Medidas restritivas valerão entre 25 a 27 de dezembro e de 1 a 3 de janeiro em todo o estado. Região de Presidente Prudente passou à fase vermelha
SÃO PAULO/SP - Todo o Estado de São Paulo adotará medidas restritivas entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1 e 3 de janeiro, de acordo com anúncio realizado pela secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, na tarde desta terça-feira (22) em coletiva do Centro de Contingência do Coronavírus no Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo. Apenas serviços essenciais poderão funcionar.
A região da cidade de Presidente Prudente passou para a fase vermelha do Plano São Paulo. Em janeiro, nenhuma região do estado será classificada na fase verde. A próxima reclassificação do Plano São Paulo, que regula a flexibilização no estado, acontecerá no dia 7 de janeiro.
O secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a maior parte do tempo o estado ficou na fase verde, “tendo a falsa impressão que o verde significava a liberdade, muitos saíram e esqueceram das restrições. Esqueceram que nós ainda estávamos em quarentena e não seguiram as regras sanitárias”.
O estado de São Paulo registra nesta terça-feira 1.398.757 casos e cerca de 45 mil mortes desde o início da pandemia. Houve aumento de 54% do número de casos nas ultimas quatro semanas e de 34% dos óbitos.
A medida foi anunciada nove meses após o início da quarentena no estado. "Nove meses se passaram, o Natal está chegando e queria muito estar aqui dizendo que vamos poder celebrar de forma livre com nossas famílias nas ruas, em aglomerações, mas essa não é a realidade", afirmou Patricia Ellen. "Quando a gente via a uma festa, tira a máscar,a lembre por favor das pessoas mais próximas. Seja o único de máscara, mas dê o exemplo", disse a secretária, com a voz embargada.
Risco de colapso
O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, afirma que a medida será tomada para evitar risco de um colapso no atendimento. Segundo ele, há dificuldade de encontrar profissionais de saúde disponíveis, o que invialibilizaria, por exemplo, a montagem de novos hospitais de campanha.
Flexibilização
Entre março e junho, as restrições estaduais só aumentaram, até que houve o início de uma flexibilização. Em 21 de agosto, o Estado comemorou o fato de não ter nenhuma área no vermelho nos 645 municípios paulistas. Mas a partir de setembro houve nova mudança no quadro.
Casos e óbitos
O Estado de São Paulo registrou 45.136 óbitos e 1.388.043 casos do novo coronavírus - com 1.222.776 pessoas recuperadas. Oficialmente, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 66,9% na Grande São Paulo e de 61,8% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.856, sendo 6.146 em enfermaria e 4.710 em unidades de terapia intensiva.
Já no País, foram relatadas mais 549 mortes, chegando ao total de 187.322 óbitos na pandemia, conforme dados do consórcio da imprensa. A média móvel de mortes é de 769, igualando 18 de setembro.
Turistas
Como o Estadão mostrou no último sábado, os municípios solicitaram ao governo estadual ajuda logística para impedir aglomerações e desencorajar turistas a fazer o “bate e volta” na virada. “A proposta das prefeituras é criar barreiras sanitárias nos acessos às cidades e o fechamento da orla dia 31”, afirmou Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do governo paulista.
É prevista a medição de temperatura dos visitantes na entrada da cidade, mas não a exigência de comprovante de imóvel na região ou teste de covid com resultado negativo.
Litoral
Cidades como Guarujá e Santos costumam receber centenas de milhares de turistas nesta época. Os prefeitos do litoral norte pediram ajuda ao governador para reforçar o atendimento no Hospital Geral de Caraguatatuba, que é referência na região. Em Ilhabela, foi montado hospital de campanha para receber pacientes sem covid e liberar leitos hospitalares.
Na segunda-feira (21), a Secretaria da Segurança Pública lançou a Operação Verão + Seguro 2020/2021, que contará com o reforço de 2.938 policiais militares em 16 municípios do litoral sul e norte. “Além de proteger as pessoas pelo aumento da ação de presença policial e das ações de resgate e salvamento, típicas de bombeiros, como faz todos os anos, a Polícia Militar continuará sua ação eminentemente humanitária, orientando as pessoas em relação às medidas de prevenção ao coronavírus”, afirmou oficialmente o coronel Fernando Alencar Medeiros, comandante-geral da Polícia Militar.
Por R7