EUA - Uma menina de 12 anos do Tennessee, nos Estados Unidos, foi acusada de homicídio, por ter sufocado a sua prima de 8 anos enquanto esta dormia. Um familiar revelou que as duas tinham discutido por causa de um iPhone.
De acordo com o procurador do condado de Gibson, uma câmera de segurança gravou o crime, no interior do quarto que compartilhavam, a 15 de julho, em Humboldt, Tennessee.
A gravação mostra a criança mais velha usando a roupa de cama para sufocar a prima enquanto ela dormia no beliche de cima, afirmou o procurador Frederick Agee. Depois da morte da criança, "a menor limpou a vítima e reposicionou o seu corpo", acrescentou.
Um familiar disse à WREG-TV, em Memphis, que as meninas haviam discutido por causa de um iPhone, depois de terem vindo de fora da cidade para ficar com a avó.
A adolescente foi acusada de homicídio em primeiro grau e de adulteração de provas depois de as autoridades terem obtido o vídeo na quarta-feira.
"Considero que este é um dos atos violentos mais perturbadores cometidos por um adulto ou por um jovem que o meu gabinete já processou", salientou Agee.
Agee esclareceu que vai pedir a um juiz que processasse a menina, que faz 13 anos no final deste mês, no tribunal de adultos, o que permitiria "uma sentença mais longa, quer seja através de encarceramento ou supervisão com condições ordenadas pelo tribunal".
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não tem a intenção de renunciar ao cargo e espera concluir o mandato e "entregar mais resultados históricos ao povo americano". A informação foi divulgada por Andrew Bates, porta-voz da Casa Branca.
Logo após Biden anunciar a desistência de sua candidatura à reeleição, adversários pediram que ele renuncie ao cargo.
O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, por exemplo, afirmou que o democrata não está apto para atuar como presidente.
"Ele deve renunciar ao cargo imediatamente", disse em uma publicação no X (ex-Twitter).
O governador do Texas, o republicano Greg Abbott, disse que "se Biden não está apto para concorrer à presidência, ele não está apto para dirigir a presidência".
Assessores e aliados do presidente descartam a possibilidade e afirmam que ele é capaz e está determinado a cumprir os últimos meses de seu governo.
"O presidente Biden herdou uma economia em queda livre, uma taxa de crimes violentos em alta e alianças em frangalhos de seu antecessor. Ele reverteu essa situação para entregar o maior crescimento econômico do mundo e a menor taxa de crimes violentos em quase 50 anos, enquanto tornava a Otan maior do que nunca," disse o porta-voz Andrew Bates. "Ele continuará lutando para proteger as liberdades dos americanos contra proibições radicais ao aborto e ataques ao estado de direito."
POR FOLHAPRESS
EUA - O cientista político e sócio da Tendências Consultoria Rafael Cortez disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a desistência de Joe Biden da corrida presidencial nos Estados Unidos deve mexer com os mercados e premiar a incerteza. Biden anunciou mais cedo neste domingo (21) que não concorrerá mais à reeleição, e que apoia o nome de sua vice, Kamala Harris, para ser a candidata democrata na disputa.
"Deve mexer sim com os mercados, ainda que de forma mais marcada pela incerteza, premiando a incerteza, do que propriamente com uma percepção concreta do que vai acontecer", disse Cortez. Segundo ele, os operadores trabalhavam com uma probabilidade muito forte de eleição do republicano Donald Trump. Agora, a disputa ficaria mais equilibrada.
"Tem efeitos ainda razoavelmente controlados até ter um sinal mais concreto de quem vai ser a alternativa, de ter os primeiros sinais desse novo postulante. Tudo indica que pode ser a Harris", declarou o cientista político. De acordo com ele, o mercado aguarda os desdobramentos da substituição para analisar o discurso sobre temas econômicos de quem assumir a candidatura.
Cortez afirmou que deve haver uma euforia dos democratas no primeiro momento, e que a força da nova candidatura dependeria da capacidade de o novo nome escolhido unificar o partido em torno de si.
O analista também afirmou que Biden e Trump têm níveis de rejeição próximos. Se o candidato democrata for outro, o partido poderá ter mais facilidade para jogar com a rejeição de Trump. "A mudança Biden-Harris, ou Biden-outro nome, permite ao partido ter a oportunidade de explorar uma campanha com variação de rejeição, anulando esse efeito da avaliação negativa de governo", declarou Rafael Cortez.
POR ESTADAO CONTEUDO
EUA - Os ministros do Comércio dos países do G7 disseram nesta quarta-feira que usarão suas "ferramentas comerciais", se necessário, para combater práticas que distorcem o mercado, em uma declaração com uma linguagem mais dura do que a de um comunicado anterior.
