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BRASÍLIA/DF - O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, ao longo de 2023, 11.502 internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo, o que dá uma média diária de 31 casos. O total representa um aumento de mais de 25% em relação aos 9.173 casos registrados quase dez anos antes, em 2014. Os dados foram divulgados na quarta-feira (11) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).

Em nota, a entidade lembrou que, nesse tipo de circunstância, médicos de emergência são, geralmente, os primeiros a prestar atendimento ao paciente. Para a associação, o aumento de internações por tentativas de suicídio e autolesões reforça a importância de capacitar esses profissionais para atender aos casos com rapidez e eficiência, além de promover acolhimento adequado em situações de grande fragilidade emocional.

Segundo a Abramede, os números, já altos, podem ser ainda maiores, em função de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões do país. Os dados mostram que, em 2016, houve uma oscilação nas notificações de internação por tentativas de suicídio, com leve queda em relação aos dois anos anteriores. O índice voltou a subir em 2018, com um total de 9.438 casos, e alcançou o pico em 2023.

Estados e regiões

A análise regional das internações por lesões autoprovocadas revela variações entre os estados brasileiros. Para a associação, em alguns deles, foi registrado “um crescimento alarmante”. Alagoas, por exemplo, teve o maior aumento percentual de 2022 para 2023 – um salto de 89% nas internações. Em números absolutos, os casos passaram de 18 para 34 no período.

A Paraíba e o Rio de Janeiro, de acordo com a entidade, também chamam a atenção, com aumentos de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, apesar de registrarem números absolutos elevados – 3.872 e 1.702 internações, respectivamente, em 2023 –, registraram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%, respectivamente.

Num movimento contrário, alguns estados apresentaram reduções expressivas no número de internações por tentativas de suicídio e autolesões no ano passado. Amapá lidera a lista, com uma queda de 48%, seguido pelo Tocantins (27%) e Acre (26%).

A Abramede destaca que a Região Sul como um todo enfrenta “tendência preocupante” de aumento desse tipo der internação. Santa Catarina apresentou crescimento de 22% de 2022 para 2023, enquanto o Paraná identificou aumento de 16%. O Rio Grande do Sul ficou no topo da lista, com aumento de 33%.

Perfil

De acordo com a associação, o perfil de pacientes internados por lesões autoprovocadas revela uma diferença significativa entre os sexos. Entre 2014 e 2023, o número de internações de mulheres aumentou de 3.390 para 5.854. Já entre os homens, o total de internações caiu, ao passar de 5.783 em 2014 para 5.648 em 2023.

Em relação à faixa etária, o grupo de 20 a 29 anos foi o mais afetado em 2023, com 2.954 internações, seguido pelo grupo de 15 a 19 anos, que registrou 1.310 casos. “Os números ressaltam a vulnerabilidade dos jovens adultos e adolescentes, que, juntos, representam uma parcela significativa das tentativas de suicídio”, avaliou a entidade.

Já as internações por lesões autoprovocadas entre pessoas com 60 anos ou mais somaram 963 casos em 2023. Outro dado relevante é o aumento das internações entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – em 2023, foram 601 registros, quase o dobro do observado em 2011 (315 internações).

Para a Abramede, embora o atendimento inicial desses casos necessite de “foco técnico”, é importante que a abordagem inclua também a identificação de sinais de vulnerabilidade emocional, com o objetivo de oferecer suporte integrado. A entidade avalia que uma resposta rápida e humanizada pode fazer a diferença no prognóstico desses pacientes, além de ajudar na prevenção de novos episódios.

Setembro Amarelo

No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao estigma na temática da saúde mental é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema Se Precisar, Peça Ajuda. Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, o suicídio, no país, responde por cerca de 14 mil registros todos os anos. Isso significa que, a cada dia, em média, 38 pessoas tiram a própria vida.

Na avaliação do psicólogo e especialista em trauma e urgências subjetivas Héder Bello, transtornos mentais representam fatores de vulnerabilidade em meio à temática do suicídio – mas não são os únicos. Ele cita ainda ser uma pessoa LGBT, estar em situação de precariedade financeira ou social, ser refugiado político ou enfrentar ameaças, abuso ou violência. “Esses e outros fatores contribuem para processos de ideação ou até de tentativa de suicídio.”

