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UCRÂNIA - As autoridades da cidade ucraniana de Kupiansk, no nordeste da Ucrânia, recomendaram aos seus habitantes mais vulneráveis, na quinta-feira (10), que deixem o local, antes do avanço do Exército russo, que há vários dias reivindica progressos nesta área.

"Levando-se em conta a difícil situação de segurança e o aumento dos bombardeios (...) eles têm a possibilidade de serem levados para um local mais seguro", informou a administração da cidade pelo Telegram.

Os moradores podem se reacomodar na cidade de Kharkiv, cerca de 90 quilômetros a oeste, de onde podem ser transferidos para regiões mais seguras.

"Não negligenciem sua segurança, ou a de seus entes queridos", acrescentaram as autoridades ucranianas.

À tarde, o Exército ucraniano disse que "a situação continua sendo difícil, mas se mantém sob controle".

"Os russos estão tentando se impor e penetrar nas nossas defesas", reforçou, no Telegram, o porta-voz do Exército ucraniano no setor leste da frente.

O Ministério russo da Defesa anunciou, por sua vez, que o Exército "melhorou suas posições" na linha de frente perto de Kupiansk, após relatar avanços nesta área durante a semana.

 

- 'As pessoas estão em perigo' -

"Parece que os russos estão destruindo lugares na área de Kupiansk", afirmou Rostislav Melnikiv, acadêmico da Universidade de Kharkiv.

"As pessoas estão correndo risco de perder a vida, não apenas suas casas", disse ele à AFP.

Uma moradora da localidade de Kivsharivka, na periferia de Kupiansk, contou que estava se preparando para fugir com os filhos, mas que seu marido se recusou a deixar o lugar para ficar com a mãe idosa.

"É duro deixá-los para trás", desabafou Anna Koresh, de 36 anos, em conversa por telefone com a AFP.

A Ucrânia iniciou uma contraofensiva em junho, após receber um significativo reforço militar de potências ocidentais, mas tem reconhecido dificuldades em avançar, ante a resistência das tropas russas que invadiram o país no final de fevereiro de 2022.

 

- Ataques em território russo -

Nas últimas semanas, a Ucrânia multiplicou os ataques com drones aéreos, ou navais, contra territórios russos ou controlados pelas tropas russas, assim como na península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Na região russa de Briansk, perto da fronteira com a Ucrânia, duas pessoas morreram, e duas ficaram feridas, em um bombardeio que as autoridades atribuíram às forças ucranianas.

A Rússia anunciou, ainda, que abateu 11 drones ucranianos perto da Crimeia e outros que se dirigiam para Moscou.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, alertou em 30 de julho que a "guerra" estava chegando à Rússia.

 

- Perto do 'front' -

Na quarta-feira (9), as autoridades ucranianas informaram que pelo menos duas pessoas morreram, e sete ficaram feridas, em um ataque russo a Zaporizhzhia (sul).

Essa cidade, às margens do rio Dnieper, é uma posição estratégica, a pelo menos 44 quilômetros de uma das frentes do conflito.

Nadiya, uma moradora de 71 anos de Zaporizhzhia, disse à AFP nesta quinta que tinha ido se deitar, quando o bombardeio começou.

"Ouvi um 'bang'. Tinha fumaça preta. Vidro por toda parte. Comecei a gritar", contou.

 

 

AFP

RÚSSIA - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta quinta-feira (10) que derrubou 11 drones ucranianos perto da península da Crimeia e dois aparelhos que seguiam em direção a Moscou, nas ações mais recentes de Kiev contra os territórios controlados pelo Kremlin.

"Dois veículos aéreos não tripulados que voavam em direção à cidade de Moscou foram destruídos", anunciou o ministério no Telegram.

Um aparelho foi neutralizado pela defesa aérea na região de Kaluga, ao sudoeste da capital, e o segundo no distrito de Odintsovsky, já na região moscovita.

Perto da cidade de Sebastopol, na Crimeia, dois drones "foram atingidos pelos equipamentos de defesa antiaérea e nove foram suprimidos por meio de guerra eletrônica", acrescentou o ministério.