Os ministros se reuniram no sul da Itália depois que a União Europeia impôs tarifas neste mês sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China para tentar proteger a indústria automobilística do bloco de veículos que, segundo a UE, são altamente subsidiados.
"Continuaremos combatendo políticas e práticas que não são de mercado, bem como o prejudicial excesso de capacidade que não é de mercado e outras distorções resultantes delas", disse a declaração de seis páginas do G7, que não fez nenhuma menção específica à China.
"Para isso, continuamos comprometidos com o uso eficaz de nossas ferramentas comerciais e, conforme apropriado, com o desenvolvimento de novas ferramentas para identificar, desafiar e combater essas práticas, além de promover regras e normas internacionais mais fortes, junto de nossos parceiros", acrescentou.
A declaração desta quarta-feira adotou uma linha mais dura do que o comunicado final publicado no ano passado após uma reunião ministerial do G7 no Japão, que se concentrou em desencorajar o protecionismo e a distorção do mercado mais do que em implantar ferramentas comerciais.
Além das tarifas, as ferramentas para coibir as práticas injustas podem incluir regras mais rígidas para examinar os investimentos estrangeiros, como as propostas pela UE neste ano.
Os ministros, que se reuniram na região da Calábria, no sul da Itália, também disseram que "a resiliência econômica exige a redução de riscos por meio da diversificação e da redução de dependências críticas", em uma aparente referência ao domínio da China em cadeias de suprimentos importantes.
"Reconhecemos que as políticas e práticas que não são de mercado não apenas prejudicam a ordem econômica internacional livre e justa baseada em regras, mas também podem exacerbar dependências e vulnerabilidades estratégicas e prejudicar o desenvolvimento sustentável dos países emergentes e em desenvolvimento", disse a declaração.
O G7 é formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, sendo que a União Europeia também está convidada a participar.
Por Angelo Amante / REUTERS
EUA - O diretor do Federal Reserve Christopher Waller disse nesta quarta-feira que "estamos nos aproximando" do momento para um corte na taxa de juros do banco central dos Estados Unidos, mas a incerteza sobre a trajetória da economia norte-americana não deixa claro quando poderá ocorrer.
"Acredito que os dados atuais sejam consistentes com a realização de um 'pouso suave', e procurarei dados nos próximos meses que reforcem essa visão", disse Waller no texto de um discurso a ser proferido antes de um evento no Fed de Kansas City.
"Embora eu não acredite que tenhamos chegado ao nosso destino final, acredito que estamos nos aproximando do momento em que um corte na taxa de juros é justificado", disse ele.
Waller observou que o crescimento econômico está avançando em um "ritmo mais moderado", com o mercado de trabalho muito mais equilibrado, em meio a uma moderação da inflação.
Mas ele disse que a incerteza sobre o desempenho da economia nos próximos meses torna difícil saber quando o Fed poderá reduzir sua taxa básica de juros da atual faixa de 5,25% a 5,50%.
Waller disse que há três cenários de probabilidade variável que o banco central pode enfrentar nos próximos meses.
O cenário mais "otimista", com uma "probabilidade significativa, mas não alta", prevê a continuidade de quedas constantes nas pressões inflacionárias e, nesse caminho, "eu poderia imaginar um corte nos juros em um futuro não muito distante", disse ele.
Porém, em um cenário mais provável, Waller disse que as quedas na inflação seriam mais irregulares, o que colocaria em dúvida se o Fed estaria voltando de forma sustentável para sua meta de 2%.
"Nesse caso, um corte na taxa de juros em um futuro próximo é mais incerto", disse ele. A perspectiva menos provável, porém possível, seria o ressurgimento da inflação, que ele não vinculou a uma trajetória de política monetária.
O Fed realizará sua próxima reunião de política monetária em 30 e 31 de julho, tendo como pano de fundo a diminuição das pressões sobre os preços nos últimos meses, o que fomentou as expectativas do mercado de que o banco central pode cortar os juros em breve.
Os mercados esperam, em sua maioria, que o afrouxamento comece na reunião de 17 e 18 de setembro.
Por Michael S. Derby / REUTERS
EUA - Dois dias após o atentado contra Donald Trump durante um comício na Pensilvânia, a chance de vitória do republicano na corrida à Casa Branca cresceu para 66% em casas de apostas dos Estados Unidos.
Em comparação, a chance de que o presidente Joe Biden conquiste a reeleição é de apenas 18,3%, de ainda acordo com as casas de apostas. A média foi calculada pelo site RealClearPolitics.
