Pesquisadores da UFSCar e parceiros nacionais e internacionais inovam ao combinar fatores espaciais em relação à série temporal
SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicaram dois estudos geográficos pioneiros no uso de método de escaneamento estatístico espaço-temporal para monitorar a Covid-19. O primeiro abrange o estado de São Paulo, avaliando a dispersão da doença nos municípios paulistas, tendo como base o número de casos diários e identificando clusters (agrupamentos) espaço-temporais emergentes ativos nesses municípios. Já a segunda pesquisa determina os clusters emergentes em todo o Brasil, levantando o risco relativo da doença para os 5570 municípios brasileiros. Neste, também são considerados na análise o risco relativo com índices de vulnerabilidade social (IVS), desigualdade (GINI) e com a taxa de mortalidade.
Os trabalhos são fruto de uma parceria entre instituições do Brasil e Estados Unidos e são assinados pelos pesquisadores Rogério Hartung Toppa, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So), Marcos Roberto Martines, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), ambos do Campus Sorocaba da UFSCar; Ricardo Ferreira Vicente, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); Luiza Maria de Assunção, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Michael Richard Desjardins, da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health; e Eric M. Delmelle, da Universidade da Carolina do Norte.
"No estudo sobre os municípios paulistas, nós subdividimos todo o período de estudo - 25 de fevereiro (data do primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil) a 5 de maio - em três recortes temporais: 25/2 a 24/3; 25/2 a 15/4; e 25/02 a 05/05. Isso permitiu determinar o arranjo geográfico deste risco relativo para o estado de São Paulo por meio dos clusters emergentes", detalham Toppa e Martines. Enquanto no primeiro período não havia nenhum cluster significativo no Estado, no terceiro recorte, que abrangeu todo o período de análise (70 dias da pandemia), foram identificados três clusters emergentes significativos e 23 municípios com risco relativo maior do que 1, ou seja, com mais casos observados de Covid-19 do que esperados. "O que chamou a atenção é que esses clusters estavam todos próximos da capital do Estado, o que corrobora com a ideia de que a cidade de São Paulo era o epicentro da doença no período analisado", destacam.
No segundo estudo, que inclui variáveis socioeconômicas, os professores da UFSCar e demais colaboradores observaram uma "correlação positiva do risco relativo com essas variáveis, ou seja, locais mais vulneráveis e mais desiguais socialmente têm uma maior tendência de apresentarem os maiores riscos relativos da doença, além de uma maior taxa de mortalidade".
Para esse estudo de abrangência nacional foi feito um recorte temporal de 103 dias (de 25 de fevereiro a 7 de junho). "Encontramos 11 clusters emergentes de Covid-19 ocorrendo em todas as regiões do Brasil, sendo que sete deles apresentaram um risco relativo maior do que 1, o que significa que esses clusters têm mais casos observados do que esperados. O cluster mais crítico foi observado predominantemente na região Norte, também incluindo o estado do Tocantins", revelam os professores da UFSCar.
"Nesse estudo nós listamos os três municípios mais críticos em relação aos sete clusters ativos identificados e cujos casos observados são maiores do que os casos esperados", descrevem Toppa e Martines. Segundo eles, a situação mais crítica se encontra no município de Pedra Branca do Amapari, no estado do Amapá. "Vale destacar que todos os 16 municípios do estado do Amapá estão com o risco relativo maior do que 1", completam. Por outro lado, foram encontrados municípios com risco relativo zero e outros com baixos valores de risco relativo em diversos estados brasileiros.
"Os resultados obtidos são um sinal de alerta sobre os casos de Covid-19 em municípios mais vulneráveis socioeconomicamente. Acreditamos que a ampla divulgação desse trabalho chama a atenção do poder público sobre o arranjo geográfico da doença em diferentes condições socioeconômicas do País, e que é necessário ter uma maior atenção em regiões mais vulneráveis", analisam.