O comunicado indica que não há informações de danos ou vítimas nas regiões afetadas.

A Ucrânia intensificou os ataques de drones aéreos ou navais nas últimas semanas contra os territórios controlados pela Rússia, em particular em Moscou e na península da Crimeia, anexada em 2014.

Na quarta-feira, as autoridades russas anunciaram que derrubaram dois drones de combate ucranianos direcionados contra Moscou.

Em quase uma semana, a capital russa foi alvo de pelo menos quatro ataques.

Moscou permaneceu à margem das hostilidades provocadas pelo conflito na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, até recentemente.

 

- "Resposta rápida" às ameaças -

A Crimeia é alvo recorrente das ações das tropas ucranianas, que se tornaram mais intensas nas últimas semanas.

No sábado, a Rússia afirmou que neutralizou um drone perto de Sebastopol, base de sua frota no Mar Negro.

Em julho, ataques com drones ucranianos contra a Crimeia provocaram a explosão de um depósito de munições e danificaram uma grande ponte no Estreito Kerch que liga a península com o território continental russo.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, advertiu em 30 de julho que a "guerra" estava chegando à Rússia, "a seus centros simbólicos e suas bases militares".

Os ataques aéreos contra os territórios controlados por Moscou aumentaram desde o início da contraofensiva de Kiev em junho, que, no entanto, registrou avanços modestos diante da grande resistência das tropas russas.

Na quarta-feira, as autoridades russas anunciaram que uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas em um bombardeio ucraniano contra a localidade de Gorkovski, perto da fronteira na região sul de Belgorod.

Em um discurso para comandantes militares, o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, mencionou a "multiplicação das ameaças sobre a segurança militar" nas fronteiras do país.

"As ameaças exigem uma resposta rápida e adequada", afirmou.

No outro lado da frente de batalha, um depósito de petróleo na região ucraniana de Rivne foi destruído por um "ataque de drones em larga escala" nesta quinta-feira, informou o governador local Vitaliy Koval.

Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas em um ataque russo na quarta-feira contra a cidade ucraniana de Zaporizhzhia (sul), informou o ministro do Interior, Igor Klimenko.

No âmbito da contraofensiva, o Exército de Kiev reivindicou "avanços parciais" em alguns setores da frente de batalha. De modo paralelo, as tropas de Moscou anunciaram progressos no cerco a Kupiansk, no nordeste da Ucrânia.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Novos bombardeios russos, desta vez contra a cidade de Pokrovsk, no leste da Ucrânia, deixaram pelo menos sete mortos e 67 feridos. Kiev acusa Moscou de usar armas químicas contra seus soldados e de atacar equipes de resgate, aumentando ainda mais o número de vítimas.

Apenas na segunda-feira (7), o centro de Pokrovsk, cidade localizada bem próxima da linha de frente na região de Donetsk, foi alvo duas vezes das investidas russas. As operações de resgate, interrompidas durante a noite devido ao risco de novos bombardeios, foram retomadas na madrugada de terça-feira (8), informou o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou na segunda-feira que a Rússia havia atingido “um prédio residencial”. “Dois mísseis. Um prédio residencial atingido. Infelizmente, há vítimas”, postou o chefe de Estado ucraniano na rede social X (antigo Twitter).

Na publicação, Zelensky veicula um vídeo mostrando pessoas removendo os escombros de um prédio de cinco andares, ainda da era soviética, em que o último andar foi completamente destruído pelo bombardeio.

O local atacado é um complexo residencial, onde se encontra um restaurante muito popular, frequentado por jornalistas ucranianos e estrangeiros, além de voluntários, soldados em dias de folga e famílias com crianças.

O exército russo, por sua vez, afirmou nesta terça-feira ter atingido um centro de comando militar ucraniano em Pokrovsk: “Na área da localidade de Krasnoarmeïsk (nome soviético de Pokrovsk) (...) O centro do grupo ucraniano ‘Khortytsia’ foi atingido”, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.

 

Estratégia russa

Os ataques de segunda-feira foram particularmente traumáticos para a população por utilizar, pelo menos duas vezes, um método muitas vezes usado pelos russos, principalmente em Kherson, mas também em seus ataques na Síria: um primeiro ataque contra civis, seguido por uma pausa para aguardar a chegada de resgate, e então um novo ataque, fazendo muitas vítimas entre os socorristas.