Participantes da convenção nacional do Partido Republicano levantam cartazes com os nomes do ex-presidente Donald Trump e de seu candidato a vice, J.D. Em seguida, a vice-presidente Kamala Harris tem 7% de chance vitória, enquanto nomes como o ex-presidente Barack Obama, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. marcam 2% ou menos. O levantamento considera sites de apostas como BetOnline, Betfair, e Bovada, entre outros.
O site indica que a probabilidade calculada por apostadores de uma vitória de Trump saltou dez pontos percentuais depois do atentado contra ele no último sábado (13), refletindo a percepção de que o ocorrido fortalece as chances do republicano.
Imediatamente após ser atingido de raspão, Trump, com o rosto ensanguentado, ergueu o punho em um gesto de desafio, gerando uma imagem política que correu o mundo e foi retratada, por exemplo, na capa da revista Time.
Biden condenou o atentado e pediu união, enquanto alguns membros do Partido Republicano culparam os democratas por uma retórica agressiva contra Trump que supostamente inflamou tensões.
De acordo com analistas ouvidos pela Bloomberg, as chances de uma vitória de Trump só não subiram mais nas casas de apostas porque, por enquanto, as pesquisas de intenção de voto não registraram grande mudança no humor do eleitorado americano –de acordo com o site FiveThirtyEight, Trump continua ligeiramente à frente de Biden em uma média de pesquisas que contemplam o país inteiro: 42% a 40%.
Após o debate presidencial entre os candidatos, durante o qual o desempenho desastroso de Biden deu início à pressão interna do Partido Democrata para que ele desista da reeleição, as chances do presidente nas casas de apostas despencaram quase 15 pontos percentuais.
Antes da entrevista coletiva da última quinta (11), na qual o presidente buscou se fortalecer e resistir à pressão para que abandonasse a corrida, a média apontava que Kamala tinha mais probabilidade de vencer a eleição do que Biden –a vice-presidente chegou a marcar 20%, mas caiu depois que o atual ocupante da Casa Branca insistiu que permaneceria como candidato.
POR FOLHAPRESS
EUA - O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, escolheu o senador de Ohio, J.D., como candidato a vice-presidente, conforme anunciou na rede social Truth Social, na segunda-feira (15).
"Após um longo processo de deliberação e pensamento, e considerando os enormes talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais bem preparada para assumir a posição de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador JD Vance do grande estado do Ohio", publicou Trump.
Segundo o ex-presidente dos EUA "JD serviu honrosamente o país nos fuzileiros, formou-se na Universidade Estadual do Ohio em dois anos, e formou-se na Faculdade de Direito de Yale".
Trump lembra ainda a "carreira empresarial de sucesso" do senador e promete que Vance vai trabalhar em prol dos "trabalhadores e agricultores" norte-americanos.
"Como vice-presidente, J.D. continuará lutando pela nossa Constituição, apoiando as nossas tropas e fará tudo o que estiver ao seu alcance para me ajudar a tornar a América grande de novo ('Make America Great Again'). Parabéns ao Senador J.D. Vance", finalizou.
Vale lembrar que a Convenção Nacional do Partido Republicano ocorre entre esta segunda-feira e quinta-feira, no estado de Milwaukee, nos Estados Unidos, e fica fortemente marcado pelo incidente que, no sábado, acabou com Donald Trump ferido na orelha e com a morte de duas pessoas - o atirador, de 20 anos, e um eleitor que morreu alvejado quando protegia a família.
Apesar do ataque, a campanha do ex-presidente e membros do Comité Nacional Republicano disseram em um comunicado conjunto que Trump manterá a participação na Convenção em Milwaukee, no estado norte-americano do Wisconsin.
EUA - Pesquisadores de Harvard fizeram uma parceria com o Google para criar a maior base de dados da estrutura do cérebro humano na resolução utilizada. Eles conseguiram mapear cada célula e sinapse de uma pequena amostra de cérebro. Com as novas imagens, a equipe identificou fenômenos que ainda não têm explicação.
Eles utilizaram um 1 milímetro cúbico de volume de um córtex saudável retirado durante uma cirurgia em uma mulher com epilepsia. O procedimento servia para que os cirurgiões alcançassem a parte do cérebro que precisava ser operada. De forma mais específica, a amostra de córtex veio do lobo temporal anterior e tem seis camadas de células.
Para transformar a amostra em imagem, os pesquisadores utilizaram um microscópio eletrônico, técnica utilizada para investigar de forma detalhada estruturas biológicas e inorgânicas. Os dados capturados pelo telescópio foram, então, reconstruídos pelo computador.