De acordo com os docentes da UFSCar, o método usado nesses estudos permite a identificação de padrões espaciais e/ou espaço-temporais que geram agrupamentos de dados como resultados, possibilitando que os tomadores de decisão identifiquem pontos críticos estatisticamente significativos dos casos de Covid-19. "Dentre as aplicabilidades possíveis está a capacidade de identificar e prever ocorrências de fenômenos com base na identificação de áreas - conjuntos - de dados. Isso pode subsidiar possíveis medidas de prevenção para minimizar os danos à população exposta ao risco do fenômeno estudado", concluem os professores da UFSCar.
Saiba mais
O artigo sobre o avanço da Covid-19 no estado de São Paulo, intitulado "Applying a Prospective Space-Time Scan Statistic to Examine the Evolution of COVID-19 Clusters in the State of Sao Paulo, Brazil", está disponível no site da medRxiv, em https://bit.ly/3fyE7Db, um servidor online gratuito de manuscritos na área das Ciências da Saúde. Já a publicação que amplia o estudo para todo o Brasil, intitulada "Detecting space-time clusters of COVID-19 in Brazil: mortality, inequality, socioeconomic vulnerability, and the relative risk of the disease in Brazilian municipalities", pode ser acessada em https://bit.ly/2AIx8sJ.
Mais informações podem ser obtidas com os autores pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
SÃO CARLOS/SP- A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa neste domingo (21/06) a situação epidemiológica da COVID-19 em São Carlos. São Carlos contabiliza neste momento 368 casos positivos para a doença (1 resultado positivo foi liberado hoje), com 11 mortes confirmadas. 38 óbitos já foram descartados até o momento. Uma mulher de 39 anos internada desde 13/06 morreu neste sábado (20/06), porém o resultado foi negativo para COVID-19. Um homem de 90 anos internado desde 15/06 morreu neste domingo (21/06), mas também com resultado negativo para a doença. Um paciente com suspeita da doença, da cidade de Ibaté, internado em São Carlos desde 20/06, morreu hoje. O resultado do exame ainda não foi divulgado pelo laboratório. Dos 368 casos positivos, 312 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 55 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 34 receberam alta hospitalar, 10 estão internados e 11 positivos foram a óbito. 241 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 1.501 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus. Estão internadas neste momento 35 pessoas, sendo 24 adultos na enfermaria (6 positivos – sendo 2 de outros municípios, 11 suspeitos - sendo 1 de outro município, 6 negativos); na UTI adulto hoje estão internadas 9 pessoas (5 positivos, 4 suspeitos). Uma criança permanece internada na enfermaria com resultado negativo para a doença. Na UTI Pediátrica 1 criança permanece internada com suspeita da doença, porém residente em outro município. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 44,5%.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 3.644 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.107 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 537 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 1.350 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 997 tiveram resultado negativo para COVID-19, 292 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 61 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
SÃO PAULO/SP - O Corinthians informou na noite de sábado (20) que 8 jogadores e 5 integrantes da comissão técnica e de outros departamentos do centro de treinamento do clube foram diagnosticados com a covid-19.
De acordo com o clube paulista, todos estão assintomáticos e ficarão afastados das atividades por 10 dias e serão submetidos a novos exames. Um massagista da equipe também teve sintomas da doença, foi hospitalizado e apresentou melhora. Ele ficará afastado.
Os jogadores vão voltar às atividades a partir de 3ª feira (23.jun), quando passarão primeiro por uma bateria de avaliações físicas e testes bioquímicos e fisiológicos. Antes, na 2ª feira (22.jun), os atletas vão retirar equipamentos de proteção e material de treino que, de acordo com o clube, deverão ser higienizados pelos próprios jogadores em casa.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), permitiu na última semana que os clubes de futebol voltassem às atividades. Os treinos, porém, só poderão ser retomados em 1º de julho. A FPF (Federação Paulista de Futebol) queria que os treinamentos recomeçassem antes. Disse ver “com estranheza” o prazo fixado pelo governo “sem que haja uma explicação plausível e científica“.
O Campeonato Paulista está paralisado desde 16 de março, em razão da pandemia de covid-19. Não há previsão para o reinício do torneio.
