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As máscaras de proteção tornaram-se fundamentais no combate à pandemia do novo coronavírus; aprenda a usá-las de forma correta

SÃO PAULO/SP - Praticar o distanciamento social e lavar as mãos com frequência são as medidas mais efetivas para prevenir o contágio do novo coronavírus, mas o uso de máscaras de proteção também vem provando ser um hábito importante para o combate à pandemia.

As máscaras de proteção são especialmente importantes para prevenir que pessoas infectadas espalhem o vírus, por meio de partículas de saliva ou de secreção expelidas ao tossir ou espirrar. Por isso, o uso de máscaras de proteção é considerado hoje não só uma forma de cuidado pessoal, mas um ato de respeito ao próximo.

Para uma proteção eficaz, é essencial que as máscaras sejam usadas corretamente. Confira os erros mais comuns no uso das máscaras e como corrigi-los.

Erro: não higienizar as mãos antes de colocar a máscara de proteção

Nunca toque a máscara de proteção antes de lavar as mãos, ou você corre o risco de contaminá-la antes mesmo de sair de casa. O primeiro passo para um uso seguro é colocar a máscara de proteção somente após essa higienização.

Erro: deixar o nariz descoberto

A máscara de proteção deve proteger bem o nariz e a boca, cobrindo também o queixo. Certifique-se de que o tecido fique bem ajustada ao rosto, sem que fiquem vãos largos nas laterais.

Erro: tocar a máscara de proteção para ajustá-la ao rosto

Evite ao máximo tocar na máscara de proteção. Caso precise arrumá-la, nunca toque a parte de tecido. Manuseie somente as alças para ajustá-la, assim você evita contaminá-la com as mãos.

Erro: achar que o uso da máscara de proteção é suficiente para se proteger

Mesmo com o uso de máscaras de proteção, é fundamental continuar respeitando as medidas de prevenção ao contágio: manter uma distância segura de outras pessoas ao sair de casa e jamais tocar o rosto com as mãos antes de lavá-las.

Erro: usar a máscara de proteção apenas na presença de outras pessoas

Mesmo que não haja outras pessoas por perto, usando a máscara de proteção você evita que possíveis gotículas infectadas contaminem as superfícies com as quais entrou em contato. Lembre-se de que boa parte das pessoas infectadas pelo novo coronavírus não apresentam sintomas. Por isso, ao sair sem máscara de proteção, você pode estar colocando outras pessoas em risco sem saber.

Erro: retirar a máscara de proteção sem cuidado

Assim como deve-se lavar as mãos antes de colocar a máscara de proteção, é muito importante repetir esse processo ao retirá-la. Ao voltar da rua, coloque a máscara de tecido imediatamente para lavar e higienize bem as mãos em seguida. No caso de máscaras descartáveis, faça o descarte adequado no lixo comum.

Erro: achar que o uso dentro de casa não é necessário em nenhuma situação

Em geral, não é preciso usar máscaras de proteção dentro de casa se você estiver em contato apenas com quem mora no mesmo local. Porém, se uma das pessoas apresentar qualquer suspeita de infecção pelo novo coronavírus, o uso por todos os moradores torna-se fundamental. O doente deve manter-se isolado em um cômodo próprio, na medida do possível, e qualquer contato com outras pessoas da casa deve ser feito com ambos protegidos pela máscara.

 

Sobre a Extrafarma

Fundada há 59 anos, a Extrafarma atua no mercado de varejo farmacêutico do Brasil. Com mais de 400 lojas e mais de 7 mil colaboradores diretos, a rede conta com mais de 6 milhões de clientes cadastrados no seu programa de fidelidade, o Clube Extrafarma. Em 2014, a empresa passou a fazer parte do Ultra, companhia multinegócios da qual fazem parte também Ipiranga, Ultragaz, Ultracargo e Oxiteno.

Para encontrar a Extrafarma mais próxima, basta acessar o site:

https://www.extrafarma.com.br/lojas/.

SÃO PAULO/SP - Mesmo com reabertura de bares e restaurantes a partir desta segunda (6), o setor deve contabilizar, até o final de 2020, uma queda em suas receitas de 44,7% na Capital e de 41,9% no Estado de São Paulo, em comparação a 2019. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há mais de 25 anos, com base em dados oficiais.

Segundo o levantamento, os paulistanos irão consumir cerca de R$ 12,2 bilhões em bares e restaurante, contra os R$ 22,1 bilhões desembolsados no ano passado. No Estado paulista, a projeção é que esse valor caia de R$ 78,1 bilhões em 2019, para R$ 45,4 bilhões neste ano.

