ORLANDO - A Walt Disney começará uma segunda onda de demissões em massa nesta segunda-feira envolvendo milhares de posições, como parte dos esforços para eliminar 7 mil cargos e economizar 5,5 bilhões de dólares em custos, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
A empresa cortará "milhares" de empregos até quinta-feira, com a última rodada de reduções levando o número total de empregos cortados para 4 mil, disseram funcionários da Disney.
Os cortes ocorrerão nos segmentos de negócios da empresa, incluindo Disney Entertainment, ESPN e Disney Parks, Experiences and Products, segundo as fontes, mas não devem afetar os trabalhadores da linha de frente empregados nos parques e resorts da companhia.
Um memorando interno visto pela Reuters disse que os avisos de demissão continuarão nos próximos dias.
"As equipes de liderança sênior têm trabalhado diligentemente para definir nossa futura organização, e nossa maior prioridade é fazer isso direito, em vez de rapidamente", escreveram os co-presidentes da Disney Entertainment, Alan Bergman e Dana Walden, no memorando à equipe.
"Reconhecemos que foi um período de incerteza e agradecemos a todos pela compreensão e paciência", disseram.
A Disney anunciou seu plano de demissão em fevereiro, junto com uma reorganização que trouxe a tomada de decisões de volta a seus executivos criativos. O objetivo é criar uma abordagem mais simplificada para seus negócios.
Reportagem de Dawn Chmielewski / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, iniciou, nesta segunda-feira (17/04), um plantão da Casa do Trabalhador no Centro Municipal de Extensão e Atividades Recreativas (CeMEAR), localizado do Jardim Gonzaga, para a contratação imediata de 65 profissionais da área de construção civil.
Recentemente, o bairro foi contemplado com o Programa Viver Melhor, do Governo do Estado, que tem como objetivo melhorar as condições de habitabilidade, acessibilidade, salubridade e regularização fundiária para as famílias com renda de até cinco salários mínimos e que residam em domicílios considerados inadequados. O projeto prevê a reforma de 232 casas, com investimento de R$ 4 milhões – recursos da agência de fomento Casa Paulista e execução da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) –, abrangendo melhorias como colocação de piso, revestimento, instalação de esquadrias, impermeabilização, restauração de telhados, reparos de drenagem, instalações elétricas e hidráulicas, conexão com rede de água e esgoto, melhorias em acessos e áreas comuns do núcleo habitacional, entre outros.
Desta forma, em uma parceria entre a empresa vencedora da licitação e a Prefeitura de São Carlos, serão contratados 65 trabalhadores da área da construção de forma imediata. O plantão da Casa do Trabalhador acontece no local até a próxima quinta-feira (20/04), sempre das 9h às 16h30, sendo necessário o interessado levar RG, CPF, carteira de trabalho e comprovante de endereço para participar do processo. É importante lembrar que todos os currículos serão aceitos no plantão da Casa do Trabalhador, inclusive aqueles que não se destinam aos empregos na área de construção, para possíveis encaminhamentos futuros.
A secretária municipal de Trabalho, Emprego e Renda, Dani Favoretto Valenti, apresenta mais detalhes desta iniciativa. “A ideia deste feirão de emprego surgiu da necessidade e procura de uma empresa que venceu a licitação realizada pelo Governo do Estado para reformar 232 casas, em parceria com a Prohab São Carlos, e conta com vagas para ajudante de pedreiro, pedreiro, carpinteiro e pintor de obras. As vagas para ajudante de pedreiro não necessitam de experiência, enquanto, para as demais, o interessado deve ter no mínimo seis meses de experiência na função, mas em nenhuma delas exige apresentação de nível de escolaridade. Além disso, é importante esclarecer também que todos os serviços oferecidos na Casa do Trabalhador, como Passe-Emprego e Seguro-Desemprego, também estão sendo disponibilizados no ambiente, bastando a pessoa comparecer munida da documentação para concorrer a uma das vagas ou solicitar o serviço que deseja”, disse Dani.