Eis abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Sport Club Corinthians Paulista:
Após reuniões com a Federação Paulista de Futebol, Prefeitura de São Paulo, Governo do Estado de São Paulo e clubes participantes da Série A1 do Campeonato Paulista, o Sport Club Corinthians Paulista tem a liberação para retomar as atividades do Futebol Profissional seguindo medidas preventivas ao novo coronavírus e adotando o Protocolo de Retomada Gradual aos Treinos da FPF.
Dando início aos procedimentos, atletas, comissão técnica, staff e funcionários do CT Dr. Joaquim Grava realizaram exames laboratoriais nos dias 18 e 19. Após 190 testes de coronavírus foram constatados que oito atletas têm o vírus no corpo, mas não apresentam sintomas da Covid-19. No entanto, ficarão afastados das atividades do centro de treinamento por dez dias e serão submetidos a novos exames.
Outros 19 atletas se apresentarão no CT Dr. Joaquim Grava, na segunda-feira (22), para a retirada de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que se tornarão de uso pessoal no dia a dia, além de materiais de treino como uniformes e chuteiras, que serão conduzidos e higienizados pelos atletas em suas casas.
O recém-chegado atacante Jô não foi testado e passará pelo procedimento no início da próxima semana.
Outras cinco pessoas da comissão técnica e de outros departamentos do centro de treinamento também foram diagnosticadas com o vírus e seguirão o mesmo cronograma de avaliações dos atletas. Todas são assintomáticas.
O massagista Raimundo “Ceará” apresentou sintomas da doença, foi hospitalizado e apresentou melhora. Pertencente ao grupo de risco estabelecido pela Organização Mundial da Saúde, será preservado das atividades, assim como todos que têm mais de 60 anos, e receberá acompanhamento médico diário.
O Departamento Médico do Clube, formado por Ivan Grava, Ana Carolina Côrte e Júlio Stancatti, desenvolveu protocolos específicos para a medicina esportiva que atendeu as expectativas e estão sendo seguidas por outros clubes brasileiros.
A partir de terça-feira (23), os atletas liberados para o trabalho começarão a bateria de avaliações físicas, testes bioquímicos e fisiológicos para o retorno as atividades.
O CT Dr. Joaquim Grava está devidamente preparado e irá seguir rigorosamente os protocolos de segurança, como:
Vale ressaltar que ainda não há recomendações de segurança para a entrada de profissionais de imprensa, portanto, o Clube direcionará sua produção de conteúdo para fornecer material para os canais de mídia e seu torcedor.
*Por: Poder360
SÃO PAULO/SP - A jornalista Adriana Araújo deixou a bancada do “Jornal da Record” e será substituída por Christina Lemos. O afastamento da âncora ocorre após ela ter feito críticas à cobertura que a emissora tem feito sobre a covid-19.
“Hoje só tenho uma palavra a dizer pra fechar um ciclo de 14 anos: obrigada! Muito obrigada, sempre! Levo comigo memórias de momentos que marcaram a minha carreira, o respeito e a torcida que recebi de tanta gente, amigos da redação e do público. E a certeza de que ofereci o melhor que havia em mim: trabalho e verdade”, escreveu a âncora em seu perfil no Instagram.
Apesar de ter sido afastada do jornal, Adriana Araújo não deixa a emissora. Ela foi remanejada para o o “Repórter Record Investigação”, outro jornalístico da casa, que volta ao ar em julho e será apresentado às quintas-feiras.
Adriana também elogiou sua substituta. “Christina Lemos é uma jornalista de grande talento, com quem já dividi vários plantões”, escreveu. Ela também tranquilizou os seguidores e disse estar bem. “A todos que se preocupam comigo, fiquem tranquilos. Estou bem e serena. Que bons ventos me levem”, concluiu.
Record TV e covid-19
A emissora do bispo Edir Macedo endossa o discurso do presidente Jair Bolsonaro e, desde o início da pandemia, tem abordado o assunto de maneira a não causar alarmismo.
