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CUBA - Uma rede de tráfico que opera a partir da Rússia com o objetivo de recrutar cubanos para participarem “de operações bélicas na Ucrânia” foi identificada por autoridades da ilha, que iniciaram processos criminais contra pessoas envolvidas, informou a chancelaria na segunda-feira.

O Ministério do Interior "trabalha na neutralização e desarticulação de uma rede de tráfico de pessoas que opera a partir da Rússia para incorporar cidadãos cubanos ali radicados, incluindo alguns procedentes de Cuba, às forças militares que participam de operações bélicas na Ucrânia", informa o comunicado.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, garantiu que o governo da ilha "age com a força da lei" contra essas operações, em mensagem publicada em sua conta na rede social X, antigo Twitter.

As autoridades competentes iniciaram "processos criminais contra pessoas envolvidas nessas atividades", segundo um comunicado.

A chancelaria esclareceu que Cuba não é parte do conflito na Ucrânia e que atuará energicamente contra aqueles que, a partir de seu território, participem em qualquer forma de tráfico de pessoas para fins de recrutamento ou "mercenarismo" para que os seus cidadãos peguem em armas contra qualquer país.

O jornal América TeVe, de Miami, publicou na última sexta-feira depoimentos de dois adolescentes que disseram terem sido enganados por pessoas que os procuraram no Facebook para que trabalhassem como pedreiros em obras na Ucrânia ao lado do Exército russo.

 

- Pedido de ajuda -

"Por favor, tentem nos tirar daqui o mais rapidamente possível, porque estamos com medo", pede um dos jovens, 19, em um vídeo publicado no site do jornal. Segundo o veículo, os jovens enviaram essa mensagem de dentro do ônibus em que eram transferidos da Ucrânia com soldados russos para a cidade russa de Riazan.

O jornal apresentou o depoimento anônimo em áudio de outro cubano, que disse ter assinado um contrato do mesmo tipo. O homem afirmou que viajou de Cuba para a Rússia e encontrou 18 compatriotas na mesma situação.

Outro cubano disse ter assinado o acordo enquanto vivia na Rússia. Ele, que pediu para não ser identificado, explicou ao jornal que, assim como os compatriotas, alistou-se para legalizar sua situação na Rússia.

Ao reiterar sua rejeição categórica a qualquer cumplicidade nessas ações, a chancelaria advertiu que “inimigos de Cuba promovem informações distorcidas, que buscam manchar a imagem do país”.

Moscou e Havana estreitam desde o ano passado suas relações em termos políticos e diplomáticos. Representantes do governo de Vladimir Putin expressaram vontade de apoiar Cuba em meio à sua pior crise econômica desde a implosão do bloco soviético, em 1991.

 

 

AFP

KIEV - O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse nesta segunda-feira que apresentou sua carta de demissão ao presidente do Parlamento, na maior mudança no sistema de defesa desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022.

O presidente Volodymyr Zelenskiy anunciou no final do domingo que havia decidido substituir seu ministro da Defesa do tempo de guerra e propôs Rustem Umerov, um tártaro da Crimeia que dirige o Fundo de Propriedade do Estado, como seu substituto.

Em sua carta de demissão, Reznikov forneceu uma visão geral de seus 22 meses no cargo, elogiando a resistência feroz da Ucrânia durante a guerra contra as forças russas e os esforços de seu ministério para garantir ajuda militar vital do Ocidente.

"Mais de 50% dos territórios temporariamente ocupados pela Rússia já foram liberados. Todos os dias nossos defensores estão avançando", disse ele na carta publicada no X, antes conhecido como Twitter.

"Há um entendimento de que a Ucrânia é um escudo da Europa no leste."

Reznikov, que tem sido apontado como o possível próximo embaixador da Ucrânia em Londres, afirmou que considera uma das principais prioridades de Kiev a construção de parcerias de longo prazo com os principais aliados e a obtenção de "garantias reais de segurança".