Das 67 pessoas feridas no ataque a Pokrovsk, duas são crianças, 27 são policiais, além de sete paramédicos. Entre os 7 mortos estaria o delegado-chefe de resgate da região de Donetsk, coronel Andriy Omelchenko.

 

Cloropricina, gás venenoso

A Ucrânia também afirma que armas químicas foram usadas por forças russas contra soldados ucranianos. De acordo com Kiev, houve o uso de cloropricina, um gás venenoso desenvolvido pela Rússia e usado nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial.

“O inimigo continua a usar munições químicas, violando todas as convenções", denunciou o general Oleksandr Tarnavskyi, comandante do grupo operacional estratégico em Tavria.

De acordo com o comandante ucraniano, o gás foi lançado durante duas sequências de ataque contra Novovasylivka, cidade da região de Zaporíjia. O cloropricina é uma arma proibida pelo direito internacional, lembrando que a Rússia é signatária da convenção contra o uso de armas químicas, o que proíbe o país de possuir ou produzir o produto, e principalmente de utilizá-lo.

 

Contraofensiva

O bombardeio ocorre após ataques ucranianos a duas pontes rodoviárias importantes às vias terrestres russas que ligam a Crimeia e a região de Kherson. Os ataques levaram as forças russas a redirecionarem o tráfego rodoviário das rotas de curta distância no leste para rotas mais longas no oeste, o que deve comprometer a logística da região.

Ainda assim, o avanço da contraofensiva ucraniana continua sendo fortemente questionado. Para Lukas Aubin, diretor de pesquisa do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas da França (IRIS), as manobras da contraofensiva ainda seriam “insignificantes” no contexto do conflito.

 

 

(Com informações da AFP)

Emmanuelle Chaze, correspondente da RFI 

KIEV - O comandante-chefe das forças ucranianas disse nesta segunda-feira que suas tropas estão criando as condições necessárias para avançar e passar a ter a iniciativa no campo de batalha, mais de um ano após o início da invasão russa ao país.

Valeriy Zaluzhnyi divulgou um comunicado pelo aplicativo Telegram, em que assegurou que as linhas de defesa ucranianas estão estáveis e conseguindo repelir tentativas russas de contra-ataque e de distrair as forças ucranianas em outras frentes de batalha.

“Lutas intensas estão ocorrendo e, pouco a pouco, as tropas ucranianas seguem criando as condições de avançar. A iniciativa está do nosso lado”, afirmou Zaluzhnyi, após participar de ligação telefônica com o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA.

A Ucrânia lançou uma contraofensiva no início do inverno no Hemisfério Norte, na tentativa de recuperar partes do território capturado pela Rússia no sul e no leste do país. Os Estados Unidos e outros aliados do Ocidente enviaram armas à Ucrânia e treinaram os soldados para que Kiev realizasse a ofensiva.

A Ucrânia já recapturou alguns vilarejos no sul e territórios próximos à cidade de Bakhmut. As autoridades do país rebateram críticas de que estariam avançando muito lentamente, dizendo que essa estratégia tem o intuito de evitar mortes. A Ucrânia tem atacado linhas russas bem equipadas e defendidas por minas terrestres. Moscou diz que a contraofensiva ucraniana foi um fracasso.

“Em algumas direções, o inimigo está realizando grandes ataques, mas sem sucesso. Eles querem distrair as forças ucranianas de algumas partes do fronte”, concluiu Zaluzhnyi

 

 

 

Reportagem de Olena Harmash / REUTERS

UCRÂNIA - Um alto funcionário ucraniano disse no domingo que as negociações na Arábia Saudita para avançar em direção a uma solução pacífica sobre a guerra com a Rússia foram produtivas, mas Moscou chamou a reunião de uma tentativa condenada ao fracasso de colocar o chamado sul global a favor de Kiev.

Mais de 40 países, incluindo China, Índia, Estados Unidos e países europeus, mas não a Rússia, estão participando das negociações em Jidá, que devem terminar neste domingo sem qualquer declaração final por escrito.