De acordo com o site Notícias da TV, um e-mail chegou a ser enviado pelo diretor de Jornalismo da casa aos jornalistas dos noticiários, com orientações para pegarem leve na cobertura. Decisão que teria desagradado a equipe de Adriana Araújo e a própria apresentadora.
*Por: CATRACA LIVRE
SÃO PAULO/SP - O deputado estadual Tenente Coimbra (PSL/SP) requereu ao secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, informações sobre os hospitais de campanha instalados em São Paulo. O requerimento foi publicado na última quinta-feira (18) no Diário Oficial.
No documento, Coimbra faz uma série de questionamentos, como quantos hospitais de campanha existem no estado, quais cidades foram comtempladas e as verbas disponibilizadas para cada equipamento.
O parlamentar também questiona quais os planos, redirecionamentos e lotação das unidades instaladas na Baixada Santista, além de perguntar sobre a quantidade de respiradores destinados aos locais.
“Como membro do Legislativo é meu dever fiscalizar como está sendo gasto o dinheiro público para prestar contas à população. Precisamos saber qual a atual situação dos hospitais para direcionar os recursos de acordo com a necessidade de cada região”, afirma
No momento, a empresa possui recursos apenas para realizar os testes em camundongos, cuja previsão é que sejam feitos no mês de julho
RIBEIRÃO PRETO/SP - A busca por uma vacina para combater o Covid-19 mobilizou diversas empresas no mundo todo a investir em estudos e testes para conseguir, no mais curto espaço de tempo, uma solução para frear a pandemia. Empresas como a Farmacore, situada em Ribeirão Preto e especializada no desenvolvimento de produtos biotecnológicos e imunobiológicos, já apresentou o projeto de vacina ao Ministério da Ciência, Tecnologia , Inovações e Comunicações (MCTIC) em parceria com a Faculdade de Medicina da USP/Ribeirão Preto e a PDS Biotechnology, buscando os recursos necessários para complementar as pesquisas, inclusive estudos clínicos em humanos.
No momento, a empresa possui recursos para realizar os testes em animais, cuja previsão é que sejam feitos no proximo mês de julho. "Para conseguirmos realizar todas as etapas antes da produção para testes em humanos, nossa estimativa é de um investimento de US$ 2 milhões", explica Célio Lopes, consultor científico da Farmacore.
A Farmacore está utilizando uma tecnologia em que um veículo “ativador” do sistema imunológico que carrega o produto e faz o corpo se defender do vírus. Este veículo é patenteado e exclusivo, desenvolvido pela PDS Biotechnology, uma empresa parceira americana que está fazendo ensaios clínicos aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de saúde nos EUA.
Essa combinação também será única e patenteada, por ser uma inovação que pode gerar um produto muito eficaz na prevenção e tratamento do Covid-19. O veículo tem como grande diferencial não ter a toxicidade normalmente observada em todos os produtos que agem no sistema imunológico.
“Além de contar com expertise científica e tecnologia de ponta, temos muita experiência no desenvolvimento de vacinas, sendo que nossa principal e mundialmente reconhecida foi para a tuberculose,”, diz Helena Faccioli, CEO da Farmacore. Vale ressaltar que a iniciativa trará grandes benefícios ao país, uma vez que fará o Brasil entrar no rol das nações em que o setor privado se encontra em grande atividade para o desenvolvimento de vacinas contra o COVID-19. Além disso, uma produção dessa vacina em escala global pode trazer muitos benefícios para a Ciência e Tecnologia do Brasil.
Sobre a Farmacore
A Farmacore foi fundada em 2005 como uma empresa Start Up na área de Biotecnologia, com foco em P&D de produtos imunobiológicos inovadores para uso no setor da saúde humana e veterinária. É uma empresa de base tecnológica que realiza pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos para os setores humano e veterinário. Desenvolve produtos biotecnológicos e imunobiológicos inovadores e agrega valor a eles em todas as fases de desenvolvimento, desde a concepção de projetos até a produção de biomoléculas.