O presidente da Prohab São Carlos, Rodson Magno do Carmo, ressalta que pretende conseguir a melhoria de ainda mais casas. “Este projeto do Governo do Estado vem para restaurar as casas e dar dignidade às pessoas. Conseguimos, com o deputado federal Fernando Marangoni, a melhoria de 232 casas em São Carlos e pretendemos obter melhorias em mais 600 residências, contemplando assim todo o Jardim Gonzaga. Atualmente, a empresa vencedora da licitação precisa da mão-de-obra para as obras que devem começar em pouco mais de uma semana, então o trabalhador aprovado pela empresa deve fazer os exames médicos e iniciar o trabalho já nos próximos dias”, comenta Rodson.
ALEMANHA - Em 2022, mais de 630 mil vagas não puderam ser preenchidas por falta de profissionais capacitados. Em áreas como saúde e educação, até 60% dos postos ficaram abertos. Autoridades destacam necessidade de mais imigrantes.
A escassez de mão de obra qualificada na Alemanha atingiu nível recorde em 2022, apesar de uma economia relativamente mais fraca, revelou um novo estudo do Instituto Econômico Alemão (IW, na sigla em alemão) divulgado no domingo (16/04).
Mais de 630 mil vagas para trabalhadores qualificados não puderam ser preenchidas no ano passado por falta de candidatos devidamente capacitados para o posto em todo o país. Segundo o estudo, é o número mais alto desde o início dos registros, em 2010.
Os setores de saúde, serviços sociais e educação estão entre os mais afetados, ao lado de construção, arquitetura, topografia e tecnologia de construção, nos quais seis em cada dez vagas abertas não foram preenchidas.
Também houve uma escassez de trabalhadores qualificados maior do que a média nos campos das ciências naturais, geografia e tecnologia da informação (TI).
O estudo do IW mostrou ainda que a escassez de mão de obra nas áreas de comércio, vendas, hotelaria e turismo quase triplicou em 2022, com três em cada dez vagas abertas sem preencher. Nesse caso, o aumento foi atribuído à alta de contratações após uma queda desencadeada pela pandemia de covid-19.
Geralmente, quanto maior o nível de qualificação exigido para uma vaga ou setor, mais difícil é preencher esses postos.
Especialistas com diplomas universitários nas áreas de TI, engenharia elétrica, planejamento e supervisão de construção foram particularmente procurados: registrou-se escassez de profissionais devidamente qualificados para nove em cada dez vagas abertas nessas áreas.
"Precisamos da imigração"
Por mais que 2022 tenha batido o recorde, a escassez de mão de obra adequada para as vagas abertas se reflete há muito tempo no mercado de trabalho alemão, e é amplamente reconhecido que atrair mais imigrantes se faz necessário para suprir esse déficit de profissionais.
"Precisamos da imigração", afirmou Andrea Nahles, chefe da Agência Federal para Emprego (BA, na sigla em alemão), acrescentando que, caso contrário, as vagas continuarão abertas.
Em março deste ano, cerca de 45,6 milhões de pessoas estavam empregadas em toda a Alemanha – também o número mais alto que se tem registro. Apesar da recessão econômica, inflação e incertezas políticas, trabalhadores qualificados foram abocanhados por empregadores do setor de comércio, indústria e serviços.
por dw.com
CHILE - Medida será implementada ao longo dos próximos cinco anos. É o terceiro país da América Latina a adotar tal jornada – na Argentina e no México, são 48 horas semanais, e no Brasil, 44 horas. O Congresso do Chile aprovou na terça-feira (11/04) uma lei que reduz a jornada de trabalho semanal de 45 para 40 horas, a ser implementada gradualmente ao longo dos próximos cinco anos.
O Chile será, ao lado de Equador e Venezuela, o terceiro país latino-americano com uma semana de trabalho de 40 horas, em comparação com 48 horas na Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No Brasil, a jornada de trabalho é de 44 horas por semana.
"Para as pessoas que estão em casa (…) que muitas vezes têm que deixar seus filhos dormindo porque têm que sair muito cedo, este é um projeto que contribuirá enormemente para nossa qualidade de vida", disse a ministra do Trabalho, Jeannette Jara.
O projeto, que já havia sido votado pelo Senado, foi aprovado pela Câmara dos Deputados com 127 votos a favor, 14 contrários e três abstenções.
A iniciativa foi promovida por deputados do Partido Comunista, incluindo Camila Vallejo, atual porta-voz do governo, e aprovada graças a um acordo entre o governo e a oposição.