A Ucrânia e seus aliados disseram que as negociações são uma tentativa de garantir amplo apoio internacional aos princípios que Kiev deseja que sejam uma base da paz, incluindo a retirada de todas as tropas russas e a devolução de todo o território ucraniano ao seu controle.

O presidente ucraniano, Volodymir Zelenskiy, disse desejar que uma cúpula global ocorra com base nesses princípios ainda este ano.

Dezoito meses depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, qualquer perspectiva de negociações diretas de paz entre Kiev e Moscou parece remota.

Falando sobre as negociações de Jidá, o chefe de gabinete de Zelenskiy, Andriy Yermak, disse em comunicado: "Tivemos consultas muito produtivas em relação aos princípios-chave sobre os quais uma paz justa e duradoura deve ser construída."

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, foi citado pela mídia estatal neste domingo dizendo que a reunião foi "um reflexo da tentativa do Ocidente de continuar esforços fúteis e fadados ao fracasso" para mobilizar o sul global a favor da posição de Zelenskiy.

Embora os países ocidentais tenham amplamente apoiado a Ucrânia, muitos outros Estados relutam em tomar partido, embora desejem o fim do conflito que atingiu a economia global.

A participação da China, que se manteve afastada de uma rodada anterior de negociações em Copenhague e evitou apelos ocidentais para condenar a invasão russa, sinalizou uma possível mudança em sua postura, mas não uma alteração grande, disseram analistas.

Yermak disse que diferentes pontos de vista surgiram durante as negociações na Arábia Saudita, classificado-as como "uma conversa aberta e extremamente honesta"

Ele disse que todos os países presentes demonstraram compromisso com os princípios do direito internacional e respeito pela soberania e inviolabilidade da integridade territorial dos Estados.

 

 

Reportagem de Pavel Polityuk / REUTERS

RÚSSIA - A Rússia afirmou nesta sexta-feira (4) que impediu ataques ucranianos com drones contra uma base naval no Mar Negro e contra a península anexada da Crimeia, em um momento de intensificação das operações da Ucrânia em território russo.

"Durante a noite, as Forças Armadas ucranianas, com a ajuda de dois barcos sem tripulação, tentaram atacar a base naval de Novorossiysk", sul da Rússia, anunciou o Ministério da Defesa no Telegram.

"Os botes sem tripulação foram detectados visualmente e destruídos por disparos dos navios russos que protegiam a base", acrescenta a nota.

Novorossiysk também é um importante porto de petróleo que abriga o terminal de um oleoduto de mais de 1.500 km de extensão, que começa no oeste do Cazaquistão e passa pelas regiões russas ao norte do Mar Cáspio.

A maior parte do petróleo cazaque destinado à exportação transita por este oleoduto.

O Consórcio do Oleoduto do Cáspio, que administra a infraestrutura, afirmou que o local não sofreu danos e que o petróleo continua sendo transportado para os navios atracados no porto.

 

- Drones contra a Crimeia -

A frota russa no Mar Negro foi atacada em várias ocasiões desde o início da operação militar na Ucrânia, em fevereiro de 2022, em particular nas últimas semanas.

A Rússia afirmou na terça-feira que impediu um ataque com drones ucranianos contra barcos de patrulha no Mar Negro, 340 km ao sudoeste de Sebastopol, a base da frota russa na Crimeia. Uma semana antes, o Kremlin anunciou que impediu uma ação similar.

As tropas russas derrubaram 13 drones que atacaram a península da Crimeia na madrugada de sexta-feira, de acordo com o Ministério da Defesa, que não relatou vítimas ou danos.

A Ucrânia, que iniciou uma contraofensiva em junho para tentar retomar territórios ocupados pela Rússia, com progressos modestos até o momento, afirma que tem a intenção de recuperar a Crimeia.

Esta península anexada em 2014 é um alvo de Kiev desde o início da ofensiva de Moscou, mas os ataques se tornaram mais intensos nas últimas semanas.

Em julho, drones lançados pela Ucrânia provocaram uma explosão em um depósito de munições e danificaram uma ponte estratégica que liga a Rússia com esta península.