Esse é apenas um recorte da pesquisa, finalizada em maio último, e que leva em consideração todo o cenário de pandemia, destacando que o consumo nacional nos diversos setores econômicos se igualará a índices de 2012, com a maior retração desde 1995. Abaixo, segue release na íntegra com dados nacionais. Caso interesse, podemos disponibilizar dados de outros setores e/ou regiões específicas.   

Em baixa, consumo nacional sofre efeitos da pandemia e deve se igualar a índices de oito anos atrás

Pesquisa IPC Maps estima retração de 5,39%, a maior desde 1995 

Com a pandemia do novo coronavírus, o consumo das famílias brasileiras ficará comprometido ao longo de 2020, se igualando aos patamares de 2010 e 2012, descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano. A projeção é uma movimentação de cerca de R$ 4,465 trilhões na economia — um crescimento negativo de 5,39% em relação a 2019 —, a uma taxa também negativa do PIB de 5,89%. A previsão é do estudo IPC Maps 2020, especializado há mais de 25 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.

Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, esse crescimento negativo após a pandemia cria um efeito déjà-vu, já que a economia “retomará os índices dos últimos anos em que houve um progresso vigoroso”. O especialista ressalta que no início de março, antes desse cenário de pandemia e isolamento social, “a previsão do PIB para 2020, conforme o Boletim Focus do Banco Central, era de +2,17%, o que resultaria numa projeção do consumo brasileiro da ordem de R$ 4,9 trilhões, superando os R$ 4,7 trilhões obtidos no ano passado.”

O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado. Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano.

Esta edição do IPC Maps destaca, ainda, a redução na quantidade de domicílios das classes A e B1, o que elevará o número de residências nos demais estratos sociais. Para Pazzini, “essa migração das primeiras classes impactará positivamente o consumo da classe B2, com uma vantagem de 6,8% sobre os valores de 2019”, explica. As outras classes, por sua vez, terão queda nominal do potencial de consumo de 2,94% em relação a 2019.

 

Perfil básico – O Brasil possui mais de 211,7 milhões de cidadãos, sendo 179,5 milhões só na área urbana, que respondem pelo consumo per capita de R$ 23.091,50, contra os R$ 9.916,75 gastos individualmente pela população rural. 

   

Base consumidora – Como já citado, neste ano a classe B2 lidera o cenário de consumo, representando mais de R$ 1 bilhão dos gastos. Junto à B1, estão presentes em 20,9% dos domicílios, sendo responsáveis por 41,1% (R$ 1,7 trilhão) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras. Se para a classe média a migração da classe alta para os demais estratos é positiva, para quase metade dos domicílios (48,7%), caracterizados como classe C, o total de recursos gastos cai para R$ 1,475 trilhão (35,6% ante 37,5% em 2019). Já a classe D/E, que ocupa 28,3% das residências, consome cerca de R$ 437,9 bilhões (10,6%). Mais enxuto, em apenas 2,1% das famílias, o grupo A reduz seus gastos para R$ 528,6 bilhões (12,8% contra 13,68% do ano passado).

O mesmo acontece na área rural que, embora no ano passado tivera uma evolução significativa, neste ano perde de R$ 335,9 para R$ 319,6 bilhões.

 

Cenário Regional – O destaque vai para a Região Centro-Oeste que, ampliou em 7,9% sua participação no consumo, respondendo por 8,86% dos gastos nacionais. Encabeçando a lista, embora com pequenas contrações, aparece o Sudeste com 48,42%, seguido pelo Nordeste, com 18,53%. A Região Sul, que em 2019 tinha reduzido sua fatia, volta a subir para 17,97% e, por último, aparece a Norte, representando 6,23%.

 

Mercados potenciais – O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a 38,7%, ou R$ 1,759 trilhão, de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os principais mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo e Rio de Janeiro, seguido por Brasília, que recuperou a 3ª posição, deixando Belo Horizonte atrás. Já, Curitiba sobe para o 5º lugar, ultrapassando Salvador. Na sequência, Fortaleza, Porto Alegre, Manaus e Goiânia — esta em 10º —, ocupam os mesmos lugares de 2019. Cidades metropolitanas ou interioranas como, Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (18º), São Bernardo do Campo (19º) e São José dos Campos (21º), no Estado paulista; São Gonçalo (16º) e Duque de Caxias (24º), no Rio de Janeiro; bem como as capitais Belém (14º), Campo Grande (15º) e São Luís (17º) também se sobressaem nessa seleção.

 

Perfil empresarial – Houve declínio de 13% no número de empresas instaladas no Brasil, totalizando hoje 20.399.727 unidades. Deste montante, mais da metade (10,6 milhões) tem atividades relacionadas a Serviços; seguida pelos setores Comércio, com 5,7 milhões; Indústrias, 3,3 milhões e, por último, Agribusiness, com 703 mil estabelecimentos.          

