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‘Zoológico congelado’ guarda amostras genéticas de mais de mil espécies e pode salvar animais ameaçados

Escrito por  Abr 07, 2022

EUA - Preservando amostras genéticas de mais de 1.200 espécies e subespécies em técnica de criopreservação, o The Frozen Zoo (ou “Zoológico Congelado”, em tradução livre), nos EUA, é o maior repositório do tipo em todo o mundo, e vem se tornando ponto de partida para a salvação de espécies ameaçada e mesmo reintrodução de espécies já extintas – através da clonagem. Localizado dentro do Instituto de Pesquisa em Conservação do Zoológico de San Diego, na Califórnia, o “Zoológico Congelado” já forneceu material para clonar quatro espécies ameaçadas, a partir das amostras de mais de 10,5 mil animais individuais armazenadas no local em temperaturas próximas de −200 °C.

O The Frozen Zoo, no Zoológico de San Diego, foi o primeiro “Zoológico Congelado” estabelecido no mundo, iniciado em 1972 pelas mãos do médico e geneticista alemão Kurt Benirschke, que trabalhava como pesquisador na Universidade da Califórnia, e decidiu começar a coletar amostras da pele de espécies ameaçadas de extinção. Curiosamente, Benirschke ainda não tinha planos concretos sobre o que viria a fazer com o material que estava preservando: ele simplesmente acreditava que ferramentas futuras poderiam utilizar as amostras para salvar os animais. “Havia um pôster pendurado no Frozen Zoo que dizia, ‘Você deve coletar coisas por razões que ainda não compreende’”, recorda Oliver Ryder, geneticista no Zoológico e um dos colaboradores iniciais do trabalho.

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Quando faleceu, em 2018, Benirschke já havia confirmado que tinha razão desde o início, e as tais ferramentas hoje existem e vem sendo utilizadas a partir de sua “coleção”. Desde que a ovelha Dolly se tornou o primeiro animal clonado na história, em 1996, quatro espécies já foram clonadas utilizando o material do Frozen Zoo de San Diego: o Gauro ou Bisão-Indiano, um tipo de gado selvagem conhecido como bantengue, e ainda o cavalo-de-przewalski, uma subespécie selvagem de cavalo nativa dos desertos da Mongólia, e a doninha-de-patas-pretas, que chegou a ser decretada como extinta, mas foi reintroduzida na natureza.

“Conforme o trabalho foi crescendo, nós percebemos que estávamos coletando um repositório insubstituível de animais muito raros”, afirmou Ryder, que hoje atua como diretor de conservação genética no Zoológico de San Diego. “Por termos células no Frozen Zoo, nós podemos agora aplicar novas técnicas e novas tecnologias para ampliar nosso conhecimento, e levantar mais informações diretamente relevantes para prevenir a extinção de espécies ameaçadas”. Diante da crise climática atual, o trabalho dos criobancos, como são conhecidos tais repositórios, se torna ainda mais importante: desde que a coleta foi iniciada por Benirschke, a fauna global se reduziu em cerca de 68%, segundo relatório da WWF de 2020, e a terrível expectativa é de que mais de um milhão de espécies de animais e plantas estarão ameaçadas de extinção nas próximas décadas.

 

 

Vitor Paiva / HYPENESS

Redação

 Jornalista/Radialista

Website.: https://www.radiosanca.com.br/equipe/ivan-lucas
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