Jornalista/Radialista
EUA - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump escreveu na quinta-feira (08) nas redes sociais que seus advogados foram informados de que ele foi indiciado por uso indevido de documentos confidenciais.
"A administração corrupta de Biden informou os meus advogados de que fui acusado, presumivelmente no falso caso das caixas", escreveu Trump na sua rede social Truth Social. "Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer com um ex-presidente dos Estados Unidos que recebeu mais votos do que qualquer outro presidente na história do nosso país", escreveu o empresário.
O Departamento de Justiça não fez nenhum comentário ou confirmação imediata. Trump escreveu que havia sido convocado para comparecer ao tribunal federal de Miami na próxima terça-feira. Ele se disse inocente em um vídeo postado nas redes sociais.
Trump foi indiciado por sete acusações baseadas no manuseio de documentos sigilosos e obstrução de Justiça, segundo informou a mídia americana. O caso é mais uma das várias investigações envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos.
Em março, ele foi indiciado em Nova York por uma investigação sobre pagamento de suborno à estrela de filmes adultos Stormy Daniels.Trump ainda enfrenta investigações em Washington e Atlanta que também podem resultar em acusações criminais.
O que se sabe sobre o caso?
O Departamento de Justiça dos EUA está investigando se o ex-presidente manuseou incorretamente os documentos que guardou depois de deixar a Casa Branca em 2021. Cerca de 13 mil documentos foram apreendidos no ano passado na propriedade de Trump em Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida. Desses, cerca de 100 estavam marcados como sigilosos.
O caso veio à tona logo depois que Trump perdeu a corrida eleitoral de 2020 e teve que se mudar da Casa Branca. No primeiro semestre de 2021, os funcionários dos Arquivos Nacionais e da Administração de Registros deram pela falta de documentos importantes da gestão de Trump.
A Lei de Registros Presidenciais considera todos os documentos da Casa Branca propriedade do governo dos Estados Unidos. Funcionários dos arquivos procuraram representantes de Trump, um dos quais disse a eles em dezembro do mesmo ano que registros presidenciais foram encontrados na propriedade de Trump em Mar-a-Lago.
Em janeiro de 2022, o Arquivo Nacional americano recuperou 15 caixas de documentos de Mar-a-Lago. Mais tarde, eles disseram ao Departamento de Justiça que as caixas continham "muito" material classificado. No entanto, nem todos os documentos que faltam foram encontrados.
Em maio de 2022, Trump recebeu uma intimação do FBI e do Departamento de Justiça referente aos documentos confidenciais restantes em sua posse.
Semanas depois, investigadores visitaram a propriedade na Flórida e receberam cerca de três dúzias de documentos com uma declaração juramentada dos advogados de Trump atestando que as informações solicitadas haviam sido devolvidas.
Por que o FBI fez busca em Mar-o-Lago?
No entanto, a afirmação foi posteriormente revelada como falsa. Em agosto de 2022, funcionários federais, por meio de um mandado de busca, fizeram uma operação de busca e apreensão em Mar-o-Lago, apreendendo mais de 33 caixas que continham milhares de documentos.
As caixas continham 100 documentos classificados. Desde que ele deixou o cargo em janeiro de 2021, cerca de 300 documentos confidenciais foram recuperados de Trump, incluindo alguns no nível ultrassecreto.
O presidente não negou a posse dos documentos sigilosos. Ele defendeu suas ações, dizendo que retirou o sigilo dos papéis quando ainda estava no cargo, mas sem fornecer evidências para apoiar essa afirmação. De acordo com a lei dos Estados Unidos, os presidentes em exercício podem desclassificar informações, mas essa autoridade cessa quando eles deixam o cargo.
md/cn (AP, Reuters)
BUENOS AIRES - Analistas consultados pelo banco central da Argentina projetam uma inflação anual de 149% neste ano, acima dos 126% esperados em pesquisa anterior, mostrou um levantamento mensal divulgado na sexta-feira.
Para maio, os analistas consultados esperam que os preços subam 9% no mês. A inflação em abril foi de 8,4%, segundo a agência nacional de estatísticas da Argentina.
A economia da Argentina, prejudicada por uma seca histórica que agravou uma crise cambial em andamento, deve encolher 3% em 2023 em relação a 2022, segundo a pesquisa.
Os analistas veem o fraco peso argentino, atualmente avaliado oficialmente em 245 pesos por dólar, terminando este ano em 408,68 pesos por dólar e 2024 em 917,54 pesos por dólar.
O aumento dos preços e a queda das reservas internacionais representam um desafio para o governo de esquerda da Argentina antes das eleições gerais de outubro.