A nova lei, que deve ser promulgada pelo presidente Gabriel Boric, será implementada gradualmente. Dentro de um ano, a jornada de trabalho será de 44 horas, diminuindo para 42 horas no terceiro ano de implementação e para 40 horas após cinco anos.
"É bom para muitas famílias. Acabei de entrar na casa dos 60 anos. Vou chegar cedo em casa para curtir os netos", disse Julio Arancibia, um jardineiro.
Segundo a lei, os empregadores não poderão cortar os salários dos trabalhadores e ambas as partes poderão negociar uma semana de trabalho de quatro dias com três dias de folga.
No entanto, o benefício não chegará ao trabalho informal, que no Chile alcança 27,3% da população economicamente ativa. "Não somos muito afetados [pela nova lei]. Trabalhamos as mesmas horas que temos [atualmente]. Sei que não vai nos beneficiar", lamentou Patricia Paillacan, uma garçonete de 41 anos.
A América Latina é uma das regiões onde as pessoas trabalham mais horas por ano e têm um dos maiores índices de informalidade no mercado de trabalho, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
bl (AFP, EFE)
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, em parceria com o Governo do Estado, abre 170 vagas para curso de qualificação profissional, sendo, 80 vagas para cursos presenciais e 90 para cursos online, os cursos são totalmente gratuitos, oferecido através do Programa Via Rápida.
“Os cursos fazem parte de um trabalho conjunto entre Prefeitura e Governo do Estado para capacitar o público que nos procura, para que tenha mais oportunidades no mercado de trabalho”, explicou o secretário adjunto da SMTER, Luís Antônio Marcon Garmendia.
As vagas já estão disponíveis para inscrições que podem ser realizadas somente através do site www.cursosviarapida.sp.gov.bra até 29/03/2023. São quatro opções de cursos presenciais e três de atividades online. “As pessoas que tiverem dificuldade durante a inscrição, podem nos procurar, na Casa do Trabalhador, na avenida São Carlos, nº 1.839. Nossa equipe está pronta para auxilio durante o cadastro”, enfatizou o secretário adjunto.
Podem se inscrever pessoas alfabetizadas que tenham idade mínima de 16 anos. Caso o número de inscritos seja superior ao número de vagas, serão priorizadas as pessoas desempregadas, com baixa renda e com deficiência. A convocação dos candidatos selecionados ocorrerá por e-mail. As aulas têm previsão para início no dia 11 de abril. Para receber o certificado, o aluno deve ter ao menos 75% de presença nas aulas.
Confira os cursos oferecidos pelo programa via rápida:
- Assistente Administrativo (presencial) – 20 vagas – carga horária de 60 horas, sendo 12 dias, de segunda a sexta-feira das 8h às 12h – Local – Praça Coronel Salles, s/n – Centro – Auditório do Museu Prof. Mário Tolentino;
- Recepção e Atendimento (presencial) – 20 vagas – carga horária de 60 horas, sendo 12 dias, de segunda a sexta-feira das 13h às 17h - Local – Praça Coronel Salles, s/n – Centro – Auditório do Museu Prof. Mário Tolentino;
- Inglês para Recepção (presencial) – 20 vagas – carga horária de 60 horas, sendo 12 dias, de segunda a sexta-feira das 13h às 17h – Local – Av. São Carlos, 1800 – Auditório Wilson Wady Cury;
- Operador de Caixa (presencial) – 20 vagas – carga horária de 60 horas, sendo 12 dias, de segunda a sexta-feira das 08h às 12h - Local – Av. São Carlos, 1800 – Auditório Wilson Wady Cury.
- Montagem e Manutenção de Computadores (online) – 30 vagas – carga horária de 100 horas, sendo 20 dias, de segunda a sexta-feira das 18h às 22h;
- Operador de Telemarketing (online) - 30 vagas – carga horária de 60 horas, sendo 12 dias, de segunda a sexta-feira das 13h às 17h;
- Porteiro e Controlador de Acesso (online) - 30 vagas – carga horária de 60 horas, sendo 12 dias, de segunda a sexta-feira das 08h às 12h.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda (SMTER), abre nesta quarta-feira (08/03) as inscrições para o Programa “Meu Emprego – Trabalho em Equipe”. O programa tem como objetivo orientar e preparar o trabalhador na busca de um emprego compatível com seus interesses, habilidades e qualificação profissional.
