Jornalista/Radialista
SÃO PAULO/SP - Dias atrás ouvi em uma reunião algo que me chamou muito a atenção e que gostaria de pensar mais a respeito. Ainda que timidamente, estamos prestes a sair do período de quarentena, flertando com o que seria um retorno a vida “normal”. Sem entrar no mérito de que este seja ou não o momento certo ou mais seguro, o que me chamou a atenção foi justamente a ideia de ser impossível simplesmente retomarmos nossas vidas e tocarmos o barco, segundo uma das participantes da minha reunião.
Os argumentos se desencontravam constantemente naquela conversa, uns afirmando que era possível sim voltarmos para nossa “vida velha”, e outros dizendo que nada voltará a ser como era antes, ou seja, aquela vida pré-pandemia não existe mais, portanto, impossível ser acessada novamente pois teremos uma “vida nova” a ser vivida daqui para frente. Achei curioso que esses argumentos tenham sido colocados de forma tão contraditória: “vida velha” versus “vida nova”, pois não acredito que as coisas precisem ser colocadas dessa forma, talvez exista uma terceira via mais conciliadora.
Ao invés de contrapor a vida velha com a vida nova, sugerindo que todos nós entramos em um novo mundo onde pouco se aproveita do anterior, gosto de pensar nas nossas vidas como um fluxo contínuo que se torna mais fluído quanto mais conseguimos nos ajustar e darmos novas respostas a novos problemas ou ainda darmos novas respostas a antigos problemas.
Vejo então que é possível sim voltarmos a nossa vida velha desde que ela já contemple uma dinâmica de adaptações e evoluções que tenha nos permitido chegar “bem” até a pandemia. Que tenha permitido também que enfrentássemos esse período da forma mais saudável possível e que agora nos permita olhar para frente esfregando as palmas das mãos e nos perguntando o que virá a seguir. Essa vida velha, diríamos, está bem alinhada com as novas demandas de um mundo pós-pandemia.
Mas e se a vida velha já era uma vida inadaptada e com dificuldades de lidar com os problemas do cotidiano?
Então já era, mesmo antes da pandemia, necessário rever algumas posturas para que a vida seguisse seu curso de forma fluída e positiva. Se fazer escolhas equilibradas e coerentes já era difícil mesmo antes da pandemia, possivelmente não será mais fácil agora. Neste caso, ainda que haja uma vida nova, esta não poderá ser vivida por limitações impostas por um determinado modo de ser.
Agora, se as experiências pelas quais se passou ao longo dos últimos meses mudaram a forma de se enxergar o mundo e sua forma de fazer escolhas nele, ótimo! A verdadeira mudança da vida velha para a vida nova aconteceu e então habilita qualquer um a viver novas e melhores possibilidades de escolhas e, portanto, de vida.
Por fim, no meu modo de ver, a pandemia por si só não tem o poder de transformar vidas velhas em vidas novas. Esse poder está nas nossas mãos e pode ser acessado a qualquer momento, sempre pode, precisando apenas de um grande “gatilho” para ser disparado. A pandemia apenas tem nos oferecido constantes oportunidades de transição e cabe a cada um, dentro das suas possibilidades, aceitar e viver a nova ou velha vida que puder.
E você, que vida pretende viver na era pós-covid?
*Por: Denilson Grecchi - consultor Grupo Bridge. Pai dos pequenos Sophia, Lucca e Matteo! Adora tecnologia, uma boa história e não perde a oportunidade de dar um rolé com sua motoca. Psicólogo e Mestre, faz parte do time de consultores do Grupo Bridge.
As doações vão ajudar nos cuidados com os pacientes e na proteção dos profissionais de saúde
SÃO CARLOS/SP - O Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, e o tesoureiro do hospital, Luis Carlos Trevelin, receberam a visita dos integrantes do Lions Clube São Carlos Clima para a entrega de 1.500 máscaras cirúrgicas, 41 máscaras N95 e 5 termômetros digitais para auxiliar o hospital no combate à COVID-19.
