ITIRAPINA/SP - Recentemente, a secretária municipal da Saúde, Wláukia Sanches Lemos Perondi e sua equipe técnica estiveram em São Carlos, visitando novamente as dependências da Villa Pet, empresa responsável pelos cuidados dos animais resgatados seletivamente em Itirapina.
Na ocasião, constataram que os animais continuam sendo cuidados dentro de todos os padrões de higiene, saúde e bem-estar exigidos por órgãos oficiais de fiscalização e controle.
Sem contar que o local também recebe, além da Prefeitura de Itirapina, a fiscalização da Prefeitura de São Carlos. Isso significa um ganho para os animais, afinal são mais olhos vigilantes voltados para o controle da qualidade do serviço prestado. E os diferenciais aparecem na vida dos animais, pois o objetivo final é que eles estejam felizes e saudáveis, à espera de um lar definitivo.
Os bichos estão sendo periodicamente vermifugados e vacinados contra raiva e gripe canina com vacinas importadas (V10), que são mais eficientes, além do fornecimento de ração de qualidade premium. Também não ficam confinados, pois convivem em grupos, o que representa um avanço em bem-estar físico e mental dos animais, se comparados aos restritos em baias, como ocorre em alguns municípios.
A equipe técnica da Villa Pet conta com 1 cuidadora e 1 cuidador que moram no próprio local – com atendimento 24 horas, 1 médico veterinário e 1 profissional de psicologia canina.
VALORES
Em relação aos custos, o valor licitado é de R$ 12,50 por animal/dia, para atender 100 animais, no máximo. Para efeito de comparação, um estudo realizado em 2016 pela Secretaria Especial dos Direitos Animais de Porto Alegre e pela PUC-RS, o custo de abrigamento era de R$ 11,53 por animal/dia, o qual, corrigido para os dias atuais equivale a R$ 14,61/animal/dia.
Sabe-se que cuidar bem dos animais tem custo, mas o exemplo acima demonstra que terceirizar mostrou-se uma opção mais vantajosa. Não por acaso, prefeituras como a de Araraquara, Marilia, Sertãozinho, entre outras, já terceirizaram esse serviço.
HISTÓRICO
A Villa Pet surgeriu São Carlos como sede para abrigar os animais por maior facilidade de adoções já que é um município de médio porte e também pela empresa possuir uma unidade de creche/hotel, com movimento grande de clientes, potenciais adotantes dos animais, já que o objetivo é que eles consigam um lar para chamar de seu.
Outro diferencial é que os animais ficam mais próximos da clínica do médico veterinário que atua no abrigo, proporcionando atendimentos mais rápidos e suporte de tecnologia diagnóstica com exames complementares à disposição.
Além disso, o local é todo murado, resultando em maior segurança e impedindo a invasão de animais peçonhentos e sinantrópicos, como cobras e ratos.
Antes da sua transferência, o setor de fiscalização sanitária da Prefeitura de Itirapina realizou uma vistoria no novo espaço e avaliou indicadores de segurança, conforto térmico, área de alojamento, acesso a tratamento clínico para animais, adoções, moradia para funcionários do abrigo e gerenciamento de resíduos sólidos.
Porém, o abrigo foi alvo de reclamação dos vizinhos por perturbação do sossego e, consequentemente, a fiscalização do município de São Carlos notificou a empresa Villa Pet. Em razão de ter de sair do local com urgência, o abrigo dos animais mudou para um novo endereço, também com todas as condições favoráveis, conforme já citado acima.
QUAIS ANIMAIS SÃO ENCAMINHADOS?
O animal é encaminhado ao abrigo somente quando abandonado e portador de doenças zoonóticas (que podem ser transmitidas entre os animais e aos humanos) ou atropelado. Nesses casos específicos, o recolhimento é feito por servidores lotados no setor de Vigilância em Saúde da Prefeitura (telefone: 3575-3931).
Quando abandonado em rodovias é atribuição da Polícia Rodoviária, conforme previsto na lei 9.503/97, Art. 24, Inciso II; Art. 269, inciso X. Porém, no caso de Itirapina, em que as 2 rodovias que margeiam a cidade, a Washington Luís (SP-310) e a Paulo Nilo Romano (SP-225), são concedidas para a empresa Eixo, deve-se ligar no número: 0800- 170-8998 e a captura será realizada pelos próprios funcionários da concessionária Eixo.
Já no caso de animais sadios ou acometidos por doenças que não são zoonoses, as pessoas são orientadas a buscar estabelecimentos que tenham prerrogativa à saúde animal porque o Município, assim como outros, não possui esse condições de abrigar e cuidar de todos os animais das ruas.
CASO DE POLÍCIA
O animal abandonado é aquele que foi descartado, definido por lei como crime (Lei de crimes ambientais: Lei nº 9605/1998, Lei nº 14.064/2020).
Ao presenciar alguém abandonando ou maltratando um animal, deve ser acionada uma autoridade policial através do 190 por se configurar crime ambiental ou fazer um boletim de ocorrência presencialmente, na Delegacia de Polícia.
CONSCIÊNCIA E RESPONSABILIDADE
A Secretaria Municipal da Saúde salienta que adotar um animal é uma escolha e deve vir acompanhada de responsabilidade, a qual inclui um lar confortável, alimentação, cuidados veterinários e ainda ter consciência que o animal terá uma vida de 10 a 15 anos. Portanto, todas as mudanças que ocorrem na vida das pessoas, os pets devem fazer parte dela e jamais serem descartados.
PMI