Serão disponibilizadas 30 vagas. “Nesse programa em comemoração ao mês das mulheres estaremos aceitando somente inscrições do público feminino”, explica a secretária Dani Favoretto Valenti. Durante os encontros, as participantes recebem orientações sobre elaboração de currículo, preparação para entrevistas de emprego.
“A formação que oferecemos incentiva as participantes a conhecer a si mesmas, suas habilidades e competências e a estabelecer metas de trabalho e de vida para que tenham sucesso na busca por uma colocação no mercado de trabalho”, destacou Dani Favoretto Valenti.
Os encontros serão realizados no “Auditório Wilson Wady Cury”, localizado na avenida São Carlos, Nº 1.800, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, com início no dia 13 de março, seguindo até 28 de março.
As inscrições podem ser feitas na Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, localizada na avenida São Carlos, nº 1.839, no Centro, até o dia 10 de março de 2023. O horário de atendimento é das 8h30 às 16h30, de quarta a sexta-feira. Os interessados devem apresentar RG, CPF e Comprovante de Residência, Carteira de Trabalho e Título de Eleitor e precisa ser maior de 16 anos.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3374-1750.
BRASÍLIA/DF - O governo federal deve apresentar uma proposta de regulamentação do trabalho por aplicativo até o fim deste semestre. A informação foi divulgada na quarta-feira (1) pelo ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho. Segundo ele, a pasta tem ouvido representantes dos próprios trabalhadores e das plataformas, especialistas e estudado a legislação de outros países para chegar a um consenso sobre uma proposta que assegure direitos à categoria.
"[Estamos] ouvindo e experimentando várias experiências espalhadas mundo afora", afirmou o ministro durante discurso em evento com entidades sindicais internacionais, no Palácio do Planalto.
O encontro contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, além de dirigentes de confederações sindicais que atuam em praticamente todos os países das Américas. Ao fim do evento, Marinho falou com jornalistas e comentou sobre o andamento do grupo de trabalho que vai propor a nova regulamentação dos aplicativos.
"Do jeito que está hoje não dá para ficar. Estamos numa fase de escuta, por enquanto, tentando encontrar pontos de convergência. A ideia é ter uma proposta até o fim do semestre", apontou.
O ministro evitou entrar em detalhes, mas explicou que a ideia é construir um modelo de contrato que não crie um vínculo empregatício como o previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
"Há trabalhadores que atuam para dois ou três aplicativos diferentes e não querem vínculo. Então, vamos encontrar uma solução que assegure direitos", observou.
Caso possam contribuir para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com eventual contrapartida das empresas, por exemplo, os trabalhadores de aplicativo podem ter direito à aposentadoria, pensão por morte, auxílio invalidez, entre outros benefícios previdenciários.
Ainda não há definição do formato que será regulamentada a proposta. O governo ainda avalia se editará uma Medida Provisória (MP) ou apresentará um projeto de lei. Nos dois casos, a iniciativa precisa passar pelo Congresso Nacional, com a diferença de que uma MP tem tramitação mais rápida e validade imediata por até 180 dias até ser aprovada.
Em seu discurso aos dirigentes sindicais internacionais, Lula criticou os atuais níveis de exploração do trabalho e o alto grau de informalização do emprego no país.
"O trabalho informal ganha dimensão maior do que o trabalho formal e as empresas de aplicativos exploraram os trabalhadores como em jamais outro momento da história os trabalhadores foram explorados. E cabe outra vez aos dirigentes sindicais encontrarem uma saída que permita à classe trabalhadora encontrar o seu espaço, não apenas na relação com seus empregadores, mas na conquista da seguridade social, que os trabalhadores estão perdendo no mundo todo", afirmou.
Pelo Twitter, o presidente disse que é preciso "repensar as relações no mundo do trabalho e recuperar direitos e dignidade para trabalhadores".
Uma alegria receber hoje o amigo Pepe Mujica e entidades sindicais internacionais para debatermos desafios do movimento sindical e de trabalhadores. Precisamos repensar as relações no mundo do trabalho e recuperar direitos e dignidade para trabalhadores.