A doação foi feita com recursos destinados pela Fundação Lions Clube Internacional, que presta um importante auxílio às causas humanitárias e promove trabalhos voltados às comunidades locais.
De acordo com a Presidente do Lions Clube São Carlos Clima, Regina Porto, a Fundação já destinou mais de 4 milhões para auxilio emergencial a COVID-19 no mundo inteiro. E em São Carlos, a Santa Casa foi a entidade contemplada com a doação. “A Fundação tem se mostrado muito ativa no combate à pandemia em muitos países. Já foram feitas outras doações de EPIs para diversas entidades”, explica Regina.
O integrante do Lions Clube São Carlos Clima e Tesoureiro da Santa Casa, Luis Carlos Trevelin, afirma que, com a doação das máscaras e dos termômetros, o hospital terá uma redução nos custos mensais. “Estamos felizes em contribuir com a proteção dos profissionais e pacientes. Além disso, essa doação é bastante importante, pois teremos um impacto bastante significativo na economia da Santa Casa”, comenta.
Para o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, todas as contribuições e doações de EPIS têm sido essenciais para ajudar o hospital nesse momento de crise. “Toda contribuição significa muita para a Santa Casa, pois o hospital também foi afetado nas arrecadações que garantiam algumas despesas mensais. Por isso, precisamos do apoio da sociedade. A doação que o Lions Clube fez dos termômetros terá uma enorme utilidade. Vamos deixar um em cada portaria que recepciona os pacientes, para detectar os primeiros sintomas da COVID-19 e as máscaras vão auxiliar ainda mais na proteção dos colaboradores do hospital”, comenta o Provedor.
Número de divórcios no estado de São Paulo cresceu 15,35% em junho se comparado ao mesmo período do ano passado.
SÃO PAULO/SP - Desde a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, muitos casais passaram a ficar mais tempo em casa e se reconectar com seus parceiros durante a quarentena. O que para alguns é motivo de prazer, para outros é um desafio.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o número de divórcios consensuais aumentou 15,35% em junho se comparado ao mesmo período de 2019. No último mês, 4.214 divórcios consensuais foram oficializados.
Para o médico e pesquisador especialista em mindfulness, Marcelo Demarzo, o aumento da procura pela separação legal tem ligação direta com o período de distanciamento social porque mudou a rotina dos casais, suas prioridades e a forma de resolver os problemas.
Isso se dá, principalmente, devido ao aumento do tempo juntos – já que muitas pessoas estão trabalhando em casa – e também à maior necessidade de diálogo.
“O que poderia ter sido uma pequena discussão, natural em qualquer relação, pode se tornar um grande conflito. Como ambos saem magoados e insatisfeitos, esses sentimentos podem gerar cada vez mais conflitos no futuro, criando um círculo vicioso que acaba colocando o relacionamento em risco”, explica o médico.
Mindfulness para casais
Um estudo americano observou que casais que apresentavam maiores níveis de atenção plena durante um período de conflitos de relacionamento reduziam mais rapidamente seus níveis de cortisol, um hormônio associado ao estresse, sugerindo que eles estavam se acalmando de maneira mais eficaz, amenizando o impacto do conflito.
“A hipótese é que parceiros com níveis mais elevados de atenção plena (que podem ser desenvolvidos por meio de treinamentos) tendem a não levar as discussões para o nível pessoal, regulam mais rapidamente suas reações emocionais, e se empatizam mais profundamente com as questões do parceiro”, diz Demarzo.
Para desenvolverem ou aprimorarem seus níveis de atenção plena por meio de treinamentos, os casais podem se beneficiar dos programas clássicos de mindfulness, ou ainda participarem de cursos específicos para relacionamentos amorosos, como o Programa de Aprimoramento de Relacionamentos baseado em Mindfulness (Mindfulness-Based Relationship Enhancement – MBRE).