As autoridades designadas por Moscou para a região anunciaram no domingo que 25 drones ucranianos haviam sido destruídos na Crimeia.

Ao mesmo tempo, a Rússia ataca a região de Odessa, às margens do Mar Negro, desde que Moscou abandonou no mês passado o acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos.

 

- Ministro na frente de batalha -

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, viajou à zona de operação na Ucrânia para inspecionar um posto de comando e ter reuniões com alguns comandantes militares, anunciou o Exército.

Shoigu recebeu um relatório sobre a atual situação na frente de batalha e "elogiou os comandantes e militares pelas ações ofensivas" na área Lyman, leste da Ucrânia, informou o Exército russo em um comunicado, que não revela a data da visita.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, admitiu na quinta-feira que a contraofensiva enfrenta uma grande resistência e que foram registrados combates "muito violentos" em áreas cruciais de Lyman, Bakhmut e Avdiivka, no leste, assim como no sul do país.

"Os ocupantes tentam frear meninos com todas as suas forças. Os combates são muito violentos, mas "pouco importa o que o inimigo faça, o Exército ucraniano está se impondo", declarou.

Em 2022, a Ucrânia recuperou partes do território ao redor de Kherson e de Kharkiv em contraofensivas rápidas.

Nos últimos meses, no entanto, as forças ucranianas enfrentaram posições de defesa russas entrincheiradas de modo mais efetivo.

A Ucrânia advertiu que a contraofensiva poderia ser longa e difícil. O país pede aos aliados que enviem mais armas.

 

 

AFP

KIEV - A defesa aérea ucraniana derrubou 15 drones russos lançados na direção de Kiev na madrugada de quinta-feira (3), anunciou o comandante da administração militar da capital, Sergiy Popko.

As forças ucranianas “detectaram e destruíram 15 alvos aéreos que se aproximavam de Kiev”, afirmou Popko no Telegram, que identificou os dispositivos como drones explosivos “Shahed” de fabricação iraniana.

“De acordo com as informações disponíveis até o momento, não houve vítimas ou danos na capital”, acrescentou.

O alerta aéreo, de número 820 em Kiev desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, durou três horas, informou Popko.

Na noite anterior, o exército ucraniano afirmou que derrubou mais de 10 drones no céu da capital.

A queda dos destroços provocou danos materiais pequenos e não deixou feridos.

Ao mesmo tempo, ataques russos com drones provocaram danos consideráveis na quarta-feira em uma área portuária ucraniana em Izmail, no Danúbio, uma infraestrutura crucial para as exportações de grãos.

Na Rússia, o governador da região de Kaluga, Viacheslav Chapsha, anunciou nesta quinta-feira que a defesa antiaérea derrubou sete drones na área, que fica 180 km ao sul de Moscou.

“Esta noite, seis drones que tentavam atravessar a região de Kaluga foram derrubados pelos sistemas de defesa antiaérea”, disse Chapsha.

“Não houve vítimas ou danos”, acrescentou o governador.

Algumas horas mais tarde, Chapsha afirmou que outro drone, o sétimo, foi detectado e derrubado na mesma região, “sem atingir pessoas ou infraestruturas”.

Nas últimas semanas, os ataques ucranianos com drones contra o território russo aumentaram, em particular contra Moscou e a península anexada da Crimeia.

Na terça-feira, a Rússia afirmou que impediu um ataque de drones em Moscou, mas admitiu que um deles atingiu um prédio da capital, o mesmo edifício que já havia sido alvo de um ataque no fim de semana.

 

 

AFP

KIEV - Ainda sem um avanço decisivo na contraofensiva contra forças russas em seu território, a Ucrânia escalou a guerra de drones contra Vladimir Putin. Pela segunda vez em três dias, Kiev atacou pontos simbólicos de Moscou com drones de longa distância, e houve um novo ataque contra navios da Rússia no mar Negro.

A ação ocorreu na madrugada de terça (1º) e, como sempre, foi admitida apenas de forma indireta pelos ucranianos. Segundo a Defesa russa, dois drones foram derrubados na periferia moscovita, e um terceiro foi desabilitado por contramedidas eletrônicas, espatifando-se em um prédio no distrito de Moscow-City.

