SANTOS/SP - A diretoria do Santos formalizou ao Governo Federal uma proposta de compra do terreno do CT Rei Pelé. Os valores são mantidos em sigilo pelo clube da Vila Belmiro, mas a ideia é arcar com uma parcela mensal e amortizar a dívida com uma porcentagem do dinheiro recebido em transferências internacionais.
A proposta foi debatida e aprovada pelo Comitê de Gestão do Santos e já está em Brasília. Agora, a diretoria aguarda um posicionamento do Governo Federal ainda nas próximas semanas para saber se pode ou não dar início à documentação do terreno.
Neste momento, apesar da crise financeira, o presidente Andres Rueda entende que o clube possui totais condições de arcar com as parcelas de uma possível compra.
Entenda o cenário
Localizado próximo ao estádio da Vila Belmiro, o terreno do CT Rei Pelé pertence à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e foi cedido ao Santos em 1996 sob contrapartidas sociais, como o desenvolvimento de jovens e adolescentes da Baixada Santista e o fomento ao esporte.
No passado, em diversas ocasiões, o Santos deixou de cumprir cláusulas do acordo e correu o risco de perder a cessão do terreno.
Em dezembro de 2022, semanas antes de deixar o Governo Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro assinou a Lei 14.474/2022, alterando o texto da Lei 9.636/1998, e abrindo a possibilidade de compra do terreno da SPU.
Nos bastidores, o Santos comemorou a mudança e logo acionou o mercado imobiliário para fazer a avaliação do terreno do CT Rei Pelé.
Atualmente, o centro de treinamento do Peixe atende as demandas dos times profissionais masculino e feminino, e também treinamentos e jogos das categorias de base.
A estrutura do clube conta com três campos de jogo, hotel, restaurante, vestiários, centro de imprensa, auditório, piscina e salas de musculação e fisioterapia destinada aos atletas do Santos.
Por Yago Rudá / GE