COSTA DO MARFIM - Chimpanzés selvagens ingerem regularmente álcool presente em frutas maduras fermentadas, e a quantidade consumida equivale a cerca de duas doses-padrão de bebida alcoólica por dia, segundo estudo publicado na revista Science Advances e divulgado pela agência Reuters. Apesar disso, os pesquisadores destacam que os animais não apresentam sinais de embriaguez, já que comem essas frutas ao longo de várias horas durante o forrageio.
O levantamento foi feito em dois locais: o Parque Nacional de Kibale, em Uganda, e o Parque Nacional de Taï, na Costa do Marfim. Foram analisadas 21 espécies de frutas, com destaque para figos no caso dos chimpanzés de Uganda e um fruto semelhante a uma ameixa verde para os da Costa do Marfim. Em ambos os casos, a fermentação causada por leveduras dentro da polpa gera etanol sem sinais visíveis de deterioração.
Os cientistas calcularam que, com base na quantidade de frutas consumida — que pode chegar a 10% do peso corporal diariamente —, os chimpanzés ingerem em média 14 gramas de etanol por dia. Isso equivale ao padrão de uma bebida alcoólica nos Estados Unidos e se aproxima de duas doses para humanos, considerando a diferença de peso entre as espécies.
Para os pesquisadores, esse comportamento dá suporte à chamada “hipótese do macaco bêbado”, proposta pelo professor Robert Dudley, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, segundo a qual a atração humana pelo álcool seria um traço herdado dos ancestrais primatas. O consumo de frutas fermentadas teria oferecido vantagens evolutivas, garantindo calorias extras e favorecendo a sobrevivência.
Dudley, coautor do estudo, afirmou à Reuters que o fascínio humano por bebidas alcoólicas pode ser visto como um “resquício evolutivo” dessa relação antiga: “A ingestão de álcool teria sido vantajosa para o ganho calórico e, no fim, para a sobrevivência. Os mecanismos de atração provavelmente foram preservados nos humanos modernos, resultando no que chamamos de ‘ressaca evolutiva’.”
por Notícias ao Minuto
EUA - Donald Trump cumpriu a promessa de fazer um “anúncio importante” nesta segunda-feira (22) e declarou, em coletiva de imprensa ao lado do secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., que a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA) recomendará que grávidas evitem o uso de paracetamol. Segundo ele, haveria uma ligação entre o consumo do medicamento durante a gestação e o aumento de diagnósticos de autismo no país.
O presidente norte-americano sugeriu que o paracetamol só seja usado se houver recomendação médica específica. Apesar disso, não apresentou evidências científicas para embasar a orientação e citou rumores de que Cuba teria índices menores de autismo porque não dispõe de Tylenol, marca mais popular do fármaco.
Especialistas, no entanto, ressaltam que a elevação de diagnósticos de autismo nos EUA está ligada a mudanças na definição da condição, que passou a incluir casos mais leves dentro do espectro, além do avanço nos métodos de identificação. Segundo a Associated Press, não existe uma causa única para o transtorno.
A fabricante Kenvue, responsável pelo Tylenol, refutou a declaração de Trump. “Discordamos veementemente de qualquer sugestão contrária à ciência independente”, afirmou Melissa Witt, porta-voz da empresa, ao The New York Times. “Estamos profundamente preocupados com o risco que isso representa para a saúde das mulheres grávidas.”
O presidente do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, Steven Fleischman, classificou a fala como “irresponsável” e alertou para a confusão que pode gerar entre gestantes. “O anúncio de hoje não é apoiado por todas as evidências científicas e simplifica perigosamente as muitas e complexas causas dos problemas neurológicos em crianças”, disse.
A FDA também anunciou, após a coletiva, que iniciou o processo de aprovação da leucovorina como tratamento para crianças com autismo associado à deficiência de folato cerebral (DFC). O medicamento, já usado no tratamento de câncer e anemia, apresentou resultados positivos em estudos ao melhorar a comunicação verbal de pacientes com esse perfil.