O ministério de Reznikov enfrentou escândalos em tempos de guerra sobre a aquisição de alimentos e roupas, bem como alegações de algumas ONGs de ajuda militar de que a burocracia não foi reduzida com a rapidez necessária. Reznikov nega ter cometido irregularidades.

Ele disse em sua carta de demissão que os processos de compra e aquisição de defesa foram reformados durante seu período no cargo e que ele cumpriu todas as tarefas que lhe foram atribuídas quando foi nomeado há 22 meses.

 

 

Reportagem de Max Hunder e Olena Harmash / REUTERS

MOSCOU -  As defesas aéreas da Rússia destruíram um drone que se aproximava de Moscou, anunciou nesta sexta-feira o prefeito da capital, alvo frequente de tentativas de ataques similares nas últimas semanas.

Serguei Sobianin afirmou no Telegram que as forças antiaéreas “desbarataram outra tentativa de um drone que seguia em direção a Moscou”, no distrito de Lyubertsy, na periferia sudeste da capital.

“Não houve vítimas ou danos, segundo os relatos preliminares”, acrescentou.

Na quinta-feira (31), o ministério russo da Defesa anunciou a interceptação de um drone ucraniano no distrito de Voskresensky, a 60 quilômetros da capital.

Além disso, os governadores das regiões de Bryansk e de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, também anunciaram ataques de drones executados por Kiev nesta sexta-feira.

Um drone “foi derrubado sobre a região de Bryansk. Não há vítimas nem danos”, afirmou o governador Alexander Bogomaz no Telegram.

Kursk foi alvo de dois drones na localidade de Kurchatov, a 100 quilômetros da fronteira.

“Um edifício administrativo e um prédio residencial foram atingidos”, disse o governador Roman Starovoyt.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou na quarta-feira (30) que a defesa antiaérea do país derrubou mais de 20 mísseis de cruzeiro e vários drones explosivos, no ataque russo mais potente contra Kiev dos últimos cinco meses. Duas pessoas morreram na capital. Por outro lado, o Exército ucraniano diz ter instalado suas tropas perto de Robotyne, no sul do país, em uma área estratégica para os planos de reconquista da península da Crimeia.

Um correspondente da agência AFP em Kiev ouviu pelo menos três grandes explosões na terça-feira, como parte da onda de 28 mísseis de cruzeiro e 16 drones explosivos disparados na direção da capital ucraniana.

A administração militar de Kiev afirmou que este foi o "maior" ataque contra a cidade desde a primavera (no hemisfério norte). As duas vítimas fatais foram atingidas pela queda de escombros. Os drones utilizados pelos russos são do modelo Shahed, fabricados no Irã.

Funcionários do governo municipal avaliavam os danos, e os moradores limpavam os escombros em um prédio residencial, que teve as janelas destruídas.

O ataque a Kiev aconteceu no momento em que as defesas aéreas russas informaram terem "impedido" um ataque no aeroporto de Pskov (noroeste), a quase 800 quilômetros da Ucrânia e perto das fronteiras com Letônia e Estônia, ex-repúblicas soviéticas agora dentro da União Europeia.

O governador da região de mesmo nome, Mikhail Vedernikov, publicou um vídeo nas redes sociais de um grande incêndio, no qual é possível ouvir explosões e sirenes. As autoridades avaliam os danos do ataque que, segundo o governador, não provocou vítimas. Dois aviões de transporte pesado foram incendiados no ataque, informou o Ministério de Emergências, citado pela agência de notícias RIA Novosti.

As autoridades de outras regiões, como Briansk e Oriol, perto da fronteira com a Ucrânia, e Kaluga e Riazan, nas proximidades de Moscou, anunciaram que destruíram, ou derrubaram, drones ucranianos.

O prefeito da capital russa também destacou que as defesas aéreas destruíram um drone "direcionado contra Moscou", que não provocou danos, nem deixou vítimas, segundo informações preliminares.

Há várias semanas, a Ucrânia executa ataques de drones contra Moscou e outras regiões da Rússia quase diariamente, em uma tentativa de levar o conflito para o território do país rival.

