antes tinham olhar equivocado para a saúde mental e que agora estão assumindo a necessidade do autocuidado. 

“Felizmente tenho observado em meu consultório e em conversas com conhecidos que esse preconceito está se transformando, as pessoas já não têm vergonha em assumir que estão fazendo terapia ou cuidando da sua saúde emocional, algumas até pedem para tirar fotos após a consulta, para serem postadas em suas redes sociais, porém, sinto que ainda temos um logo caminho a ser percorrido para quebrar esse preconceito”, afirma. 

 

“Atendi pacientes que buscaram a terapia justamente para fazer o ENEM de forma mais tranquila, e que posteriormente tiveram que lidar com o adiamento do processo aqui em Manaus. Mas, apesar disso, eles disseram estar satisfeitos com a escolha do tema da redação. Segundo eles, se sairiam bem se tivessem feito, uma vez que conhecem, de fato, as vantagens de fazer terapia”, completa.

 

ENEM

Em razão da pandemia, o ENEM 2020 está sendo aplicado em duas versões: impressa e digital. Nesse domingo, seguindo os protocolos de distanciamento e uso de máscaras e álcool em gel,  os candidatos fizeram, além da redação, provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias. No próximo domingo (24), será a vez das provas de matemática e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias, que garantiram que o protocolo de distanciamento fosse cumprido. A versão digital será nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021.

 

*A terapeuta está disponível para falar sobre o assunto. Acompanhe pelas redes sociais o trabalho de @samiza.

Desde o ano de 1992, o dia 10 de outubro foi instituído pela Federação Mundial de Saúde Mental com a proposta de demonstrar a importância dos cuidados com a saúde mental. Neuropsicóloga Leninha Wagner aponta os critérios que confirmam se a pessoa está com bem-estar mental.

 

           SÃO CARLOS/SP -  Instituído em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental, o dia 10 outubro passou a ser reconhecido como Dia Mundial da Saúde Mental. Os problemas relacionados à esta área são considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma prioridade, devido ao grande número de dias de incapacidade que o transtorno mental pode causar.

Os transtornos mentais acompanham a história da humanidade, relatos de quadros depressivos podem sem encontrados em textos antigos, como poemas gregos e a Bíblia. Pelas suas características, estes males podem trazer um impacto nas pessoas, como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar, e podem impactar não apenas a vida do paciente, como também a de seus familiares. Outros problemas, como a depressão e quadros ansiosos, podem igualmente levar a um grande sofrimento de todos que cercam a pessoa.

            Conforme lembra a neuropsicóloga Leninha Wagner, “a OMS define o conceito de saúde mental como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades”. Porém, ela detalha, a saúde mental contempla, entre tantos fatores, “a nossa capacidade de sensação de bem-estar e harmonia, a nossa habilidade em manejar de forma positiva as adversidades e conflitos, o reconhecimento e respeito dos nossos limites e deficiências, nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros”, completa.


Fatores que podem afetar a saúde mental

 

            No entanto, diversos fatores que podem influenciar negativamente a nossa saúde mental. Entre eles, Leninha destaca: Estresse, brigas, atrasos, advertências, doenças, incapacidades, limitações, falta ou excesso de família, pouco ou muito dinheiro. Por isso, ela recorda que “quando falamos de ‘saúde mental, as pessoas remetem isso a ‘doença mental”. A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada, reforça a neuropsicóloga, “à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções”.

Já as doenças mentais são condições de anormalidade ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. “Há diversos fatores que explicam os transtornos psiquiátricos, como genética, problemas bioquímicos, como hormônios ou substâncias tóxicas, e até mesmo o estilo de vida. Os sintomas podem ser observados no dia a dia”, observa Leninha. A palavra transtorno, tão facilmente usada para tudo, está na verdade relacionada com um conceito mais amplo de diagnóstico, como salienta a neuropsicóloga: “Ao falarmos de doença nós temos as causas, um padrão de sintomas e medidas terapêuticas padronizadas, como, por exemplo, as doenças cardíacas. Quando falamos em transtornos, nos referimos a uma trajetória diagnóstica que varia bastante de pessoa para pessoa, multifatoriais e com diversas formas de tratamento”, explica.

            Diante deste cenário, ela recomenda que para ter saúde mental é preciso seguir os seguintes tópicos: “Estar bem consigo mesmo e com os outros, aceitar as exigências da vida, saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida, além de reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário”.


Como melhorar a saúde mental

 

            Por isso, Leninha Wagner destaca o quanto “é importante ressaltar que pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida”.         

Mas, se for necessário, ela recomenda: “Busquem por ajuda profissional sem preconceito, pois sabemos que estão assim teremos o melhor para oferecer aos outros: Equilíbrio emocional para viver e conviver mais e melhor com o próximo”, finaliza.

 

 

Créditos de: Divulgação / MF Press Global 

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