— Lula (@LulaOficial) March 1, 2023
?: @ricardostuckert pic.twitter.com/qqCGctr1Hv
As declarações de Lula ocorreram no mesmo dia em que o Ifood, que é a maior plataforma de delivery do país, anunciou a demissão de 355 empregados, que representam pouco mais de 6% da força de trabalho da empresa no Brasil. Neste caso, os demitidos não são entregadores, já que esses não têm contrato de trabalho com a empresa.
Em nota, o Ifood informou que tomou "a difícil decisão" de desligar funcionários e atribuiu a demissão em massa ao cenário econômico internacional.
"O atual cenário econômico mundial tem exigido das empresas ações imediatas na busca por novas rotas para enfrentar essas adversidades. Não foi diferente com o iFood. Lamentamos cada perda e estamos comprometidos em garantir que esse momento difícil seja conduzido com o máximo de cuidado e respeito a essas pessoas", disse a empresa.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - O ano de 2023 marca o retorno “oficial” das festividades de carnaval em muitos estados brasileiros, após anos de restrições e cuidados necessários para conter a pandemia da COVID-19. Apenas na cidade de São Paulo, a expectativa é de que 14 milhões de foliões tomem as ruas, segundo a prefeitura do município. Diante deste cenário, algumas dúvidas surgem sobre a liberação de trabalhadores durante o período.
Segundo Elizabeth Lula, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, por não se tratar de um feriado nacional, as empresas não são obrigadas a dispensar os colaboradores durante os dias de carnaval: “Se a empresa optar pelo funcionamento normal durante estes dias, o pagamento pelo trabalho deve ser efetuado sem qualquer adicional, ou seja, deve corresponder ao de qualquer outro dia regular de trabalho”, explica.
Caso a empresa decida liberar os funcionários do trabalho nos dias do carnaval, ela pode exigir que haja uma compensação pela ausência de trabalho, mas não existe obrigatoriedade nesta questão, ficando a critério único e exclusivo do empregador.
A compensação pelos dias pode ser feita por meio de banco de horas, desde que tenha sido implantado na empresa ou compensação futura, dependendo de cada caso específico. Porém, para que isso se firme, segundo a legislação vigente, deve existir ao menos um acordo escrito entre empregado e empregador.
“Como regra geral, a liberação dos funcionários depende exclusivamente das empresas. A lei possibilita que os acordos coletivos firmados entre os empregadores e empregados estabeleçam o carnaval como feriado, prevalecendo o convencionado sobre o legislado, entretanto, esse acordo coletivo somente terá validade para a categoria profissional a qual ele se aplique", destaca a advogada.
O município também pode promover um decreto para oficializar os dias de carnaval como um feriado e, neste cenário, a empresa deve permitir que seus empregados aproveitem a folga durante esses dias. Contudo, sendo imprescindível a atuação profissional durante tais dias, devido às atividades serem de cunho essencial, a não liberação dos empregados está sujeita ao pagamento de horas extras.
Sobre a Dra. Elizabeth Lula
Bacharela em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em 1991 e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 120.773
A Americanas, uma das maiores varejistas do país, que entrou em recuperação judicial no último dia 19, começou nesta terça-feira (31) os cortes de pessoal.
A reportagem apurou que as demissões começaram no Rio de Janeiro, sede da companhia, que foi fundada em 1927 por imigrantes americanos. A próxima etapa deve ser São Paulo, onde está concentrado o maior número de lojas e CDs (centros de distribuição) da varejista.
Os cortes, neste primeiro momento, devem envolver funcionários indiretos, mas também serão estendidos ao pessoal contratado em regime CLT.
Em outras praças, onde existem menos pontos de venda, como em Porto Alegre, por exemplo, as demissões já atingem funcionários com menos de um ano de casa.
Procurada, a Americanas negou, por meio da sua assessoria de imprensa, que haja demissões. Disse que "apenas interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados".
VAREJISTA NÃO INCLUIU FUNCIONÁRIOS NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Uma dificuldade adicional para os cortes é que, na pressa em apresentar a sua recuperação judicial, para não ter recebíveis bloqueados por bancos credores, a Americanas não incluiu os funcionários no processo. Ou seja, o valor devido aos trabalhadores dispensados não poderá entrar no processo de recuperação judicial e deverá ser pago normalmente pela empresa.