No início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia atacava de maneira sistemática as cidades ucranianas, mas as operações diminuíram à medida que os estoques russos de armamento se esgotaram e as defesas ucranianas foram reforçadas. A Ucrânia, por sua vez, intensificou os ataques com drones no território da Rússia.

 

Ataques no Mar Negro

Moscou também anunciou ter destruído quatro embarcações ucranianas no Mar Negro que circulavam em alta velocidade e transportavam cerca de 50 soldados de "unidades de desembarque das forças de operações especiais ucranianas", disse um comunicado do Ministério da Defesa russo. A nota não detalha a área do Mar Negro em que aconteceram esses bombardeios.

Também durante a madrugada, na mesma região, as defesas russas impediram um "ataque de drone marítimo" perto da baía de Sebastopol, na península anexada da Crimeia, informou o governador local, Mikhail Razvozhayev. Sebastopol é a base da frota russa do Mar Negro e a cidade mais importante da Crimeia, alvo frequente de ataques de Kiev.

Kiev e Moscou intensificaram as operações no Mar Negro desde que a Rússia abandonou um acordo, mediado pela ONU e pela Turquia, para permitir a exportação de grãos ucranianos por suas águas.

 

Contraofensiva para recuperar a Crimeia

Kiev lançou uma contraofensiva em junho para retomar os territórios ocupados pela Rússia desde o início da invasão, assim como a Crimeia, península anexada por Moscou em 2014.

Na segunda-feira, soldados ucranianos capturaram a cidade de Robotyne, na frente sul, o que ajudará a contraofensiva a se deslocar para o sul do território, disse o chefe da diplomacia ucraniana em um discurso divulgado nesta quarta-feira.

"Ao nos entrincheirarmos nos flancos de Robotyne, abrimos o caminho para [as cidades do sul de] Tokmak, e depois para Melitopol e para a fronteira (administrativa) da Crimeia", afirmou Kuleba em Paris, na terça-feira.

Até o momento, o Exército russo não anunciou sua retirada de Robotyne, mas relatou combates intensos na área e nos arredores da cidade vizinha de Verbove. "A zona cinzenta de Robotyne-Verbove vai se tornar uma vala comum para as forças armadas da Ucrânia", declarou Yevgeny Balitsky, chefe da ocupação russa na região de Zaporíjia, no Telegram.

 

 

(Com informações da AFP)

RFI

UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira (30) que a defesa antiaérea do país derrubou mais de 20 mísseis de cruzeiro e vários drones explosivos, no ataque mais potente contra Kiev desde a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), que provocou duas mortes.

O ataque aconteceu no momento em que a Rússia anunciou que um aeroporto próximo da fronteira com a Estônia foi atacado com drones e, segundo agências estatais, vários aviões foram danificados.

Um correspondente da AFP em Kiev ouviu pelo menos três grandes explosões às 5H00 (23H00 de Brasília, terça-feira) como parte da onda de 28 mísseis de cruzeiro e 16 drones explosivos.

A Administração Militar da Cidade de Kiev afirmou que este foi o "maior" ataque contra a capital desde a primavera e duas pessoas morreram na queda de escombros.

As tropas russas lançaram, a partir de várias direções, "grupos" de drones de iranianos Shahed contra a capital, que também foi alvo de mísseis da Força Aérea, informou a Administração Militar da capital.

Funcionários do governo municipal avaliavam os danos e os moradores limpavam os escombros em um prédio residencial, que teve as janelas destruídas.

 

- Ataques no Mar Negro -

No início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia atacava de maneira sistemática as cidades ucranianas, mas as operações diminuíram à medida que os estoques russos se esgotaram e as defesas ucranianas foram reforçadas.

A Ucrânia, ao mesmo tempo, intensificou os ataques com drones no território da Rússia.

Moscou anunciou que destruiu quatro embarcações ucranianas com quase 50 soldados a bordo no Mar Negro e afirmou que impediu ataques com drones ucranianos em vários pontos de seu território.