Segundo nota da agência, indivíduos com deficiência de folato no cérebro podem apresentar atrasos no desenvolvimento com características autistas, convulsões e dificuldades motoras, e a leucovorina pode ajudar a reduzir esses sintomas.
por Notícias ao Minuto
EUA - Em encontro às margens da Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Argentina, Javier Milei, fizeram uma reunião na qual o americano declarou seu apoio à reeleição do ultraliberal -o próximo pleito para o cargo máximo do Executivo no país é em 2027, mas no final de outubro os argentinos vão às urnas em importantes eleições legislativas.
"Eu queria me encontrar com o presidente da Argentina, nós dois queríamos nos encontrar, somos amigos", disse Trump na reunião. "Ele vem fazendo um trabalho fantástico, e eu vou fazer algo que não costumo fazer: eu vou apoiá-lo para presidente."
"Como vocês sabem, tem uma eleição chegando, e tenho certeza que ele vai se sair bem, mas agora, espero, isso será uma garantia disso", afirmou o presidente americano -não está claro se ele se referia ao pleito de 2027 ou ao do próximo mês, quando o governo Milei espera aumentar sua maioria no Congresso. "Acho que para concluir o trabalho, o excelente trabalho que ele vem fazendo, ele precisa de mais um mandato", disse Trump, que segurava uma versão impressa de uma publicação que fez em sua rede social, a Truth Social, em apoio a Milei.
Na publicação, divulgada também pelo presidente argentino no X, Trump escreveu que Milei é "um grande amigo, um lutador e um vencedor, e nunca vai decepcionar vocês". "O altamente respeitado presidente [Milei] se mostrou ser um líder fantástico para o grande povo da Argentina", disse o republicano.
"Ele herdou uma bagunça total, com inflação terrível causada pelo presidente de esquerda radical anterior, muito parecido com o corrupto Joe Biden, o PIOR presidente da história da nossa nação. [Milei] elevou a Argentina a um novo nível de importância e respeito!"
No vídeo publicado pela Casa Rosada, o republicano fala pela maior parte do tempo, com Milei se limitando a dizer, em inglês, "muito obrigado". Em determinado momento da reunião, Trump promete ajudar a Argentina com sua dívida externa -na segunda (22), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que fará o possível para que Buenos Aires supere a forte escalada do dólar pela qual passa o país latino-americano.
Questionado a respeito no encontro, Trump disse que a Argentina "não precisa de um plano de resgate", como se especula que a Casa Branca oferecerá à Casa Rosada. Bessent se limitou a elogiar o plano econômico de Milei -também estavam presentes a irmã do presidente, Karina, pivô de um escândalo de corrupção que abala o governo, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Milei busca ajuda dos EUA para dar fôlego às reservas do país e conseguir cumprir com o vencimento de uma parcela da dívida de US$ 4 bilhões em janeiro de 2026 e de US$ 4,5 bilhões em julho. Na segunda, escreveu no X: "Um enorme obrigado ao secretário Scott Bessent e ao presidente Donald Trump pelo apoio incondicional ao povo argentino, que há dois anos optou por reverter um século de decadência com muito esforço. Aqueles que defendem as ideias de liberdade devem trabalhar juntos para o bem-estar de nossos povos".
A última semana foi de forte turbulência no mercado, com o dólar oficial estourando o teto das bandas de flutuação pela primeira vez desde a adoção do sistema, em abril. O BCRA (Banco Central da República Argentina) teve de intervir, com a venda de US$ 1,1 bilhão em três dias.
FOLHAPRESS
EUA - Autoridades de 40 países e territórios apreenderam cerca de 450 milhões de dólares em dinheiro e bens ligados a crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro em uma operação coordenada pela Interpol, informou na quarta-feira (24) a agência policial internacional.