 

Geografia da Economia – Como de costume, a Região Sudeste concentra 51,98% das empresas nacionais, seguida novamente pelo Sul, com 18,15%. Em caminho inverso, as demais regiões reduziram suas atividades: O Nordeste conta com 16,96% dos estabelecimentos, Centro-Oeste com 8,27%, e o Norte com apenas 4,65% das unidades existentes no País.   

Partindo para a análise quantitativa das empresas para cada mil habitantes, o levantamento aponta uma retenção geral. As Regiões Sul e Sudeste seguem liderando com folga, respectivamente, 122,63 e 119,12 empresas por mil habitantes; o Centro-Oeste aparece com 102,17 e, ainda muito aquém da média, vêm as regiões Nordeste, com 60,30, e Norte, que tem apenas 50,77 empresas/mil habitantes.

 

Hábitos de consumo – A pesquisa IPC Maps detalha, ainda, onde os consumidores gastam sua renda. Dessa forma, os itens básicos aparecem com grande vantagem sobre os demais, conforme a seguir: 25,6% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,1% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc); 14,1% vão para alimentação (no domicílio e fora); 13,1% a transportes e veículo próprio; 6,6% são medicamentos e saúde; 3,7% materiais de construção; 3,4% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,3% recreação, cultura e viagens; 3,3% em higiene pessoal; 1,5% eletroeletrônicos; 1,5% móveis e artigos do lar; 1,1% bebidas; 0,5% para artigos de limpeza; 0,4% fumo; e finalmente, 0,2% referem-se a joias, bijuterias e armarinhos.   

 

Faixas etárias – Em crescimento, a população de idosos supera a margem de 30 milhões em 2020. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse índice passa de 128 milhões, o que representa 60,5% do total de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria. Já, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, vem perdendo presença e somam 24,1 milhões, sendo superados por crianças de até 9 anos, que seguem a média de 29,4 milhões.

 

Sobre o IPC Maps

Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento. Este trabalho traz múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setores de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, Estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, o IPC Maps apresenta um detalhamento de setores específicos a partir de diferentes categorias.

 

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos e o Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus informam os bairros em que já foram relatados casos positivos de COVID-19. Esta lista de bairros é complementar ao Relatório de Casos 04, divulgado na última quarta-feira (01/07), a partir dos dados do mesmo.
Há notificações de casos positivos em 126 bairros de São Carlos, 13 bairros a mais com relação à semana anterior. Todas as regiões do município já contam com confirmações de contaminação pelo novo coronavírus. O Cidade Aracy continua liderando, com o maior número de notificações. Nesta semana, o Jardim Ipanema dobrou o número de casos (de 8 para 16) e ocupa a sexta posição da lista, ao lado do Jockey Clube. Os 12 bairros com maior número de casos contabilizam juntos 39,27% do total de notificações.
Os bairros com maior número de confirmações, por ordem de quantidade de casos, são: 
Cidade Aracy (35 casos);
Boa Vista e Santa Felícia (21 casos cada);
Antenor Garcia (18 casos);
Centro (17 casos);
Jardim Ipanema e Jockey Clube (16 casos cada);
Cidade Aracy II (15 casos);
Jardim Tangará (13 casos);
Santa Angelina (12 casos);
Vila Costa do Sol (10 casos) e
Jardim Zavaglia (9 casos).