A pesquisa do banco central argentino foi realizada com 38 participantes entre 29 e 31 de maio.
Reportagem de Maximillian Heath / REUTERS
UCRÂNIA - Pelo menos 13 pessoas morreram dos dois lados do front em consequência das enchentes provocadas pela destruição da barragem da central hidrelétrica de Nova Kakhovka, na região ucraniana de Kherson, ocupada pelas forças russas.
Na sexta-feira (09/06) as autoridades da Rússia confirmaram oito mortos na área ocupada pelas tropas invasoras russas, após o nível da água começar a baixar. Enquanto isso, o Ministério do Interior da Ucrânia informou que quatro pessoas morreram no norte de Kherson, sob contole de Kiev, que outras 13 estão desaparecidas e que uma morreu na província ucraniana de Mykolayiv.
A barragem de Nova Kakhovka se rompeu na terça-feira, com Moscou e Kiev trocando acusações de responsabilidade pela destruição, que inundou uma área de cerca de 600 quilômetros quadrados às margens do rio Dnipro. Especialistas não descartam a possibilidade de que a barragem, há muito controlada pela Rússia, tenha sido mal conservada e tenha rompido sob a pressão da massa de água.
Número de mortes ainda maior
Voluntários que trabalham na margem do rio Dnipro ocupada pelas forças russas contrariam a cifra oficial de Moscou e falam em dezenas de mortes, reportou a mídia independente, como o portal The Insider.
Os moradores das áreas ocupadas também informaram à imprensa sobre inúmeros desaparecimentos. Além disso, criticaram o Ministério Russo para Situações de Emergência por obstruir o trabalho, impedindo-os de acessar a área do desastre. O representante da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, pediu na quinta-feira que a Rússia permita a passagem de pessoal de agências das Nações Unidas e da Cruz Vermelha para áreas sob seu controle.
Mais corpos podem aparecer nas próximas horas e elevar o número oficial de mortos, já que o nível da água na barragem de Kakhovka caiu mais um metro nas últimas 24 horas, para 11,74 metros, e segue descendo, segundo informou nesta sexta-feira a empresa hidrelétrica pública ucraniana Ukrhydroenergo.
As enchentes inundaram 48 cidades e mais de 3.625 casas na província ucraniana de Kherson, onde estava localizada a infraestrutura destruída. Na parte controlada por Kiev da região de Kherson, 2.412 pessoas tinham sido evacuadas até esta sexta.
A destruição da barragem também inundou 23 cidades na província ucraniana de Mykolayiv, onde mais de 800 pessoas foram evacuadas devido às enchentes.
Além disso, 11 pessoas ficaram feridas na quinta-feira por bombardeios russos enquanto moradores e autoridades tentavam evacuar vítimas em território controlado por Kiev, de acordo com o Ministério do Interior ucraniano.
Falta de água potável
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse nesta sexta que a destruição da barragem de Nova Kakhovka restringiu o acesso de "centenas de milhares de pessoas" à água potável.
"Estamos trabalhando em todos os níveis das autoridades estaduais e locais para resgatar o maior número possível de pessoas das áreas inundadas", escreveu no Twitter, voltando a responsabilizar a Rússia pela explosão.
Mais cedo, o serviço de segurança doméstica da Ucrânia disse ter interceptado uma ligação telefônica que provaria que um "grupo de sabotagem" russo explodiu a barragem.
Zelenski postou um trecho do áudio da suposta conversa em seu canal do Telegram. A DW não pôde verificar a gravação de forma independente, e Moscou não comentou o conteúdo.
Na quinta-feira, Zeleski esteve na região de Kherson para coordenar as operações de emergência com as autoridades locais.
"É importante calcular os danos e atribuir fundos para compensar os residentes afetados pelo desastre", disse Zelenski, apelando à ajuda para que as empresas afetadas pelas inundações possam se deslocar para outras partes da região.
Situação perigosa na usina de Zaporíjia
O rompimento da barragem também é um risco para a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, já que a água da barragem era usada para resfriar os reatores.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a barragem de Kakhovka ainda está fornecendo água para o resfriamento. Uma avaliação de especialistas da AIEA indicou que as bombas da usina provavelmente continuariam operando mesmo se o nível da água ficar em 11 metros ou até menos.
"Nestas circunstâncias difíceis e desafiadoras, isso está dando mais algum tempo antes de possivelmente mudar para fontes alternativas de água”, disse o chefe da AIEA, Rafael Grossi.