Batizada de Operação Haechi VI, a ação foi realizada entre abril e agosto e contou com a participação de países como Argentina, Brasil, China, Alemanha, Índia, Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. O foco foram sete tipos de crimes financeiros cometidos online.
Entre eles estão golpes de correio de voz, fraudes românticas, extorsão digital, fraudes de investimento, lavagem de dinheiro obtido por jogos de azar ilegais, falsificação de e-mails corporativos e fraudes em comércio eletrônico.
Foram recuperados US$ 342 milhões em diferentes moedas e US$ 97 milhões em ativos físicos e virtuais. Um dos instrumentos usados foi o Sistema de Intervenção Rápida de Pagamentos da Interpol, criado em 2022 para bloquear recursos ilícitos.
Graças a esse sistema, foi possível interceptar 6,6 bilhões de wons sul-coreanos (cerca de US$ 3,9 milhões) enviados para uma conta em Dubai, após uma siderúrgica da Coreia do Sul perceber que documentos de embarque haviam sido falsificados.
O chefe do centro de combate a crimes financeiros e corrupção da Interpol, Theos Badege, destacou que “embora muitas pessoas acreditem que fundos perdidos em fraudes são irrecuperáveis, os resultados da Operação Haechi demonstram que a recuperação é possível”.
por Notícias ao Minuto
Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação do Campus Araras, teve contemplado projeto sobre eletrodos em impressão 3D para sensores eletroquímicos
SÃO CARLOS/SP - O professor Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) do Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está entre os 10 pesquisadores contemplados pelo Prêmio Jacob Palis ABC-Fulbright 2025, anunciado no último dia 19 de setembro, no Rio de Janeiro. A conquista coloca a UFSCar entre as instituições de destaque na premiação, promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Comissão Fulbright.
O prêmio seleciona projetos de membros afiliados da ABC em parceria com jovens cientistas de universidades dos Estados Unidos. Cada iniciativa receberá até US$ 70 mil, distribuídos ao longo de dois anos, para apoiar pesquisas conjuntas e o fortalecimento de redes internacionais de colaboração.
O projeto contemplado na UFSCar é coordenado por Janegitz e por Rodrigo Abarza Muñoz, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em colaboração com Glen O’Neil, da Montclair State University (EUA). Intitulado "Microscopic and electrochemical characterization of additively manufactured electrodes towards the development of electrochemical sensors", o estudo busca investigar eletrodos produzidos por manufatura aditiva, ou seja, impressão 3D.
"Nossa pesquisa tem como foco caracterizar detalhadamente esses eletrodos tanto em nível microscópico quanto em seu desempenho eletroquímico. Com isso, buscamos entender como a estrutura e a composição obtidas pela impressão 3D influenciam a performance dos sensores. Esse conhecimento é essencial para desenvolver sensores eletroquímicos mais acessíveis, reprodutíveis e de alta performance, com potencial de aplicação em diferentes áreas, desde saúde até monitoramento ambiental", explica Janegitz.
Ao comentar sobre o anúncio da premiação, o docente destacou o impacto da conquista: "Recebi a notícia com muita alegria. Fiquei extremamente honrado em estar entre os contemplados e, ao mesmo tempo, orgulhoso por representar a UFSCar. Esse reconhecimento também reforça a relevância do trabalho desenvolvido no nosso grupo de pesquisa e a dedicação coletiva dos estudantes e colaboradores que caminham comigo nessa trajetória. Ademais, é um prêmio que dividi com o professor Muñoz; juntos faremos intercâmbios entre nossos grupos de pesquisa e o grupo do professor Glen O'Neil, da Montclair State University."
Para o pesquisador, o prêmio é também um incentivo à continuidade de sua trajetória científica. "Para mim, significa que estamos no caminho certo ao buscar novas fronteiras na área de sensores eletroquímicos e que nossa produção científica tem impacto e relevância. Também enxergo esse prêmio como um incentivo para continuar desenvolvendo pesquisas de excelência, formando pessoas e fortalecendo a ciência brasileira juntamente com a americana."