O ministério russo da Defesa destacou que destruiu "quatro embarcações militares de alta velocidade" no Mar Negro à meia-noite (horário de Moscou).

As embarcações transportavam "unidades de desembarque das forças de operações especiais ucranianas", acrescentou em um comunicado.

A nota não informa a área do Mar Negro em que aconteceram os ataques.

Também durante a madrugada, na mesma região, as defesas russas impediram um "ataque de drone marítimo" perto da baía de Sebastopol, na península anexada da Crimeia, informou o governador local, Mikhail Razvozhayev.

Kiev e Moscou intensificaram as operações no Mar Negro desde que a Rússia abandonou um acordo, mediado pela ONU e a Turquia, para permitir a exportação de grãos ucranianos por suas águas.

Sebastopol é a base da frota russa do Mar Negro e a cidade mais importante da Crimeia, alvo frequente de ataques de Kiev.

Na última semana, Kiev reivindicou uma operação militar nesta península, anexada em 2014 pela Rússia, durante a qual suas unidades especiais hastearam uma bandeira nacional.

 

- Drones contra a Rússia -

A Ucrânia executou uma série de ataques com drones contra os territórios controlados por Moscou, informaram as autoridades russas.

As defesas aéreas "impediram" um ataque no aeroporto de Pskov (noroeste), a quase 800 quilômetros da Ucrânia e perto das fronteiras com Letônia e Estônia, ex-repúblicas soviéticas agora dentro da União Europeia.

O governador da região de mesmo nome, Mikhail Vedernikov, publicou um vídeo nas redes sociais de um grande incêndio, no qual é possível ouvir explosões e sirenes.

As autoridades avaliam os danos do ataque que, segundo o governador, não provocou vítimas.

Dois aviões de transporte pesado foram incendiados no ataque, informou o ministério de Emergências, citado pela agência de notícias RIA Novosti.

O governador anunciou que todos os voos previstos para quarta-feira no aeroporto de Pskov foram cancelados "até a averiguação dos possíveis danos na pista".

Os aeroportos moscovitas de Vnukovo e Domodedovo interromperam temporariamente as operações.

As autoridades de outras regiões, como Briansk e Oriol, perto da fronteira com a Ucrânia, e Kaluga e Riazan, nas proximidades de Moscou, anunciaram que destruíram ou derrubaram drones ucranianos.

O prefeito da capital russa também destacou que as defesas aéreas destruíram um drone "direcionado contra Moscou", que não provocou danos ou vítimas, segundo informações preliminares.

Há várias semanas, a Ucrânia executa ataques de drones contra Moscou e outras regiões da Rússia quase diariamente, em uma tentativa de levar o conflito para o território do país rival.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A Ucrânia anunciou na segunda-feira (28) que recuperou uma pequena localidade na frente de combate sul, onde suas tropas esperam avançar na difícil contraofensiva em curso contra as linhas de defesa russas.

Depois de acumular equipamentos militares fornecidos pelos aliados ocidentais, Kiev iniciou em junho a aguardada contraofensiva para atacar as posições russas que foram reforçadas nos últimos meses.

As autoridades ucranianas afirmam que os avanços são lentos, mas seguros, enquanto Moscou insiste em que a contraofensiva de Kiev está fracassando.

"Robotyne foi liberada. Nossas forças estão avançando para o sudeste de Robotyne e o sul de Mala Tokmachka", afirmou a vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Malyar.

A localidade recuperada fica no eixo de ataque das cidades de Tokmak e Melitopol, ocupadas pelas forças russas. Kiev busca romper a continuidade dos territórios ocupados por Moscou no sul e no leste do país.

Com a tomada de Robotyne, o Exército ucraniano espera conseguir abrir uma brecha na frente sul, mas, para alcançar esse objetivo, precisa superar trincheiras, barreiras antitanque e campos minados espalhados pelos russos.