A varejista soma cerca de R$ 43 bilhões em dívidas com credores. São cerca de 45 mil funcionários diretos e aproximadamente 60 mil indiretos.
O Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro afirmou que, até o início da tarde, não havia recebido informações sobre demissões na Americanas.
Ao lado de centrais sindicais, a entidade anunciou a realização de um ato em defesa dos trabalhadores da rede. A manifestação está prevista para sexta-feira (3), na Cinelândia, no centro do Rio.
Na segunda-feira (30), representantes de sindicatos comerciários de várias regiões do país se reuniram com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para debater os efeitos da recuperação judicial da Americanas sobre os trabalhadores do setor.
"Nós já temos conhecimento que as demissões começaram, mas a empresa não se comunica e deixa os funcionários aflitos, em estado de apreensão", disse Nilton Neco Souza da Silva, representante dos comerciários da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre.
DEMISSÕES VÊM DA NECESSIDADE DE FECHAR LOJAS
A reportagem apurou que os cortes devem ocorrer, principalmente, devido à necessidade de fechamento de lojas. Os números são incertos, mas existe a expectativa que ao menos 30% dos pontos de venda fechem as portas, a fim de reduzir os custos fixos com aluguel e pessoal.
O último balanço da varejista, referente ao terceiro trimestre de 2022, indicava uma rede com 3.601 pontos de venda, incluindo as franquias do Grupo Unico (Imaginarium, Puket, MinD e LoveBrands) e da Local (que, junto com as lojas BR Mania, integravam a joint venture Vem Conveniência, desfeita pelo grupo Vibra no último dia 23). Esses pontos, porém, não estão envolvidos na recuperação judicial.
Mas a rede de hortifrutis Natural da Terra (79 lojas), comprada pela Americanas em novembro de 2021, está no processo de recuperação judicial. Além delas, as lojas que podem ser fechadas pertencem ao formato tradicional Americanas (1.017 pontos) e ao modelo Americanas Express (783 pontos). Juntos, os dois formatos somam quase 1,3 milhão de metros quadrados.
A Americanas também começou a convocar executivos em cargo de gerência e diretoria para o trabalho presencial (eles trabalhavam remotamente desde o início da pandemia). A empresa conta com a impopularidade dessa medida para fazer com que os executivos peçam demissão o que iria onerar menos a companhia, uma vez que são cargos de mais alto salário.
Permaneceriam no home office apenas os trabalhadores da área administrativa na função de analistas.
ÍNTEGRA DA NOTA DA AMERICANAS:
A Americanas informa que não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários. A companhia apenas interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados. A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de Recuperação Judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado.
Colaborou Leonardo Vieceli, do Rio
por DANIELE MADUREIRA / FOLHA de S.PAULO
HOLANDA - A empresa holandesa Philips, fabricante de aparelhos médicos, anunciou nesta segunda-feira (30) um corte de 6.000 postos de trabalho em todo o mundo, após as 4.000 demissões anunciadas em outubro do ano passado.
O anúncio foi motivado por novas perdas causadas por um grande recall de respiradores com defeito de fabricação.
A "difícil, mas necessária redução da força de trabalho", acontecerá até 2025, anunciou em um comunicado o CEO da empresa, Roy Jakobs.
"O ano de 2022 foi muito difícil para a Philips e nossos acionistas. Estamos tomando medidas firmes para melhorar nossa eficácia e a aumentar o rendimento com urgência", declarou Jakobs.
A empresa com sede em Amsterdã anunciou perdas líquidas de 105 milhões de euros (114 milhões de dólares) no quarto trimestre de 2022 e de € 1,605 bilhão no conjunto do ano passado, em grande parte devido ao recall dos respiradores.
Em 2021, a Philips anunciou um recall em todo o mundo dos aparelhos para tratar pessoas que sofrem de apneia do sono e agora enfrenta uma série de ações judiciais nos Estados Unidos.
Philips tomou a decisão drástica porque os pacientes corriam o risco de sofrer "possíveis efeitos tóxicos e cancerígenos" caso inalassem ou tragassem pedaços da espuma absorvente de som degradada dos dispositivos.
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