O evento contou com a participação do diretor-executivo da Comissão Fulbright no Brasil, Luiz Valcov Loureiro; da presidente da ABC, Helena Bonciani Nader; e de Suely Lima, viúva do matemático Jacob Palis. O nome do prêmio é uma homenagem a Palis, ex-presidente da ABC, falecido em maio de 2025. Ele foi o responsável pela criação da categoria de membro afiliado, em 2007, e atuou de forma incansável no estímulo às novas gerações de cientistas. Palis também foi bolsista da Fulbright quando cursou pós-graduação na Universidade da Califórnia em Berkeley, na década de 1960.
A lista completa dos contemplados pode ser conferida no site da Academia Brasileira de Ciências (https://www.abc.org.br/2025/
BRASÍLIA/DF - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou a PEC da Blindagem nesta quarta-feira (24).
Em uma votação nominal, todos os senadores votaram para rejeitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que buscava aumentar a proteção judicial para deputados e senadores ao ampliar o controle político sobre a autorização prévia necessária para a abertura de ações criminais.
A PEC havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada. Ao longo dos últimos dias, o texto foi alvo de manifestações populares e de pressões internas no Senado contrárias ao avanço da proposta.
Diante da repercussão negativa, o presidente da CCJ adotou um ritmo acelerado e decidiu colocar a PEC em votação apenas uma semana depois de receber o texto.
Por Ana Carolina Montoro, g1
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Gestão de Atenção Especializada (DGAE), realizou nesta quarta-feira (23/09), no Paço Municipal, uma capacitação voltada para saúde mental, com foco nos subtipos clínicos da depressão.
A atividade integra o calendário de educação permanente e continuada da pasta e tem como público-alvo os profissionais da atenção primária. O objetivo é qualificar o atendimento prestado à população, considerando que as unidades básicas são a porta de entrada do sistema de saúde.
De acordo com a psicóloga Carmen Pereira, chefe da Seção de Apoio à Saúde Mental, a formação contribui para que os profissionais se sintam mais seguros no acolhimento e condução dos casos. “Com uma escuta qualificada, é possível direcionar melhor o tratamento”, afirmou.
O médico Denis Evandro Zani, do CAPS 2, destacou a relevância do tema, explicando que a discussão sobre a relação entre depressão, inflamação e alergias acompanha debates atuais de simpósios internacionais. “É uma forma de inovar e de oferecer o tratamento mais adequado para cada paciente”, disse.
As capacitações sobre saúde mental acontecem sempre na última quarta-feira de cada mês, sendo abertas a médicos, demais profissionais da área e também à comunidade interessada.
DOURADO/SP - Na tarde desta quarta-feira (24), uma mulher foi brutalmente assassinada a facadas em Dourado (SP). O crime ocorreu no cruzamento da Rua dos Ferroviários com a Rua Maria C. J. Palota, após a Polícia Militar ser acionada pelo COPOM para atender uma ocorrência de desentendimento na Rua 19 de Maio. Durante o deslocamento, os policiais foram informados de que uma mulher estaria sendo esfaqueada.
Ao chegarem ao local, a vítima foi encontrada caída no chão, com uma faca cravada no peito e múltiplas perfurações no corpo — dez ao todo, distribuídas entre costas e peito. Uma ambulância municipal esteve rapidamente no endereço e socorreu a vítima até o Pronto-Socorro da cidade. Apesar dos esforços da equipe médica, liderada pelo Dr. Tadeu (CRM 259251), a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de dar entrada na unidade.
Com base em informações coletadas no local, a Polícia Militar iniciou buscas e conseguiu localizar o suspeito na Rua Antônio Munhoz, nº 98. Ele estava cercado por populares, que tentavam linchá-lo. Os policiais intervieram, deram voz de prisão, algemaram o indivíduo e o conduziram à Delegacia de Polícia Civil.