Na frente leste, as tropas ucranianas recuperaram na última semana de combates um quilômetro quadrado ao sul de Bakhmut, cidade capturada em maio por Moscou.

Ao mesmo tempo, a Rússia prosseguiu nesta segunda-feira sua campanha de bombardeios e matou pelo menos duas pessoas em um ataque contra uma instalação industrial na região de Poltava, centro da Ucrânia. O ataque também deixou cinco feridos, segundo a polícia.

O chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Yermak, escreveu nas redes sociais que as forças russas haviam atacado uma instalação petrolífera na localidade de Gogoleve e que dois empregados haviam morrido. Moscou afirmou, no entanto, que os bombardeios haviam mirado um armazém de armamento.

 

- Enormes meios -

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, nas sigla em inglês), um centro de análises pró-Ocidente, calcula que a Rússia mobilizou recursos significativos para defender as posições que está cedendo no momento e questiona se Moscou terá a capacidade de fazer o mesmo com as próximas linhas de defesa.

"As forças russas comprometeram uma quantidade considerável de material, esforços e homens para manter posições de defesa onde as forças ucranianas estão penetrando", destaca o ISW.

Para as autoridades ucranianas, cada localidade reconquistada representa um golpe às ambições do presidente russo, Vladimir Putin, um ano e meio após o início da invasão.

"Toda a legitimidade de Putin diante da elite russa se deve ao fato de que ainda não perdeu a guerra. Quanto mais a Rússia perder o controle dos territórios ocupados, mais rápido diminuirá o apoio ao regime", escreveu o conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podolyak, na rede X (antes conhecida como Twitter).

 

- Recuperar a iniciativa -

A Ucrânia luta, ao mesmo tempo, para manter suas linhas diante de uma ofensiva russa no nordeste, que avança há várias semanas.

Kiev teme que Moscou mobilize dezenas de milhares de homens neste eixo de ataque, para romper a frente de batalha neste setor e obrigar a Ucrânia a adotar um desvio de suas operações no sul.

Ilia Yevlash, porta-voz do Comando Leste do Exército ucraniano, afirmou no domingo que Moscou reuniu 45.000 soldados na área de Kupiansk, e outros 48.000, nas proximidades Lyman, mais ao sul.

No sábado, em um relatório, o Ministério britânico da Defesa afirmou que, diante dos avanços ucranianos, a Rússia poderia tentar "recuperar a iniciativa", multiplicando as operações de ataque.

"Kupiansk-Lyman é uma zona potencial para este cenário", afirma o documento.

A Ucrânia mantém a pressão e intensifica os ataques com drones em território russo: algumas ações atingiram Moscou e a península anexada da Crimeia, uma base crucial para o abastecimento das tropas de Moscou.

 

 

AFP

KIEV - Três pessoas foram mortas em um ataque noturno com mísseis russos contra a Ucrânia, e uma quarta morreu em um bombardeio na manhã de segunda-feira, disseram autoridades ucranianas.

O ministro do Interior, Ihor Klymenko, disse que as três pessoas mortas durante a noite eram trabalhadores de uma instalação industrial atingida na região de Poltava. Outros cinco ficaram feridos e outra pessoa estava desaparecida, segundo ele.

O chefe de gabinete presidencial, Andriy Yermak, descreveu a instalação como uma fábrica de óleo vegetal no distrito de Myrhorod, na região de Poltava, e postou fotos mostrando a fábrica em chamas. Klymenko disse que o fogo foi extinto posteriormente.

“As pessoas trabalhavam no turno da noite”, afirmou Yermak no aplicativo de mensagens Telegram.

Oleksandr Prokudin, governador da região de Kherson, disse que uma mulher de 63 anos foi morta em um bombardeio na vila de Sadove por volta das 10h40 de segunda-feira, pelo horário local.

Os militares ucranianos disseram que a Rússia lançou quatro mísseis do Mar Negro durante a noite, dois dos quais foram abatidos.