Com 8 casos positivos cada estão: Jardim Cruzeiro do Sul, Parque Fher e Vila Prado.
Com 7 casos positivos cada estão: Jardim Pacaembu, Recreio São Judas Tadeu, Romeu Tortorelli e São Carlos 5.
Com 6 casos positivos cada estão: Jardim Beatriz, Parque Faber, Presidente Collor, Vila Monteiro e Vila Nery.
Com 5 casos positivos cada estão: Chácara São Caetano, Jardim dos Coqueiros, Jardim Munique, Jardim Ricetti, Vila Carmen, Vila Izabel e Vila Jacobucci.
Com 4 casos positivos cada estão: Azulville, Cidade Jardim, Conjunto Habitacional Dom Constantino Amstalden, Damha II, Jardim Bandeirantes, Jardim Embaré, Jardim Nova Santa Paula, Jardim Santa Paula, Parque Itaipu, Maria Stella Fagá, Vila Brasília e Vila Marcelino.
Com 3 casos positivos cada estão: Damha I, Botafogo, Planalto Verde, Miguel Abdelnur, Jardim Belvedere, Jardim das Torres, Jardim Lutfalla, Jardim Paulista, Nossa Senhora Aparecida, Núcleo Residencial Castelo Branco, Parque Delta, Parque Douradinho, Quinta dos Buritis, Vila Faria e Vila São José.
Com 2 casos positivos cada estão: Eduardo Abdelnur, Jardim Araucária, Jardim Cardinalli, Jardim Hikare, Jardim Nova São Carlos, Jardim Paulistano, Jardim São João Batista, Jardim Veneza, Loteamento Habitacional São Carlos, Loteamento Tutoya do Vale, Nossa Senhora de Fátima, Parque Novo Mundo, Parque Sabará, Parque Santa Mônica, Pinheiros, Residencial Samambaia, São Carlos 3, São Carlos 8 e Vila Conceição.
Com 1 caso positivo registrado estão: Água Vermelha, Área Rural, Arnold Schimidt, Arnon de Mello, Bela Vista, Bosque de São Carlos, Cardoso I, Condomínio Montreal, Jardim Acapulco, Jardim Bethânia, Jardim Bicão, Jardim Brasil, Jardim Centenário, Jardim Copacabana, Jardim Dona Francisca, Jardim Martinelli, Jardim Medeiros, Jardim Mercedes, Jardim Monte Carlo, Jardim Paraíso, Jardim Real, Jardim Santa Maria 2, Jardim São Carlos, Loteamento Albertini, Mirante da Bela Vista, Moradas I, Nova Estância, Núcleo Residencial Silvio Vilari, Parque Industrial, Parque Primavera, Parque Tecnológico Damha, Portal do Sol, Residencial Planalto Paraíso, Residencial Astolpho Luiz do Prado, Residencial Eldorado, Residencial Itamaraty, Residencial Parati, Residencial Planalto, Residencial Quebec, Romeu Santini, Santa Eudóxia, Swiss Park, Vila Irene, Vila Pureza, Vila Santa Madre Cabrini, Vila São Gabriel e Vila Sônia.
Há 16 casos que constam como "bairro não informado" nos dados fornecidos para este relatório.

Foi vetada a obrigatoriedade de uso de máscara em estabelecimentos comerciais, indústrias, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas

 

BRASÍLIA/DF - Entrou em vigor nesta sexta-feira (3) a lei nacional que torna obrigatório o uso de máscaras de proteção facial em espaços públicos, como ruas e praças, em veículos de transporte público, incluindo carros de aplicativos de transporte, e em locais privados acessíveis ao público. As alterações promovidas na Lei Nacional da Quarentena valem enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de Covid-19.

O texto publicado no Diário Oficial da União (Lei 14.019/20) foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro com 17 vetos. Entre os trechos vetados está o que obrigava a população a manter boca e nariz cobertos por máscara de proteção individual em estabelecimentos comerciais, como shoppings e lojas, indústrias, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.

Na justificativa, Bolsonaro destacou que, ao mencionar “demais locais fechados”, o texto aprovado pelo Congresso – substitutivo do Senado para o Projeto de Lei 1562/20, do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) –, “incorre em possível violação de domicílio”.

Ele se referiu ao princípio constitucional de que a casa é asilo inviolável do indivíduo. “Deste modo”, acrescentou o presidente, "não havendo a possibilidade de veto de palavras ou trechos, impõe-se o veto [total] do dispositivo”.

No entendimento da Secretaria-Geral da Mesa (SGM) da Câmara, no entanto, "demais locais fechados” refere-se a espaço privado acessível ao público e nunca a domicílios. Para a SGM, a garantia constitucional de inviolabilidade de domicílio não poderia, em nenhuma hipótese, ser afastada por lei ordinária.

Foi mantida no texto a dispensa do uso de máscara por pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado do equipamento.

Também permanece a obrigação de órgãos, entidades e estabelecimentos afixarem cartazes informativos sobre o uso correto de máscaras e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo no local.

Bolsonaro vetou ainda trechos do projeto que obrigavam estados, municípios e o Distrito Federal a estabelecerem multas e a restringirem a entrada ou retirarem de suas instalações quem não estivesse usando máscaras. Outros trechos vetados previam multas a estabelecimentos em funcionamento durante a pandemia que deixassem de fornecer gratuitamente máscaras a funcionários e colaboradores e álcool em gel a 70% em locais próximos a entradas, elevadores e escadas rolantes.

Entre as razões para esses vetos está a falta de limites para a aplicação das multas e a criação de despesa aos demais entes federados sem a indicação da fonte de custeio. O governo federal argumenta que já estão previstas na legislação atual multas por infração sanitária (Lei 6.437/77).

Foram mantidos no texto o uso obrigatório de máscaras em estabelecimentos prisionais e nos de cumprimento de medidas socioeducativas e ainda a previsão de atendimento preferencial em estabelecimentos de saúde para profissionais da saúde e da segurança pública.