Na delegacia, o delegado Dr. Caio Ibere ratificou a prisão em flagrante. O homem permanecerá detido, à disposição da Justiça.
BRASÍLIA/DF - Com a demora da Câmara para pautar o projeto do governo federal que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, na quarta-feira (24), um projeto de lei (PL) alternativo que também isenta do IR os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.
A proposta foi aprovada na CAE por unanimidade, com 21 votos favoráveis. Como tramitou em caráter terminativo, o texto pode seguir direto para a Câmara dos Deputados, sem passar pelo plenário do Senado, a não ser que seja apresentado algum recurso.
O PL 1.952 de 2019 foi relatado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário político em Alagoas do relator do projeto do IR na Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL).
O projeto relatado por Renan prevê ainda uma cobrança de IR menor para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350, faixa idêntica à proposta por Lira na Câmara. A medida também prevê compensação fiscal com aumento do tributo para quem recebe acima de R$ 600 mil por ano.
Calheiros afirmou que a votação do projeto na CAE buscou destravar a tramitação da isenção do IR na Câmara, que estaria sendo usada, segundo o senador alagoano, como moeda de troca para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e da anistia aos condenados por golpe de Estado que culminou no 8 de janeiro.
O senador destacou que a matéria “é de grande relevância para a correção de injustiças tributárias com as pessoas de menor renda”.Em reunião de líderes nessa terça-feira (23), ficou definido que o projeto do governo de isenção do IR será votado no plenário da Câmara no próximo dia 1º de outubro.
Para o senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi a decisão da CAE de votar a matéria que forçou a Câmara a pautar o tema para a próxima semana.
“Se não fosse a iniciativa da Comissão de Assuntos Econômicos, nós talvez não estivéssemos vendo finalmente a realização de um direito do povo brasileiro e do trabalhador brasileiro ser conquistado”, disse Braga.
O governo vem pedindo a votação da isenção do IR no plenário da Câmara desde o retorno do recesso parlamentar, no início de agosto.
Renan x Lira
O senador Renan Calheiros criticou o relator da isenção do IR na Câmara, Arthur Lira. Para Renan, Lira tenta impedir a elevação das alíquotas cobradas das bets – empresas de apostas on-line – de 8% para 12%, além de tentar limitar a tributação de remessas de lucros e dividendos para o exterior.
“Retira da tributação as pessoas que percebem maiores salários e maiores dividendos, o que arranca a justiça tributária do projeto do presidente; e outras inovações mais, que o relator [Lira] diz que vai resolver com o plenário da Câmara dos Deputados, porque ele tem uma posição contrária, evidentemente contrária.”
No projeto da Câmara, o governo federal propôs que a cobrança de alíquota extra sobre os mais ricos compense o alívio de imposto sobre os mais pobres.
As alíquotas adicionais progressivas afetarão quem ganha mais de R$ 600 mil por ano, atingindo o patamar máximo de 10% para quem ganha mais de R$ 1,2 milhão anuais, sugestões que, até o momento, foram mantidas pelo relator Arthur Lira.
Segundo Lira, seu relatório é fruto de acordo entre os líderes. "O texto não é de um relator, mas fruto de convergência baseada no diálogo e trabalho, para garantir mais justiça tributária. Um passo essencial para o Brasil", disse o deputado em uma rede social.
Renan Calheiros ainda alertou que líderes da Câmara estariam tentando adiar a isenção para janeiro de 2027, “com o argumento de que, se valesse em janeiro de 2026, isso teria, sem dúvida nenhuma, uma conotação política eleitoral e influiria no resultado das eleições, como se a isenção de quem ganha até R$ 5 mil por mês pudesse esperar dois anos para entrar em vigor”.
O senador alagoano acrescentou que o projeto inova, em relação ao do governo, por criar um programa de regularização tributária para contribuintes com dívidas com o IR que tenham renda de até R$ 7.350.
AGÊNCIA BRASIL
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