SÃO PAULO/SP - O 'Maracanazo' argentino na noite do último sábado promete consequências para os próximos capítulos de Tite na Seleção Brasileira. Contestado por torcedores e jornalistas, o treinador vive seu momento mais tenso desde que assumiu o comando do Brasil, em 2016. Para o comentarista Walter Casagrande, comentarista da Rede Globo, é hora de mudanças. Segundo publicou em seu blog no 'ge', o ex-jogador apostaria em Pep Guardiola.
Casagrande afirmou que o 'Brasil tem um time previsível, pragmático, sem agressividade e poder de decisão', uma vez que a Seleção depende de Neymar e apresenta um jogo sem criatividade e com atacantes que 'fazem poucos gols'. Gabriel Jesus passou a Copa do Mundo da Rússia sem balançar as redes. Para Casão -que recentemente processou um dirigente do Atlético-GO que o chamou de 'viciado' - o Brasil 'precisa de atacantes que decidam jogos' para voltar a conquistar títulos.
Ele aponta que Tite é o culpado por esse pragmatismo.
- Nunca apresentamos nada de novo nem na escalação e nem no modo de jogar. Ele convoca sempre os mesmos jogadores e usa o mesmo jeito de jogar, para não mudar sua ideia defensiva de futebol. A Seleção não joga bem e nem é gostosa de se assistir - escreveu.
- Se eu fosse quem comanda a CBF, eu continuaria com o Tite até as próximas convocações para ver se aparecem na lista caras novas e talentosas, tipo Gerson, Pedro, Danilo (Palmeiras), Bruno Henrique. E esqueceria Gabriel Jesus, Douglas Luiz, Fred, Firmino. Além disso, mudaria completamente o modo de o time jogar. O Neymar tem que ser um algo a mais, mas não a única jogada de ataque - completou.
De acordo com Casagrande, caso os rendimentos 'previsíveis' obtidos persistam nas Eliminatórias, a CBF deve agir e trocar de técnico. Para ele, Guardiola é a melhor opção.
- Acho que o ciclo do Tite está bem no fim, se é que ainda não terminou. O Romário falou que o Tite atrapalha a Seleção e disse que o Guardiola seria a melhor opção. Concordo plenamente com ele. Seria uma experiência espetacular para mudarmos essa mentalidade pragmática que o Tite colocou na Seleção - afirma.
Ele conclui a argumentação destacando que o Brasil precisa 'volte a ter um jogo mais leve' e a ausência de grandes confrontos contra europeus.
- Vamos para a Copa de 2022, no Catar, para participar. Nós não estamos acostumados com essa situação - pontuou.
- Não jogamos contra nenhuma seleção de ponta. Os jogos são sempre com as mesmas. Chegamos à Copa do Mundo tendo jogado seis vezes contra os times do nosso continente e contra seleções asiáticas, da Concacaf e do terceiro escalão da Europa - concluiu.
*Por: LANCE!