No entanto, Grossi, que deve visitar Zaporíjia na próxima semana, alertou sobre a situação de segurança "muito precária e potencialmente perigosa" ao redor da usina, em meio aos combates contínuos.
Crime de guerra
Paralelamente à evacuação dos civis na região das margens do rio Dnipro e às preocupações com a usina de Zaporíjia, a ONU disse que ainda não pode avaliar se a destruição da barragem de Kakhovka pode ser classificada como um crime de guerra.
"Como as circunstâncias do incidente permanecem incertas, é prematuro considerar se um crime de guerra pode ter sido cometido", disse o porta-voz Jeremy Laurence nesta sexta-feira.
"Reiteramos nosso apelo por uma investigação independente, imparcial, completa e transparente."
Laurence disse que os repetidos pedidos da ONU para visitar territórios ucranianos sob ocupação russa foram todos rejeitados.
Ataque com drone
Também nesta sexta-feira, autoridades russas informaram que pelo menos três pessoas ficaram feridas em consequência do impacto de um drone contra um edifício de apartamentos no centro da cidade russa de Voronezh, localizada a cerca de 250 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.
"Três pessoas ficaram feridas com fragmentos de vidro. Elas receberam atendimento médico no local, se recusaram a ser hospitalizadas", informou o governador da região de Voronezh, Alexandr Gusev, no Telegram.
Ao comentar o ataque, o Kremlin ressaltou que os detalhes ainda estão sendo esclarecidos.
"Vimos relatos de que o drone foi abatido", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Simultaneamente, fontes de emergência confirmaram à agência de notícias russa TASS que o drone foi interceptado por meios de combate radioeletrônico quando se dirigia para uma fábrica de aeronaves em Voronezh.
Avanços ucranianos em Bakhmut
Enquanto isso, a Ucrânia relatou nesta sexta intensos combates na região leste de Donetsk e um porta-voz militar disse que as forças ucranianas ganharam mais terreno perto da devastada cidade de Bakhmut.
"A situação é tensa em todas as áreas do front", disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, em mensagem no Telegram.
"O inimigo continua concentrando seus esforços principalmente nas direções de Lyman, Bakhmut, Avdiivsky e Mariinka. Os combates pesados continuam", afirmou, destacando que as tropas ucranianas estavam repelindo os ataques russos.
Serhiy Cherevaty, porta-voz dos militares do leste da Ucrânia, disse que as forças ucranianas avançaram 1,2 km perto de Bakhmut nas últimas 24 horas.
le (EFE, Reuters, Lusa, DPA, ots)
por dw.com
RIO DE JANEIRO/RJ - Com 50 cartões (42 amarelos e 8 vermelhos) em 211 jogos, Abel Ferreira é o técnico com mais cartões no Brasil desde que chegou ao Palmeiras, em 2020. Já o também português António Oliveira é quem tem a maior média de punições recebidas por jogo no período, com um cartão a cada 3,4 partidas - Abel tem a média de uma punição a cada 4,2 jogos. António recebeu 23 amarelos e três vermelhos em 88 jogos.
O alto número de cartões recebidos pelo treinador do Palmeiras levou o clube a questionar se ele está tendo um tratamento diferente de outros técnicos. O Seleção Sportv analisou a questão a partir de dados levantados desde então pelo Espião Estatístico, que coleta dados de jogos oficiais dos times que disputam a Série A do Brasileirão e dos gigantes que eventualmente estejam na Série B.
O ranking abaixo organiza os técnicos que trabalharam em pelo menos 84 jogos oficiais por clubes da Série A desde novembro de 2020, o que representa 40% do total de jogos de Abel Ferreira no Palmeiras.
Média de jogos por cartão recebido pelos técnicos
Treinador | Jogos | Amarelos | Vermelhos | Cartões | Jogos por cartão |
António Oliveira | 88 | 23 | 3 | 26 | 3,4 |
Abel Ferreira | 211 | 42 | 8 | 50 | 4,2 |
Fernando Diniz | 142 | 24 | 5 | 29 | 4,9 |
Mano Menezes | 88 | 15 | 1 | 16 | 5,5 |
Maurício Barbieri | 170 | 25 | 4 | 29 | 5,9 |
Guto Ferreira | 126 | 14 | 1 | 15 | 8,4 |
Luiz Felipe Scolari | 86 | 9 | 1 | 10 | 8,6 |
Jair Ventura | 99 | 10 | 1 | 11 | 9,0 |
Juan Vojvoda | 162 | 7 | 1 | 8 | 20,3 |
Cuca | 120 | 3 | 2 | 5 | 24,0 |
Marquinhos Santos | 87 | 2 | 1 | 3 | 29,0 |
Rogério Ceni | 156 | 4 | 1 | 5 | 31,2 |
Vagner Mancini | 159 | 4 | 1 | 5 | 31,8 |
Renato Gaúcho | 119 | 2 | 0 | 2 | 59,5 |
Fonte: Espião Estatístico
- Essas são as médias, muito mais importantes do que o número de cartões. O Diniz tem um número muito parecido com o do Abel Ferreira e não diz que é perseguido. O Renato Gaúcho é um monge budista, precisa de 60 jogos para receber um cartão. A gente aventou a possibilidade de o Abel sofrer xenofobia no Brasil, mas esse levantamento demonstra que não. Não há diferença no tratamento dado a treinadores brasileiros e estrangeiros - afirmou o apresentador André Rizek.