“Políticas públicas que possam, de alguma maneira, falar sobre esse assunto, sem tabu, são importantes. Instrumentos nas áreas de educação e saúde também podem ser amplamente divulgados – justamente pra que a gente possa mostrar que existem possibilidades e recursos amplos para lidar com determinadas situações que são realmente muito estressantes e de muita vulnerabilidade.”

Cenário global

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida. A entidade alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo aberto sobre o tema. A proposta é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar à abertura ao diálogo, à compreensão e ao apoio.

Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades como um todo.

Reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”, destacou a OMS.

 

 

Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

BROTAS/SP - A Secretaria de Saúde, por meio do Ambulatório de Saúde Mental - NAAPS, com apoio da Secretaria de Educação promoveu ações da Campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio nas escolas da cidade.

Palestras foram realizadas pelos psicólogos Renan de Oliveira e Beatriz Crozera, acompanhados de Maria Estela Gomes de Oliveira Perez, Coordenadora do NAAPS.

No encontro com os alunos foi abordado a importância do tema e o seguimento histórico do símbolo da campanha, com orientações detalhadas do passo a passo de como acolher e amparar pessoas que necessitam de apoio. Os psicólogos explicaram as características daqueles que apresentam dificuldades de se comunicar/expressar, isolamento, depressão e que se excluem da interação com os demais a sua volta. Houve, ainda, orientações de buscarem ajuda nos serviços que ofertam assistência em Saúde Mental, como em grupos que convivem.

Os encontros aconteceram nas escolas Dinah, Álvaro Callado, Sinhá e Construindo e foram classificados como proveitosos, sendo que em todos os estabelecimentos de ensino os alunos se mostraram interessados ao assunto.

Nas visitas fora ressaltada a relevância do Órgão Centro de Valorização a Vida (CVV), que atua de forma gratuita e anônima, prestando socorro imediato, através de ligação telefônica (188) ou por chat online, havendo a possibilidade de contato por carta ou conversa pessoal com um voluntário nos endereços disponibilizados no próprio site. O CVV atende Bauru e região, além dos demais estados cadastrados.

Por fim, foi apresentado os meios de acolhimento que o município oferece, sendo eles intuições como o NAAPS, Pronto Socorro do Hospital Santa Terezinha e Unidades Básicas de Saúde.

 

 

PMB

“Você importa. Escolha a vida!”. Com esse mote, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) iniciou, na sexta-feira (02), a divulgação de ações nas redes sociais do órgão em referência ao Setembro Amarelo - mês de conscientização sobre o suicídio, a ser marcado pelo dia 10 de setembro, data marcada pelo Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Nesta segunda-feira (05), tem início a campanha nacional do Setembro Amarelo promovida pelo Governo Federal e aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em parceria com a Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações, a iniciativa trará a publicação de peças digitais em vídeos, cards, banners, infográficos e matérias especiais com o intuito de orientar, sensibilizar e alertar a população sobre a temática. 

Neste ano, o conteúdo produzido ficará disponível em um portal exclusivo da campanha que poderá ser acessado a partir do página gov.br/acolha. No espaço virtual, as pessoas encontrarão informações sobre onde buscar ajuda para prevenir o suicídio, além de conhecer frases de alerta e identificar sinais mais comuns em pessoas que podem estar enfrentando questões emocionais e psicológicas. No portal, também é possível encontrar as peças de comunicação para download e compartilhamento nas redes sociais. 

“Queremos oferecer um local para que a população tenha acesso a informações e saiba o que fazer e como proceder em caso de necessidade. Acreditamos que este espaço virtual permitirá que as pessoas se informem e ajudem na prevenção do suicídio, da automutilação e demais sintomas sobre a fragilidade da saúde mental”, reiterou a titular do MMFDH, Cristiane Britto.

Acesse o portal da campanha

 

Dados

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos morrem mais pessoas como resultado de suicídio do que de HIV, malária ou câncer de mama - ou ainda guerras e homicídios. Ainda segundo a OMS, entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Os números da OMS dão conta de que, em todo o mundo, os casos de suicídio chegam a 800 mil. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, uma média de 38 suicídios por dia. No Brasil, a cada 100 mil homens, 12,6% cometem suicídio; entre mulheres, a comparação aponta para 5,4% casos de suicídio a 100 mil mulheres.