Apesar da amostra utilizada ser pequena, as imagens exibiram 57 mil células e 150 milhões de sinapses – pontos de conexão onde o sinal atravessa de um neurônio para o outro. Isso resultou em um total de 1,4 milhão de gigabytes de dados. A partir disso, surgiu a necessidade da parceria com o Google, que disponibilizou uma inteligência artificial de processamento de imagens.
Por conta da vasta quantidade de dados, os pesquisadores ainda não conseguiram analisar todas as informações disponíveis. Para tornar o esforço conjunto ainda maior, eles compartilharam os dados online e disponibilizaram ferramentas de análise.
Entre os achados que surpreenderam os cientistas, estão as fortes conexões entre os pares de neurônios. Em alguns casos, havia dezenas de sinapses conectando as mesmas duas células. Conexões tão fortes não foram encontradas nos cérebros de ratos. Outro ponto intrigante foi a existência de células que tendem a ficar em uma imagem simétrica a outra, como um espelho.
Eles também identificaram a ocorrências de axônios espiralados. Essa estrutura faz parte do neurônio e é responsável por carregar o sinal para fora da célula. Havia poucos axônios em espiral e, em alguns casos, eles ficavam na superfície de uma outra célula. Mas a função e o porquê dos axônios espiralados ainda são desconhecidos.
As imagens obtidas pela equipe mostram como os neurônios estão conectados de forma intensa. Apenas um neurônio tem mais de 5 mil axônios de outras células chegando a ele e levando os sinais, o que resulta em inúmeras sinapses.
Leia o estudo completo na revista Science.
Ramana Rech / ESTADÃO
EUA - Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos Joe Biden e Donald Trump se enfrentam nesta quinta (27) no primeiro e provável único debate da campanha eleitoral deste ano, um evento que pode ser decisivo em uma campanha acirrada.
Em um debate tenso, Trump pressionou Biden de maneira enérgica em temas chave para o eleitorado americano, como imigração, guerras nas quais os EUA se envolveram nos últimos anos, a gestão da pandemia, e aborto.
O confronto começou com uma pergunta direcionada a Biden sobre inflação, que o presidente respondeu dizendo que os dados econômicos melhoraram sob sua gestão, mas completou admitindo que "há mais que pode ser feito".
Nas suas primeiras falas, Trump defendeu sua gestão da pandemia e frisou que, sob seu comando, o país "não estava em guerra", uma referência aos conflitos na Ucrânia e entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Sobre aborto, Donald Trump defendeu que os estados tenham autonomia para decidir a regulamentação do aborto, e disse que defende exceções para estupro, incesto e risco de vida da mãe.
O tema é espinhoso, dado que conservadores defendem uma proibição nacional. A resposta do empresário desmonta uma das principais acusações de democratas, de que se eleito, o republicano revogaria o direito ao procedimento em todo o país.
Joe Biden prometeu que, se reeleito, vai restaurar o direito constitucional ao aborto. No entanto, uma medida do tipo depende de aprovação do Congresso, não apenas da Casa Branca.
Durante o debate, o presidente Joe Biden concretizou um terror democrata: se embananou para dar uma resposta, parecendo não conseguir lembrar que palavra queria usar. A falha reforça a visão do eleitorado de que ele está velho demais para ser presidente, e Trump aproveitou a deixa, dizendo que "nem ele sabe o que ele quis dizer agora pouco".
Donald Trump repetiu acusações contra imigrantes, de que pessoas que entraram ilegalmente no país estariam estuprando e matando mulheres. Casos de crimes cujos suspeitos são de origem imigrante estão sendo explorados por republicanos, mas não há evidências de que a criminalidade teria aumentado em razão do crescimento de fluxo de imigrantes. Biden disse que resolveria o problema com mais investimento em policiais de fronteira
Na falta de checadores, coube ao presidente rebater as afirmações infundadas de Donald Trump sobre um aumento da criminalidade associado a imigrantes. O democrata aproveitou sua réplica para acusar Trump de chamar veteranos de guerra americanos de "perdedores". "Você é o perdedor", disse Biden. Trump, por sua vez, negou veementemente ter feito essa declaração.
Quando o debate se voltou para política externa, Trump afirmou que Joe Biden encorajou a invasão do país pela Rússia após o fracassado da retirada de tropas americanas do Afeganistão durante o governo democrata e disse que nem a invasão de Vladimir Putin
Trump chamou também o presidente ucraniano Volodimir Zelenski de "o maior negociante da história",, porque "sempre que ele vem aqui [aos EUA] ele sai com US$ 16 bilhões". Trump disse ainda que Israel nunca teria sido invadido por Hamas se fosse presidente. "Não havia nenhum terrorismo sob meu governo."