 

 

Reportagem – Murilo Souza

Edição – Rachel Librelon

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Em quesitos como recuperação de pacientes mais graves, que precisam de intubação, os índices são melhores que os dos hospitais particulares

 

SÃO CARLOS/SP - “Vontade de viver e muita esperança”. São com essas palavras que o motorista Luis Fernando Fidelix, de 37 anos, começa o seu relato de superação. Ele foi diagnosticado com COVID-19 e ficou internado por quase 3 semanas na Santa Casa, depois de ser intubado ficar inconscientes por vários dias. “A minha recuperação foi um verdadeiro milagre de Deus, nasci de novo”, comenta o motorista.

Luis Fernando é um dos 287 pacientes com suspeita de COVID-19, que receberam tratamento na Santa Casa desde o início da pandemia até agora (17/3 a 30/6). E faz parte de uma estatística que mostra o empenho e a capacitação da equipe de profissionais do hospital: 49,1% dos pacientes mais graves, que precisaram ser intubados na UTI, foram curados e receberam alta. O índice é melhor que a média nacional dos hospitais brasileiros. Entre os particulares, 35,8% dos pacientes nestas mesmas condições receberam alta. Entre os públicos, esse número é ainda menor: 29,3%.

“Isso mostra o nível da Santa Casa de São Carlos e da equipe de profissionais do hospital, todos altamente capacitados e qualificados para o cuidado dos pacientes vítimas da pandemia da COVID-19. E prova que o atendimento que oferecemos aqui é tão bom quanto os outros grandes hospitais do país”, comenta o médico infectologista da Santa Casa, Roberto Muniz Junior.

“Contra números não há argumentos né? Estatísticas como essas só trazem para gente e para toda a equipe da Santa Casa mais uma injeção de ânimo. Todos nós aqui temos batalhado sem medir esforços para vencer guerra contra o Coronavírus”, afirma o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior.

Os dados são do Projeto UTIs Brasileiras – Registro Nacional de Terapia Intensiva, uma parceria da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a Epimed Solutions (empresa de desenvolvimento de sistemas para o atendimento hospitalar). 452 hospitais (129 públicos e 323 privados) de 157 cidades brasileiras participam desse programa, que tem como objetivo ajudar na orientação de políticas de saúde e estratégias para melhorar o cuidado dos pacientes críticos no país.

Confira os bons resultados da Santa Casa nos quesitos apontados pelo Registro Nacional de Terapia Intensiva:

 

MORTALIDADE DE PACIENTES EM UTI COM INTUBAÇÃO (SUSPEITOS E CONFIRMADOS)

SANTA CASA                        MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS               MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS

50,9%                                                   70,7%                                                         64,2%

(49,1% recuperados)               (29,3% recuperados)                                 (35,8% recuperados)

 

MORTALIDADE DE PACIENTES CONFIRMADOS EM UTI COM INTUBAÇÃO

SANTA CASA                        MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS               MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS

63,1%                                                   70,5%                                                         63,6%

(36,9% recuperados)               (29,5% recuperados)                                 (36,4% recuperados)

 

 

MORTALIDADE DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS EM UTI

SANTA CASA                        MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS               MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS

  34,9%                                                   39,3%                                                         18,7%

(65,1% recuperados)               (60,7% recuperados)                                 (81,3% recuperados)

 

MORTALIDADE DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS

SANTA CASA                        MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS                MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS

  24,1%                                              56,3%                                                                      28,7%         

 

MORTALIDADE DE PACIENTES CONFIRMADOS

SANTA CASA                              MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS        MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS

37,1%                                                    54,9%                                                        28,2%

 

O motorista Luis Fernando Fidelix voltou a trabalhar nesta quinta-feira, 2 de julho. Ele conta que os primeiros sintomas, febre alta, ausência de apetite e dores no corpo, começaram depois de retornar de uma viagem a trabalho a Belo Horizonte, Minas Gerais. Na Santa Casa, além de todo o empenho da equipe de profissionais, ele contou com um gesto de solidariedade da técnica de enfermagem da UTI COVID, Tatiane Gabriela Vasconcelos. “Quando os exames do Fernando começaram a piorar, foi aí que senti que ele já não tinha mais forças para lutar pela vida. Pedi, então, para que uma enfermeira da família me trouxesse um vídeo da esposa e do filho dele, que estavam em isolamento domiciliar. Percebi a emoção dele e o quanto chorou ao ver a preocupação de sua família. E em todos os meus plantões fiz questão de estar perto dele e transmitir os vídeos com mensagens positivas de sua família. Hoje somos amigos. Não escolhi a Enfermagem, a Enfermagem me escolheu. Por isso, me sinto muito grata por ter conseguido ajudá-lo a se recuperar”, comenta Tatiane.