Aqui a narrativa engasga: o prédio atingido na área empresarial já havia sido alvo de outro drone na ofensiva de domingo (30). Trata-se do IQ-Center, que concentra escritórios de três ministérios russos (Desenvolvimento Econômico, Digital e Indústria e Comércio) e de empresas de tecnologia.

Por um lado, faz parte do único núcleo de arranha-céus da capital, cidade de prédios imponentes, mas de perfil usualmente mais baixo. Por outro, é um edifício simbólico. Fica no Centro Internacional de Negócios, conhecido como Moskva-Citi, ou Moscow-City, remetendo à análoga City londrina. O centro foi idealizado em 1992 como símbolo da Rússia pós-soviética e tem a maior concentração de torres envidraçadas da Europa.

Ninguém ficou ferido. "Moscou está rapidamente se acostumando a uma guerra total", exagerou o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak no X, o ex-Twitter. Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que, "de fato, há uma ameaça, isso é óbvio, e medidas estão sendo tomadas".

Por precaução, o aeroporto de Vnukovo, um dos três internacionais que servem a capital, ficou fechado por algumas horas, o que já havia acontecido duas outras vezes. A baixa frequências de voos de e para o exterior no país sob sanções tornam o incômodo menos perceptível, mas ele existe.

"Fomos orientados a trabalhar remotamente nesta semana", disse Aleksander, que atua numa empresa de monitoramento de mercado de trabalho em Moscow-City e pediu para não ter o sobrenome revelado. A Iandex, gigante equivalente ao Google na Rússia, fez o mesmo e pediu cuidado aos seus funcionários.

"Estamos avaliando os danos", postou no Telegram Daria Levtchenko, porta-voz de Desenvolvimento Econômico, pasta cujos funcionários estão trabalhando de casa. Desde maio, Moscou foi alvo de ao menos cinco ataques com drones, um deles contra o Kremlin, que fica a 5 km da área atingida na terça.

Por ora, o impacto é psicológico, e a Ucrânia aposta nisso. Mas há o que Aleksander, um apoiador moderado da guerra iniciada por Putin em 2022, chama de "estoicismo histórico dos russos".

Sob essa visão, vidros quebrados não são nada para quem vem de famílias que sofreram os pavores da invasão nazista na Segunda Guerra. Além disso, é incomparável com o que ocorre em solo ucraniano, como a ação que matou seis pessoas em Kriivi Rih, cidade natal de Volodimir Zelenski, na véspera.

A contraofensiva ucraniana ganhou um novo empuxo no final da semana, com um ataque mais concentrado com blindados e tropas equipadas pela Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos, em Zaporíjia, no sul do país, mas por ora não logrou um grande sucesso.

 

NAVIOS SÃO ATACADOS NO MAR NEGRO

Assim, como escreveu Podoliak, a Rússia deve esperar "mais drones não identificados, mais colapso, mais conflitos civis, mais guerra". Com efeito, Kiev também tentou atacar, pela segunda vez em duas semanas, navios russos no mar Negro, uma área nova de crise na guerra desde que a Rússia deixou o acordo que permitia o escoamento de grãos ucranianos por lá, na semana retrasada.

Dois navios-patrulha, o Serguei Kotov e o Vassili Bikov, foram alvo de ataques com drones marítimos nesta madrugada, noite de segunda no Brasil. Segundo Moscou, não houve danos. Na semana retrasada, o Serguei Kotov já havia sido atacado. As embarcações estão operando em uma área distante do mar Negro, 340 km a sudoeste de sua base em Sebastopol, na Crimeia, visando as rotas que chegam à Ucrânia.

A Defesa russa também disse que houve ataques com três drones a navios civis de bandeira não revelada que rumavam para o estreito de Bósforo, na Turquia. As embarcações de guerra russas teriam barrado os drones, algo impossível de verificar a essa altura, mas que insinua uma alta na tensão no mar Negro.