Site: www.farmacore.com.br
Sobre a PDS Biotechnology
A PDS Biotechnology é uma empresa de desenvolvimento de produtos nas áreas de oncologia e doenças infecciosas em estágio clínico. Possui uma plataforma tecnológica para delivery de imunobiológicos, denominada Versamune® . Esse sistema já foi aprovado pelo FDA e testado com sucesso, em parceria com a MERCK and Co., e com o National Cancer Insitute (NCI) dos EUA, em ensaios clínicos de fase I e II em humanos como vacina terapêutica contra o HPV16 (PDS0101, NCT02065973) e influenza.
Site: www.pdsbiotech.com
Municípios serão atendidos pelo Laboratório de Bioquímica e Genética Aplicada (LGBA) por meio de Convênio.
AGUAÍ/SP - Mais duas cidades da região de São Carlos serão atendidas pelo Laboratório de Bioquímica e Genética Aplicada (LBGA), do Departamento de Genética e Evolução, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para a realização de testes de detecção da COVID-19. A partir desta semana, os municípios de Aguaí e Porto Ferreira vão encaminhar amostras para o Laboratório. Os exames de São Carlos e Ibaté também são feitos na Universidade.
O LBGA é credenciado ao Instituto Adolfo Lutz para fazer exames de COVID-19. Até o momento, foram realizados 700 testes, sendo 430 para São Carlos e 270 para Ibaté. As cidades de Cabreúva e Jaboticabal estão em fase de assinatura do Acordo de Colaboração e Convênio (ACC) com a UFSCar. "A UFSCar faz os exames de forma gratuita. Os municípios são responsáveis por disponibilizar as amostras e encaminhá-las à Universidade. Nesse momento, nossa capacidade é de analisar 250 exames por semana", informou Anderson Ferreira da Cunha, Professor e Coordenador do Laboratório LGBA e do projeto de extensão "Testes diagnósticos para detecção de COVID-19" (Processo 23112.007011/2020-19).
Desde o início da pandemia, a UFSCar está trabalhando em várias frentes para o enfrentamento da COVID-19. Em articulação com a Secretaria de Educação Superior, do Ministério da Educação (SESu/MEC), a Universidade recebeu R$ 1,97 mi para a realização de 5 mil exames diagnósticos da COVID-19. "Estamos trabalhando de forma colaborativa e coletiva para superarmos este momento. Colocamos a infraestrutura, o conhecimento e a qualificação de nossos docentes, técnico-administrativos e estudantes para auxiliar a sociedade neste momento tão incerto", disse a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann.
Com Aguaí, o prazo de vigência do acordo é de 1 ano, podendo ser prorrogado caso haja necessidade. "A Prefeitura de Aguaí tem se dedicado a firmar parcerias em prol da população e fica feliz com a oportunidade de celebrar este acordo com a UFSCar, Universidade reconhecida internacionalmente", disse o Prefeito de Aguaí, Alexandre Araújo.
Os resultados dos exames são encaminhados aos municípios. Nas próximas semanas, com a chegada de novos equipamentos, a capacidade do Laboratório de Bioquímica e Genética Aplicada (LBGA) da UFSCar será de realizar cerca de 1.000 exames por semana.
GenExpert foi doado ao Hospital e vai agilizar o atendimento de pacientes com suspeita do novo Coronavírus
SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) recebeu, nesta semana, um novo equipamento que se soma às ferramentas para o enfrentamento à Covid-19, o GenExpert (fabricado pela empresa Cepheid) de diagnóstico molecular. O aparelho permite o diagnóstico preciso e rápido de infecções, incluindo SARS-CoV-2 que causa a Covid-19, e algumas alterações genéticas relacionadas a tipos específicos de câncer. O aparelho foi doado ao Hospital por pessoa física, junto com 100 kits para teste do novo Coronavírus.