Setembro Amarelo

No Brasil, a campanha foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria. No calendário, 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. As ações de atenção ao tema acontecem ao longo de todo o mês. 

Psicóloga do HU-UFSCar fala sobre o tema e aponta a importância do apoio da família, amigos e profissionais de saúde

 

SÃO CARLOS/SP - A campanha Setembro Amarelo é organizada nacionalmente, desde 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e tem o objetivo de sensibilizar e informar os diferentes públicos sobre a temática do suicídio, formas de acolhimento, abordagem dos pacientes e a prevenção com o apoio de familiares, amigos e profissionais de saúde.  

Lara Rosa Cobucci é psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh/MEC) e acredita que a campanha de prevenção ao suicídio é importante por promover espaços de fala aberta sobre o tema, já que apenas por meio do conhecimento é possível ofertar ajuda e prevenir que esse ato ocorra. "O suicídio segue sendo um assunto pouco falado, por se tratar de um grande tabu e estigma. Mas, ao contrário do que comumente se pensa, falar sobre ele não aumenta seu risco, mas, sim, promove acolhimento e possibilita a obtenção de ajuda adequada", avalia Cobucci.    

Dados

De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem, por ano, em todo o mundo por causa do suicídio. Ele também é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Dados da ABP indicam que são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil, com casos cada vez mais frequentes entre os jovens. De acordo com a Associação, cerca de 96,8% dos suicídios estão relacionados a transtornos mentais.  

Para Lara Cobucci, o suicídio, assim como o pensamento e as tentativas, não tem uma causa única ou pontual. "Esse comportamento ocorre como um resultado da interação de diversos fatores psicológicos, sociais, culturais, ambientais, biológicos e genéticos. Dentre os principais fatores de risco para o suicídio está a presença de doença mental, como depressão, transtorno bipolar e abuso de álcool ou outras drogas. Sabe-se que praticamente todos os indivíduos que tentam suicídio têm alguma doença mental pregressa, porém muitas vezes tais doenças nunca foram diagnosticadas ou tratadas", explica.       

Prevenção

Como o suicídio ocorre por uma junção de fatores, Lara Cobucci explica que há diversas estratégias que podem e devem ser empregadas como prevenção. Uma delas, de acordo com a psicóloga do HU-UFSCar, é a identificação e avaliação do risco do indivíduo, considerando tentativas prévias, quadro de saúde mental, a presença de planos de morte e características sociais e psicológicas. "Embora haja o mito de que as pessoas que ameaçam se matar não irão concretizar o plano e querem ‘apenas chamar atenção’, sabe-se que a maioria dá sinais, expressa seus pensamentos e planos de morrer antes de tentar e cometer o suicídio", alerta. Uma vez identificado o risco, a pessoa deve ser acolhida, ouvida de forma empática e encaminhada para serviços de referência em saúde mental. Além disso, deve-se buscar garantir a presença do suporte social.   

Nesse contexto, a psicóloga aponta que a família e amigos são essenciais na prevenção ao suicídio. "Eles têm o papel de ouvir, dar suporte e acolher, além de incentivar a buscar ajuda profissional e evitar que a pessoa tenha acesso a meios de se autolesionar".   

Por fim, Lara complementa que a pandemia de Covid-19 está afetando a saúde mental de muitas pessoas e que diversos estudos já apontam para o aumento de depressão, ansiedade, angústia, violência e abuso de álcool e outras drogas. "Além do contexto do isolamento social, esses sintomas se juntam a dificuldades financeiras e perdas ocasionadas pela pandemia, e se tornam grandes fatores de risco ao comportamento suicida. Diante disso, mais do que nunca, são necessários a conscientização e o desenvolvimento de estratégias de produção de cuidado, a fim de evitar um aumento nas taxas já muito altas de comportamento suicida no Brasil e no mundo", conclui.  

Em caso de necessidade, o indivíduo poderá buscar ajuda em um dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de sua cidade - em São Carlos são três tipos de Caps (Mental, Álcool e Drogas e Infantil e Juvenil) -, além do Centro de Valorização da Vida (CVV), que também é um importante canal de comunicação para quem precisa conversar, disponível 24 horas pelo telefone 188.    