Os militares também afirmaram que a região de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia, foi atingida por um ataque com mísseis. As autoridades locais disseram que várias casas particulares foram danificadas, mas não relataram vítimas.

A Rússia, que enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia há 18 meses, não comentou imediatamente os relatos.

 

 

Reportagem de Pavel Polityuk; reportagem adicional de Anna Pruchnicka / REUTERS

UCRÂNIA - O ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta sexta-feira (25) que neutralizou 42 drones ucranianos perto da Crimeia, na maior tentativa recente de ataque aéreo contra a península, onde a Ucrânia reivindicou na véspera uma incursão terrestre de suas forças especiais.

O território, anexado por Moscou em 2014, é um alvo frequente das tropas ucranianas desde o início da ofensiva russa, mas nas últimas semanas Kiev intensificou os ataques.

"Nove drones foram destruídos depois que dispararam sobre o território da República da Crimeia. E 33 drones foram neutralizados por meios de guerra eletrônica e caíram sem atingir seu alvo", informou o ministério russo no Telegram.

O comunicado não cita possíveis danos ou vítimas após a tentativa de ataque, ou devido à queda dos drones abatidos.

O governador nomeado por Moscou para Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, já havia anunciado que vários drones haviam sido destruídos "na área do cabo Quersoneso", a cerca de 10 km desta cidade que abriga a frota russa no Mar Negro.

Os serviços de emergência "não constataram danos nas infraestruturas civis", afirmou o governador. "Todas as forças e serviços estão preparados para o combate", acrescentou.

A Ucrânia não esconde a intenção de recuperar esta península no Mar Negro. Recentemente, o país aumentou a pressão na região, com ataques de drones navais e aéreos.

No final de julho, Moscou anunciou que derrubou 25 aparelhos na península. Algumas semanas antes, o balanço foi de 28 drones derrubados.

Além do ataque contra a Crimeia, a Defesa russa anunciou que interceptou um míssil ucraniano direcionado contra "alvos civis" na região de Kaluga, limítrofe com Moscou.

"Ninguém ficou ferido e não há danos nas infraestruturas", declarou o governador regional, Vladislav Shapsha.

 

- Operação na Crimeia -

Na quinta-feira, 24 de agosto e Dia da Independência, a Ucrânia anunciou uma operação especial na Crimeia, com forças especiais que hastearam a bandeira nacional no território.

A inteligência militar ucraniana não divulgou detalhes ad missão, mas destacou que as forças entraram pelo mar, cumpriram os objetivos estabelecidos e deixaram a região "sem baixas".

Na quarta-feira, o serviço de inteligência informou a destruição de um potente sistema russo de mísseis terra-ar, também na Crimeia.

As ações integram a contraofensiva de Kiev para tentar recuperar os territórios sob controle russo, mas que avança de maneira mais lenta que o esperado.

As autoridades ucranianas, em particular o presidente Volodimir Zelensky à frente, insistem que o país precisa de aviões de combate modernos para superar a atual situação.

Após vários apelos, a Ucrânia obteve a promessa da Dinamarca, Holanda e Noruega sobre o fornecimento de caças F-16 americanos. Os pilotos ucranianos, no entanto, precisam de treinamento para utilizar os aviões.

O Pentágono anunciou na quinta-feira que o treinamento começará em setembro nos Estados Unidos e que o processo vai demorar de cinco a oito meses, dependendo das habilidades dos militares ucranianos.

Zelensky conversou por telefone com o presidente americano Biden sobre o tema e para garantir que outros países aprovem rapidamente o envio de seus F-16 à Ucrânia assim que o treinamento for concluído, informou a Casa Branca.

 

- Putin fala sobre Prigozhin -

O conflito foi abalado nas últimas horas pelo acidente aéreo de quarta-feira nas proximidades de Moscou que supostamente matou o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin.

Na primeira reação do Kremlin ao acidente, o presidente Vladimir Putin elogiou na quinta-feira a "contribuição" de Prigozhin na Ucrânia e expressou "pêsames" aos parentes das vítimas da queda do avião.