De acordo com Valéria Gabassa, Gerente de Atenção à Saúde do HU-UFSCar, a utilização do equipamento durante a pandemia irá possibilitar a separação dos pacientes regulados para os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em casos confirmados e negativos de Covid-19. "O resultado do exame no equipamento GenExpert sai em uma hora, assim é possível evitar que pacientes que deram entrada como suspeitos e tiverem resultado negativo para a doença compartilhem o mesmo espaço físico com aqueles que também deram entrada como suspeitos, mas tiveram resultado positivo para a Covid-19. Isso diminui a chance de contaminação e traz maior segurança para pacientes graves que precisam de leitos de UTI", afirma Gabassa.
Os exames do tipo RT-PCR feitos a partir de coleta de amostra de secreção do nariz e garganta para detectar a Covid-19 continuam sendo realizados, pelo Laboratório de Genética da UFSCar, em pacientes com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, que precisam de internação em leitos de enfermaria. Os testes pelo GenExpert, que também são tipo RT-PCR, ficam reservados apenas para os pacientes graves que precisarem de leitos de UTI, quando o diagnóstico rápido é ainda mais importante.
Lucimar Avó, Chefe do Setor de Apoio Diagnóstico Terapêutico do Hospital, adianta que, após a pandemia, o novo equipamento continuará sendo utilizado em diagnósticos rápidos. "Por conta das suas muitas funcionalidades, seu uso terá imenso valor no diagnóstico e acompanhamento de casos de tuberculose, inclusive apontando resistência medicamentosa, além da possibilidade de aplicação para detecção de outras infecções e alterações genéticas específicas de alguns tipos de câncer, como de bexiga e mama", explica.
Especificamente nos casos de tuberculose, Bárbara Martins Lima, infectologista do HU-UFSCar, aponta que a pesquisa por RT-PCR apresenta melhor sensibilidade e que o uso do GenExpert será essencial para iniciar o tratamento dos pacientes mais rapidamente. "Os exames atuais para tuberculose são feitos em outra cidade, o que dificulta a logística e atrasa o diagnóstico da doença e, consequentemente, seu tratamento", afirma.
O HU-UFSCar é o único hospital que possui esse equipamento no município e, de acordo com a Vigilância Epidemiológica do Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III), é o único exemplar entre as cidades da região.
SÃO PAULO/SP - A principal recomendação nesses tempos, além de atender somente urgência e emergência, é de sempre garantir que pacientes com sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) ou outra infecção respiratória, não fiquem esperando atendimento entre os outros pacientes.
O ideal é disponibilizar uma área separada, e um espaço bem ventilado, para que os pacientes sintomáticos em espera fiquem afastados e com fácil acesso a suprimentos de higiene respiratória e das mãos. Estes pacientes devem permanecer nessa área separada até a consulta.
Idosos ou crianças, com uma ou mais patologia, são de atendimento prioritário. Estes pacientes recebem um cuidado especial e devem ser monitorados a todo momento, são atendidos com hora marcada, e não ficam esperando o atendimento.
Considerando-se as diferenças fisiológicas, patológicas e psicológicas decorrentes do processo de envelhecimento, é imprescindível atentarmos para algumas questões durante os procedimentos odontológicos.
Estes pacientes apresentam baixa resistência ao estresse, atraso no reparo de feridas, susceptibilidade a infecção, principalmente naqueles que tomam corticoides e apresentam alterações sistêmicas (ex: diabetes), hipotensão postural naqueles que tomam anti-hipertensivos e alterações de coagulação, por exemplo.
É fundamental determinar a capacidade física e emocional do paciente. A anamnese deve ser eficiente, para que seja possível reconhecer as alterações sistêmicas e, assim, prevenir complicações e sequelas.
Algumas vezes, tal procedimento pode não revelar com exatidão a realidade, devido à deficiência de memória dos usuários, problemas auditivos, dificuldades para entender e responder algumas perguntas. Assim, o prontuário de família é um recurso de suma importância, porque contém todo o histórico de saúde daquele indivíduo.
