EUA - O secretário de Estado americano, Antony Blinken, defendeu nesta terça-feira a ajuda militar e a venda de armas de seu país ao Paquistão, especialmente um programa de manutenção de aviões F-16, apesar das fortes críticas da Índia.
Em declaração feita ao lado de seu colega indiano, Subrahmanyam Jaishankar, com quem se reuniu, Blinken afirmou que não se tratava nem "de novos aviões, nem de novos sistemas de armamento ou de armas novas. Trata-se da manutenção" dos F-16, disse, referindo-se a um contrato de US$ 450 milhões aprovado em setembro.
Blinken insistiu em que essas armas são para combater "as ameaças terroristas no Paquistão ou na região. Não é do interesse de ninguém que essas ameaças possam ficar impunes."
O chanceler indiano não criticou publicamente hoje o colega americano, mas no último domingo, ao receber nos Estados Unidos membros da comunidade indiana nos Estados Unidos, declarou, referindo-se a Washington: "Não enganam ninguém."
Blinken recebeu ontem em Washington o chefe da diplomacia paquistanesa, Bilawal Bhutto Zardari. O diálogo entre Paquistão e Índia está suspenso desde os ataques aéreos indianos de fevereiro de 2019, que se seguiram a um ataque letal atribuído a combatentes patrocinados pelo Paquistão.