Quando perguntado diretamente sobre a crise na Faixa de Gaza, Biden frisou que seu plano de paz é apoiado por grande parte da comunidade internacional. "Nós salvamos Israel", disse o presidente, mas, diante da pressão que sofre de sua própria base, disse que é preciso ter cuidado com os armamentos e seu potencial impacto sobre civis, mencionado que impediu a entrega de um carregamento de bombas por receio de que seriam usadas cidades densamente povoadas como Rafah.
Ao retrucar as falas de Donald Trump sobre política externa, entretanto, Joe Biden confundiu diversas vezes os nomes do republicano e do líder russo, Vladimir Putin. A falha se somou a outros momentos de confusão do presidente.
Em seguida, o debate se voltou para a invasão do Capitólio em Washington em 6 de janeiro de 2021. Questionado sobre o ataque, Trump deu uma resposta claramente ensaiada, falando que na data "tínhamos uma fronteira excelente, os menores impostos, éramos respeitados no mundo".
Pressionado pelo moderador Jake Tapper, Trump disse que não incentivou a invasão, que havia afirmado a seus apoiadores agirem pacificamente, e culpou a ex-presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, e a prefeitura democrata de Washington.
O debate foi organizado pela emissora americana CNN e acontece na universidade Georgia Tech em Atlanta, capital da Geórgia, onde Trump venceu Hillary Clinton em 2016 e perdeu para Biden em 2020 -e onde responde a um processo criminal por tentar reverter o resultado da eleição no estado. Hoje, de acordo com pesquisas eleitorais, o ex-presidente lidera no estado e supera Biden por quatro pontos percentuais.
Pelas regras do debate, o confronto aconteceu sem plateia no estúdio, e os microfones só estavam ligados quando era a vez de cada candidato falar.
O encontro tem potencial para mudar uma corrida acirrada, mas que no momento favorece Trump, que lidera em outros cinco estados-chave: Nevada, Arizona, Michigan, Pensilvânia e Carolina do Norte. Em um sexto, Wisconsin, o republicano e o democrata estão empatados.
Nos bastidores do pavilhão McCamish, ginásio da universidade que concentra a imprensa para a cobertura do debate, uma série de nomes importantes dos partidos Republicano e Democrata conversaram com repórteres antes do início do confronto.
O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, se mostrou surpreso com a declaração do presidente Lula (PT) nesta quinta de que está torcendo por Joe Biden, e disse à Folha que o brasileiro "deveria mesmo estar [torcendo para Biden]", porque o atual presidente defende a democracia, liberdades e a ordem mundial.
Já o deputado republicano Byron Donalds, um dos nomes cotados para ser vice-presidente na chapa de Donald Trump, afirmou que não se importa com o que líderes estrangeiros pensam. "Eu ligo para o que o povo americano pensa. [Líderes estrangeiros] podem pensar o que quiserem, eles não votam aqui", respondeu à Folha.
Para especialistas, um desempenho ruim de Biden no debate poderia estimular novamente conversas sobre a escolha de um outro candidato pelo partido na convenção democrata, que acontece em agosto -só então o presidente será oficializado como o nome escolhido pelo partido para disputar a Casa Branca.
Essa é a opinião de Aaron Kall, especialista em debates da Universidade de Michigan. "Biden tem muito a ganhar no debate, mas definitivamente tem um risco maior, dado que está atrás nas pesquisas", afirma.
POR FOLHAPRESS
EUA - O bitcoin chegou a subir, estendendo a reação vista na terça-feira, mas retornou ao quadro negativo visto em dias recentes. Além de notícias do setor, investidores aguardavam pela publicação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, nesta sexta-feira, com potenciais efeitos nas apostas para a política monetária no país.
Às 16h30 (de Brasília), o bitcoin caía 0,91%, a US$ 61.301,87, e o ethereum recuava 1,42%, a US$ 3.363,38, segundo a Binance.
O bitcoin ontem conseguiu interromper um movimento recente de baixas, apoiado por ações de tecnologia em Nova York, que apoiava também as moedas digitais. Hoje, o movimento chegou a se estender mais cedo, mas o tom negativo voltou a prevalecer.
A criptomoeda é pressionada também após a notícia desta semana de que os responsáveis pelo espólio da corretora Mt. Gox devem começar a retornar o equivalente a mais de US$ 8,5 bilhões em criptoativos devido a credores, a partir de julho.
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