SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Gestão de Pessoas, afastou por 30 dias, com prejuízo nos vencimentos, o médico denunciado por não cumprir a carga horária contratual de 8h diárias no atendimento aos pacientes da USF do Jardim Munique.
O servidor é médico de saúde da família, com salário base de mais de R$18 mil. O horário de trabalho do servidor pelo contrato com o município é das 7h às 15h30, com meia hora de intervalo para almoço, porém na última terça-feira (03/05), após denúncias, foi constatado que o profissional deixou o posto de trabalho na USF do Munique às 10h para cumprir plantão em uma cooperativa médica.
O vereador Ubirajara Teixeira (Bira) foi quem recebeu a denúncia e chamou a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Lucão Fernandes, Cidinha do Oncológico e Sérgio Rocha, para verificar se realmente o profissional estava agindo em prejuízo aos usuários do SUS.
“Chegamos na USF por volta das 10h e realmente ele já havia saído sem justificativa e recebemos a informação que ele poderia estar atendendo na rede particular. Fomos a uma cooperativa médica e realmente comprovamos que ele estava cumprindo plantão neste local, no horário em que deveria estar atendendo pacientes do SUS”, explicou o vereador Bira.
Bira disse, ainda, que fez um registro de ocorrência (RO) na Guarda Municipal no dia em que foi até a USF e que, depois, também fez um boletim de ocorrência (BO) na Polícia Civil. “Acho justo esse afastamento com prejuízo nos vencimentos e agradeço ao prefeito Airton Garcia pela agilidade na decisão. As pessoas pagam impostos e têm direito ao atendimento. Não é justo uma pessoa que precisa passar por uma consulta ficar esperando e simplesmente o profissional, que recebe em dia, abandonar o posto de trabalho”, finaliza o vereador.
Segundo o secretário de Gestão de Pessoas, Dante Nonato, foi solicitado o afastamento do médico por 30 dias a partir desta sexta-feira (06/05) e aberto um processo administrativo disciplinar. “Já encaminhamos o processo para a Corregedoria para as providências cabíveis”, disse Nonato, lembrando que o processo corre em sigilo.