HU-UFSCar

Durante este mês de setembro, serão realizadas ações específicas sobre o tema com funcionários e pacientes da Saúde Mental do Hospital. O HU-UFSCar possui oito leitos de internação exclusivos para Saúde Mental, com atendimento multidisciplinar e estrutura específica para esse serviço, sendo referência para encaminhamentos na cidade e região.

ARARAQUARA/SP - No final da manhã do último domingo (06), um homem de 32 anos ameaçou a esposa grávida, no bairro Hortênsias, na cidade de Araraquara.

Segundo informações, a mulher, de 31 anos, é casada com o autor há 4 anos, e nunca havia sido agredida. Por motivos desconhecidos, o homem pegou uma faca na cozinha e foi em direção à vitima. A mulher correu para a casa da vizinha, e seu marido apontava a faca para ela e depois encostava a lâmina no pescoço.

A vítima conseguiu voltar para casa, se trancar no banheiro e acionar a Polícia Militar.

Os Policiais chegaram e constataram que o homem havia tentado suicídio. O SAMU foi até o local.

A vítima não deseja representar criminalmente e informou que o marido tentou suicídio por 7 vezes. Foi feito um pedido de medida protetiva. O caso foi registrado em boletim de ocorrência.

 

 

*Por: PORTAL MORADA

Neurocientista luso-brasileiro, membro da Federação Européia de neurociência, Fabiano de Abreu alerta para o perigo que estamos correndo mediante a saúde mental 

 

SÃO PAULO/SP - Que a covid-19 poderia trazer consequências além da própria doença já todos esperávamos. A conjetura socioeconômica alterou por conta de todas as restrições e os longos períodos de confinamento fizeram os seus estragos. Já no início da pandemia o neurocientista Fabiano de Abreu alertou para as consequências que ela traria para a saúde mental e, nove meses depois ele reforça o alerta.

"Neste momento começamos a sentir as consequências a médio prazo e haverá muita gente que não saberá lidar com a realidade. No mês passado, no Japão, suicidaram-se mais pessoas do que aquelas que morreram durante todo o ano por covid-19.", alerta o cientista.

Este padrão encontrado no Japão pode alargar-se a outros países uma vez que todos estão a receber um impacto muito semelhante.

"O aumento dos suicídios deu-se especialmente entre as camadas mais jovens da população e, as mulheres foram o grupo crescente. Socialmente sabemos que infelizmente estes serão os grupos que mais depressa perdem a sua estabilidade econômica e de empregabilidade durante uma crise.", explica Abreu.

O neurocientista relembra ainda que o Japão devia ser tomado como um alerta.

"Toda essa atmosfera negativa mexe com os mensageiros neuronais que estabilizam e nos equilibram emocionalmente. Quando não cuidados, levam a problemas que podem chegar à depressão. O suicídio, como alguns dizem, não é um ato covarde e sim uma falta de razão mediante ao "bloqueio" de informações de regiões do cérebro. Essa doença mundial, que interfere na saúde mental, precisa ser vista de forma urgente ou perderemos mais vidas do que qualquer pandemia vista até hoje.", explica.

Segundo Fabiano de Abreu, "o Japão foi até branco nas suas medidas restritivas quando comparado a outros países europeus ou americanos, portanto, devemos esperar aumentos noutros lugares do mundo. Infelizmente o Japão não é caso único mas os dados boa países asiáticos são mais divulgados quando se trata deste tema."

Em jeito de conclusão Abreu destaca que " infelizmente ainda não damos a importância merecida à saúde mental das populações. Principalmente em situações como aquela que vivemos em que muitos mais transtornos podem surgir.”.

Fabiano de Abreu é precursor no estudo do comportamento humano e a inteligência com relação ao uso da internet. Também tem artigos científicos publicados em revistas científicas internacionais sobre a fadiga, doenças mentais da atualidade, inteligência e terapia. 

Referência: https://www.dn.pt/mundo/japao-mais-suicidios-num-mes-do-que-mortes-por-covid-19-em-todo-o-ano-13089581.html

 

Biografia / Formações 

Fabiano de Abreu Rodrigues

Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de L'Homme de Paris

Doutor e Mestre em Ciências da Saúde com ênfase em Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University

Mestre em Psicanálise Freudiana e Lacaniana pelo Instituto e Faculdade Gaio

Especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios em Harvard

Especialização em Nutrição Clínica pela TrainingHouse

Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos

Pós Graduação em Neurociência pela Faveni

 

Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo - integrante da SPN - Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS - Federation of European Neuroscience Societies - PT 30079. 