O MBRE usa um conjunto de técnicas de atenção plena e psicoeducativas voltadas especialmente a casais que queiram fortalecer suas habilidades de enfrentamento dos fatores de estresse comuns nos relacionamentos e mais expostos durante a pandemia.
“Os estudos iniciais sobre o programa MBRE foram promissores e demonstraram que ele é eficaz para aumentar as habilidades de enfrentamento do estresse próprio dos relacionamentos, aumentando o bem-estar e melhorando a percepção de felicidade dos casais”, explica.
No Brasil, o Centro Mente Aberta – pioneiro em pesquisas e aplicações de mindfulness – oferece cursos baseados em diversos protocolos eficazes para o desenvolvimento da atenção plena. Para saber mais sobre a prática, acesse mindfulnessbrasil.com.
O que é Mindfulness?
Mindfulness é um dos estados da mente, acessível a qualquer indivíduo, que consiste em um exercício de querer vivenciar o momento presente, intencionalmente, aceitando a experiência.
Em mindfulness, o sentido correto de aceitação é o de se olhar a realidade como ela realmente é, sem julga-la ou reagir a ela no "piloto automático".
Com a prática regular, o processo torna-se mais natural, sendo possível permanecer nesse estado em grande parte do tempo e aumentar a qualidade de vida do indivíduo.
Embora muitos dos termos e técnicas tenham origem nas tradições orientais, o mindfulness hoje em dia é considerado uma prática laica (secular, não-religiosa), com sólida base científica.
Quem é Marcelo Demarzo?
É médico especialista em Mindfulness para adultos e crianças, com treinamentos na Inglaterra (Mindfulness in Schools Project, em Londres; Oxford Mindfulness Centre, na Universidade de Oxford; e Instituto Breathworks, em Manchester), e nos EUA (Center for Mindfulness in Medicine, Health Care, and Society, na Universidade de Massachusetts).
Fez pós-doutorado em Mindfulness e Promoção da Saúde na Universidade de Zaragoza, na Espanha, e diversos cursos de aprofundamento nas tradições contemplativas e meditativas, incluindo a Psicologia Budista e Tibetana em Dharamsala, na Índia.
Junto com o professor Javier Garcia-Campayo, da Universidade de Zaragoza, desenvolveu a Terapia de Compaixão Baseada em Estilos de Apego (Attachment-Based Compassion Therapy).
É fundador e atual coordenador do Mente Aberta (www.mindfulnessbrasil.com), referência nacional e internacional nos programas e pesquisas sobre Mindfulness.
Referências:
- Mindfulness during romantic conflict moderates the impact of negative partner behaviors on cortisol responses (Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0018506X16300289)
SÃO PAULO/SP - Na noite da última segunda-feira (20), durante sua participação em uma live para o ‘E! Latin America’, na qual também confirmou o fim do namoro com Gui Araújo, Anitta falou sobre a situação atual do Brasil com a pandemia do novo coronavírus.
Na ocasião, a artista criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação ao surto da doença. “O país está repartido em dois, porque o presidente tem suas ideias de que o vírus não é assim tão importante. Então metade segue as regras, que acha que é [a doença] importante, e a outra metade não. E isso faz com que o nível de contaminação seja maior, assim como o de mortes”, disse ela.
Em seguida, Anitta complementou: “Rio de Janeiro está repartido e são muitas mortes. Estou em casa fazendo minha parte, mas o Brasil como um todo está complicado. Aqui no RJ já está abrindo tudo. Eu saí hoje para levar meus cachorros para tomar banho. Mas está complicado, está difícil porque nem todos estão respeitando as recomendações”.
Ao ser questionada sobre o que ela mudaria no Brasil, se pudesse, a cantora também voltou a detonar Jair Bolsonaro. “O presidente. Há muita controvérsia, muita diferença. E para mim o presidente tem que governar para todos, e não só para aqueles que pensam como ele. Por isso mudaria”, declarou.
*Por: METROPOLITANA
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