Como gesto de gratidão, a família deu um bolo de presente para a equipe do hospital. Depois de superar a doença e sobreviver à COVID-19, o motorista passou a enxergar a vida com outros olhos. “Sofri muito com essa doença, foram dias angustiantes. Antes eu só pensava em reformar minha casa e trabalhava muito pra dar um conforto para minha família, mas dinheiro não é tudo. O que importa de verdade são os momentos que vivemos ao lado das pessoas que amamos, e isso não tem preço. Hoje, graças a Deus e aos profissionais, tive uma nova chance de viver”. 

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta quinta-feira (02/07) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 577 casos positivos para a doença (14 resultados positivos foram liberados hoje), com 13 mortes confirmadas. 44 óbitos já foram descartados até o momento. O exame da mulher de 86 anos, de São Carlos que faleceu nesta quarta-feira (01/07) foi negativo para COVID-19. Outro resultado negativo foi do homem de 82 anos que estava internado desde 03/06 e que faleceu hoje. Dos 577 casos positivos, 513 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 63 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 41 receberam alta hospitalar, 10 estão internados e 12 positivos foram a óbito. 473 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 2.158 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus já que 60 resultados negativos foram liberados hoje. Estão internadas neste momento 33 pessoas, sendo 23 adultos na enfermaria (6 positivos, 7 suspeitos, 10 negativos - sendo 1 de outro município); na UTI adulto hoje estão internadas 7 pessoas (4 positivos, 1 suspeitos, 2 negativos). Duas crianças estão internadas na enfermaria, sendo uma com resultado negativo para COVID-19 e com suspeita da doença. Na UTI outra criança está internada com resultado negativo para a doença. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 33,4%.

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 4.401 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.634 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 767 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 2.050 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 1.626 tiveram resultado negativo para COVID-19, 375 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 49 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

MUNDO - Salões internos de restaurantes, cinemas e outros estabelecimentos serão proibidos de funcionar na maior parte da Califórnia por pelo menos três semanas, diante do aumento de infecções pelo novo coronavírus, anunciou o governador do estado, Gavin Newsom, na última quarta-feira (1º).

Todos os bares e pubs também terão que fechar as portas em 19 municípios da Califórnia, onde vivem 70% da população do estado, disse Newsom.

As hospitalizações e mortes por covid-19 têm aumentado no estado mais populoso dos Estados Unidos, principalmente a partir do fim de semana do feriado do Memorial Day, em 31 de maio. Nas últimas 24 horas, 110 pessoas morreram na Califórnia, informou o governador.

A decisão abrange algumas das áreas mais densamente povoadas do estado, incluindo os condados de Los Angeles e Orange, bem como a capital Sacramento.

 

*Por Sharon Bernstein - Repórter da Reuters

A telemedicina pode ser praticada tanto no âmbito do SUS quanto no setor privado; já a perícia virtual foi considerada pelo CFM uma afronta ao Código de Ética Médica

SÃO PAULO/SP - Neste momento tão delicado, em que se exige que a população permaneça em isolamento social e evite aglomerações, nada mais prudente do que ser liberada a prática da telemedicina, inclusive as teleconsultas, notadamente para que a população seja protegida e a pandemia reduzida.

Para tanto, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n. 467/2020, que dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Coronavírus.

De acordo com a referida Portaria, as ações de telemedicina podem ser praticadas tanto no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto no setor privado, e podem contemplar o atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, desde que o atendimento realizado entre médico e paciente seja feito através de tecnologia que garanta a integridade, a segurança e o sigilo das informações coletadas durante a prática da telemedicina.

Além disso, o atendimento médico efetivado à distância precisará ser registrado em prontuário clínico, e deverá englobar as seguintes informações:

  1. i) dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido em cada contato com o paciente;
  2. ii) data, hora, tecnologia da informação e comunicação utilizada para o atendimento; e

         iii) número do Conselho Regional do profissional e sua unidade da federação.

Ademais, conforme Resolução n. 217/2020, do Conselho Regional de Medicina do Paraná, o médico deverá firmar termo de consentimento livre e esclarecido apontando, especialmente, as possíveis limitações do atendimento à distância. Ainda, é legítima a cobrança dos honorários profissionais.

Inúmeras Secretarias de Saúde, hospitais e profissionais da saúde, têm disponibilizado o serviço de atendimento médico à distância, contribuindo, assim, para o controle da pandemia.

Além disso, com a possibilidade dos médicos efetuarem a teleconsulta (atendimentos aos pacientes por intermédio de qualquer meio de telecomunicação), ficará assegurado aos pacientes, enquanto perdurar a pandemia, um atendimento médico de qualidade, de forma rápida e segura, sem que os profissionais da saúde e pacientes precisem sair de casa.

Em quaisquer hipóteses de atendimento (presencial ou não), os médicos deverão observar os princípios que norteiam a atividade médica, em especial, o da autonomia, sigilo, beneficência (fazer o bem) e não-maleficiência (evitar o mal).