Deve-se também avaliar qual o grau de autonomia e mobilidade que o paciente apresenta. É prudente verificar se existe alguma condição sistêmica (acuidade visual, deficiência de memória) que dificulte a tomada dos medicamentos. Nestes casos, a presença de algum familiar ou cuidador se faz necessária. É importante avaliar quais são os medicamentos em uso, e possíveis interações com os fármacos comumente utilizados em odontologia.
A maioria dos idosos tolera bem os procedimentos quando realizados pela manhã, com exceção feito aos portadores de enfermidade pulmonar crônica. O ideal é sempre optar por sessões breves e procedimentos não extensos.
Separei alguns tópicos em relação aos cuidados necessários para receber esses pacientes:
Logo que chegar ao consultório, todo paciente precisa higienizar as mãos, no lavatório/pia com dispensador automático de sabonete líquido, e papel toalha, e jogar o papel na lixeira com abertura sem contato manual.
Todos os profissionais de saúde que atuam naquele consultório também devem ter os próprios equipamentos de proteção individual (EPI), sendo que eles não podem circular pelas áreas da clínica usando o equipamento (EPI).
Em relação ao equipamento de proteção, devem ser utilizados para a higienização das mãos água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%, óculos de proteção ou protetor facial (face shield), máscara cirúrgica (N95/PFF2) que deve ser trocadas a cada duas horas, avental, luvas de procedimento e gorro.
Já em casa, é preciso também realizar alguns procedimentos como higienizar a escova de dentes com peróxido de hidrogênio a 0,5% (para obtê-lo, misture 150 ml de água destilada com 30 ml de água oxigenada), deixando-a mergulhada por dez minutos. Não deixe as escovas próximas umas das outras, guardando-as na posição vertical e com as cerdas para cima.
Evitar roer unhas, porque prejudica os dentes e pode ser a porta de entrada do vírus. Alimentos e demais utensílios não devem ser compartilhados. Lave as mãos com água e sabão antes de escovar os dentes ou de usar fio dental, e jamais use escova de outras pessoas. Mantenha uma rotina de hidratação, que é boa para o corpo e para a saúde bucal.
*Maria Carolina L. B. de Oliveira é dentista e graduada pela Universidade São Paulo. Possui uma clínica odontológica chamada L.B Sorrisos Assistência odontológica há 11 anos, todos dedicados ao atendimento ao idoso e implantação de próteses aliado a tratamento estéticos. Devido ao seu atendimento diferenciado, se tornou referência no segmento em que atua. Para mais informações, acesse: https://www.facebook.com/
*Por Maria Carolina Oliveira
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta sexta-feira (19/03) a situação epidemiológica da COVID-19 em São Carlos. São Carlos contabiliza neste momento 362 casos positivos para a doença (9 resultados positivos foram liberados hoje), com 11 mortes confirmadas. 36 óbitos já foram descartados até o momento. Um homem de 56 anos, positivo para COVID-19, residente em Descalvado, porém internado em hospital de São Carlos desde 14/06, morreu nesta sexta-feira (19/06). Como determina protocolo do Ministério da Saúde neste caso o óbito é contabilizado para o município de residência da pessoa. Outro homem de 60 anos internado desde 16/06, de São Carlos, com resultado negativo para o novo coronavírus, morreu na última quinta-feira (18/06). Dos 362 casos positivos, 308 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 53 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 33 receberam alta hospitalar, 9 estão internados e 11 positivos foram a óbito. 232 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 1.499 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus, já que 78 resultados negativos foram liberados hoje. Estão internadas neste momento 34 pessoas, sendo 24 adultos na enfermaria (7 positivos – sendo 2 de outros municípios, 9 suspeitos, 8 negativos); na UTI adulto hoje estão internadas 8 pessoas (4 positivos, 2 suspeitos e 2 negativos). Uma criança permanece internada na enfermaria com resultado negativo para a doença. Na UTI Pediátrica 1 criança também permanece internada com resultado negativo para a COVID. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 50%.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 3.592 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.025 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 567 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 1.350 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 997 tiveram resultado negativo para COVID-19, 292 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 61 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
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