EQUADOR - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, disse que dissolverá o Congresso e convocará eleições antecipadas se não reunir apoio suficiente entre os parlamentares antes de uma possível audiência de impeachment, informou o Financial Times na terça-feira.
Os comentários, feitos em entrevista, acontecem um dia depois de advogados que representam Lasso terem pedido aos parlamentares que declarem inadmissível a audiência de impeachment, negando as acusações de peculato contra ele.
“Correto, correto. Isso é o que eu declaro”, disse Lasso ao jornal, em resposta a uma pergunta se ele invocaria uma cláusula constitucional conhecida como “morte mútua” para forçar eleições tanto para seu próprio cargo quanto para um novo Congresso.
A Constituição do Equador permite que Lasso convoque eleições para seu cargo e para a assembleia, em vez de enfrentar audiências, em um procedimento amplamente descrito como “morte mútua”.
Os parlamentares da oposição na Assembleia Nacional do Equador têm pressionado por tais audiências desde o mês passado. A Suprema Corte deu sinal verde para as audiências.
A oposição precisa de 92 votos dos 137 membros da assembleia para considerar Lasso culpado se o processo chegar à fase final.
As acusações de peculato dizem respeito a um contrato de transporte de petróleo entre a empresa pública Flopec e a empresa privada Amazonas Tanker Pool Company LLC.
Reportagem de Jyoti Narayan em Bengaluru / REUTERS