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Rapaz desistiu do ato após longa conversa com o comandante do 6º Baep

 

SANTO ANDRÉ/SP - A Polícia Militar impediu que uma vida fosse perdida nesta segunda-feira (30). Graças ao preparo e paciência dos profissionais, um jovem, que tentava suicídio, desistiu do ato e foi salvo, em Santo André, na região metropolitana de São Paulo.

Após a Central de Operações da PM (Copom) informar que um rapaz estava sobre uma ponte, na ferrovia Santos-Jundiaí, com a intenção de tirar a própria vida, equipes da Base Comunitária de Paranapiacaba se deslocaram ao local.

O jovem foi localizado em uma área de vegetação muito transtornado, o que fez com que os PMs solicitassem apoio.

No endereço, compareceu o comandante do 6º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), tenente-coronel Gilson Hélio Jesus dos Santos. O oficial conversou com o rapaz e, depois de ganhar sua confiança com muita calma, o convenceu a desistir.

O jovem foi resgatado por equipes do Corpo de Bombeiros e levado a uma unidade médica em Ribeirão Pires.

"Foi um momento muito emocionante. É gratificante contribuir para o resultado positivo de uma ocorrência salvando uma vida", destacou o comandante do 6° Baep.

Por Dra. Lairtes Julia M. Vidal, psicóloga da IMUVI

 

SÃO CARLOS/SP - Estamos vivendo tempos de exceção. A pandemia do Coronavírus impôs ao mundo inteiro um longo período de isolamento, agravado pelo medo e a incerteza do que ainda está por vir. O resultado não poderia ser diferente. No Brasil, os casos de ansiedade e estresse mais que dobraram neste período. Segundo um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os números correspondem à constante sensação de medo e incerteza do futuro, além do acúmulo de tarefas por grande parte das pessoas.

Com todo este cenário, entramos no mês de setembro, mês da campanha de conscientização para o combate ao suicídio, que se configura como a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e no mundo, mais de 1 milhão.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos como a depressão, transtorno bipolar e do abuso de substâncias entorpecentes.  E como forma de prevenir esse tipo de ato, a campanha mobilizada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), busca alertar as pessoas sobre o assunto e, principalmente, diminuir e prevenir o crescimento de mais casos.

O suicídio pode ser prevenido. Para isso, é importante atentar-se a alterações de comportamento que a pessoa possa apresentar, como não ver sentido na vida, alteração brusca de humor, nutrir sentimento de vingança, alto nível de ansiedade, se achar um fardo para os outros, ficar mais reclusa e isolada de amigos e familiares, descuidar-se da higiene pessoal, aumentar o consumo de bebidas alcoólicas e usar drogas lícitas e ilícitas, entre outros. Isso não significa que todos que se enquadram nesses quesitos irão um dia cometer suicídio, mas estes sinais não devem ser ignorados.

Para ajudar quem está nessa situação, é necessário estabelecer uma relação de confiança e apoio, apresentando-se com atenção e acolhimento para que a pessoa fale sobre o problema. Além disso, não hesite em procurar ajuda médica psiquiátrica ou psicológica. Em casa, é necessário que a família esteja atenta para controlar o acesso a métodos que podem ser recorridos para cometer o ato como, venenos e arma de fogo, e principalmente, incentivar espaços de promoção a saúde e criação de grupos de apoio e autoajuda em instituições, ONGs, empresas e centros religiosos.

É importante ressaltar que estes devem ser cuidados contínuos e que, tão importante quanto a prevenção, é a posvenção do suicídio – o trabalho de ajudar os “sobreviventes suicidas”. Este tratamento é feito de acordo com um plano terapêutico multidisciplinar para o paciente e para os familiares, que inclui habilidades e estratégias para cuidar e ajudar, informar e prevenir um novo episódio.

Sobre a IMUVI: Uma das mais tradicionais e respeitadas Policlínicas da Zona Norte de São Paulo, a IMUVI possui mais de 400.000 pacientes cadastrados. Com mais de 30 especialidades de atendimento, desde 2019, a clínica faz parte do grupo HSANP, investimento de um grupo de médicos e gestores especializados na área de saúde com mais de 20 anos de experiência.