Com relação à possibilidade ou não dos médicos peritos exercerem a teleperícia durante a pandemia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou manifestação, através do Parecer n. 03/2020, sustentando que a utilização de recurso tecnológico sem a realização de exame direto no paciente/periciando afronta o Código de Ética Médica, em especial o artigo 92, que proíbe o médico de assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal caso não tenha realizado pessoalmente o exame.

Assim, embora seja lícita a prática (momentânea) da telemedicina, não há permissão para o médico perito realizar perícias virtuais (teleperícias), mesmo diante do atual cenário decorrente do Covid-19.

 

*Por: Fernando Augusto Sperb e Suhéllyn Hoogevonink de Azevedo, advogados de Alceu Machado, Sperb & Bonat Cordeiro – Sociedade de Advogados

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta quarta-feira (01/07) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 563 casos positivos para a doença (22 resultados positivos foram liberados hoje), com 13 mortes confirmadas e uma suspeita. 42 óbitos já foram descartados até o momento. Uma mulher de 86 anos, de São Carlos, internada em 29/06 morreu hoje com suspeita da doença. Dos 563 casos positivos, 499 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 63 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 41 receberam alta hospitalar, 10 estão internados e 12 positivos foram a óbito. 439 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 2.098 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus já que 83 resultados negativos foram liberados hoje. Estão internadas neste momento 33 pessoas, sendo 23 adultos na enfermaria (6 positivos – sendo 1 de outro município, 8 suspeitos, 9 negativos - sendo 1 de outro município); na UTI adulto hoje estão internadas 8 pessoas (5 positivos, 3 suspeitos). Uma criança está internada na UTI com resultado negativo para COVID-19 e outra na enfermaria também com resultado negativo para a doença. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 38,9%.

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 4.310 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.589 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 721 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 2.004 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 1.569 tiveram resultado negativo para COVID-19, 371 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 64 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

Agora depende apenas da reformulação do fluxo de atendimentos da saúde no município para que a NOVA ALA COVID possa entrar em funcionamento

 

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa está reestruturando a Sala Verde do Pronto-Socorro do hospital para montar uma NOVA ALA COVID. No local, vai haver 10 novos leitos de UTI Adulto, com os respiradores cedidos pelo Governo do Estado. Os profissionais de saúde também estão em fase de contratação, com recursos do Governo Federal. O espaço foi escolhido por já possuir uma estrutura pronta para abrigar leitos de UTI, como rede de oxigênio e rede de ar, e assim, viabilizar os novos leitos o mais rapidamente possível.

Para colocar a nova ala em funcionamento, a Santa Casa também vai contar com a equipe de assistência multidisciplinar do hospital, com profissionais como fisioterapeutas e nutricionistas; uma equipe de hotelaria (para a troca de roupas de cama, por exemplo), equipe de limpeza e farmácia.

No entanto, para que essa NOVA ALA COVID possa ser usada, o fluxo de atendimento da saúde do município precisa ser referenciado, para que somente os casos mais graves, de alta complexidade, sejam direcionados para a Santa Casa. A partir desse referenciamento, os novos leitos podem ser entregues em 15 dias. “Essas mudanças são necessárias para não atender em um mesmo espaço, pacientes de baixa complexidade que poderiam ser atendidos em outras unidades (como as UPAs e Unidades Básicas de Saúde) e pacientes com suspeita de COVID, para não colocar em risco a saúde de quem procurou o hospital por outras doenças”, afirma o médico infectologista e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim.

O referenciamento é uma política pública do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. Quem teria que seguir essa política é o município. “Nós notificamos o município e comunicamos o Ministério Público sobre a inviabilidade de fazer funcionar a NOVA ALA COVID sem o devido referenciamento, considerando que nós não temos estrutura física montada e capaz de atender as duas demandas ao mesmo tempo, sem colocar em risco a saúde dos pacientes. Reforçamos que a Santa Casa, em momento nenhum, se negou a fazer nada. Ao contrário, sempre se colocou à disposição para as necessidades de quem depende do SUS. Se o município optar por não fazer o referenciamento, vamos continuar trabalhando para oferecer a melhor assistência em saúde para a região”, diz o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Junior. 

A outra opção, para que o hospital não fosse referenciado neste momento, seria montar a NOVA ALA COVID em outro espaço dentro da Instituição. Mas isso só seria possível com reformas, que levariam pelo menos 2 meses. “Se a Prefeitura tivesse feito essa opção lá em março, quando alertamos sobre as consequências da pandemia, essa nova estrutura já poderia estar pronta”, lembra o provedor.