Tanto Moscou quanto Kiev anunciaram, após Putin deixar o acordo de julho de 2022 que permitia a passagem de navios com grãos ucranianos, que qualquer embarcação seria vista como hostil e passível de inspeção, para não falar em algo pior. Desde então, operou bombardeios contra a infraestrutura portuária da Ucrânia, incluindo portos no rio Danúbio a 200 metros da Romênia, um membro da Otan.

Em resposta, a aliança anunciou que reforçaria a vigilância no mar Negro, visando a proteger a navegação em áreas internacionais. Na segunda-feira, uma consulta a sites de monitoramento de tráfego aéreo mostrava a presença de um avião-tanque, um aparelho de patrulha e guerra antissubmarina e um drone de ataque americanos na região. Isso implica riscos de esbarrões, acidentais ou não.

Com efeito, navios estão concentrados perto do estuário do Danúbio, mas em águas romenas, embora três embarcações vindas de Israel, Turquia e Grécia tenham trafegado na região sob a cobertura da Otan —resta saber se irão se abastecer de grãos em Izmail, no lado ucraniano do Danúbio.

Enquanto isso, Kiev acertou um arranjo para tentar escoar sua produção por meio da Croácia, mas é incerto como isso ocorrerá, dada a distância física entre os países.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

UCRÂNIA - A Rússia voltou a atacar cidades do sul da Ucrânia na segunda-feira (31/07), provocando a morte de pelo menos dez civis, incluindo uma criança de 10 anos. Entre os alvos estava a cidade natal do presidente ucraniano Volodimir Zelenski.

A maior parte das mortes foi registrado em Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia, após um ataque com mísseis. Pelo menos seis pessoas morreram na localidade, incluindo uma menina de 10 anos e sua mãe, de 45 anos. Outro míssil atingiu um centro educacional.

Um vídeo postado por Zelenski mostrou fumaça saindo de um buraco aberto na lateral de um prédio residencial de nove andares, e outro prédio de quatro andares em ruínas após o ataque.

"Notícia trágica. Seis pessoas já morreram em Kryvyi Rih", escreveu o governador regional Serhiy Lysak, no aplicativo de mensagens Telegram. "Não haverá perdão!", disse.

As autoridades também apontaram que 75 pessoas ficaram feridas na cidade, incluindo seis crianças de quatro a 17 anos. Entre os 150 moradores do prédio, 30 tiveram que ser resgatados dos escombros por socorristas. Zelenski, que cresceu nessa cidade, um centro produtor de aço com uma população pré-guerra de mais de 600.000 habitantes, condenou o ataque.

"Esse terror não vai nos assustar ou nos quebrar. Estamos trabalhando e salvando nosso povo", disse ele no aplicativo Telegram.

Kryvyi Rig já havia sido bombardeada pelos russos em meados de junho. Na ocasião, pelo menos 12 pessoas morreram num ataque contra um prédio residencial de quatro andares e um armazém.

Também nesta segunda-feira, outros quatro civis foram mortos em um ataque russo à cidade de Kherson, que foi libertada da ocupação russa em outubro de 2022.

Entre os mortos estava um funcionário da prefeitura, de acordo com a autoridades militares ucranianas. Dois de seus colegas ficaram feridos. Um homem de 65 anos que dirigia seu carro ficou gravemente ferido em um segundo ataque e morreu após ser levado para um hospital, disse o governador regional Oleksandr Prokudin no Telegram. Outras 17 pessoas ficaram feridas na localidade. A maior parte da província de Kherson permanece ocupada pelas tropas invasoras da Rússia.

 

Ataques russos a instalações de exportação

Ainda na segunda-feira, a Ucrânia afirmou que ataques aéreos russos destruíram cerca de 180.000 toneladas métricas de cereais no espaço de nove dias neste mês. Os ataques russos danificaram partes significativas das instalações de exportação do porto de Odessa e da cidade de Chornomorsk.

Depois de se retirar do acordo de grãos do Mar Negro que permitia à Ucrânia exportar cereais, a Rússia realizou vários ataques aéreos contra a infraestrutura portuária ucraniana.

Em reposta aos ataques, o chefe de Inteligência da Ucrânia, Kirilo Budanov, mencionou nesta segunda-feira a possibilidade de as Forças Armadas do seu país oferecerem aos navios ucranianos exportadores de grãos uma escolta militar que lhes permita transitar pelo Mar Negro.

