SÃO PAULO/SP - Em um ano marcado por efeitos das mudanças climáticas, a Defesa Civil do Estado de São Paulo intensificou o plano de modernização de seus radares meteorológicos. Com novos investimentos e parcerias em 2024, o Governo do Estado fortaleceu o sistema que monitora chuvas, ventos e calor intenso.

Operação Chuvas

Em dezembro, o Governo de São Paulo abriu a campanha SP Sempre Alerta – Operação Chuvas. A iniciativa incluiu novos programas e parcerias e investimento de R$ 64,3 milhões. Desse montante, R$ 18 milhões serão destinados à instalação de novos radares no estado de São Paulo.

A Defesa Civil projeta a aquisição de três novos radares em parceria com a SP Águas. Os recursos são do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

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Dois desses equipamentos substituem radares já existentes na Região Metropolitana, na Universidade de São Paulo (USP), no campus da Cidade Universitária, e da USP Leste. O objetivo é aumentar o detalhamento temporal e espacial da chuva no estado, além de aprimorar o desempenho do sistema de previsão de enchentes e inundações da SP Águas.

O terceiro radar cobre 50 quilômetros e será instalado no Guarujá, no litoral. Há ainda mais um radar em Campinas, que fará um monitoramento 360º e a cada 10 minutos emitirá alertas em tempo real com informações sobre volume e intensidade de chuvas. O equipamento foi adquirido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com a Agência Metropolitana de Campinas (AgemCamp), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH).

Investimento em radares meteorológicos

Desde o ano passado, o governo investe para ampliar a rede. Em 2023, Ilhabela ganhou um radar capaz de monitorar todo o Litoral Norte. Há ainda planos para modernizar as estruturas de Bauru e Presidente Prudente. Os radares são estratégicos para a prevenção de desastres, subsidiando decisões que podem salvar vidas.

O radar meteorológico de Ilhabela é capaz de monitorar todo o Litoral Norte e a Baixada Santista. O equipamento consegue prever eventos climáticos em raio de até 120 km. Já o radar de Campinas cobre um raio de até 100 quilômetros.

Em Bauru, a operação do radar móvel, que apoia ações da Defesa Civil, é fruto da parceria entre o Instituto de Estudos Avançados do Mar (IEAMar) e o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet). Os medidores de Bauru são mantidos pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).