NEGOCIAÇÕES COMEÇARAM EM MARÇO

A Santa Casa de São Carlos esclarece que é um hospital filantrópico e que presta serviços para o SUS. Quando a COVID-19 ainda era um surto e não uma pandemia, a equipe do hospital já havia alertado o governo municipal sobre a necessidade de se montar uma ala exclusiva para atendimento COVID. Foram feitas 11 reuniões de lá para cá.

A primeira reunião com a Secretaria Municipal de Saúde aconteceu no dia 4 de março. Mas não houve definições.

Nessa época, sabendo da necessidade de atendimento, a Santa Casa tomou a iniciativa e montou a ALA COVID, com 8 leitos de UTI e 24 de enfermaria, com o apoio do HU que emprestou os respiradores. A secretaria de saúde também bancou o custeio desses leitos por 3 meses (abril, maio e junho).

Em abril, a Secretaria de Saúde fez novo convite à Santa Casa para que fossem montados 10 leitos de UTI Adulto e 6 de UTI Pediátrica. A Santa Casa prontamente se colocou à disposição para que os novos leitos fossem viabilizados. Mas argumentou que, para isso, seriam necessários:

 

  1. Respiradores – que foram cedidos pelo Governo do Estado
  2. Profissionais de saúde – Governo do Estado indicou uma OSCIP (organização que presta serviços de saúde)
  3. Referenciamento – o Pronto-Socorro da Santa Casa deixaria de atender os pacientes classificados com as cores azul e verde (pacientes com sintomas leves). Esses pacientes passariam a ser atendidos exclusivamente pelas UPAs e Unidades Básicas de Saúde.

 

No dia 4 de junho, foi realizada uma nova reunião entre representantes do Departamento Regional de Saúde de Araraquara (do qual São Carlos faz parte), Prefeitura e diretoria da Santa Casa, com a presença do Secretário de Saúde, Marcos Palermo, representantes da UPAS e representantes do HU. A partir daí, os protocolos foram validados pelos participantes do processo de referenciamento: Santa Casa, HU, UPAs, SAMU e Secretaria Municipal de Saúde e Departamento Regional de Saúde.

Na semana seguinte a essa definição, a Santa Casa já iniciou a readequação da Sala Verde para montar os novos leitos de UTI. Mas até o presente momento, não houve definição por parte da Secretaria de Saúde para o referenciamento.

 

REFERENCIAMENTO É UMA EXIGÊNCIA ANTIGA

A Santa Casa de São Carlos é um hospital de alta complexidade e faz parte do Departamento Regional de Saúde de Araraquara, que inclui 24 municípios do Centro Paulista. Dentro dessa área, a Santa Casa de São Carlos é responsável pelos atendimentos de média e alta complexidade (oncologia, neurologia e neurocirurgia, cardiovascular, oftalmologia e nefrologia) de 6 municípios – São Carlos, Dourado, Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado e Porto Ferreira -, num total de 400 mil habitantes. E é o único hospital, nessa região, a não ter o atendimento referenciado.

Importante ressaltar que a Santa Casa, ao se transformar em hospital referenciado, manteria todos esses atendimentos de alta complexidade, os atendimentos COVID e, no Pronto-Socorro do hospital, os casos de urgência e emergência. Apenas os casos mais leves, que hoje representam cerca de 70% dos atendimentos, seriam encaminhados para as UPAs e UBs para receber o primeiro atendimento.  E, em caso de necessidade (uma cirurgia, um atendimento mais complexo, internação para tratamento), seriam direcionados para a Santa Casa.

OCUPAÇÃO DA SANTA CASA – ALA COVID X OUTRAS DOENÇAS

A média de ocupação dos leitos de UTI, exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Coronavírus tem sido de 90%. E a dos leitos de enfermaria (24 leitos), têm girado em torno de 20 a 30%.

Mas os outros atendimentos continuam sendo realizados. Mesmo com a suspensão das cirurgias eletivas, a taxa de ocupação permanece alta.

 

TAXA DE OCUPAÇÃO – OUTRAS DOENÇAS

UTI ADULTO – 100%

UNIDADE CORONARIANA (UTI PARA COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES) – 90%

UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL – 120%

LEITOS DE ENFERMARIA – 85%

Os pacientes têm chegado à Santa Casa em condições mais graves, provavelmente por conta da dificuldade das UBS e UPAs, em função da pandemia. Em média, 18 a 20 pacientes têm aguardado leito para internação no Pronto-Socorro.

UTI PEDIÁTRICA

A estrutura da UTI Pediátrica COVID já foi montada com 6 novos leitos, ao lado da UTI Pediátrica. Para isso, estão sendo usados 6 respiradores cedidos pelo Governo do Estado. A Santa Casa agora está na fase de contratação dos profissionais de saúde.

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