"A Ucrânia vai ter que fazer isso porque não podemos deixar o mundo morrer de fome", disse Budanov, sem dar mais detalhes sobre o assunto, após ser questionado se a Ucrânia planeja garantir militarmente o trânsito pelo Mar Negro de navios comerciais que se dirigem aos portos ucranianos.

A Rússia anunciou em 17 de julho sua retirada do acordo de grãos, pelo qual Moscou se comprometeu com as Nações Unidas e a Turquia a permitir um corredor através do Mar Negro até três portos ucranianos para navios que exportam grãos da Ucrânia.

A saída da Rússia do acordo um ano depois de sua assinatura bloqueia mais uma vez a navegação no Mar Negro e vem desestabilizando o mercado internacional de produtos agrícolas, do qual a Ucrânia é um dos principais produtores.

 

Ataques à Rússia

Também na segunda-feira, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que os ataques de Moscou contra infraestruturas militares ucranianas "aumentaram consideravelmente" em resposta aos ataques contra o território russo dos últimos dias.

A península ucraniana ocupada da Crimeia e alguns territórios russos foram atacados com drones nas últimas semanas. No domingo, um ataque danificou levemente dois prédios em um bairro comercial de Moscou.

Zelenski se mostrou satisfeito com esses ataques no domingo e afirmou que a guerra estava chegando "na Rússia".

"Progressivamente, a guerra chega ao território da Rússia, a um dos centros simbólicos e suas bases militares. É um processo inevitável, natural e absolutamente justo", declarou. "A Ucrânia está ficando mais forte", acrescentou o presidente ucraniano, alertando que seu país deve se preparar para novos ataques às infraestruturas energéticas no próximo inverno europeu.

As autoridades russas começaram a instalar barreiras flutuantes para proteger a ponte da Crimeia de ataques ucranianos. A barreira contra veículos flutuantes não tripulados será colocada no Mar de Azov, ao longo de toda a extensão da ponte, a maior da Europa com 18 quilômetros, e que já foi danificada em duas ocasiões desde o início da guerra.

 

 

jps/le (EFE, AFP, Reuters, DPA, Lusa)

por dw.com

UCRÂNIA - Ao menos duas pessoas morreram e 20 ficaram feridas em um ataque russo nesta segunda-feira (31) contra um prédio residencial na cidade de Kryvyi Rig, na região central da Ucrânia, anunciou o ministro do Interior.

"Os russos atacaram a cidade com dois mísseis: um deles destruiu um edifício residencial, do quarto ao nono andar", escreveu o ministro Ihor Klymenko no Telegram.

Duas pessoas faleceram e 20 ficaram feridas, confirmou o ministro, que citou "entre cinco e sete pessoas presas sob os escombros".

O outro míssil atingiu um edifício de um centro de ensino, de acordo com Klymenko.

"Bombardear edifícios residenciais, um edifício universitário, um cruzamento. Infelizmente há mortos e feridos. Pessoas podem estar sob os escombros", escreveu no Facebook o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que denunciou mais uma vez o "terrorismo russo".

As imagens divulgadas pela presidência mostram um edifício de apartamentos destruído em vários andares. O edifício do centro de ensino atingido tinha um buraco no centro da construção.

Kryvyi Rig, a cidade natal de Zelensky, foi bombardeada em meados de junho. Ao menos 12 pessoas morreram no ataque contra um edifício residencial de quatro andares e um depósito.

Também nesta segunda-feira, um ataque de drones ucranianos atingiu uma delegacia na região russa de Briansk, fronteiriça com a Ucrânia, sem provocar vítimas, informou o governador regional, Alexandre Bogomaz.

"As forças ucranianas atacaram o distrito de Trubchevsk durante a noite", escreveu Bogomaz no Telegram.

"Um drone atingiu a delegacia de polícia do distrito. Não houve vítimas", acrescentou.

Os ataques com drones contra o território russo e a península da Crimeia anexada em 2014 aumentaram nas últimas semanas, como parte da contraofensiva de Kiev iniciada em junho.

 

 

AFP

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