O misterioso acidente que não deixou sobreviventes, apenas dois meses após a tentativa de motim do grupo Wagner contra o Estado-Maior russo, alimenta especulações de um eventual assassinato orquestrado.

Zelensky e Biden acusaram Putin.

"Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas não estou surpreso", disse Biden na quarta-feira. "Não há muita coisa que aconteça na Rússia que Putin não esteja por trás", acrescentou.

 

 

AFP

KIEV - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, prometeu nesta quarta-feira acabar com a ocupação russa da península da Crimeia e de todas as outras áreas que Moscou controla em seu país.

A Rússia tomou e anexou a Crimeia em 2014, em um movimento não reconhecido pela maioria dos outros países, e ocupou outras partes da Ucrânia desde a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022. Kiev iniciou uma contraofensiva para tentar recuperar as terras perdidas.

"A Crimeia será desocupada como todas as outras partes da Ucrânia que infelizmente ainda estão sob o domínio do ocupante", afirmou Zelenskiy numa conferência internacional sobre a Crimeia, na qual ele disse que participaram representantes de mais de 60 países e organizações internacionais.

O presidente disse que as tropas ucranianas estavam avançando na contraofensiva lançada por Kiev no início de junho, mas não deu detalhes. Ele não estabeleceu prazo para a Ucrânia recuperar o controle da Crimeia.

A Rússia não dá sinais de abandonar a Crimeia, que tem usado como plataforma para lançar ataques com mísseis contra alvos ucranianos. Moscou diz que um referendo realizado depois que as forças russas tomaram a península mostrou que os crimeanos desejam genuinamente fazer parte da Rússia. O referendo não é reconhecido pela maioria dos países.

Os participantes da conferência da Plataforma da Crimeia ouviram discursos proferidos em vídeo por líderes estrangeiros, incluindo o presidente turco, Tayyip Erdogan, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Erdogan reiterou que Ancara não reconhece a anexação da Crimeia pela Rússia e apoia a integridade territorial da Ucrânia. Ele disse que a Turquia está trabalhando duro para manter as linhas de comunicação abertas, na esperança de que uma paz “justa e duradoura” possa ser acordada.

Zelenskiy afirmou que quando a Crimeia voltar ao controle ucraniano, fará parte da economia da Ucrânia e, portanto, da economia global.

"Hoje estamos dando o primeiro passo econômico. Estamos assinando o primeiro documento com empresas que estão prontas para entrar na Crimeia depois da Ucrânia", disse ele.

 

 

Reportagem de Anna Pruchnicka / REUTERS

UCRÂNIA - Três pessoas morreram e outras duas ficaram feridas, na terça-feira (22), em bombardeios russos contra duas cidades perto de Lyman, no leste da Ucrânia, anunciou o chefe da administração da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.

As forças russas “atingiram as cidades da comunidade de Lyman esta noite: três pessoas foram mortas e uma ficou ferida em Torske, outro civil foi ferido em Zakitne”, escreveu Kyrylenko no Telegram.

“Segundo dados preliminares, os invasores atacaram as cidades com artilharia”, informou o gabinete do procurador regional de Donetsk em sua página no Facebook. O primeiro ataque ocorreu em Torske, às 18h50 locais (12h50 de Brasília) e o lançado contra a cidade de Zakitne ocorreu meia hora depois.

As pessoas mortas em Torske são duas mulheres e um homem idosos, entre 63 e 88 anos, que estavam sentados em um banco no momento do ataque, acrescentou o gabinete do procurador. Uma pessoa da mesma cidade sofreu ferimentos no tórax, mas costas e no quadril.

Segundo a mesma fonte, um homem de 26 anos sofreu uma fratura no crânio e uma concussão cerebral na cidade de Zakitne.

Outros quatro civis foram feridos por tiros de morteiro e um imóvel residencial foi atingido por dois drones explosivos em Seredyno-Buda, na região de Soumy, no nordeste da Ucrânia, informou a administração militar regional no Facebook.

 

 

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