A psicóloga Naiara Mariotto explica a necessidade de acompanhamento psicológico para lidar com o problema

 

SÃO CARLOS/SP - Em 2015, o Brasil acolheu o Setembro Amarelo, movimento destinado a dar visibilidade na prevenção ao suicídio e a depressão. Desde então, o mês concentra cada vez mais eventos, ações e atividades focadas em levar informação sobre a importância em se discutir o assunto. 
Segundo a psicóloga Naiara Mariotto, uma das primeiras medidas a serem tomadas quando um familiar apresenta depressão é acolher esse indivíduo e validar o seu sentimento. Outra recomendação é não tratar o problema como algo ocasional e evitar sugerir soluções passageiras para uma doença profunda e muitas vezes complexa.
“Também é importante buscar um profissional qualificado que faça a avaliação adequada dessa queixa e caso necessário, haverá o encaminhamento para um psiquiatra e consequente uso de medicação” explica. 
O apoio incondicional da família e amigos é outro ponto crucial no início ou durante o acompanhamento psicológico. Naiara conta que escutar as reclamações dessa pessoa e conversar o máximo possível sobre os sentimentos acerca do assunto, são formas de evitar que conflitos internos se compliquem ainda mais.
“Quando acompanhado de um profissional adequado, o paciente terá ajuda na busca de soluções que melhorem o seu humor e tragam mais prazer a vida e questões do dia a dia”, diz Naiara.

A importância do CVV

O Centro de Valorização da Vida (CVV), é uma ONG voluntária focada na prevenção do suicídio que trabalha de forma sigilosa e fornece apoio emocional aqueles que enfrentam problemas psicológicos como a depressão. 
“Embora a consulta psicológica seja primordial, o CVV é um serviço de acolhimento primário as pessoas que não se sentem à vontade em conversar com alguém mais diretamente. A ONG pode ser vista principalmente, como um intermédio que leve ao acompanhamento profissional”, explica a psicóloga.
Com voluntários disponíveis 24h por dia, os interessados podem entrar em contato com o CVV através do site www.cvv.org.br ou do telefone 188. A ligação é gratuita. 

Quem é Naiara Mariotto?

Naiara Mariotto atua há 12 anos como psicóloga clínica, seguindo a abordagem cognitivo comportamental. É especialista em relacionamentos e equilíbrio emocional, psicoterapeuta, sexóloga, supervisora clínica e palestrante.
É fundadora da Clínica Naiara Mariotto, em Araraquara (SP), onde oferece atendimentos para crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias, além das terapias corporais e relaxantes.

SÃO PAULO/SP - Autoridades policiais têm divulgado uma série de alertas para pais de crianças e adolescentes que navegam na internet. A mais recente ameaça se identifica como Jonatan Galindo nas redes sociais e usa fotos que remetem ao personagem Pateta, da Disney.

São vários perfis que se aproximam de menores de idade no Facebook por meio de mensagens perturbadoras, que podem induzir ao suicídio.

A polícia já apurou que o primeiro deles foi criado na Europa, em 2017, com posts em espanhol. Ainda não há casos confirmados no Brasil, mas algumas contas com codinome Jonatan Galindo já apresentam conteúdo em português.

“Este perfil faz o desafio para que o interessado envie uma mensagem privada e, em resposta, passa a enviar vídeos, textos, áudios e até a fazer ligação por vídeo ao vivo. Essas mensagens causam desconforto, medo, terror e podem até induzir ao suicídio”, explica a delegada de Polícia Civil Fernanda Lima, em um vídeo postado em sua conta no Instagram.

Diante dos riscos, a Polícia Civil e o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina orientam pais e responsáveis a monitorar o conteúdo que tem sido acessado pelas crianças e observar eventuais mudanças de comportamento.

Ameaças

Essa não é a primeira vez que o uso das redes sociais se torna uma ameaça para os pais. Em 2017, o desafio da baleia azul, surgido em uma rede social russa, viralizou entre jovens e foi associado a uma onda de suicídios entre crianças e adolescentes.

 

*Por: Repórter Beto Ribeiro

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