O ranking abaixo apresenta a média de cartões dos treinadores que trabalharam entre 33 e 83 jogos oficiais nos clubes da elite nacional desde novembro de 2020.
Média de cartões para treinadores que trabalharam entre 33 e 83 jogos
Treinador | Jogos | Amarelos | Vermelhos | Cartões | Jogos por cartão |
Paulo Pezzolano | 68 | 12 | 4 | 16 | 4,3 |
Fabián Bustos | 37 | 6 | 2 | 8 | 4,6 |
Lisca | 56 | 9 | 2 | 11 | 5,1 |
Jorge Sampaoli | 35 | 5 | 1 | 6 | 5,8 |
Enderson Moreira | 65 | 8 | 3 | 11 | 5,9 |
Odair Hellmann | 37 | 6 | 0 | 6 | 6,2 |
Vítor Pereira | 83 | 9 | 3 | 12 | 6,9 |
Vanderlei Luxemburgo | 46 | 5 | 1 | 6 | 7,7 |
Marcelo Cabo | 75 | 8 | 1 | 9 | 8,3 |
Paulo Turra | 35 | 4 | 0 | 4 | 8,8 |
Tiago Nunes | 54 | 5 | 1 | 6 | 9,0 |
Luís Castro | 76 | 6 | 2 | 8 | 9,5 |
Dado Cavalcanti | 59 | 6 | 0 | 6 | 9,8 |
Eduardo Baptista | 33 | 2 | 1 | 3 | 11,0 |
Pintado | 47 | 3 | 1 | 4 | 11,8 |
Eduardo Coudet | 36 | 2 | 1 | 3 | 12,0 |
Dorival Júnior | 75 | 5 | 1 | 6 | 12,5 |
Gustavo Morínigo | 69 | 5 | 0 | 5 | 13,8 |
Roger Machado | 79 | 4 | 0 | 4 | 19,8 |
Hernán Crespo | 61 | 3 | 0 | 3 | 20,3 |
Marcelo Chamusca | 42 | 2 | 0 | 2 | 21,0 |
Marcão | 42 | 2 | 0 | 2 | 21,0 |
Antonio Mohamed | 45 | 2 | 0 | 2 | 22,5 |
Umberto Louzer | 71 | 3 | 0 | 3 | 23,7 |
Abel Braga | 48 | 2 | 0 | 2 | 24,0 |
Diego Aguirre | 35 | 1 | 0 | 1 | 35,0 |
Eduardo Barroca | 72 | 1 | 1 | 2 | 36,0 |
Mozart | 42 | 0 | 1 | 1 | 42,0 |
Alberto Valentim | 42 | 0 | 1 | 1 | 42,0 |
Renato Paiva | 44 | 1 | 0 | 1 | 44,0 |
Jorginho | 81 | 1 | 0 | 1 | 81,0 |
Glauber Ramos | 36 | 0 | 0 | 0 | não levou cartão |
Sylvinho | 43 | 0 | 0 | 0 | não levou cartão |
Fábio Carille | 34 | 0 | 0 | 0 | não levou cartão |
Fonte: Espião Estatístico
O que diz a CBF
O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, Wilson Luiz Seneme, cobra comportamento responsável dos técnicos e fala em mudança de cultura.
- A regra do jogo prevê um comportamento responsável dos técnicos e auxiliares nas áreas técnicas. Nas palestras realizadas antes do início do Brasileirão, passamos as instruções e que os árbitros não iriam tolerar indisciplina que coloque em risco o controle e a temperatura do jogo. Essas instruções vêm de encontro ao que se exigiu na Copa do Mundo FIFA Catar 2022. Estamos vivendo um momento de mudança de cultura nesse sentido e vai tomar seu tempo para que todos possam se adaptar a ela.
Por Valmir Storti / GE
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